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As 16 Maiores Seleções do Imortais!

PS: a foto acima não está na ordem. Bem, nem precisava... É só timaço! Que deleite! :)
PS: a foto acima não está na ordem. Bem, nem precisava… É só timaço! Que deleite! 🙂

 

Por Guilherme Diniz

 

A tarefa de escalar uma seleção é árdua, mas também prazerosa – imagine ter o privilégio de escolher qualquer jogador do planeta para formar um time? Por isso que as seleções, quando brilham e conquistam títulos, conseguem marcas na história do esporte de maneira única. Elas moldam décadas, inspiram times e técnicos e rotulam um período, uma era. O Imortais já contou a trajetória das maiores seleções de todos os tempos, que já somam mais de 50 equipes, desde os anos 1920 até 2022. E, a exemplo do que fizemos com os maiores esquadrões já relembrados por aqui, não poderíamos deixar de listar as maiores seleções nesses oito anos de Imortais!

Os critérios são os mesmos que utilizamos para a lista dos esquadrões: talento do time, títulos conquistados, importância para o desenvolvimento do futebol e de determinadas competições, inovações táticas e técnicas e o quão popular foi cada seleção na memória do amante do esporte. E a foto da seleção não necessariamente é a mesma do 11 ideal. Como a quantidade de seleções é proporcionalmente menor do que de esquadrões, o número final também é mais enxuto, por isso selecionamos apenas 16 equipes. Boa leitura! 🙂

 

16º Brasil 1997-1999

Em pé: Júnior Baiano, Taffarel, César Sampaio, Aldair, Cafu e Rivaldo. Agachados: Roberto Carlos, Ronaldo, Denílson, Romário e Dunga.

 

Grandes feitos: Bicampeã Invicta da Copa América (1997 e 1999), Campeã da Copa das Confederações da FIFA (1997) e Vice-campeã da Copa do Mundo da FIFA (1998). Conquistou a primeira Copa América fora de casa e o primeiro bicampeonato continental da história da Seleção Brasileira.

11 ideal: Taffarel; Cafu, Aldair, Júnior Baiano e Roberto Carlos; Dunga, César Sampaio, Denílson e Rivaldo; Ronaldo e Romário. Técnicos: Zagallo (1997-1998) e Vanderlei Luxemburgo (1998-1999).

Por que está aqui: imagine dois dos maiores goleiros da história do Brasil e do mundo jogando na mesma época, à disposição. Imagine dois dos maiores laterais da história do Brasil e do mundo juntos, no mesmo time. Imagine dois dos maiores centroavantes do planeta juntos, no mesmo time. Imagine um dos maiores meias da história nesse mesmo time. Imagine várias opções de bons jogadores para a proteção do meio de campo. Time perfeito? Quase. A defesa era o ponto fraco. No entanto, todas as qualidades descritas conseguiam suprir esse pequeno porém. E, com grandes jogos e ineditismo, esse time assumiu o protagonismo em um território antes dominado por portenhos: a América do Sul. Entre 1997 e 1999, a Seleção Brasileira de futebol conseguiu títulos históricos da Copa América jogando fora de casa, algo que ela jamais havia alcançado. Naquela reta final de século, ela tratou de mudar a sua própria história com títulos na Bolívia e no Paraguai destroçando quem via pelo caminho com um time de craques e um ataque devastador, que se reinventava a cada momento.

A dupla Ro-Ro, formada pelos gênios Romário e Ronaldo, deram uma média superior a três gols por jogo à seleção e formaram uma das mais lendárias duplas de ataque da história, algo que pouca gente notou na época. Com eles, o Brasil faturou a Copa das Confederações e a Copa América de 1997. Depois, Ronaldo e Amoroso formaram a dupla do bicampeonato de 1999. E, para ajudar esses diferentes duos, muita qualidade nos pés de Rivaldo, Djalminha, Juninho Paulista, Denílson, Zé Roberto, Leonardo e os laterais Cafu e Roberto Carlos. Naquela época, ver a seleção era uma atração. Um acontecimento. Uma equipe que praticamente não perdia. Líder inalcançável no ranking da FIFA. Era o time do momento, a camisa mais famosa da Terra. Multidões paravam para ver. Era bonito demais. Emocionante demais. Só um adversário atrapalhou aquela história: a França de Zidane, na Copa do Mundo de 1998. Bem, nem tudo é perfeito… Leia mais clicando aqui!

 

15º Áustria 1930-1936

Grandes feitos: Campeã da Copa Internacional da Europa Central (1931-1932), 4ª colocada na Copa do Mundo da FIFA (1934) e Medalha de Prata nas Olimpíadas de Berlim (1936).

11 ideal: Rudolf Hiden; Karl Rainer e Karl Sesta; Karl Gall, Josef Smistik e Walter Nausch; Karl Zischek, Friedrich Gschweidl, Matthias Sindelar, Josef Bican e Adolf Vogl. Técnicos: Hugo Meisl e Jimmy Hogan.

Por que está aqui: Na Europa dos anos 1930, quando alguém falava em futebol logo se pensava instantaneamente no Reino Unido, berço do esporte e único a demonstrar qualidade e autoridade no assunto. Foi então que uma seleção do centro do continente mudou para sempre o esporte ao dar verdadeiros shows entre 1931 e 1934, muito graças à magia de um craque: Matthias Sindelar. A Áustria comandada pelo técnico Hugo Meisl foi mais uma daquelas seleções que mereciam ter conquistado uma Copa do Mundo, em 1934, quando foi vítima da outra grande seleção que despontava na época, a Itália de Meazza (e do ditador Benito Mussolini…). Mesmo sem uma taça mundial, o time ficou 14 partidas sem perder, deu shows memoráveis e desafiou o nazismo que começava a dar as caras em 1935 e 1936. Além disso, promoveu mudanças consideráveis na maneira de se jogar futebol, com trocas rápidas de passes, movimentação constante de jogadores e muita técnica, nos primeiros exemplos do que viria a ser o futebol total. Aquele time marcou tanto que ganhou o singelo apelido de Wunderteam (time maravilha). Leia mais clicando aqui!

 

14º Inglaterra 1966

Em pé: Harold Shepherdson (Assistente técnico), Nobby Stiles, Roger Hunt, Gordon Banks, Jack Charlton, George Cohen, Ray Wilson e Alf Ramsey (técnico). Sentados: Martin Peters, Geoff Hurst, Bobby Moore, Alan Ball e Bobby Charlton.

 

Grandes feitos: Campeã da Copa do Mundo de 1966. Conquistou o único título Mundial da história da Inglaterra.

11 ideal: Gordon Banks; Cohen, Jack Charlton, Bobby Moore e Wilson; Stiles e Bobby Charlton; Ball, Hurst, Hunt e Peters. Técnico: Alf Ramsey.

Por que está aqui: Os ingleses foram os inventores do futebol. Porém, a seleção inglesa só foi brilhar em uma Copa do Mundo no longínquo ano de 1966, 36 anos depois do início da competição. O English Team conquistou seu primeiro e único título mundial jogando em casa, contra a Alemanha, em uma das partidas mais polêmicas da história das Copas, com muita catimba, lances duvidosos e o famoso gol que não entrou. Ou entrou? A Inglaterra teve outras boas equipes depois daquela conquista, mas nunca conseguiu igualar aquele esquadrão, o primeiro a jogar no 4-4-2 na história dos Mundiais sob as mãos do técnico Alf Ramsey, que fazia com que Ball e Peters recuassem para compor o meio de campo ao lado de Stiles e Charlton. Muitas vezes esquecida, aquela Inglaterra merece ser lembrada sempre. Afinal, não se pode menosprezar um time com Gordon Banks, Bobby Moore, Bobby Charlton e Geoff Hurst. Leia mais clicando aqui!

 

13º EUA 1991-1999

Em pé: Joy Fawcett, Kate Sobrero, Cindy Parlow, Michelle Akers, Brandi Chastain e Briana Scurry. Agachadas: Tiffeny Milbrett, Kristine Lilly, Mia Hamm, Julie Foudy e Carla Overbeck.

 

Grandes feitos: Bicampeã Invicta da Copa do Mundo Feminina da FIFA (1991 e 1999), Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e Tricampeã Invicta do Campeonato Feminino da CONCACAF (1991, 1993 e 1994). Foi a primeira seleção campeã mundial feminina e a primeira campeã olímpica da história do futebol feminino.

 

11 ideal: Briana Scurry; Carla Overbeck; Mia Hamm, Joy Fawcett e Kate Sobrero; Brandi Chastain, Julie Foudy e Kristine Lilly; Tiffeny Milbrett, Michelle Akers e Cindy Parlow. Técnicos: Anson Dorrance (1991-1994) e Tony DiCicco (1994-1999).

Por que está aqui: Certas equipes são tão marcantes e conquistam tantos títulos que se tornam referências quando pensamos em determinado esporte ou competição. Se falamos de basquete, podemos enumerar o Chicago Bulls de Michael Jordan, o Boston Celtics de Larry Bird, o Lakers de Kobe Bryant. No vôlei, pensamos nas inúmeras seleções dos EUA, de Cuba, da Itália, do Brasil. E no futebol feminino a seleção que aparece prontamente na cabeça é a dos EUA. Mas isso só acontece por causa da história que ela construiu na década de 1990. Pelo pioneirismo. E pelos feitos de uma geração simplesmente sensacional, com jogadoras fantásticas que catapultaram a equipe norte-americana ao Olimpo do esporte.

Em 1991, na primeira Copa do Mundo Feminina da FIFA, elas venceram o torneio de maneira invicta e com recordes. Em 1996, nas primeiras Olimpíadas com disputa de futebol feminino, lá estavam elas com a medalha de ouro no peito. E, em 1999, jogando em casa e sob o maior público já registrado em uma partida de futebol feminino na história, lá estava Brandi Chastain vibrando com suas companheiras o bicampeonato mundial. Nos três títulos, elas não foram derrotadas. E provaram que eram mesmo do país do futebol feminino. Parecia filme, mas Mia Hamm, Michelle Akers, Carin Jennings, April Heinrichs, Kristine Lilly e Julie Foudy eram reais na mais lendária seleção feminina de todos os tempos. Leia mais clicando aqui!

 

12º Argentina 1986

Em pé: Batista, Cuciuffo, Olarticoechea, Pumpido, Brown, Ruggeri e Maradona. Agachados: Burruchaga, Giusti, Enrique e Valdano. Foto: Ullstein Bild / Getty Images.

 

Grande feito: Campeã do Mundo em 1986.

11 ideal: Pumpido; Cuciuffo, Brown e Ruggeri; Giusti, Burruchaga, Batista, Enrique e Olarticoechea; Maradona e Valdano. Técnico: Carlos Bilardo.

Por que está aqui: Em 1978, a Argentina jogou sua primeira Copa em casa e venceu. Porém, o título, até hoje, é muito contestado pelo jogo suspeito contra o Peru, em que os argentinos venceram por acachapantes 6 a 0, num suposto favorecimento dos peruanos, que faziam uma ótima Copa. O caso magoou os argentinos, que buscavam uma oportunidade para colocar fim às polêmicas e vencer uma Copa dignamente. Foi então que, em 1986, o esperado momento chegou. Com uma seleção bem mais equilibrada e técnica do que em 1978, e com um craque fantástico (Maradona), a Argentina venceu 5 dos 6 jogos disputados e conquistou o bicampeonato mundial. Houve polêmica no segundo título argentino? Sim, o gol de mão de Maradona. Mas, na mesma partida em que ele fez o famoso gol “com a mão de Deus”, o argentino fez, também, um dos gols mais bonitos da história das Copas e da história do futebol mundial, driblando meio time inglês e passando a borracha na controvérsia. Dieguito jogou como nunca naquele mundial e pôde dizer que venceu uma Copa sozinho, assim como Garrincha, em 1962, e Romário, em 1994. Mas o time argentino ajudou (muito!) o craque na caminhada do título mundial, com muito equilíbrio em todos os setores do campo e um notável entrosamento. Leia mais clicando aqui!

 

11º França 1998-2000

Em pé: Zidane, Desailly, Lebouef, Thuram, Guivarc’h e Petit. Agachados: Karembeu, Djorkaeff, Deschamps, Barthez e Lizarazu.

 

Grandes feitos: Campeã do Mundo em 1998 e Campeã da Eurocopa em 2000.

11 ideal: Barthez; Thuram, Desailly, Blanc e Lizarazu; Karembeu, Deschamps e Petit; Zidane; Djorkaeff e Henry. Técnicos: Aimé Jacquet (1998) e Roger Lemerre (1998-2000).

Por que está aqui: Quando alguém conversa com um brasileiro sobre a Copa do Mundo de 1998, ele prontamente irá mencionar coisas como “marmelada”, “copa comprada” e “amarelou”. Porém, o que ele dificilmente irá admitir é que a Seleção Francesa de Futebol, que deu um dos maiores chocolates na história do Brasil em Copas – isso até acontecer o 7 a 1 -, era melhor. Para os brasileiros, admitir que um adversário seja melhor que o time canarinho é complicado, angustiante, quase impossível. Mas… Como jogavam aqueles “azuis”, com um meio de campo seguro, laterais que atacavam e defendiam com extrema eficiência e um ataque com o toque dos deuses, ou melhor, do “deus” Zinédine Zidane. Sim, aquela França não só era melhor do que o Brasil como era melhor que qualquer outra seleção no planeta de 1998 até 2000, ano que coroou uma geração brilhante com o título da Eurocopa em cima da Itália. Leia mais clicando aqui!

 

10º Brasil 1982

Em pé: Waldir Peres, Leandro, Oscar, Falcão, Luizinho e Júnior. Agachados: Sócrates, Cerezo, Serginho, Zico e Éder.

 

Grandes feitos: Encantar o mundo com o futebol arte, ser a última seleção brasileira vistosa e encantadora e provar que nem sempre o melhor vence.

11 ideal: Waldir Peres; Leandro, Oscar, Luizinho e Júnior; Cerezo e Falcão; Sócrates, Zico e Éder; Serginho. Técnico: Telê Santana.

Por que está aqui: O ano de 1982 ficou marcado para sempre na história do futebol. Foi nele que aconteceu uma das maiores tragédias futebolísticas do futebol brasileiro e mundial: a eliminação do Brasil na Copa do Mundo da Espanha perante a Itália de Paolo Rossi, Gentile, Cabrini e Zoff. Até hoje, críticos, jornalistas, torcedores e os próprios jogadores daquele esquadrão mágico comandado por Telê Santana tentam encontrar uma resposta para a derrota por 3 a 2 que tirou a seleção brilhante do Brasil da luta pelo tetracampeonato mundial. Falta de poder defensivo? Falta de um ponta direita? Extrema confiança? O Brasil de 1982 repetiu a história da Hungria, em 1954, e Holanda, em 1974, por ter sido a melhor seleção de uma Copa e não ter levado o caneco. Mesmo assim, aquela equipe serve até hoje como inspiração para grandes técnicos – sendo o mais notável deles Pep Guardiola – e é uma colírio para os olhos daqueles que gostam do futebol bem jogado, de golaços. Leia mais clicando aqui!

 

9º Alemanha 1972-1974

Franz Beckenbauer, Sepp Maier, Schwarzenbeck, Rainer Bonhof, Bernd Hölzenbein, Herbert Wimmer, Gerd Müller, Wolfgang Overath, Dieter Herzog, Paul Breitner e Berti Vogts.

 

Grandes feitos: Campeã da Eurocopa em 1972 e Campeã do Mundo em 1974.

11 ideal: Sepp Maier; Vogts, Schwarzenbeck, Beckenbauer e Breitner; Hoeneβ, Bonhof e Overath; Grabowski, Gerd Müller e Hölzenbein. Técnico: Helmut Schön.

Por que está aqui: A Alemanha, na Copa do Mundo de 1954, conseguiu a proeza de vencer a favorita Hungria de Puskás na decisão do Mundial, de virada, e ficar com o título. Exatos 20 anos depois, os mesmos alemães novamente se superaram e derrotaram outra seleção ainda mais mágica e ainda mais favorita em uma final de Copa: a Holanda de Cruyff. Seriam eles os carrascos do futebol arte? Não. Os alemães provaram com seus dois primeiros títulos mundiais que favoritismo nunca ganha jogo, e que a frieza e o poder de decisão falam mais alto quando o assunto é Copa do Mundo. Porém, a conquista da Copa de 1974 não foi nem zebra nem proeza. Foi consagração. Aquela seleção de Beckenbauer, Gerd Müller e Sepp Maier confirmava ser a melhor do planeta. Dois anos antes, havia conquistado, pela primeira vez, a Eurocopa. Ou seja, o mundial de 1974 não foi um acidente. Aquele esquadrão era, sim, um timaço, que tinha como base o Bayern München tricampeão consecutivo da Liga dos Campeões da UEFA entre 1974 e 1976 e o fortíssimo Borussia Mönchengladbach multicampeão naquela década. Leia mais clicando aqui!

 

8º Argentina 1941-1947

Uma das formações do time de 1946 – Em pé: Stábile (técnico), De la Mata, Méndez, Pedernera, Labruna e Loustau. Agachados: Salomón, Sobrero, Fonda, Strembel, Vacca e Pescia.

 

Grandes feitos: Tetracampeã Invicta do Campeonato Sul-Americano – atual Copa América (1941, 1945, 1946 e 1947). Foi a primeira (e até hoje única) seleção a vencer o torneio por três vezes seguidas.

11 ideal: Julio Cozzi; Juan Colmán e Nicolás Palma; Norberto Yácono, Ángel Perucca e Natalio Pescia; Adolfo Pedernera, Norberto Méndez, Alfredo Di Stéfano, Juan Manuel Moreno e Félix Loustau. Técnico: Guillermo Stábile.

Por que está aqui: Muito antes dos grandes craques dos anos 1990, de Maradona e do primeiro título mundial, em 1978, a Seleção Argentina teve, lá nos anos 1940, um time simplesmente sensacional e com uma variedade tão grande de craques em todas as posições que não havia como manter um jogador como titular absoluto ou com o ar de intocável. Entre 1941 e 1947, a equipe albiceleste conquistou quatro torneios continentais, encheu seus rivais de gols e foi a mais talentosa e soberana equipe da América. Mas, por causa de um fato lamentável na história da humanidade chamado Segunda Guerra Mundial, os feitos daquela Argentina acabaram minguados pela ausência da Copa do Mundo, torneio que poderia colocar em patamares ainda maiores aqueles jogadores. As edições de 1942 e 1946 não aconteceram e prejudicaram demais o futebol argentino, que não pôde mostrar para o planeta o que Cozzi, Salomón, Yácono, Néstor Rossi, Moreno, Boyé, Muñoz, Pedernera, Norberto Méndez, Masantonio, Alfredo Di Stéfano, Sastre, Labruna, Martino e Loustau (isso só para citar alguns!) eram capazes de fazer com a bola em seus pés. Todos foram exuberantes. Todos foram decisivos. E todos contribuíram para fazer da Argentina a primeira seleção tricampeã da Copa América e soberana na competição durante 40 anos. Naquela época, ninguém podia com eles. Leia mais clicando aqui!

 

7º Itália 1934-1938

Em pé: Combi, Monti, Ferraris, Allemandi, Guaita e Ferrari. Agachados: Schiavio, Giuseppe Meazza, Monzeglio, Bertolini e Orsi.

 

Grandes feitos: Primeira seleção Bicampeã da Copa do Mundo da FIFA (1934 e 1938).

11 ideal: Combi; Monzeglio e Allemandi; Ferraris, Monti e Bertolini; Guaita, Meazza, Schiavio, Ferrari e Orsi. Técnico: Vittorio Pozzo.

Por que está aqui: A camisa azul da Itália possui força e aura próprias, uma mística capaz de levar um selecionado desacreditado a façanhas inacreditáveis, e, claro, um time forte ao topo do pódio. Mas essa história de glórias e títulos da Azzurra só foi possível graças aos feitos do técnico Vittorio Pozzo e de jogadores como Combi, Monzeglio, Monti, Colaussi, Piola, Ferrari e Giuseppe Meazza, que tornaram a Itália a primeira bicampeã mundial da história – e de maneira consecutiva, em 1934 e 1938. Com um futebol que aliava muita força física, planejamento tático e técnica, os italianos não tiveram rivais por oito maravilhosos anos. Eles ajudaram a cravar definitivamente o nome da Squadra Azzurra no rol das maiores e mais lendárias equipes do futebol em todos os tempos. Leia mais clicando aqui!

 

6º Espanha 2008-2012

Em pé: Pedro, Sergio Busquets, Sergio Ramos, Capdevilla, Piqué e Xabi Alonso. Agachados: Casillas, Iniesta, Villa, Xavi e Puyol.

 

Grandes feitos: Campeã da Copa do Mundo da FIFA (2010) e Bicampeã da Eurocopa (2008 e 2012).

11 ideal: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevilla; Sergio Busquets, Xabi Alonso, Iniesta e Xavi; Pedro e Villa. Técnicos: Luis Aragonés (2008) e Vicente Del Bosque (2008-2012).

Por que está aqui: Até o ano de 2008, a Espanha sempre era tida como favorita em todas as competições que disputava. Porém, inexplicavelmente, o time sempre sucumbia, seja nas fases de grupos, seja nas fases de mata-mata. As quedas mais doloridas foram na Copa do Mundo de 2002, quando a equipe foi claramente “garfada” pela arbitragem no jogo contra a Coreia do Sul, nas quartas de final, e em 2006, ao ser derrotada categoricamente pela França de Zidane. Após o Mundial de 2006, o time precisava juntar os cacos e desempenhar um bom papel na Eurocopa de 2008. Foi a partir daquela competição que o então técnico Luis Aragonés começou a construir uma equipe que daria show nos próximos seis anos com um toque de bola refinado, jogadores extremamente técnicos e que não deixava os adversários jogar. Levar gols? Era bem raro. Marcar? Sempre, ora de maneira econômica, ora em propulsão.

Utilizando como base as estrelas espanholas dos maiores times da Espanha, Barcelona e Real Madrid, Aragonés levou a Fúria ao segundo título da Eurocopa ao bater a Alemanha na final. Pronto, a síndrome de “amarelona” estava temporariamente enterrada. Faltava, porém, ir bem na Copa do Mundo, na África do Sul. E a Espanha, depois de um susto na estreia, caminhou a passos largos rumo a uma inédita final, contra a Holanda. Um gol de Iniesta na prorrogação colocou os espanhóis, depois de tanto tempo, no topo do mundo. Dois anos depois, o auge veio com o bicampeonato consecutivo da Eurocopa, com direito a uma goleada avassaladora de 4 a 0 sobre a Itália. Era a confirmação de que aquela Espanha era mesmo diferente. Dona de uma era e protagonista do tiki-taka, nome do estilo de jogo da melhor “roja” de todos os tempos. Leia mais clicando aqui!

 

5º Uruguai 1920-1930

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Em pé: Mascheroni, Nasazzi, Ballestrero, Fernandez, Andrade e Gestido. Agachados: Dorado, Scarone, Castro, Cea e Iriarte.

 

Grandes feitos: Primeira seleção Campeã da Copa do Mundo da FIFA (1930), Bicampeã Olímpica (1924 e 1928) e Tetracampeã da Copa América (1920, 1923, 1924 e 1926).

11 ideal: Ballestrero; Mascheroni e Nasazzi; Andrade, Fernandez e Gestido; Dorado, Scarone, Castro, Cea e Iriarte. Técnico: Alberto Suppici.

Por que está aqui: O futebol no início do século XX ainda não tinha como protagonistas muitas seleções. Ele tinha apenas um rei, um soberano, que vestia um manto azul-celeste e calção negro. Era o Uruguai, o primeiro esquadrão espetacular que o mundo conheceu. A equipe que desfilou pelos gramados sul-americanos e europeus nas décadas de 1920 e parte da de 1930 ficou conhecida como “A Celeste Olímpica”, graças ao bicampeonato olímpico nas Olimpíadas de Paris (1924) e Amsterdã (1928). A consagração viria em grande estilo e com pompa, quando a equipe venceu a primeira Copa do Mundo da FIFA, em 1930, disputada justamente no Uruguai, e foi coroada como a melhor do planeta. As glórias de Nasazzi, José Leandro Andrade e companhia são até hoje orgulho para o povo uruguaio, que deve seu sucesso no futebol a essa geração pioneira e inesquecível, rechaçada nas décadas seguintes e principalmente pelo também lendário esquadrão bicampeão mundial em 1950. Leia mais clicando aqui!

 

4º Brasil 1958-1962

Em pé: Vicente Feola (técnico), Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gylmar. Agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagallo e Paulo Amaral (preparador físico).

 

Grandes feitos: Bicampeã do Mundo em 1958 e 1962.

11 ideal: Gylmar; Djalma Santos, Orlando, Bellini e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo. Técnicos: Vicente Feola (1958) e Aymoré Moreira (1962).

Por que está aqui: Em 1938, o Brasil bateu na trave e não conseguiu ir à final da Copa. Em 1950, perdeu o título mais ganho de sua história, em casa, no Maracanã lotado, para o Uruguai. Já em 1958, preparado como nunca estivera antes, com jogadores fenomenais e uma dupla que jamais perdeu jogando junta com a camisa amarela (Garrincha e Pelé), o Brasil conquistou seu primeiro título mundial, na Europa, sendo a primeira (e por muito tempo a única) seleção a vencer uma Copa fora de seu continente. Na Copa seguinte, a seleção foi até o Chile e venceu novamente, sem Pelé, mas com Garrincha carregando o Brasil nas costas, literalmente. O time verde e amarelo era o melhor do mundo, de novo. E foi assim por longos anos.

As conquistas mostraram ao planeta quem eram os reinventores do futebol. Malícia, arte, beleza, dribles e gols, muitos gols. Dava gosto ver o Brasil jogar. Até os rivais se rendiam à genialidade de um time que reunia Gylmar no gol (considerado por muitos o melhor goleiro que o Brasil já teve), os “Santos” das laterais, Nilton e Djalma, o miolo de zaga com Orlando e Bellini, em 1958, e Zózimo e Mauro Ramos, em 1962, além do meio campo e do ataque formidáveis, com Didi, Zito, Zagallo, Garrincha, Vavá e ele, Pelé, ainda garoto, mas estrondoso com a bola nos pés. Foi um time que mostrou não só técnica, mas também inovações táticas com o 4-2-4 virando 4-3-3, graças ao talento de Zagallo, o ponta que voltava para ajudar na marcação. Leia mais clicando aqui!

 

3º Hungria 1950-1954

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Em pé: Gyula Lóránt, Jenő Buzánszky, Nándor Hidegkuti, Sándor Kocsis, József Zakariás, Zoltán Czibor, József Bozsik e László Budai. Agachados: Mihály Lantos, Ferenc Puskás e Gyula Grosics.

 

Grandes feitos: Campeã Olímpica em 1952 e Vice-campeã Mundial em 1954. Foi a maior máquina de fazer gols do futebol europeu na história.

11 ideal: Grosics; Buzánszky, Lóránt e Lantos; Bozsik e Zakarías; M. Tóth, Kocsis, Hidegkuti, Puskás e Czibor. Técnico: Gusztáv Sebes.

Por que está aqui: É impossível falar em grandes seleções de futebol sem citar a Hungria da década de 1950. É quase impossível, também, acreditar que a Hungria já teve uma seleção absurdamente ótima, eficiente e que tinha prazer em marcar gols em profusão. Hoje, o futebol do país não é nem coadjuvante no mundo da bola, e vive ainda da história de seu melhor time. Talvez, se a bendita Copa do Mundo de 1954 tivesse ficado em mãos húngaras, o futebol no país poderia ser outro nos dias de hoje. Talvez, se os conflitos políticos entre Hungria a URSS não tivessem existido, o país poderia segurar seus craques. Mas quis o destino e os acontecimentos que fosse como foi. Mesmo sem o título mundial, a Hungria entrou para a história. Puskás, Kocsis, Hidegkuti e companhia deram tantos shows, mas tantos shows, que o futebol é eternamente grato àquele time estupendo, apelidado de Mágicos Magiares, que inovou o esporte com o esquema “WW” (que seria o embrião do 4-2-4 do Brasil na Copa de 1958) e deixou inúmeros adversários atordoados (inclusive o Brasil). Além disso, aquela Hungria foi uma das primeiras equipes do mundo a valorizar o preparo físico e o aquecimento antes dos jogos, características que não eram tão levados à sério na época. Isso fazia com que os magiares entrassem muito mais dispostos que os rivais e ocasionava gols sempre nos primeiros 20 minutos dos jogos. Leia mais clicando aqui!

 

2º Holanda 1974

Em pé: Jan Jongbloed, Wim Rijsbergen, Arie Haan, Johan Neeskens, Ruud Krol e Wim Suurbier. Agachados: Johnny Rep, Johan Cruyff, Rob Rensenbrink, Wim Jansen e Van Hanegem.

 

Grandes feitos: Vice-campeã da Copa do Mundo de 1974. Mesmo sem um título, se tornou uma das mais notáveis e incríveis seleções de futebol de todos os tempos.

11 ideal: Jan Jongbloed; Wim Suurbier, Arie Haan, Wim Rijsbergen e Ruud Krol; Wim Jansen, Johan Neeskens e Van Hanegem; Johnny Rep, Johan Cruyff e Rob Rensenbrink. Técnico: Rinus Michels.

Por que está aqui: A Copa do Mundo de 1974 entrou para a história por ser, talvez, uma das únicas em que o vice-campeão teve mais fama, histórias e façanhas que o próprio campeão. A culpada desse fato inusitado foi a seleção da Holanda, um time fantástico, irresistível e formidável que simplesmente massacrou os rivais durante sua campanha no Mundial. Por ironia do destino, os holandeses sucumbiram diante dos frios donos da casa, os alemães, peritos em acabar com seleções mágicas (como já haviam feito na Copa de 1954, ao vencer a Hungria de Puskás). Mesmo com o amargo vice, a equipe que ficou conhecida como a Laranja Mecânica (referência a um filme de bastante sucesso da época) e Carrossel Holandês (pelo fato de nenhum jogador guardar posição fixa) marcou para sempre seu nome na história do futebol com atuações brilhantes e por consagrar de vez o Futebol Total.

As apresentações daquele timaço – principalmente nos 2 a 0 contra o Uruguai – foram simplesmente sensacionais. A rotatividade dos jogadores e a genialidade de Johan Cruyff e Rinus Michels mudaram para sempre o futebol. O volume de jogo era fora do comum e impressionante. O zagueiro avançava. O volante roubava bolas e aparecia no ataque. O lateral ia até a linha de fundo como um ponta e fazia bicos na zaga. E um camisa 14 percorria o campo inteiro, sem cansar, parecendo ter fôlego infinito e desesperado por marcar mais gols. Para os laranjas, o futebol parecia um esporte fácil, praticado em piloto automático, com a mais perfeita mecânica. Leia mais clicando aqui!

 

1º Brasil 1970

Em pé: Carlos Alberto Torres, Félix, Piazza, Brito, Clodoaldo, Everaldo e Admildo Chirol (preparador físico). Agachados: Mário Américo (massagista), Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé, Rivellino e Nocaute Jack (massagista).

 

Grandes feitos: Campeã do Mundo em 1970, no México. Conquistou o tricampeonato mundial e assegurou a posse definitiva da Taça Jules Rimet ao Brasil.

11 ideal: Félix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Rivellino; Jairzinho, Pelé e Tostão. Técnico: Zagallo.

Por que está aqui: os 90 milhões em ação que viram jamais se esqueceram. Os outros bilhões espalhados pelo mundo que acompanharam pela TV ou pelo rádio, também não. É uma unanimidade dizer qual foi a mais espetacular seleção da história. Uma seleção só com camisas 10 do meio para frente. Um time de craques, de jogadores acima da média, de gênios, que faziam do futebol uma arte da mais pura sutileza. Passes eram precisos. Chutes, poderosos. Cabeçadas, certeiras. Jogadas, magníficas. Essa seleção venceu os 6 jogos que disputou, marcou 19 gols, uma média de absurdos 3,2 gols por jogo, e conquistou o inédito tricampeonato mundial de futebol, além da posse definitiva da taça Jules Rimet ao país.

O Brasil de 1970 foi tudo isso e muito mais. Mostrou a importância do preparo físico. Do entrosamento. Do equilíbrio emocional. Derrotou a então campeã mundial Inglaterra com autoridade. Venceu a maior seleção peruana de todos os tempos com goleada. Soube afastar o fantasma do Uruguai 20 anos depois do Maracanazo com uma vitória de virada. E bateu a poderosa Itália, campeã da Europa, com uma goleada de 4 a 1, sendo o último gol o mais bonito de todos os Mundiais, aquele da jogada trabalhada de pé em pé e finalizada no petardo do capita Carlos Alberto Torres, o último homem a erguer a Jules Rimet, o líder daquele timaço.

Foi também a seleção de Félix, contestado, mas incontestável quando exigido. De Everaldo, a estrela dourada do Grêmio, o marcador implacável e incansável. De Brito e Piazza, a dupla de zaga que se desdobrava enquanto todos se mandavam ao ataque. De Clodoaldo e sua polivalência. De Gérson e seus passes impressionantes. De Rivellino e sua patada atômica. De Tostão e sua genialidade pura. De Jairzinho e sua fome por marcar gols em todos os jogos. E de Pelé, o Rei, o homem que fez de sua última Copa o palco para lances memoráveis, do chute de meio de campo, passando pelas assistências precisas ao quase gol mais bonito da história, entortando o lendário Mazurkiewicz, e ainda a cabeçada precisa que abriu a goleada da final até o passe perfeito para o golaço de Carlos Alberto. Foi também a seleção do técnico Zagallo, que usou toda sua experiência para arquitetar e montar um time único, histórico, inesquecível. O futebol foi honrado ao máximo com aquela seleção. Eterna, a mais imortal de todas as imortais. Leia mais clicando aqui!

 

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11 Comentários

  1. Pelo menos, nota-se que foi feito por quem realmente aprecia a história futebol. Estou cansado de ver listinha feita por gente que parece ter algum retardo mental, que nem sequer conhecem Nasazzi e sua imparável seleção da década de 20. Mas há o “porém”. A seleção de 82 é o maior “e se” da história do fanatismo e emoção. Ganharam foi NADA. Parece até piada afirmar que uma seleção que só tinha Zico e Falcão de jogadores relevantes é sequer comparável a seleção dos 4 Rs no final da década de 90-início da década de 2000.

    • Interessante q vc discorda da seleção de 82 em 10º que “não ganhou nada” e nada diz sobre a seleção da Holanda, em 2º, que também não ganhou nada.

      Sabe nada de futebol.

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