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10 Maiores Atacantes das Copas

 

Por Guilherme Diniz

 

Neste texto, integrante de nossa série especial 10 Mais das Copas, elencamos os maiores atacantes da história dos Mundiais. Lembrando que o foco nessas listas são os jogadores que brilharam exclusivamente em Copas, por isso, muitas lendas não irão aparecer por aqui ou não estarão em uma posição tão relevante quanto outros que brilharam mais na competição, ok? Boa leitura!

OBS.: temos um grande empate na 10ª posição e na 2ª posição. Por isso, a lista contém, na verdade, 14 atletas.

 

10º Sándor Kocsis (Hungria)

Copas disputadas: 1 (1954)

Jogos: 5 (em 1954)

Gols: 11 (em 1954)

Vice-campeão em 1954

Premiações

  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 1954 – 11 gols
  • Bola de Prata da Copa do Mundo de 1954
  • Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo de 1954
  • Autor da maior média de gols em um só Mundial na história: 2,20 gols por jogo

 

Poucos conseguiram superá-lo quando o assunto era cabeçada. Muito menos em impulsão e precisão na hora de acertar uma bola pelos ares. Você poderia alinhar 10 ou 20 dos maiores craques da história e todos eles seriam superados por um homem que levitava e conseguia disparar cabeçadas que mais pareciam chutes de tão potentes. Mesmo de altura mediana, ele podia mais que os outros. Muito mais. Não bastasse o talento aéreo, ele chutava com os dois pés, tinha amplo domínio de bola, elegância de sobra e uma explosão formidável. Nos anos 1950 e 1960, Sándor Kocsis esbanjou talento e genialidade por todos os clubes por onde passou e se consagrou como o melhor cabeceador de todos os tempos. Sua fama foi tão absoluta que ele ficou mais conhecido como o “Cabeça de Ouro”.

Kocsis (o camisa 8) saltando mais alto do que qualquer coreano na estreia húngara na Copa.

 

Com 75 gols em 68 jogos pela Seleção da Hungria, Kocsis superou inúmeros atacantes e se tornou, também, um dos maiores goleadores por países do planeta – e um dos pouquíssimos a ter mais gols do que número de jogos vestindo a camisa de sua seleção. Artilheiro da Copa do Mundo de 1954, com 11 gols marcados em apenas cinco jogos, Kocsis é até hoje o artilheiro com maior média de gols em um só torneio na história da competição. Mesmo sem o título naquele Mundial, o craque deixou marcas profundas e virou o padrão de perfeição para aqueles que sonham em se tornar peritos em bolas aéreas. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

10º Mario Kempes (Argentina)

Copas disputadas: 3 (1974, 1978 e 1982)

Jogos: 18 (6 jogos em 1974; 7 jogos em 1978; 5 jogos em 1982)

Gols: 6 (6 gols em 1978)

Títulos: 1 (em 1978)

Premiações

  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 1978 – 6 gols
  • Bola de Ouro da Copa do Mundo de 1978
  • Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo de 1978

 

Poucos jogadores tiveram desempenhos tão avassaladores e decisivos em uma Copa do Mundo como aquele argentino. Em 1978, jogando em casa, ele venceu simplesmente todos os principais prêmios que um jogador pode conquistar em um Mundial: Chuteira de Ouro, Bola de Ouro e eleição para o All-Star Team. Apenas outros dois atletas conseguiram a proeza – o brasileiro Garrincha, em 1962, e o italiano Paolo Rossi, em 1982. Além de uma trajetória tão espetacular por sua seleção, aquele argentino marcou época no Rosario Central, no River Plate e, em especial, no Valencia. Rápido, alto, com senso de colocação pleno e uma precisão de finalização rara, não foi à toa que ele ganhou para sempre o apelido de “El Matador”.

Kempes celebra um de seus dois gols na decisão contra a Holanda. Foto: Getty Images.

 

Mario Kempes foi um dos mais lendários atacantes da história do futebol argentino. Ídolo, foi um craque icônico por onde passou e artilheiro incontestável que marcou tanto seu país e o local onde nasceu – a província de Córdoba – que o mais importante estádio da região, o Estádio Olímpico de Córdoba, foi rebatizado com seu nome. Honraria mais do que merecida ao símbolo do primeiro título mundial da Argentina. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

10º Eusébio (Portugal)

Copas disputadas: 1 (1966)

Jogos: 6 (em 1966)

Gols: 9 (em 1966)

Premiações

  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 1966 – 9 gols
  • Bola de Bronze da Copa do Mundo de 1966
  • Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo de 1966

 

Um atacante extremamente habilidoso, vindo de uma infância pobre de Moçambique, antiga colônia portuguesa, chocou a Europa no começo dos anos 1960 com um talento jamais antes visto no continente. Nos campos improvisados de Lourenço Marques, com bolas de trapos e espaços pequenos, Eusébio aprendeu como aplicar dribles curtos, rápidos e desconcertantes em seus oponentes, levar todas essas características aos mais diversos estádios do planeta e se transformar num mito do esporte e um dos maiores jogadores da história. 

Eusébio fuzila: ele iniciou a arrancada lusitana contra a Coreia do Norte.

 

Com uma facilidade incrível para marcar gols e média de quase um gol por jogo na carreira, o Pantera Negra revolucionou o Benfica e deu ao clube português quase todas as glórias possíveis, sendo a maior delas a Liga dos Campeões da UEFA de 1961-1962. Além disso, levantou com a camisa vermelha do clube de Lisboa nada mais nada menos que 11 Campeonatos Portugueses, sendo artilheiro de quase todos eles. Foi o super atacante que, em 1966, conduziu Portugal em sua melhor campanha na história das Copas do Mundo (justamente na primeira aparição portuguesa em Mundiais), um incrível terceiro lugar, ficando atrás apenas da campeã Inglaterra e da vice Alemanha.

 

Eusébio marcou nove gols, foi artilheiro, virou uma partida praticamente sozinho para 5 a 3 contra a Coreia do Norte (quando sua seleção perdia por 3 a 0) e eleito um dos melhores jogadores daquele Mundial. Presença constante em listas dos melhores do século XX, artilheiro de tudo o que disputou, dono de um chute poderoso, dribles mágicos, raça pura e muita velocidade, Eusébio foi um craque marcante. E imortal. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

10º Paolo Rossi (Itália)

Copas disputadas: 3 (1978, 1982 e 1986)

Jogos: 14 (7 jogos em 1978; 7 jogos em 1982)

Gols: 9 (3 gols em 1978; 6 gols em 1982)

Títulos: 1 (em 1982)

Premiações

  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 1982 – 6 gols
  • Bola de Ouro da Copa do Mundo de 1982
  • Bola de Prata da Copa do Mundo de 1978
  • Eleito para os All-Star Teams das Copas do Mundo de 1978 e 1982

 

A aparência frágil enganava muita gente. Os céticos desconfiavam de sua capacidade. Mas, em campo, ele se transformava em um atacante nato. Decisivo. Com um raro senso de posicionamento. E nascido para brilhar pela Itália, mas especificamente em Copas do Mundo. O talento e tino vencedor sempre acompanharam Paolo Rossi, um dos três jogadores a vencer TODOS os principais prêmios de uma Copa do Mundo na história: venceu o título, foi Chuteira de Ouro com seis gols e ganhou a Bola de Ouro de melhor do Mundial, tudo em 1982, quando marcou três gols no épico contra o Brasil, dois na semifinal contra a Polônia e um na decisão contra a Alemanha.

Rossi e a bola: perigo constante para o Brasil.

 

Rossi foi um dos mais perigosos atacantes do final dos anos 1970 e boa parte dos anos 1980. Presente nas Copas de 1978, 1982 e 1986, o Bambino d’Oro foi uma das referências da Juventus campeã de tudo na década de 1980 e vencedor do Ballon d’Or de 1982. Finalizador nato, sempre bem colocado (Brasil que o diga…), muito técnico e decisivo, ele crescia quando mais o time precisava. E conseguiu uma impressionante volta por cima mesmo quando sua (curtíssima) carreira estava à beira do fim. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

9º Ferenc Puskás (Hungria)

Copas disputadas: 2 (1954 e 1962)

Jogos: 6 (3 em 1954, pela Hungria; 3 em 1962, pela Espanha)

Gols: 4 (em 1954)

Vice-campeão em 1954

Premiações

  • Bola de Ouro da Copa do Mundo de 1954
  • Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo de 1954
  • Eleito para o All-Star Team do Século XX da Copa do Mundo

 

Pode alguém baixinho, gordinho, sem nenhuma pinta de atleta se tornar um dos maiores goleadores de todos os tempos do futebol mundial, com um faro de gol fantástico e de ter a melhor média de gols por seleções, maior até mesmo que Pelé? Sim. Não só pode como existiu: Ferenc Puskás, o maior jogador que a Hungria produziu, responsável direto pelo sucesso do Budapest Honvéd dos anos 1940 e 1950, da seleção húngara de 1952-1954 e do Real Madrid multicampeão espanhol dos anos 1960. Líder natural, carismático, goleador e talentoso, Puskás encantou a todos por onde passou e escreveu seu nome para sempre em livros, enciclopédias e reportagens.

Os capitães Fritz Walter e Ferenc Puskás antes da grande final.

 

Dono de recordes e façanhas memoráveis, o baixinho deu show e ganhou quase tudo o que disputou. Só faltou ela: a Copa do Mundo, perdida para a “zebra” Alemanha em 1954. Naquele Mundial, Puskás marcou quatro gols, um deles no 8 a 3 sobre a própria Alemanha, na primeira fase, mas o craque foi vítima de uma entrada maldosa de um defensor germânico que acabou tirando o húngaro dos dois jogos seguintes da seleção magiar.

A equipe avançou até a decisão, mas Puskás jogou a partida final contra a Alemanha na base do sacrifício e não rendeu o esperado – mesmo assim, marcou um dos gols na derrota húngara por 3 a 2 para os alemães. Anos depois, longe de sua melhor forma, Puskás disputou sua segunda Copa do Mundo na carreira, dessa vez pela seleção da Espanha, e participou de três jogos da equipe no Mundial. Mesmo com poucas partidas, Puskás marcou para sempre seu nome na história das Copas. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

8º Vavá (Brasil)

Copas disputadas: 2 (1958 e 1962)

Jogos: 10 (4 jogos em 1958; 6 jogos em 1962)

Gols: 9 (5 gols em 1958; 4 gols em 1962)

Títulos: 2 (1958 e 1962)

Premiações

  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 1962 – 4 gols
  • Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo de 1962
  • Um dos quatro jogadores a marcar gols em duas finais de Copas do Mundo
  • Único na história a fazer gols em duas finais de Copas seguidas: 2 gols em 1958 e 1 gol em 1962

 

Um dos quatro (os outros são Pelé, Paul Breitner e Zidane) jogadores a marcar gols em duas finais de Copas e único na história a fazer gols em duas finais de Copas seguidas. Destemido, forte, com reflexos apuradíssimos e exímio finalizador, ele ganhou para sempre o apelido de “Peito de Aço” pela bravura demonstrada em campo, algo que o fazia jogar com chuteiras rasgadas, dores e até o pé quebrado (!) se fosse preciso. Ídolo de diferentes clubes, Edvaldo Izídio Neto, o Vavá, foi um dos mais prolíficos atacantes de seu tempo e provou isso com títulos e muitos gols. 

O craque vibra: dois gols na final da Copa de 1958.

 

Mesmo não sendo muito técnico como tantos atacantes do futebol brasileiro, foi provavelmente um dos mais valentes e com uma precisão rara na finalização, características que fizeram Vavá brilhar, também, pela seleção brasileira: foram 21 jogos e 15 gols, sendo 9 deles em Copas do Mundo, competição na qual Vavá provou ter um misticismo fora do comum ao ser decisivo ao extremo nos dois primeiros títulos da seleção canarinho em Mundiais. Leia mais sobre o Leão das Copas clicando aqui!

 

7º Miroslav Klose (Alemanha)

Copas disputadas: 4 (2002, 2006, 2010 e 2014)

Jogos: 24 (7 jogos em 2002; 7 jogos em 2006; 5 jogos em 2010; 5 jogos em 2014)

Gols: 16 (5 gols em 2002; 5 gols em 2006; 4 gols em 2010; 2 gols em 2014)

Títulos: 1 (2014) / Vice-campeão em 2002

Premiações

  • Maior Artilheiro da história das Copas do Mundo – 16 gols em 24 jogos
  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 2006 – 5 gols
  • Chuteira de Prata da Copa do Mundo de 2002 – 5 gols
  • Eleito para os All-Star Teams das Copas do Mundo de 2002 e 2006

 

Antes de qualquer coisa, vamos deixar bem claro que Puskás, Eusébio, Kocsis, Vavá e Paolo Rossi foram melhores do que Klose no quesito técnico. Mas, como aqui é uma lista dos maiores em Copas do Mundo, o maior artilheiro da história da competição merece estar nessa posição e acima das lendas citadas. A primeira Copa de Klose foi em 2002, quando liderou o ataque da seleção alemã que alcançou a final daquele Mundial ao marcar cinco gols, mostrando muita técnica, senso de posicionamento, agilidade e impulsão. O título, no entanto, ficou com o Brasil. Quatro anos depois, o artilheiro voltou a brilhar e anotou mais cinco gols que fizeram dele o artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa, embora a Alemanha tenha terminado na 3ª colocação. Em 2010, Thomas Müller roubou a cena em outra boa campanha germânica, mas Klose não passou em branco e fez mais quatro gols, provando uma simbiose impressionante com a camisa da Nationalelf e com a Copa do Mundo.

Em 2006, Klose foi um dos destaques da campanha alemã em casa.

 

Klose celebra seu gol nº16 em Copas.

 

Em 2014, o atacante marcou mais dois gols – um deles no 7 a 1 sobre o Brasil, na semifinal – e se tornou o maior artilheiro da história das Copas, título emblemático que veio justamente no ano em que ele venceu, enfim, sua primeira Copa da carreira após tantos anos de decepções. Além de ser o principal artilheiro das Copas, Klose é ainda o maior artilheiro da seleção alemã com 71 gols em 137 jogos. Sem dúvida, a história recente dos Mundiais se confunde com a própria história de Miroslav Klose. Por isso, ele está nessa lista. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

6º Just Fontaine (França)

Copas disputadas: 1 (1958)

Jogos: 6 (em 1958)

Gols: 13 (em 1958)

Premiações

  • Maior Artilheiro em uma só edição de Copa do Mundo na história – 13 gols
  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 1958 – 13 gols
  • Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo da FIFA de 1958

 

Desde 2002 que não vemos um jogador marcar mais de 6 gols em uma Copa. Ficamos de 1970 até 2002 sem ver alguém anotar 10 gols em uma Copa. Vimos uma vez um jogador marcar 11 gols em uma Copa. E apenas uma vez vimos um jogador marcar absurdos 13 gols em uma Copa. Foi em 1958, quando Just Fontaine se tornou o maior artilheiro de uma única edição de Copa do Mundo, além de ser um dos poucos a romper a barreira dos 10 gols em qualquer Mundial. Uma verdadeira máquina de gols em sua época, Fontaine escreveu seu nome na história pela façanha na Copa de 1958, mas também por sua média formidável em clubes. Parável apenas com faltas e muito habilidoso, Justô é considerado um dos grandes atacantes do futebol mundial em todos os tempos, e que teve que superar até mesmo uma guerra para se consolidar como uma das grandes figuras da história do esporte.

Na brilhante campanha francesa naquele Mundial, o craque marcou três gols nos 7 a 3 sobre o Paraguai; dois gols na derrota por 3 a 2 para a Iugoslávia; um gol na vitória por 2 a 1 sobre a Escócia; dois gols nos 4 a 0 sobre a Irlanda do Norte; um gol na derrota por 5 a 2 para o Brasil e quatro gols nos 6 a 3 sobre a Alemanha, na disputa pelo terceiro lugar. Com uma média de 2,17 gols por jogo, o atacante fez o que nenhum outro atacante conseguiu até hoje e segue absoluto como a maior máquina de gols que uma só Copa já viu. Uma pena que Fontaine tenha sofrido com as lesões e se aposentado tão cedo, aos 28 anos. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

5º Romário (Brasil)

Copas disputadas: 2 (1990 e 1994)

Jogos: 8 (1 jogo em 1990; 7 jogos em 1994)

Gols: 5 (em 1994)

Títulos: 1 (1994)

Premiações

  • Bola de Ouro da Copa do Mundo de 1994
  • Chuteira de Bronze da Copa do Mundo de 1994 – 5 gols
  • Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo de 1994
  • Eleito para o Dream Team da Copa do Mundo – 2002

 

Gênio, craque, decisivo. Romário fez barba, cabelo e bigode na Copa de 1994 ao marcar cinco gols, carregar o Brasil nas costas e ter um dos maiores desempenhos individuais na história dos Mundiais. Além disso, o Baixinho ganhou a Bola de Ouro da Copa e o prêmio de Melhor Jogador do Mundo pela FIFA naquele ano. Antes de brilhar em 1994, Romário esteve no grupo do Brasil na Copa de 1990, mas acabou se machucando meses antes da Copa e só conseguiu disputar um jogo, no qual não marcou gols. Já nos EUA, Romário estava no auge da forma e exibiu todo o repertório que o consagrou como um dos maiores de todos os tempos: arrancadas, finalizações certeiras, oportunismo, dribles e até mesmo gol de cabeça contra a temida zaga sueca, na semifinal. Além de gols, o camisa 11 deu passes precisos, como o que resultou no gol de Bebeto na vitória por 1 a 0 sobre os anfitriões, nas oitavas de final. Na decisão, passou em branco, mas acabou convertendo seu pênalti na vitória brasileira por 3 a 2 sobre a Itália. Ídolo, o atacante prometeu a Copa e a trouxe na bagagem, hasteando a bandeira brasileira na janela do avião na volta ao Brasil.

“Vai Romáriooooo, vai Romáriooooo, vai Romárioooooo!!!” Inesquecível!

 

Bebeto e Romário: uma das maiores duplas de ataque da história da Seleção Brasileira.

 

Quatro anos depois, Romário teria a chance de mostrar no maior dos palcos sua parceria avassaladora com Ronaldo, mas o Baixinho se lesionou e acabou cortado. Tempo depois, ficou provado que ele conseguiria se recuperar a tempo para ajudar a equipe na campanha – o Brasil acabou perdendo a final para a França por 3 a 0. Em 2002, ainda prolífico, Romário nutriu esperança de ser levado ao Mundial, mas suas intrigas com Felipão falaram mais alto e ele não esteve no grupo do penta. Mesmo assim, o legado do craque já estava na história. Leia mais sobre Romário clicando aqui!

 

4º Garrincha (Brasil)

Copas disputadas: 3 (1958, 1962 e 1966)

Jogos: 15 (4 jogos em 1958; 6 jogos em 1962; 2 jogos em 1966)

Gols: 5 (4 gols em 1962; 1 gol em 1966)

Títulos: 2 (1958 e 1962)

Premiações

  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 1962 – 4 gols
  • Bola de Ouro da Copa do Mundo de 1962
  • Eleito para os All-Star Teams das Copas do Mundo de 1958 e 1962
  • Eleito para o All-Star Team do Século XX da Copa do Mundo

 

Mané foi um dos maiores jogadores da história do futebol e tido como o maior driblador de todos os tempos. Os lances geniais, a fatal puxada de bola para a direita, os cortes secos e os zagueiros esfacelados no chão o fizeram receber o apelido de “O Anjo das Pernas Tortas”, “anjo” por ser dócil, simples e muito amigo, e a relação com as pernas pelo fato de elas serem visivelmente disformes e realmente tortas. Garrincha também foi a “Alegria do Povo” pelo fato de protagonizar lances geniais, de moleque, e jogar o simples e fácil do futebol. 

Ele é, ao lado de Romário e Maradona, um dos três ícones que tiveram a proeza de vencer uma Copa do Mundo praticamente sozinho. Foi em 1962, quando o Brasil depositou nele as esperanças de título após a contusão de Pelé. E o gênio deu conta do recado, passou por todo mundo e deu o bicampeonato mundial ao Brasil. Naquele ano, o craque se tornou o primeiro a vencer todos os principais prêmios que um jogador pode levar em uma Copa: Chuteira de Ouro, Bola de Ouro, eleito para o All-Star Team e título mundial. 

Antes de sua lenda em 1962, Garrincha entortou os rivais na Copa da Suécia, em 1958, quando iniciou a mais fabulosa parceria do futebol, ao lado de Pelé, ajudando o Brasil a levantar seu primeiro título mundial. Já perto da aposentadoria, o craque disputou a Copa de 1966 longe de seus melhores dias, mas ainda sim marcou um gol em solo inglês. Com jogadas exuberantes, Garrincha é uma lenda incontestável e patrimônio não só do futebol brasileiro, mas das Copas do Mundo. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

3º Gerd Müller (Alemanha)

Copas disputadas: 2 (1970 e 1974)

Jogos: 13 (6 jogos em 1970; 7 jogos em 1974)

Gols: 14 (10 gols em 1970; 4 gols em 1974)

Títulos: 1 (1974)

Premiações

  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 1970 – 10 gols
  • Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo de 1970
  • Bola de Bronze da Copa do Mundo de 1970

 

Ele foi um dos mais letais e precisos goleadores da história do futebol, daqueles que dificilmente ficava um jogo sem marcar. Seus chutes eram certeiros, rasteiros, um terror para os goleiros. Seu faro apurado deixava o Bayern sempre com a certeza de que um placar de 1 a 0 era praticamente garantido antes mesmo do pontapé inicial, afinal, Gerd Müller, era um verdadeiro bombardeio. Com números incríveis e média de quase 1 gol por jogo em toda carreira, o baixinho troncudo fez história pelos bávaros conquistando um punhado de títulos, entre eles o tricampeonato europeu na década de 1970 e um Mundial Interclubes. 

Em 1970, Gerd Müller marcou 10 gols e foi o artilheiro máximo da Copa.

 

Em 1974, deixou sua marca na decisão e faturou o título mundial.

 

Pela seleção, Gerd Müller foi artilheiro da Copa de 1970 com 10 gols e campeão em 1974, quando anotou quatro gols, entre eles o do título mundial sobre a temida Holanda de Cruyff. Por muitos anos, o atacante ostentou a invejável marca de maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 14 gols, até ser superado por Ronaldo e pelo compatriota Klose décadas depois. Gerd Müller é o 2º maior artilheiro da história da Alemanha com 68 gols em 62 jogos, uma média impressionante de 1,10 gols por jogo! Ele é também o maior artilheiro da história da Bundesliga com 365 gols em 427 partidas e o maior artilheiro da história do Bayern München com 563 gols em 605 jogos. Uma máquina, simples assim! Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

2º Lionel Messi (Argentina)

Copas disputadas: 5 (2006, 2010, 2014, 2018 e 2022)

Jogos: 26 (3 jogos em 2006; 5 jogos em 2010; 7 jogos em 2014; 4 jogos em 2018; 7 jogos em 2022)

Gols: 13 (1 gol em 2006; 4 gols em 2014; 1 gol em 2018; 7 gols em 2022)

Títulos: 1 (2022) / Vice-campeão em 2014

Premiações

  • Bola de Ouro das Copas do Mundo de 2014 e 2022 – único atleta a ter duas Bolas de Ouro desde que o prêmio começou oficialmente, em 1982
  • Chuteira de Prata da Copa do Mundo de 2022 – 7 gols
  • Eleito para os All-Star Teams das Copas do Mundo de 2014 e 2022
  • Jogador com mais jogos na história das Copas: 26 partidas

 

Messi precisou de cinco Copas para alcançar sua divindade em Mundiais com o sonhado título. Até 2022, o argentino não tinha feito nenhuma Copa digna de sua genialidade, embora tenha sido vice-campeão em 2014 jogando muito bem a fase de grupos, mas bem abaixo das expectativas na reta final, incluindo a decisão. Com apenas 6 gols em 19 jogos, Messi ainda devia um Mundial “daqueles”. Mas a Copa de 2022 coroou definitivamente a carreira de Messi como o maior jogador do século XXI e sua condição de ídolo da nação, do amante do futebol e do esporte. A maneira como ele se transformou na seleção a partir do título da Copa América de 2021 foi assombrosa, quase divina, uma intervenção maradoniana. Messi encarnou várias facetas em uma só e, aos 35 anos, foi genial, rápido, raçudo, líder, decisivo e a alma da Argentina campeã mundial.

Com 7 gols, foi vice-artilheiro da Copa, além de ser assistente de três gols. Foi o primeiro jogador a marcar em todos os jogos da fase final de uma Copa do Mundo desde Jairzinho, em 1970, se tornou o jogador com mais jogos em Mundiais na história – 26 partidas – e ganhou a Bola de Ouro de melhor jogador, se isolando como único a ter duas Bolas de Ouro desde que a premiação começou oficialmente.

Messi, 2022

 

Não há dúvida de que o time se uniu por ele e jogou por ele. Afinal, muitos daqueles jogadores cresceram vibrando por Messi, torcendo por Messi, e estavam ali, jogando com Messi em uma Copa do Mundo. As apresentações do craque no Catar já estão marcadas para sempre no futebol. E serão eternas, contadas por gerações. Leia mais clicando aqui!

 

2º Ronaldo (Brasil)

Copas disputadas: 4 (1994, 1998, 2002 e 2006)

Jogos: 19 (7 jogos em 1998; 7 jogos em 2002; 5 jogos em 2006)

Gols: 15 (4 gols em 1998; 8 gols em 2002; 3 gols em 2006)

Títulos: 2 (1994 e 2002) / Vice-campeão em 1998

Premiações

  • Artilheiro e Chuteira de Ouro da Copa do Mundo de 2002 – 8 gols
  • Eleito para os All-Star Teams das Copas do Mundo de 1998 e 2002
  • Bola de Ouro da Copa do Mundo de 1998
  • Bola de Prata da Copa do Mundo de 2002

 

O maior dos palcos viu as mais diferentes facetas e a volta por cima de um dos melhores atacantes de todos os tempos. Tudo começou em 1994, quando um garoto viu do banco a seleção brasileira ser tetracampeã. Quatro anos depois, ele era titular absoluto com a camisa 9 do Brasil e realizou partidas simplesmente inesquecíveis para qualquer amante do futebol. O apogeu do craque coincidiu justamente com uma época vertiginosa do futebol brasileiro. Ele e a amarelinha tinham uma simbiose perfeita. Suas arrancadas, gols e conquistas o transformaram num mito, o verdadeiro Fenômeno. Mas, na final, o peso do mundo em suas costas lhe causou uma convulsão que prejudicou não só ele, mas todo o time, que perdeu o título de maneira trágica para a França. 

O garoto Ronaldo viu o banco o Brasil ser campeão do mundo em 1994. Foto: Masahide Tomikoshi.

 

 

Nos anos seguintes, Ronaldo sofreu com as lesões e o atacante foi tido como aposentado. Mas ele deu exemplo, conseguiu a volta por cima e voltou como uma fênix para levar o Brasil ao título de 2002, com 8 gols – maior número desde 1970 – sendo dois gols na decisão, a síntese maior do que ele era capaz e de sua volta por cima, com certeza a mais bonita que o futebol já viu. Em 2006, mesmo longe de sua forma ideal, marcou três gols e se tornou o maior artilheiro da história das Copas com 15 gols em 19 jogos, posto perdido apenas em 2014 para o alemão Miroslav Klose. O fato é que Ronaldo foi um dos maiores craques de todos os tempos. Incontestável. Único. Imortal. E imortal das Copas. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

1º Pelé (Brasil)

Copas disputadas: 4 (1958, 1962, 1966 e 1970)

Jogos: 14 (4 jogos em 1958; 2 jogos em 1962; 2 jogos em 1966; 6 jogos em 1970)

Gols: 12 (6 gols em 1958; 1 gol em 1962; 1 gol em 1966; 4 gols em 1970)

Títulos: 3 (1958, 1962 e 1970)

Premiações

  • Chuteira de Prata da Copa do Mundo de 1958 – 6 gols
  • Bola de Ouro da Copa do Mundo de 1970
  • Bola de Prata da Copa do Mundo de 1958
  • Melhor Jogador Jovem da Copa do Mundo de 1958
  • Eleito para os All-Star Teams das Copas do Mundo de 1958 e 1970
  • Um dos quatro jogadores a marcar gols em duas finais de Copas do Mundo – 2 gols em 1958 / 1 gol em 1970
  • Eleito para o All-Star Team do Século XX da Copa do Mundo
  • Eleito para o Dream Team da Copa do Mundo – 2002

 

Recordes:

 

  • Maior campeão da história da Copa do Mundo com 3 troféus.
  • Vencedor mais jovem de uma Copa do Mundo com 17 anos e 249 dias
  • Mais jovem marcador em uma partida de Copa do Mundo com 17 anos e 239 dias, em Brasil 1×0 País de Gales, 1958
  • Jogador mais jovem a marcar um hat-trick em uma Copa do Mundo da FIFA: 17 anos e 244 dias, em Brasil 5×2 França, 1958
  • Jogador mais jovem a disputar uma final da Copa do Mundo da FIFA: 17 anos e 249 dias (1958)
  • Artilheiro mais jovem em uma final da Copa do Mundo da FIFA: 17 anos e 249 dias, em Brasil 5×2 Suécia, 1958
  • Maior número de assistências na história da Copa do Mundo da FIFA: 10 (1958–1970)
  • Maior número de assistências em um único torneio da Copa do Mundo da FIFA: 6 (1970)
  • Maior número de assistências em partidas da final da Copa do Mundo da FIFA: 3 (1 em 1958 e 2 em 1970)
  • Maior número de gols em partidas da final da Copa do Mundo da FIFA: 3 (2 em 1958 e 1 em 1970, recorde compartilhado com Vavá, Geoff Hurst e Zinédine Zidane)

 

A história do futebol se confunde com a de Pelé. E a história da Copa do Mundo possui um lastro como nenhum outro com o Rei. Houve uma época em que Pelé acreditava ser azarado em Copas, por ter se machucado tanto em 1962 quanto em 1966. Mas o que ele fez em 1958 e 1970 ninguém fez. Na Suécia, com apenas 17 anos, marcou seis gols, sendo um deles antológico, com direito a chapéu no zagueiro e finalização de primeira no gol. E, em 1970, foi a majestade em estado puro no México. Marcou quatro gols – um deles na final – e deixou na memória os quase-gols inesquecíveis contra a Tchecoslováquia – de meio de campo -, contra a Inglaterra, na cabeçada mortal que originou a defesa do século de Gordon Banks, e o corta-luz contra o Uruguai, quando usou o corpo para driblar Mazurkiewicz e só não marcou porque um cotoco de grama levantado pelo zagueiro desviou a trajetória da bola. 

Além de suas obras-primas, Pelé ainda deu inúmeros gols (10 para ser mais exato) e foi o garçom que qualquer atacante gostaria de ter. Mas quando precisava atacar, o Rei era único. Pelé imortalizou a camisa 10 como manto de craque e reinventou o futebol com uma genialidade jamais vista na história do esporte. Pará-lo era quase impossível. Seus dribles eram objetivos e encantadores, sem firulas. E seus gols… Ah, eram simplesmente magníficos. Falar de Pelé é falar de um ser imensurável, inexplicável. Para entendê-lo, só vendo seus vídeos, suas obras, seus gols. E ele soube como poucos esbanjar seu talento no maior dos palcos. Copa do Mundo sem Pelé seria um torneio comum. Com Pelé, virou o maior torneio de todos. Leia mais sobre o Rei clicando aqui!

 

Menções Honrosas

 

Guillermo Stábile (Argentina)

Um dos mais talentosos atacantes de seu tempo, Stábile foi o primeiro artilheiro da história da Copa do Mundo com incríveis 8 gols em apenas quatro jogos no Mundial de 1930. O craque marcou em todas as partidas da albiceleste, incluindo um gol na final contra o Uruguai. Até hoje ele é o 2º jogador argentino com mais gols na história das Copas, atrás apenas de Gabriel Batistuta, com 10 gols.

 

Leônidas da Silva (Brasil)

Da elasticidade em campo, das jogadas impossíveis, dos chutes improváveis e das matadas de bola incertas, ele ganhou o codinome “Homem de Borracha”. Da genialidade, do talento para marcar gols e do brilho para aperfeiçoar e consagrar uma jogada tão magnífica e bela como uma bicicleta, ele virou “Diamante Negro”, apelido da imponência de um craque e da doçura proporcionada por um chocolate mais que cinquentenário batizado graças a Leônidas da Silva, um dos maiores atacantes da história do futebol mundial e principal astro do futebol brasileiro antes de Pelé e depois de Friendenreich

Na França, Leônidas encantou o público local com sua habilidade em campo (e também seu charme de boleiro pra cima das francesas…).

 

Leônidas brilhou na Copa de 1938, quando foi o primeiro brasileiro artilheiro de um Mundial com 7 gols em cinco jogos, três deles no pirotécnico Brasil 6×5 Polônia, quando um dos gols de Leônidas naquele jogo foi também o seu tento mais lendário. Na prorrogação, o atacante saiu em velocidade com a bola dominada e viu a costura de sua chuteira direita estourar. Descalço, Leônidas encontrou força para chutar a pesadíssima bola da época e marcar um gol importantíssimo para o Brasil (o craque faria outro no finalzinho do primeiro tempo da prorrogação e asseguraria a vitória). Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Ademir de Menezes (Brasil)

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Ninguém podia com suas arrancadas, muito menos com seus chutes potentes vindos de ambas as pernas. Os zagueiros tinham seus pontos fracos decifrados em pouquíssimo tempo e eram simplesmente destruídos por aquele atacante virtuoso e imponente. Dentro da área, era um definidor pleno. Fora dela, não encontrava adversários à altura para evitar o que mais gostava de fazer na vida: gols, seja com a camisa que ele tanto amou, a do Vasco da Gama, seja com a branca com toques azuis da Seleção Brasileira. Tivesse sido campeão do mundo na Copa de 1950, aquele goleador de queixo avantajado teria alcançado um status estratosférico de gênio, lenda. 

Ademir estufa a rede mexicana: Maracanã viu grandes jogos do craque naquele Mundial.

 

Mas, para aqueles que realmente entendem e dignificam os méritos e o talento de um atleta, Ademir de Menezes foi um dos maiores atacantes de toda a história do futebol pelos títulos, pelos gols, pelo jeito de jogar e por tudo o que fez dentro de campo. Ele era uma verdadeira máquina e um pesadelo para qualquer defensor. Ademir marcou época no futebol sul-americano nos anos 1940, foi campeão com todas as camisas que vestiu e um dos primeiros camisas 9 de sucesso na Seleção, além de ter sido um dos poucos que se livraram das críticas no fatídico Maracanazo. Foram 39 jogos e 32 gols pela seleção e a histórica artilharia na Copa de 1950 com 8 gols. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Helmut Rahn (Alemanha)

Ao lado de Fritz Walter, era o outro craque maior da Alemanha na Copa de 1954. Foi o grande herói na final contra a Hungria, quando marcou o gol de empate e o gol da vitória por 3 a 2 no Milagre de Berna. Disputou 40 jogos pela seleção e marcou 21 gols. Tinha um grande espírito de liderança e um canhão na perna esquerda. Em Copas, Rahn marcou 10 gols em 10 jogos, sendo 4 gols em 1954 e 6 gols em 1958, com média de exato um gol por jogo.

 

Uwe Seeler (Alemanha)

Com 9 gols, 21 jogos, quatro Copas disputadas e um vice-campeonato em 1966, Uwe Seeler foi outro titã dos Mundiais que merecia sorte maior no torneio. Finalizador nato, Seeler marcou época em seu país com uma enorme média de gols no Campeonato Alemão e muito poder de decisão em Copas. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Tostão (Brasil)

Ele jogou duas Copas, em 1966 e 1970, e encerrou a carreira precocemente, aos 27 anos, por conta de um problema na visão. No entanto, Tostão conseguiu nesse curto espaço de tempo entrar para a história como um dos mais inteligentes atacantes de todos os tempos. Com passes precisos, velocidade, dribles e uma leitura de jogo rara, o craque foi fundamental na seleção tricampeã do mundo em 1970 com passes sublimes, jogadas espetaculares e dribles memoráveis. Seus números e títulos explicam bem sua importância para o futebol brasileiro. Foram 65 jogos e 36 gols pelo Brasil. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Jairzinho (Brasil)

Em 1970, um jogador marcou gols em todos os jogos da seleção brasileira campeã mundial. Não, não foi Pelé. Foi Jairzinho, o Furacão da Copa de 1970 e responsável direto pela brilhante campanha da equipe canarinho no México. Com um dos melhores desempenhos individuais já registrados em uma Copa, Jairzinho anotou 7 gols – alguns verdadeiras obras-primas – e encantou a todos no México. Ele disputou também as Copas de 1966 e 1974. Em 16 jogos em Mundiais, Jairzinho marcou 9 gols. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Lato (Polônia)

Velocista, goleador, especialista em dribles largos e entrar nas zagas adversárias pela diagonal e marcar gols em profusão, Grzegorz Lato foi um símbolo polonês nos anos 70 e um dos principais responsáveis pela campanha exuberante da seleção da Polônia na Copa de 1974. Esteve no grupo que venceu o ouro nas Olimpíadas de 1972, mas começou a brilhar mesmo a partir de 1974. Foi o artilheiro da Copa de 1974 com 7 gols e um dos principais jogadores europeus de seu tempo. Disputou também as Copas de 1978 e 1982, registrando 10 gols em 20 jogos. Pela seleção, marcou 45 gols em 100 jogos. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Gary Lineker (Inglaterra)

Imagine jogar por mais de uma década profissionalmente e não levar nenhum cartão amarelo ou vermelho. Imagine também ter um talento fora de série, marcar gols em profusão, esbanjar técnica em diversos campos do planeta, marcar 10 gols em duas Copas do Mundo e mesmo assim jamais vencer os títulos que merecia ou que sonhava. Pois é. Isso tudo aconteceu com Gary Lineker, um dos maiores atacantes da história do futebol inglês e mundial e um dos principais protagonistas de tempos complicados para a Seleção Inglesa no cenário internacional. Discreto, sereno e praticante do jogo limpo, Lineker era o oposto da maioria de seus concorrentes e se destacava pelos gols decisivos, pelas arrancadas fulminantes, pelo instinto predatório dentro da área, pela ótima média de gols, pelo posicionamento impecável e por um característico e virtuoso domínio de bola. Ídolo do Leicester City e do Tottenham, o inglês foi artilheiro da famosa “Copa de Maradona”, a de 1986, com 6 gols. Leia mais sobre Lineker clicando aqui!

 

Karl-Heinz Rummenigge (Alemanha)

Ele era forte, inteligente, driblador, tinha uma aceleração explosiva, iniciava as jogadas, mas também as construía na plenitude, marcando gols de arrancadas fulminantes, de cabeça e de tudo quanto era jeito. Um desavisado poderia até pensar que ele era latino. Mas não. Ele era alemão. E muito. A começar pelo nome: Karl-Heinz Rummenigge. O mundo do futebol teve o privilégio de presenciar no final dos anos 1970 e em grande parte da década de 1980 o esplendor de um dos maiores atacantes da história do esporte e também um dos mais talentosos que já existiu. Com a bola nos pés, Rummenigge parecia um touro fulminante que deixava gélidos os zagueiros rivais, que não tinham ferramentas ou talento disponíveis para frear aquele craque que transbordava talento, objetividade e faro de gols. 

Lendas em campo: Maradona e Rummenigge.

 

Depois que Franz Beckenbauer deixou o Bayern, foi Rummenigge o responsável por colocar embaixo de seus braços toda uma torcida carente de um ídolo. O mesmo aconteceu na seleção, quando Rummenigge a capitaneou em duas Copas seguidas (1982 e 1986) e por pouco, mas muito pouco, não levantou a taça mais cobiçada do planeta – foram dois vices-campeonatos (ele disputou também a Copa de 1978), além de 9 gols em 19 jogos. Até hoje, Rummenigge é considerado por muitos o segundo melhor jogador alemão de todos os tempos, abaixo apenas de Beckenbauer. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Roger Milla (Camarões)

Pode um jogador de futebol explodir para o mundo depois dos 30 anos, mesmo ele sendo atacante? Sim. Roger Milla provou ser um jogador diferente. Ele foi ignorado durante boa parte das décadas de 1970 e 1980 para se mostrar uma das maiores joias da história do futebol africano no começo da década de 1990, e justamente na maior vitrine de todas: a Copa do Mundo. No Mundial da Itália, em 1990, Milla jogou muito, deu passes incríveis, marcou 4 gols e conduziu Camarões a uma inédita quartas de final, fazendo dos Leões os primeiros africanos a alcançarem tal estágio de uma Copa. 

A ânsia de fazer história, misturada com uma dose de soberba, fez os camaroneses perderem o jogo para a Inglaterra, por 3 a 2, na prorrogação, mas as atuações de Milla e sua irreverência ficaram marcadas para sempre. Quatro anos depois, ele disputou seu terceiro Mundial e quebrou um recorde como o jogador mais velho a marcar um gol em Mundiais, aos 42 anos (!). Sem ligar para a idade, veloz, cerebral e com faro de gol apurado, Milla fez história e contribuiu para colocar Camarões no mapa do futebol mundial. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Roberto Baggio (Itália)

Criativo, rápido, driblador, técnico, decisivo, perigoso em bolas paradas e artilheiro. Além de tudo isso, foi o Melhor Jogador do Mundo em 1993, eleito o 16º Melhor Jogador do Século XX pela World Soccer, eleito para o FIFA 100, é um dos maiores artilheiros da Itália na história das Copas com 9 gols em três Mundiais disputados (1990, 1994 e 1998) e o 4º maior artilheiro da Itália com 27 gols em 56 jogos. Roberto Baggio é um craque imortal do futebol italiano e um dos mais talentosos atacantes de seu tempo. Esqueça a fatalidade do pênalti perdido na final da Copa de 1994. Baggio jamais se resumiu àquilo e nunca foi crucificado em seu país. Ele foi um ídolo e os italianos sempre souberam valorizar e respeitar o craque. Estivesse ele 100% fisicamente na Copa de 1994, a história da Azzurra provavelmente seria bem diferente. Isso porque mesmo longe de sua melhor forma ele jogou muito e carregou a Itália até a final com maestria e 5 gols marcados, todos na fase final. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Klinsmann (Alemanha)

Durante décadas os atacantes da Alemanha foram tachados de “durões”, rompedores e simples fazedores de gols, sem a habilidade de jogadores latinos. Porém, essa mesma Alemanha passou a mudar seu histórico não só com o já citado Rummenigge, mas também com um craque que não marcava apenas gols, mas que driblava, construía jogadas, tabelava e assinava pinturas eternas. Jürgen Klinsmann encantou o planeta por anos com um futebol bonito de se ver. O atacante pegava os goleiros desprevenidos, era um oportunista nato, inteligente e tinha um chute certeiro com a perna direita. 

Klinsmann comemora: Alemanha “nerazzurri” venceu a Holanda “rossonera”.

 

Campeão do mundo em 1990 e da Europa em 1996 (esta como capitão) pela seleção, o craque fez o caminho inverso ao de muitos jogadores colecionando mais títulos de expressão por seu país do que por clubes, além de ter anotado gols em todas as competições que jogou com a camisa da Alemanha, da Eurocopa de 1988 até a Copa do Mundo de 1998. Klinsmann é o 4º maior artilheiro da história da seleção (empatado com Rudi Völler) com 47 gols em 108 jogos disputados. Ele disputou três Copas (1990, 1994 e 1998) e marcou gols em todas elas, alcançando a marca de 11 gols em 17 jogos em Mundiais. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Stoichkov (Bulgária)

Pela Bulgária, Stoichkov mostrou que era mesmo gênio.

 

Marrento, craque, matador e responsável direto pelo sucesso de seu país na Copa do Mundo de 1994. Essa história parece até com a do brasileiro Romário, mas na verdade é de Hristo Stoichkov, o maior jogador búlgaro de todos os tempos e presente em qualquer lista de maiores craques do século XX. Habilidoso, com uma perna esquerda letal, visão de jogo estupenda e capaz de marcar gols antológicos, o búlgaro estava no auge da carreira quando se exibiu para o planeta naquela Copa dos EUA. Com seis gols, foi um dos artilheiros do Mundial e o grande craque que conduziu a seleção búlgara ao histórico 4º lugar. Brilhou durante anos no Barcelona e conquistou quase todos os títulos possíveis no clube catalão. Jogou, inclusive, com Romário, mas os temperamentos explosivos de ambos causaram muitas brigas e discussões dentro e fora de campo. Em 1994, Stoichkov ganhou, além da chuteira de ouro da Copa, um lugar no All-Star Team do Mundial. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Bebeto (Brasil)

Rápido, driblador, letal. Bebeto foi, ao lado do companheiro Romário, a estrela da seleção na Copa de 1994. Marcou gols decisivos (contra EUA e Holanda) e deu show de futebol com alegria e técnica. Se entendia quase que por telepatia com o amigo baixinho. E entrou para a história como um dos maiores atacantes do nosso futebol. Em 1998, com a ausência de Romário, fez dupla de ataque ao lado de Ronaldo e voltou a deixar sua marca em três jogos (Marrocos, Noruega e Dinamarca). Em 15 jogos, Bebeto marcou 6 gols em Copas. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Bergkamp (Holanda)

Dentro ou fora da área, ele conseguia enxergar o jogo como poucos e despistar qualquer zagueiro ou goleiro com apenas um corte, um drible artístico ou um toque por cobertura. Se o jogo estava feio, sem graça, bastava passar-lhe a bola e o feio se tornava bonito. Os toques rudes ganhavam leveza. O futebol parecia bem mais fácil. Dennis Bergkamp foi um dos maiores e mais talentosos atacantes dos anos 1990 e também uma das maiores joias que o futebol holandês já produziu. Extremamente frio na hora de concluir a gol e também nas comemorações (isso quando elas aconteciam), o atacante ganhou o apelido de “Homem de Gelo” por causa dessas suas particularidades. 

Bergkamp vibra após marcar um dos gols mais fantásticos de sua carreira.

 

Bergkamp foi também um craque com a camisa da Holanda, pela qual disputou as Copas de 1994 e 1998, com 6 gols em 12 jogos e jogadas sublimes em ambas, principalmente em 1998, quando marcou um gol épico contra a Argentina nas quartas de final. Bergkamp é o 4º maior artilheiro da história da Holanda com 37 gols em 79 jogos. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Batistuta (Argentina)

El Batigol foi ídolo por onde passou e uma referência da seleção argentina nos anos 1990. Matador nato, disputou as Copas de 1994, 1998 e 2002 e se transformou no maior artilheiro da Argentina em Copas com 10 gols, sendo quatro em 1994, cinco em 1998 e um em 2002. Batistuta é ainda dono de vários recordes ainda inalcançados na seleção: maior número de gols em torneios internacionais (38 gols), maior número de gols em Copas das Confederações (quatro gols), maior número de gols em uma só Copa América (seis gols, em 1991), maior número de gols na era moderna da Copa América (13 gols) e único argentino a anotar dois hat-tricks em Copas (1994 e 1998). Com um senso de colocação formidável e inteligentíssimo, ele em campo era sinônimo de gol. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Suker (Croácia)

Maior artilheiro da seleção da Croácia em todos os tempos (45 gols em 69 jogos). Herói nacional e maior sensação da Copa do Mundo de 1998. Artilheiro nato e um símbolo dos anos 90. Frases e adjetivos não faltam para descrever o que foi Davor Suker para a Croácia (e para o futebol) na década de ouro do futebol do país. Com ele em campo, a seleção pintou a Copa de xadrez e por pouco, mas muito pouco, não foi campeã do mundo. Habilidoso, nascido para marcar gols e com uma perna esquerda irresistível, Suker marcou seis gols no mundial, outros tantos nas eliminatórias e na Eurocopa e se consagrou para sempre como um craque eterno do esporte. 

Boban e Suker: dupla de ouro do futebol croata nos anos 90.

 

Seu talento já era conhecido desde os tempos de Iugoslávia, quando integrou aquela seleção campeã mundial de juniores em 1987 e fez algumas partidas pelo time principal. Brilhou também no Dinamo Zagreb-CRO e no Sevilla-ESP até despertar o interesse do Real Madrid-ESP em 1996. No clube merengue, Suker conquistou títulos, mas não teve o espaço que merecia. Ainda jogou pelo Arsenal-ING, West Ham-ING e 1860 Munich até se despedir do futebol em 2003.

 

Diego Forlán (Uruguai)

 

Diego Forlán foi a alma e o coração do ataque da Celeste em 2010 e 2011, os anos de puro brilho da seleção do renascimento. No Mundial da África, o atacante marcou golaços de todos os jeitos, chamou o jogo para si e incorporou a mística uruguaia como poucos jogadores da história haviam feito. Tanta qualidade contagiou até a FIFA, que o presenteou com o prêmio de Melhor Jogador da Copa. Em 2011, o craque seguiu com a boa fase e anotou dois gols na vitória por 3 a 0 que deu o título da Copa América ao Uruguai, taça merecidíssima e que Forlán não poderia deixar de vencer. Ídolo incontestável no país e presente em três Copas, Forlán disputou 112 jogos e marcou 36 gols pela seleção, sendo 6 gols em 10 jogos em Mundiais.

 

Arjen Robben (Holanda)

Por mais manjado que fosse seu drible, todos caíam nele. E, com a bola grudada em seus pés, poucos conseguiram desarmá-lo. Um dos mais notáveis e habilidosos pontas-direitas do futebol nos anos 2000 e 2010, Robben esbanjava velocidade e oportunismo e sempre foi uma arma perigosa de seus times e da Holanda, pela qual disputou as Copas de 2006, 2010 e 2014. Em 2010, foi um dos destaques do time vice-campeão, mas ficou marcado pelo gol que perdeu cara a cara com Casillas na final. Quatro anos depois, se redimiu com grandes jogos e uma atuação de gala nos 5 a 1 sobre a Espanha, na fase de grupos. Robben marcou 6 gols em 15 jogos disputados em Mundiais. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

David Villa (Espanha)

Maior artilheiro da Espanha com 59 gols em 98 jogos, principal homem-gol da seleção na conquista da Copa de 2010 com 5 gols e um dos mais prolíficos atacantes de seu tempo, David Villa marcou época com atuações formidáveis não só pela seleção, mas também por Valencia (entre 2005 e 2010), Barcelona (entre 2010 e 2013) e New York City (entre 2014-2018). O atacante era especialista em se desvencilhar de marcadores com muita velocidade, tinha enorme precisão no chute e muito oportunismo, além de ser capaz de chutar com as duas pernas. Com sua inteligência tática, podia até atuar mais recuado, como meia-armador, em algumas ocasiões. Ele começou a jogar pela seleção em 2005 e foi convocado até 2017. Faturou a Euro de 2008 (formando uma ótima dupla de ataque com Fernando Torres), a Copa de 2010 e só não foi para a Euro de 2012 por causa de uma fratura na tíbia que impossibilitou o atacante de estar 100% fisicamente para o torneio. O atacante participou das Copas de 2006, 2010 e 2014.

 

Cristiano Ronaldo (Portugal)

Outro fora de série que também busca um grande Mundial, CR7 já tem quatro Copas no currículo, um 4º lugar em 2006 e 7 gols em 17 jogos disputados. O craque até hoje possui um grande jogo memorável em Copas, aquele 3 a 3 contra a Espanha, em 2018, quando marcou todos os gols de Portugal. Neste ano de 2022, o craque deve disputar sua última Copa. E espera realizar grandes jogos e ajudar sua seleção a alcançar uma boa colocação.

 

Kylian Mbappé (França)

Foto: Getty Images / FIFA.

 

Ele já era conhecido pelo futebol rápido e explosivo nos tempos de Monaco, mas foi com a camisa da seleção que o jovem provou ser uma estrela na Copa de 2018. Sem se importar com o peso de uma competição como aquela e com uma maturidade impressionante para os seus 19 anos, Mbappé foi o grande destaque da França no Mundial e uma das maiores revelações do futebol em anos. Rápido, técnico e com incrível raciocínio para criar jogadas e dribles, o repertório do garoto no Mundial foi o mais variado possível e fundamental para a França sair da Rússia com o título. Disputou os sete jogos da campanha e marcou quatro gols, sendo um na fase de grupos, dois nas oitavas de final e um na final. Quatro anos depois, marcou 8 gols – três deles na final – e ajudou a França na caminhada do vice-campeonato mundial. Precisa de mais? Já está na história.

 

 

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