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Esquadrão Imortal – Barcelona 1988-1994

Barcelona 1992
Em pé: Zubizarreta, Nando, Julio Salinas, Ronald Koeman, Michael Laudrup, Stoichkov e Eusébio. Agachados: Bakero, Ferrer, Guardiola e Juan Carlos.
 

Grandes feitos: Campeão da Liga dos Campeões da UEFA (1991/1992), Campeão da Taça dos Clubes Vencedores de Taças da UEFA (1988/1989), Campeão da Supercopa da UEFA (1992), Tetracampeão espanhol (1990/1991, 1991/1992, 1992/1993 e 1993/1994), Bicampeão da Copa do Rei (1987/1988 e 1989/1990) e Tricampeão da Supercopa da Espanha (1991, 1992 e 1994).

Time base: Zubizarreta; Ferrer, Nadal, Ronald Koeman e Juan Carlos (Sergi); Amor (Eusébio Sacristán), Guardiola (Bakero) e Michael Laudrup; Stoichkov, Begiristain (Salinas) e Romário. Técnico: Johan Cruyff.

 

“O primeiro Dream Team da Catalunha”

Por Guilherme Diniz

Antes de surgir o Barcelona de Messi, Xavi, Iniesta e companhia, que encantou o mundo entre 2008 e 2012, o futebol conheceu lá no início da década de 1990 outro Barcelona brilhante, dono de um toque de bola envolvente, passes rápidos, exímios atacantes e espírito vencedor. Tudo isso graças, principalmente, a inteligência tática fora do comum de Johan Cruyff, que comandou do banco de reservas a primeira grande geração do Barcelona formada quase toda em casa, nas categorias de base. Garotos competitivos, habilidosos e identificados com o clube fizeram o Barça de 1988 a 1994 vencer 12 títulos, sendo o principal a primeira Liga dos Campeões da história do clube, em 1991/1992. O time teve estrelas como Zubizarreta, Ferrer, Guardiola (hoje técnico do clube), Koeman, Stoichkov, Laudrup e Romário e se tornou a maior potência da Espanha durante muito tempo. Naquela época, o Real Madrid virou um mero coadjuvante: a estrela era o Barça, que ganhou o apelido de Dream Team. É hora de relembrar essa mágica história.

Lenda holandesa

Depois de encerrar a carreira em 1984 sendo campeão pelo Feyenoord, Cruyff decidiu virar técnico. Ele brilhou no comando do Ajax e, em 1988, assinou contrato com o Barcelona, clube onde foi ídolo na década de 1970. Ele tinha como objetivo devolver o Barça às épocas de glórias montando uma grande equipe e fazer o torcedor catalão esquecer a decepção que foi a derrota na final da Liga dos Campeões da UEFA de 1986, ao perder nos pênaltis para o desconhecido Steaua Bucareste, da Romênia. Mas logo Cruyff faria o torcedor bem feliz. Junto com ele vieram os jogadores Begiristain, Bakero, Salinas e Lopetegi. Tempo depois, o técnico acertaria na mão ao contratar Michael Laudrup, Ronald Koeman e Stoichkov. Pronto, a espinha dorsal do “Dream Team” estava formada. Era hora de partir para os resultados.

Primeiro caneco

Gary Lineker ergue a taça da Recopa da UEFA.
 

Cruyff chegou ao time depois da conquista da Copa do Rei de 1987/1988. Ele precisava mostrar logo a que veio e manter o pique vencedor do time. A melhor ocasião foi na disputa da Taça das Taças da UEFA, na temporada 1988/1989. Na primeira fase, fáceis vitórias por 2 a 0 e 5 a 0 contra o Fram Reykjavik, da Islândia. Na fase seguinte, o time empatou os dois jogos em 1 a 1 contra o Lech Poznan, da Polônia, e conseguiu a classificação nos pênaltis. Nas quartas de final, empate sem gols e vitória por 1 a 0 contra o Aarhus, da Dinamarca. Na semifinal, o caminho foi mais fácil, e o time catalão venceu os dois jogos contra o CSKA Sofia, da Bulgária, por 4 a 2 e 2 a 1. Naquelas partidas, Cruyff conheceu o atacante Stoichkov, grande ídolo do clube búlgaro.

Encantado, o técnico ordenou a contratação dele para o ataque do Barça, e ele foi para a Espanha em 1990. Na final da competição, o Barça fez a primeira das decisões que ainda teria contra a melhor Sampdoria de todos os tempos, que tinha Pagliuca, Toninho Cerezo, Vialli e Roberto Mancini. Os italianos não foram páreos para a forte equipe espanhola, e perderam por 2 a 0. Era o primeiro título de Cruyff como técnico do Barça, logo um caneco internacional, e o estímulo que ele precisava para levar seus jogadores ao topo o quanto antes.

 

Rei da Espanha

Na temporada 1989/1990, o Barcelona não conseguiu o título espanhol, e ainda perdeu o grande atacante inglês Lineker, que entrou em atrito com Cruyff. Porém, o clube ficou ainda mais forte com as chegadas de Stoichkov, Michael Laudrup e Ronald Koeman, além da subida ao time principal de um promissor meio campista, Josep Guardiola. Com esses craques, o time conquistou o bicampeonato da Copa do Rei daquele ano, ao vencer o grande rival Real Madrid na final por 2 a 0. Enfim, o time vencia um título nacional com Cruyff no comando. Mas era hora de voltar a brilhar em território nacional, mais precisamente na Liga.

Na temporada 1990/1991 o Barcelona dominou o campeonato espanhol, tido como objetivo principal, e venceu com uma confortável margem de 10 pontos de vantagem para o vice, Atlético de Madrid. Foram 25 vitórias e apenas 6 derrotas em 38 partidas, além do melhor ataque na competição com 74 gols. A conquista selou a participação do time na próxima Liga dos Campeões da UEFA, que viraria o objeto de desejo do clube, então “virgem” no torneio. Ainda em 1991, o time venceu a Supercopa da Espanha.

Caminhada rumo à glória

Campeão espanhol, o Barcelona pôde voltar a disputar a Liga dos Campeões da UEFA. O time via na edição 1991/1992 a grande chance de, enfim, vencer pela primeira vez a competição que seu maior rival já havia ganhado seis vezes. Sem o bicho papão Milan no páreo, o caminho seria mais fácil. Mas bem árduo.

Na primeira fase, a vitória por 3 a 0 em casa com dois gols de Laudrup foram fundamentais para garantir a classificação contra o Hansa Rostock, da Alemanha, mesmo com a derrota por 1 a 0 na partida de volta. Na fase seguinte, sufoco. O time venceu o Kaiserslautern, também da Alemanha, por 2 a 0 no Camp Nou, mas perdeu fora por 3 a 1. O gol marcado na Alemanha garantiu os blaugranas na fase de grupos, fase esta que aparecia pela primeira vez no formato de disputa da Liga dos Campeões. Eram dois grupos com quatro equipes cada, sendo que o líder de cada um iria para a final. No Grupo B, o Barcelona mostrou força e ficou na primeira posição, com 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota em seis jogos. O time venceu o Sparta Praga, da Rep. Checa, por 3 a 2 em casa e perdeu por 1 a 0 fora, empatou em 0 a 0 com o Benfica (POR) em Portugal e venceu em casa por 2 a 1 e bateu o Dinamo Kyiv (RUS) por 2 a 0 na Rússia e 3 a 0 no Camp Nou. O desempenho classificou a equipe para a sonhada final.

O Barcelona reencontrou o adversário da Taça das Taças de 1989 na decisão da Liga de 1992: o Sampdoria, da Itália, então campeão italiano em 1991. O confronto reuniu duas das grandes equipes europeias da época, e que viviam grande fase em seus países. O jogo era encarado pelos italianos como revanche pelo título perdido anos antes. Para o Barça, era a chance mais clara de sua história (depois da decepção de 1986) de vencer o principal torneio europeu.

Haja coração!

O jogo, como esperado, foi um duelo muito equilibrado. A Sampdoria contava com a maior geração de craques de sua história e nunca mais teve tantos bons jogadores como Mancini, Pagliuca (goleiro da Itália na Copa de 1994), Vierchowod, o brasileiro Toninho Cerezo e Vialli. Do lado do Barça, o esquadrão já conhecido pelos torcedores e também rivais, com nomes de peso como Zubizarreta, Ferrer, Ronald Koeman, Bakero, Salinas, Laudrup, Stoichkov e Guardiola. Com tantos bons jogadores, o jogo ficou no 0 a 0 durante os 90 minutos do tempo regulamentar, placar mantido por boa parte da prorrogação. Todos achavam que aquela partida iria para os pênaltis. Até surgir uma falta para o Barcelona…

O gol de Koeman em Wembley tem lugar especial no coração de todo barcelonista.

 

 

Aos 111 minutos de jogo, o Barcelona teve uma falta a seu favor. Estava um pouco longe da área da Sampdoria, mas quando se tem alguém como o holandês Ronald Koeman (o maior zagueiro artilheiro de todos os tempos e dono de um dos chutes mais poderosos do planeta na época) no time, uma falta pode ser meio gol. Mas foi gol inteiro! Um chutaço do craque garantiu o único gol do jogo a favor do Barça, e o tão sonhado título europeu. Era a consagração definitiva para um time que jogava bonito e para frente, aos moldes da cartilha holandesa do “professor” Cruyff. Curiosamente, o Barça era campeão europeu pela primeira vez vestido de laranja, como a Holanda mágica de Cruyff. A Europa estava dominada!

 

Títulos e mais títulos

Além da conquista da Europa, o Barcelona ainda venceu a Supercopa da UEFA, ao derrotar o Werder Bremen, da Alemanha, por 3 a 1 no placar agregado (empate em 1 a 1 na Alemanha e vitória na Espanha por 2 a 1). O ano estava caminhando para ser perfeito, afinal, o time já havia vencido o Campeonato Espanhol (bicampeonato), a Supercopa da Espanha, a Liga dos Campeões da UEFA e a Supercopa da UEFA. Faltava apenas um título: o Mundial.

Atropelados por uma “Ferrari tricolor”

O Barcelona, como campeão europeu, se garantiu na disputa do Mundial Interclubes de 1992, no Japão. O adversário seria o desconhecido São Paulo, comandado por Raí, Cafu, Muller e por Telê Santana no banco. O time catalão era tido como favorito absoluto para o jogo. Era. O que se viu foi uma partida sensacional do time brasileiro, que, mesmo com o gol inicial de Stoichkov para o Barça, conseguiu a virada com dois gols de Raí, sendo o segundo um golaço de falta. O time espanhol perdia a chance de ser campeão mundial, e Cruyff diria após a partida a famosa frase: “se é para ser atropelado, melhor que fosse por uma Ferrari”, em referência ao baile que o São Paulo deu no Barcelona. Leia mais sobre esse jogo clicando aqui.

 

Decepção europeia, glória nacional

Defendendo o título europeu, o Barcelona fracassou na luta pelo bicampeonato ao ser eliminado de maneira surpreendente e inexplicável pelo CSKA, da Rússia, na segunda fase da Liga dos Campeões da UEFA, antes mesmo da fase de grupos. O time catalão arrancou um empate na Rússia em 1 a 1 e todos achavam que a classificação no Camp Nou seria concretizada com uma vitória simples. Mas o time russo venceu de virada por 3 a 2 após estar perdendo por 2 a 0. Foi uma das maiores zebras da história da Liga, tanto é que o CSKA ficou na última posição na fase de grupos sem vencer nenhum jogo. A eliminação tão precoce causou um pouco de revolta na torcida, pois a queda de rendimento era inaceitável. Para amenizar o problema, o time tratou de se empenhar em sua casa, e venceu pela terceira vez seguida o campeonato espanhol, em 1992/1993. No mesmo ano de 1993, o Barça anunciava seu mais novo reforço: Romário. O baixinho seria fundamental para mais um título.

 

Muito futebol. E muitas brigas…

A chegada de Romário obrigou o técnico Cruyff a fazer rodízio com seus jogadores. Afinal, era complicado manter em um mesmo time jogadores com egos tão inflados como Stoichkov, Laudrup e Romário. Porém, o jogador brasileiro logo tratou de mostrar que ele era a estrela principal, marcando uma enxurrada de gols e ajudando o Barça a conquistar o inédito tetracampeonato espanhol, conseguindo um título que parecia perdido para o La Coruña. Os times terminaram empatados em pontos, e o campeão foi decidido na comparação com os dois jogos entre eles, obedecendo ao segundo critério de desempate do campeonato. Como o Barça venceu o La Coruña por 3 a 0 no Camp Nou e perdeu por apenas 1 a 0 na casa do adversário, o time foi o campeão. O ponto alto foi a goleada por 5 a 0 sobre o Real Madrid no Camp Nou, com show de Romário, que marcou três vezes e ainda deu passe para outro gol. O baixinho seria ainda o primeiro e único artilheiro do clube na saga do tetra, com 30 gols. Nas outras três conquistas, o time catalão não fez o artilheiro. O time ainda venceria a Supercopa da Espanha em 1994.

Em um 11 ideal do Barça, qualidade do ataque e do meio de campo davam tranquilidade para a defesa.
Em um 11 ideal do Barça, qualidade do ataque e do meio de campo davam tranquilidade para a defesa.

 

 

Outra chance europeia

Novamente campeão nacional, o Barcelona disputou a Liga dos Campeões da UEFA de 1993/1994 como favorito, ainda mais com a chegada de Romário. O time queria apagar o verdadeiro “papelão” que protagonizara no ano anterior. Na primeira fase, o clube perdeu por 3 a 1 em Kiev para o Dínamo, mas venceu em casa por 4 a 1 e conseguiu a classificação. Na segunda fase, o fantasma foi espantado e o time eliminou o Austria Viena com duas vitórias: 3 a 0 e 2 a 1. Classificado, o time sobrou no Grupo A e terminou invicto, com 4 vitórias e 2 empates, passando fácil por Galatasaray, Spartak Moscow e Monaco. Na sequência, o Barça enfrentou o Porto nas semifinais e venceu por 3 a 0, em jogo único, no Camp Nou, com dois gols de Stoichkov e um de Koeman. O time estava na final. Contra o Milan.

Apagão

O estádio Olímpico de Atenas, na Grécia, recebeu duas equipes bem distintas na final da Liga dos Campeões de 1994: de um lado, o grande Barcelona, com suas estrelas que dominavam a Espanha e queriam conquistar a Europa mais uma vez. Do outro, o Milan, que não era mais aquele time sensacional do início da década de 90, mas ainda tinha ótimos jogadores, comandados pelo estrategista Fabio Capello. O clube de Milão havia sido vice-campeão na temporada anterior, e queria o título para apagar a decepção. Do lado do Barça, era a chance de colocar aquele time de vez na história como um dos melhores de todos os tempos. Mas o favorito clube espanhol parece não ter entrado em campo. O Milan massacrou os blaugranas por 4 a 0. Isso mesmo, 4 a 0.

O time comandado por Cruyff simplesmente não viu a cor da bola. Romário? Anulado pela zaga italiana. Koeman? Teve de ficar na zaga e não pôde avançar como de costume. As outras estrelas? Ou não jogaram nada ou cometeram erros bisonhos, como em um que resultou no golaço de Savicevic, do Milan. Era o fim do sonho do bicampeonato, e o início de nuvens negras na cabeça do técnico Cruyff, que parecia ter achado que o título europeu viria com um pé nas costas. Mas ele não deveria ter menosprezado um adversário como o Milan, que tinha Tassotti, Albertini, Maldini, Donadoni, Desailly e Massaro. A consolação foi que o artilheiro da Liga naquele ano foi do time catalão: Koeman, com 8 gols.

 

 

O fim de uma geração de ouro

A trágica derrota na final da Liga dos Campeões colocou ponto final naquele time de estrelas. Laudrup, Romário, Koeman e Stoichkov deixaram o clube entre 1994 e 1995, e desestruturaram a base que encantou a Espanha e a Europa por muitos anos. O técnico Cruyff foi outro que deixaria o time. Era o fim da primeira geração de ouro que o Barcelona conseguiu montar. O Dream Team deu ao torcedor o gosto de vibrar pela primeira vez com um título da Liga dos Campeões da UEFA, de comemorar quatro campeonatos espanhóis seguidos e de ver a galeria de títulos do clube ficar ainda mais recheada. De quebra, todos os títulos foram conquistados com o mais fino futebol, cheio de técnica, ousadia, precisão e muitos gols. Claro, a geração atual do Barça é anos luz melhor que a primeira. Mas o embrião de tudo isso, de toda essa magia catalã que encanta o mundo desde 2009, é o grande Barcelona de Koeman, Zubizarreta, Amor, Nadal, Sergi, Stoichkov, Laudrup, Guardiola (o jogador!), Romário e muitos outros. Um time marcado para sempre no coração do torcedor.

Os personagens:

Zubizarreta: foi uma das maiores lendas do futebol espanhol e um dos maiores goleiros da história de seu país. Jogou de 1986 até 1994 no Barcelona, vivendo os maiores momentos do clube no período. Conquistou 11 títulos pelo clube catalão e disputou mais de 125 jogos pela seleção espanhola.

Ferrer: outro grande ídolo do clube, Albert Ferrer passou mais de 10 anos vestindo o azul e grená do Barcelona. Exímio defensor, integrou a seleção espanhola campeã olímpica nas Olimpíadas justamente de Barcelona, em 1992. Ganhou 14 troféus no clube.

Nadal: foi um dos pilares da sólida defesa do Barça naquele Dream Team. Miguel Angel Nadal disputou mais de 200 jogos pelo clube e ficou conhecido como “Besta de Barcelona”, por seu impecável futebol. Jogava, às vezes, como meio campista, também.

Ronald Koeman: depois de brilhar no PSV, Koeman tratou de virar estrela mundial no Barcelona. Virou um dos maiores ídolos da história do clube e é lembrado até hoje pelo gol salvador que deu o primeiro título da Liga dos Campeões da UEFA ao clube. Perfeito na zaga e absurdamente eficiente também no ataque, o zagueiro com maior número de gols na história do futebol fez 102 em 345 jogos pelo Barça. Um mito. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Juan Carlos: não foi “rei”, mas fez boas partidas na lateral do clube. Jogou de 1991 até 1994 no Barça. Disputou a final da Liga de 1992 e não comprometeu. Era coadjuvante em um time de estrelas.

Sergi: outro revelado na base do Barcelona, Sergi Barjuan subiu para o time profissional em 1993, revelando-se um dos grandes laterais de seu tempo. Disputou mais de 260 jogos pelo clube catalão. De 1994 até 2002, disputou 56 partidas pela Espanha.

Amor: Guillermo Amor foi revelado pelo Barça em 1985, e em 1988 começou a fazer história no clube. Disputou 550 partidas e marcou 89 gols, sendo um dos maiores em número de jogos pelo time. Amor foi símbolo do Barça por 10 anos, referência em qualidade no passe, presença surpresa no ataque e ótima marcação. É um dos recordistas em títulos pelo clube: 18 canecos.

Sacristán: meio-campista, Eusebio Sacristán disputou 203 partidas pelo clube em quase 10 anos, conquistando muitos títulos. Coadjuvante num time de estrelas.

Guardiola: “Pep” foi um dos maiores jogadores da história do Barça antes de se tornar um dos maiores treinadores do time. Volante com extrema qualidade e dono de uma visão de jogo estupenda, Guardiola disputou 472 partidas de 1990 até 2001 no Barça, e teve o prazer de jogar ao lado das várias lendas que desfilaram pelo clube no período, entre eles, Romário, Stoichkov, Laudrup, Ronaldo e Rivaldo. É outro símbolo da genialidade do futebol catalão e da qualidade das categorias de base do clube.

Bakero: outro brilhante meio-campista e meia-atacante, José Bakero disputou 432 partidas em nove anos de Barcelona, marcando 115 gols. Como começou a careira como atacante, tinha muita vocação ofensiva. Foi herói do time na campanha da Liga dos Campeões de 1991/1992, quando marcou o gol que deu a classificação ao time na segunda fase da competição, contra o Kaiserslautern, da Alemanha.

Michael Laudrup: era o artista do Dream Team catalão. O dinamarquês orquestrava o time no ataque com passes, jogadas e dribles incríveis. Foi um dos maiores jogadores da história de seu país, e disputou 288 partidas pelo Barça, marcando 93 gols. Infelizmente deixou o time pela porta dos fundos, para jogar no maior rival, o Real Madrid. Mesmo assim, foi um dos maiores do Barcelona na história. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Begiristain: “Txiki Begiristain” como ficou conhecido foi um dos grandes atacantes do Barça na década de 90. Disputou 419 jogos pelo clube e marcou 121 gols. Foram quase 10 anos vestindo a camisa azul-grená.

Salinas: Julio Salinas foi centroavante do Barça de 1988 até 1994, conquistando diversos títulos pelo clube. Com a chegada de Sotichkov e Romário, perdeu espaço, mas conseguiu marcar mais de 60 gols em 146 jogos pelo clube.

Stoichkov: o maior jogador da Bulgária em todos os tempos, Hristo Stoichkov foi um dos maiores atacantes do final da década de 80 e início da de 90. Tinha um faro de gol absurdo e muita habilidade. Marrento e falastrão, Stoichkov tinha o estilo parecido com o de Romário, que seria seu companheiro de clube. Marcou mais de 75 gols em 151 jogos pelo time, e se denominava “Cristo”, em referência ao nome, como ele mesmo disse uma vez: “Existem apenas dois Cristos. Um joga no Barcelona, o outro está no paraíso”. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Romário: o baixinho viveu seu melhor momento na carreira jogando no Barcelona. Ele simplesmente arrasou em sua primeira temporada no clube, e foi o artilheiro do campeonato espanhol de 1993/1994 com 30 gols em 33 jogos, um fenômeno. Porém, suas constantes e habituais ausências nos treinamentos levaram o craque a deixar o Barça em 1995. Foi uma passagem curta, porém, para sempre marcante. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Johan Cruyff (Técnico): um dos maiores ídolos da história do Barcelona dentro de campo, Cruyff foi marcante também do banco de reservas. Com seu conhecimento tático fora do comum, bem como habilidade em transformar jogadores comuns em ótimos, o holandês fez do Barça uma máquina de jogar bola nos oito anos em que esteve à frente do clube. Sua filosofia mudou para sempre o modo de jogo do time e como eram tratadas as categorias de base. O reflexo está aí, para o mundo todo ver: o Barça que dá show hoje só é real graças, principalmente, a Johan Cruyff. Foi um gênio do futebol, para sempre. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Cruyff e Guardiola: mestres de gerações distintas e vitoriosas.
 

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