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Esquadrão Imortal – Milan 2006-2007

Em pé: Maldini, Dida, Oddo, Nesta, Ambrosini e Seedorf. Agachados: Inzaghi, Kaká, Gattuso, Pirlo e Jankulovski.

 

Grandes feitos: Campeão do Mundial de Clubes da FIFA (2007), Campeão da Liga dos Campeões da UEFA (2006-2007) e Campeão da Supercopa da UEFA (2007). Foi o primeiro clube a conquistar o Tetracampeonato Mundial de Futebol.

Time-base: Dida; Oddo, Maldini, Nesta e Jankulovski; Gattuso, Ambrosini, Pirlo e Seedorf; Kaká; Inzaghi (Gilardino). Técnico: Carlo Ancelotti.

 

A vingança pode ser plena e não envenenar

Por Guilherme Diniz

O seriado mexicano “Chaves”, que fez (e ainda faz) gerações rirem à beça com as artimanhas de Quico, Seu Madruga e companhia, ensinou às crianças que “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”. Porém, essa frase não se aplica a tudo, ainda mais quando o assunto é futebol. O Milan, em 2007, mostrou que em isoladíssimos casos é possível se vingar de forma plena e não se “envenenar”. Em apenas um ano, a equipe mais vitoriosa da Itália se vingou de dois algozes do passado: Liverpool (ING) e Boca Juniors (ARG). Os ingleses, que assombraram os italianos com o título inesperado da Liga dos Campeões da UEFA de 2005, foram derrotados pelo Milan na final da mesma competição, em 2007. Em dezembro, no Japão, foi a vez dos argentinos do Boca levarem um chocolate rossonero na final do Mundial de Clubes, quando o Milan vingou a derrota de 2003 na mesma competição – que na época ainda não era organizada pela FIFA.

A torcida do time de Milão pôde, enfim, vibrar como nunca e ver o clube atingir um patamar único no futebol: ser o primeiro time a conquistar quatro vezes o título mundial de clubes, além de ser uma das poucas a ter vencido a competição nos três formatos de disputa que já existiram: jogos de ida e volta (1969), jogo único no Japão (1989 e 1990) e mata-mata, organizado pela FIFA (2007). De quebra, a equipe de Maldini, Nesta, Dida, Gattuso, Pirlo e Kaká deixou os rivais locais (Inter e Juventus) ainda mais distantes com 7 títulos europeus, contra dois da Juve e, na época, dois da Inter (que levou o tri em 2010). E pensar que o Milan nem ia disputar a UCL… É hora de relembrar o último grande Milan. E os lampejos de gênio de Kaká.

 

No limbo

 

Em 2006, o futebol italiano foi acometido novamente por um escândalo de manipulação de resultados. A exemplo do ocorrido na década de 1980, times, jogadores e diretores foram punidos e a moral do país da bota foi abalada de maneira considerável. A Juventus foi rebaixada e perdeu dois títulos conquistados no campo, e o Milan foi punido com a perda de 15 pontos, banimento da Liga dos Campeões e posterior rebaixamento à Série B. Porém, o rossonero fez valer o poder de seu mandatário, Silvio Berlusconi, e conseguiu apelar contra a punição. Resultado: o clube não caiu para a Série B, mas teve que iniciar a Série A com 8 pontos a menos e começar a Liga dos Campeões da UEFA na fase preliminar, e não na fase de grupos. Ficou barato para o time rossonero, que poderia apagar a mancha em sua imagem jogando futebol.

 

Time de respeito

Mesmo com tantas polêmicas e acusações, o Milan tinha uma ótima equipe. Seria mesmo uma judiação colocar um esquadrão que tinha Dida, Nesta, Maldini, Gattuso, Pirlo, Ambrosini, Seedorf e Kaká fora da Liga dos Campeões e até mesmo do Campeonato Italiano. O time ainda mantinha a base vencedora da Liga dos Campeões da UEFA de 2003 e vice da de 2005, e vencedora do Campeonato Italiano de 2004. No auge da forma física, entrosado ao máximo com os companheiros de Milan e querendo dar a volta por cima após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, Kaká faria de 2006 e 2007 os melhores anos de sua carreira sendo decisivo, histórico, contribuindo com assistências e marcando muitos gols ao lado de Inzaghi. No meio de campo, Pirlo, Gattuso, Ambrosini e Seedorf davam a criatividade, mobilidade e segurança para o time ser eficiente tanto na marcação quanto no ataque. Na zaga, a dupla Maldini e Nesta era sinônimo de proteção e eficiência, deixando o goleiro Dida muito bem servido. O Milan tinha, realmente, uma equipe de respeito. E pronta para fazer bonito.

 

Inflando o sangue copeiro

O Milan, historicamente, é a equipe mais europeia da Itália. O time sempre vai bem em competições continentais e quase sempre figura nas semis ou finais. E mostrou exatamente essa faceta copeira na Liga dos Campeões da UEFA 2006-2007. Obrigado a estrear na fase preliminar, o clube italiano eliminou o Estrela Vermelha ao vencer os dois jogos: 1 a 0 e 2 a 1. As vitórias levaram a equipe ao Grupo H da Liga, ao lado de Lille, AEK Atenas e Anderlecht. Um grupo fácil, mas que o Milan penou para avançar. O primeiro jogo foi tranquilo, com vitória em casa por 3 a 0 sobre o AEK, gols de Inzaghi, Gourcuff e Kaká. No jogo seguinte, empate sem gols contra o Lille, na França. Contra o Anderlecht, na Bélgica, vitória magra por 1 a 0, gol de Kaká. No returno do grupo, goleada por 4 a 1 contra os belgas, em Milão, com show de Kaká, que marcou três gols (o outro foi de Gilardino). Até aí, a equipe estava muito bem, mas nos jogos seguintes pane geral e duas derrotas: 1 a 0 para o AEK, na Grécia, e 2 a 0 para o Lille, em pleno San Siro. Mesmo com as derrotas, o time italiano conseguiu avançar em primeiro no grupo, com 10 pontos. A partir de agora, porém, não havia chances para erro.

 

Todas as fichas na Europa

 

Se no Italiano o Milan não tinha chance alguma de título (a Inter seguia absoluta rumo ao caneco, graças à punição imposta aos clubes com a perda de pontos), na UCL a equipe apostou todas as suas fichas. O primeiro duelo no mata-mata foi contra o Celtic. No primeiro jogo, na Escócia, empate sem gols. Na volta, o placar voltou a se repetir e o jogo foi para a prorrogação. Com apenas três minutos, Kaká, sempre ele, marcou o único gol, garantindo a vitória por 1 a 0.

 

Nas quartas de final, duelo de gigantes contra o Bayern München. No primeiro jogo, em Milão, Pirlo abriu o placar para os rossoneros. No segundo tempo, Van Buyten empatou, aos 78´, mas Kaká, de pênalti, deixou o Milan na frente. Quando a torcida já cantava a vitória, o mesmo Van Buyten empatou de novo, nos acréscimos. Será que o Milan seria capaz de derrotar o Bayern em plena Allianz Arena? Ora, mas é claro! Aliando toda a sua experiência e frieza, o Milan acabou com os alemães ainda no primeiro tempo, com gols de Seedorf, aos 27´, e Inzaghi, aos 31´. Após isso, foi só garantir a proteção na defesa e comemorar a vitória por 2 a 0 e a sonhada vaga nas semifinais. Atenas, sede da final, estava bem mais perto.

 

Despachando o primeiro inglês

O Milan encarou o poderoso Manchester United, de Cristiano Ronaldo e Rooney, nas semifinais da Liga dos Campeões da UEFA 2006-2007. No primeiro jogo, em Manchester, a equipe da casa contou com o apoio de mais de 72 mil torcedores e partiu pra cima do Milan. Cristiano Ronaldo, logo aos 5´, abriu o placar para os Red Devils. Mas o Milan tinha Kaká, que empatou aos 22´e virou aos 37´ em um dos mais lindos gols de sua carreira, quando ganhou na dividida de um jogador do Manchester, aplicou um chapéu em Heinze, tirou mais um com um leve toque de cabeça, e chutou no canto de Van der Sar: uma obra de arte histórica!

A própria torcida do Manchester United aplaudiu o jogador após esse golaço, em reverência ao talento do brasileiro no Teatro dos Sonhos. De fato, aquilo era um sonho se tornando realidade! O resultado era o melhor dos mundos para o Milan, mas o Manchester não se abalou. Rooney se endiabrou, marcou dois gols (um deles já nos acréscimos) e garantiu a vitória, de virada, do time inglês por 3 a 2 em uma das melhores partidas daquela Liga. Mas tinha a volta…

 

Cristiano Ronaldo (à dir.) pede a bola para Nesta, em 2007: o Milan só iria devolver depois de faturar o hepta da Liga.

 

No San Siro o bicho pega!

Um dilúvio caiu no San Siro naquele dia 02 de maio de 2007. Mas nem torcida nem Milan se importaram. Com mais de 80 mil pessoas, o San Siro viu uma apresentação de gala do time italiano, que sufocou o Manchester desde o início e goleou: 3 a 0, gols de Kaká, aos 11´, Seedorf, aos 30´, e Gilardino, aos 78´. Os ingleses abusaram de cometer erros (inadmissível contra uma equipe letal como o Milan) e foram derrotados categoricamente. O Milan chegava a mais uma final de Liga. Curiosamente, o adversário era o mesmo de sua última decisão: o Liverpool.

 

Para enterrar o fantasma

O Estádio Olímpico de Atenas, na Grécia, recebeu dois titãs do futebol europeu: Milan e Liverpool. A cidade grega trazia boas recordações aos italianos, afinal, foi lá que o Milan conquistou o pentacampeonato da Liga dos Campeões ao golear o Barcelona de Romário por 4 a 0, em 1994. Mas o time rossonero tinha pela frente um rival duríssimo e que trazia as piores recordações da centenária história do Milan. Foi contra o Liverpool, em 2005, que o Milan perdeu seu título mais ganho: a Liga dos Campeões, ao deixar os ingleses empatarem um jogo que era vencido pelo clube italiano por 3 a 0, placar construído apenas no primeiro tempo, e vencerem a decisão nos pênaltis. A maioria dos jogadores do Milan que estava na final de 2005 também estava em campo para o grande jogo de 2007. Era impossível não se lembrar daquele fatídico dia. Mas o time italiano estava com a faca entre os dentes, contava com Kaká no auge da forma e tinha todas as armas para vingar de uma vez por todas aquela dolorosa derrota.

 

Inzaghi vibra: atacante marcou dois e sacramentou o caneco!

 

O jogo foi bem disputado, com o Milan tendo mais posse de bola e o Liverpool mais agressivo quando chegava ao ataque. Depois de algumas chances, foi o Milan quem abriu o placar, com o matador Inzaghi, no final do primeiro tempo, após resvalar um chute de Pirlo. Na segunda etapa, Inzaghi, aos 82´, marcou o segundo gol do Milan após um passe magistral de Kaká, que enganou a marcação e deixou o companheiro livre na grande área. O tento praticamente liquidou o jogo, mas o Liverpool diminuiu com Kuyt, aos 89´, e deu um sufoco danado ao time de Milão. Porém, o placar ficou nisso: 2 a 1 para o Milan e muita festa em Atenas. A equipe, enfim, conquistava a sétima Liga dos Campeões de sua história e vingava a derrota para o Liverpool em 2005. O primeiro fantasma estava enterrado! Foi a coroação de Kaká, artilheiro da UCL com 10 gols e o melhor jogador do torneio.

 

 

Recordista em Supercopas

Depois do título europeu, o Milan continuou escrevendo sua história. Em agosto, a equipe derrotou o Sevilla (bicampeão da Copa da UEFA) por 3 a 1, com gols de Inzaghi, Jankulovski e Kaká, e conquistou sua quinta Supercopa da UEFA, tornando-se o maior vencedor do torneio. O homem do jogo foi Pirlo e o Milan seguiu embalado para o último desafio do ano: o Mundial de Clubes da FIFA.

O Milan de 2007: além de marcar muito e não deixar espaços, o meio de campo rossonero sabia muito bem o que fazer com a bola no pé.
O Milan de 2007: além de marcar muito e não deixar espaços, o meio de campo rossonero sabia muito bem o que fazer com a bola no pé.

 

Para ser o maior

Desde a consolidação da FIFA como organizadora do Mundial de Clubes, em 2005, nenhum europeu havia vencido a competição. São Paulo, em 2005, e Internacional, em 2006, fizeram a festa nas duas primeiras edições, deixando Liverpool e Barcelona pelo caminho, respectivamente. Mas o Milan tratou de iniciar a hegemonia europeia no torneio (que dura desde então, com apenas a interferência do Corinthians, em 2012) naquele ano de 2007. O time estreou na semifinal com uma vitória magra sobre o Urawa Red Diamonds, do Japão, por 1 a 0, gol de Seedorf. A vitória magra foi muito contestada pela imprensa, principalmente pela argentina (apoiando o Boca Juniors), que cutucou os italianos ao dizer “Milan: para ganhar, tem que entrar em campo e fazer gol”. As farpas duraram até a grande final entre Milan e Boca Juniors, uma reedição da decisão do torneio em 2003.

 

A última vingança

O Milan teve pela frente o Boca Juniors de Palermo, Palacio, Battaglia, Ibarra e Neri Cardozo na final do Mundial de Clubes de 2007. O time italiano tinha a segunda oportunidade de vingança na temporada, afinal, já havia enterrado o algoz Liverpool na Liga dos Campeões. Os italianos não haviam digerido a derrota no Mundial de 2003, nos pênaltis, por 3 a 1, que tirou do Milan a chance do tetra. Mas o time tinha a chance novamente. Quem vencesse, seria tetracampeão mundial e o primeiro a ser campeão em todos os formatos de disputa da história do Mundial. Era um jogo histórico. E foi.

 

O Milan começou melhor e abriu o placar com Inzaghi, aos 21´. Apenas um minuto depois, Palacio empatou para o Boca. Se a primeira etapa foi de equilíbrio, a segunda foi de show rossonero, ou melhor, de Kaká. O zagueiro Nesta deixou o Milan na frente, aos 5´, Kaká fez um golaço aos 16´e deu um passe magistral para Inzaghi transformar a vitória em goleada: 4 a 1. O Boca ainda diminuiu com um gol contra de Ambrosini, mas nem assustou: Milan 4×2 Boca Juniors.

 

O time de Milão se consagrava como o primeiro tetracampeão mundial de futebol. Foi a coroação definitiva de Kaká, que naquele mesmo mês de dezembro de 2007 venceu o prêmio de Melhor Jogador do Mundo pela FIFA e também o Ballon d’Or da revista France Football, coroando um ano mágico, único, incontestável ele venceu também o prêmio de Melhor Jogador do Mundial. O Milan fazia história. E virava o maior copeiro do planeta na época com 18 canecos internacionais.

 

 

O fim de um grande time

Depois dos títulos de 2007, o Milan caiu de produção e não brilhou mais na Europa. A equipe perdeu seu capitão, Maldini, que se aposentou, e Kaká para o Real Madrid. O time envelheceu e não acompanhou o ritmo dos rivais, que conquistaram vários títulos (principalmente a Internazionale) e deixaram o clube rossonero como mero coadjuvante. O Milan levou o Campeonato Italiano de 2011, mas sem brilho. A equipe passa por um longo processo de reformulação e tenta voltar aos tempos de ouro sem nomes como Maldini, Nesta, Gattuso, Inzaghi, Seedorf e Pirlo. É hora de se reinventar, apostar nos jovens e voltar a ser o grande e sempre imponente Milan, que ainda recorda com carinho os feitos marcantes do esquadrão de 2007. Um esquadrão imortal.

 

Os personagens:

Dida: frio como gelo, Dida foi o paredão do Milan por muitos anos e conquistou sua segunda Liga dos Campeões em 2007 (a primeira havia sido em 2003). Imponente, decisivo e seguro, foi um dos grandes goleiros da história do clube e é considerado o maior do Milan em todos os tempos. Leia mais clicando aqui.

Oddo: não tinha a mesma consistência e apoio que Cafu, em seus tempos áureos, mas foi importante nas conquistas do Milan em 2007. Era forte na marcação e ajudava a liberar os meias do time. Atuou ainda em 34 partidas pela seleção italiana de 2002 até 2008.

Maldini: eterno capitão e símbolo do Milan, Maldini fez seu grand finale em 2007. Virou zagueiro, jogou otimamente bem como sempre e levantou sua 5ª Liga dos Campeões e seu 3º Mundial de Clubes. Ícone e um dos maiores ídolos da história do clube italiano, Maldini se aposentou em 2009, bem como sua camisa de número 3, eternizada para sempre no clube de Milão. Leia mais clicando aqui.

Nesta: sem contusões graves, Alessandro Nesta pôde, enfim, mostrar toda a sua qualidade na zaga do Milan com ótimas atuações e até alguns gols (como na final do Mundial) em 2007. Fez, ao lado de Maldini, uma zaga segura e eficiente, lembrando os tempos áureos do início da década de 1990 do Milan. Leia mais sobre ele clicando aqui!

Jankulovski: assumiu a lateral-esquerda do time rossonero e não comprometeu. Era mais efetivo no ataque que Oddo e ajudava, também, na marcação. Foi eleito, em 2007, o jogador tcheco do ano. Deixou o Milan em 2011.

Gattuso: um leão no meio de campo, Gattuso era eficiente quando preciso e “bruto” quando os adversários tinham a bola. Símbolo da raça da equipe, o italiano colecionou títulos no Milan e foi ídolo. Foi campeão do mundo com a Itália, em 2006.

Ambrosini: muito identificado com o Milan, Ambrosini ajudou muito o meio de campo do time em 2007. Fez ótimas partidas e foi crucial para o sucesso do clube nas conquistas rossoneras com sua grande habilidade no desarme e nas jogadas aéreas.

Pirlo: maestro, Pirlo foi o homem da criação no meio de campo e dava bolas açucaradas para Kaká, Seedorf e Inzaghi fazerem estragos nas zagas adversárias. Perfeito nas bolas paradas e com uma visão de jogo sensacional, Pirlo foi um dos maiores jogadores da história do Milan e do futebol italiano e mundial. Deixou a equipe em 2011 para ser campeão italiano pela Juventus. Outro campeão mundial pela Itália, em 2006. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Seedorf: colecionador de títulos, Seedorf é exemplo de longevidade e eficiência. Perfeito nos lançamentos, nas subidas ao ataque e até na marcação, o holandês se transformou em um dos maiores jogadores do futebol mundial e se consagrou de vez no Milan. Leia mais clicando aqui.

Kaká: viveu o auge da carreira no Milan e jogou muito, mas muito, em 2007. Ganhou, em um só ano, os prêmios de Melhor Jogador do Mundo pela FIFA, Bola de Ouro da France Football, Melhor Jogador da Liga dos Campeões da UEFA, Melhor Jogador do Mundial de Clubes da FIFA, Artilheiro da Liga dos Campeões da UEFA, Melhor Jogador do Campeonato Italiano, Jogador do Ano da UEFA, entre outros. Atuando mais avançado, quase como um atacante, Kaká virou o maior xodó do Milan no período e marcou de vez seu nome na história do clube. Sem ele, dificilmente o Milan teria ido longe na Liga. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Inzaghi: mostrou como nunca seu faro de “artilheiro das decisões” ao marcar gol nas três finais do Milan na temporada: Liga dos Campeões da UEFA (dois gols), Supercopa da UEFA (um gol) e Mundial de Clubes da FIFA (dois gols). Matador, rápido e muito bom no posicionamento, Inzaghi foi ídolo no Milan e no futebol italiano como um todo. É um dos maiores artilheiros de competições europeias da história com 70 gols marcados e recordista de hat-tricks na história do Campeonato Italiano (10). Inzaghi deixou o Milan em 2012, aos 38 anos, e se aposentou dos gramados.

Gilardino: foi o curinga da equipe e marcou gols muito importantes (inclusive na Liga dos Campeões da UEFA). Sem muito espaço, deixou o clube em 2008.

Carlo Ancelotti (Técnico): antes de ser treinador, Ancelotti jogou no mítico Milan de Gullit, Rijkaard, Van Basten e Baresi, bicampeão europeu e Mundial em 1989 e 1990. Depois disso, virou técnico, e faturou mais duas Ligas dos Campeões, em 2003 e 2007, no mesmo Milan. Soube usar de maneira perfeita seus melhores jogadores, tornou o time copeiro como sempre, e fez história. Deixou a equipe em 2009. Ganhou 8 títulos como técnico do Milan de 2001 até 2009. Virou um símbolo, também, no Real Madrid, pelo qual venceu a Liga dos Campeões da UEFA de 2013-2014.

 

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Comentários encerrados

9 Comentários

  1. Cara, parabéns pelo conteúdo. Excelente. Estou escrevendo um livro e precisava muito de informações sobre o Milan. Obrigado por cada detalhe. E sem dúvidas essa equipe dava gosto de vê-la em campo, era o Barcelona da época e Kaká estava impecável.

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