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Craque Imortal – Garrincha

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Nascimento: 28 de Outubro de 1933, em Pau Grande (RJ), Brasil. Faleceu em 20 de Janeiro de 1983, no Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

Posição: Ponta-direita

Clubes: Botafogo-BRA (1953-1965), Corinthians-BRA (1966), AA Portuguesa-BRA (1967), Atlético Júnior-COL (1968), Flamengo-BRA (1968-1969) e Olaria-BRA (1972).

Principais títulos por clubes: 1 Torneio Internacional de Paris (1963), 1 Torneio Internacional da Colômbia (1960), 1 Torneio Pentagonal do México (1962), 1 Torneio Jubileu de Ouro da Associação de Futebol de La Paz (1964), 2 Torneios Rio-SP (1962 e 1964) e 3 Campeonatos Cariocas (1957, 1961 e 1962) pelo Botafogo.

1 Torneio Rio-SP (1966) pelo Corinthians.

Principais títulos por seleção: 2 Copas do Mundo (1958 e 1962) pelo Brasil.

Principais títulos individuais:

Bola de Ouro da Copa do Mundo da FIFA: 1962

All-Star Team da Copa do Mundo da FIFA: 1958 e 1962

13º Maior jogador do século XX pela revista France Football: 1999

20º Maior jogador do século XX pela revista Inglesa World Soccer: 2000

7º Maior Jogador do Século XX pelo Grande Júri FIFA: 2000

Presente na seleção do século XX da FIFA

Presente na seleção de todos os tempos da Copa do Mundo da FIFA do século XX

Eleito para a Seleção dos Sonhos do Brasil do Imortais: 2020

Eleito para o Time dos Sonhos do Botafogo do Imortais: 2022

“A alegria do povo”

Por Guilherme Diniz

A camisa 7 sempre foi digna de grandes craques do futebol, daqueles dribladores, goleadores e encantadores. Porém, ninguém ficou tão marcado como legítimo camisa 7 como Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha. Mané foi um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro e mundial e tido como o maior driblador de todos os tempos. Os lances geniais, a fatal puxada de bola para a direita, os cortes secos e os zagueiros esfacelados no chão o fizeram receber o apelido de “O Anjo das Pernas Tortas”, “anjo” por ser dócil, simples e muito amigo, e a relação com as pernas pelo fato de elas serem visivelmente disformes e realmente tortas. Garrincha também foi a “Alegria do Povo” pelo fato de protagonizar lances geniais, de moleque, e jogar o simples e fácil do futebol. Ele é, ao lado de Romário e Maradona, um dos três ícones que tiveram a proeza de vencer uma Copa do Mundo praticamente sozinho. Foi em 1962, quando o Brasil depositou nele as esperanças de título após a contusão de Pelé. E o gênio deu conta do recado, passou por todo mundo e deu o bicampeonato mundial ao Brasil. O Imortais relembra agora a carreira dessa lenda da bola.

 

O início e os deboches

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Mané teve uma infância humilde ao lado de seus 15 (!) irmãos em Pau Grande, distrito de Magé (RJ). Sua irmã lhe deu o apelido de Garrincha por conta de o garoto adorar caçar esse tipo de passarinho, muito comum na região. O tempo passou e Garrincha começou a se interessar pelo futebol. Ele começou a jogar no Esporte Clube Pau Grande, em 1952, e até chegou a tentar a sorte no Flamengo e no Vasco, mas foi grosseiramente rejeitado por sua particularidade: as pernas tortas. Numa perspectiva frontal, a perna esquerda de Mané, seis centímetros mais curta que a direita, era flexionada para o lado direito, com a perna direita apresentando o mesmo desenho. Por conta disso, os clubes não aprovaram o jogador, que teve de esperar até surgir a sua chance definitiva.

Nova casa

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Certa vez, Arati, ex-jogador do Botafogo, viu Garrincha jogar em seu pequenino clube em Pau Grande e ficou abismado com a habilidade e o jeito moleque do futuro craque. Com isso, ele levou o jovem a fazer um teste no clube de General Severiano. Antes de entrar em campo para seu primeiro teste, o então técnico do Botafogo, Gentil Cardoso, lançou um comentário que o faria queimar a língua mais tarde. “Nesse time aparece de tudo, até aleijado!”. Mané nem deu bola e tratou de entrar em campo para mostrar serviço. O jogador era Ponta-direita e no treino teria que enfrentar o mito Nilton Santos, lateral esquerdo do clube. Bastaram apenas alguns minutos para Mané deixar Nilton simplesmente atordoado e sem rumo com tantos dribles, cortes e canetas que levou. Depois do coletivo, Nilton Santos, já bastante influente no time, exigiu de imediato a contratação de Mané. “Eu não quero ter que enfrentar esse cara de jeito nenhum!”. Dito e feito, o craque assinava, enfim, seu primeiro grande contrato. Mal sabiam os botafoguenses que começava ali a história do maior ídolo do clube alvinegro.

 

Era de ouro

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O Botafogo era um dos maiores esquadrões do Brasil nas décadas de 1950 e 1960. Com vários craques como Didi, Quarentinha, Amarildo, Zagallo, Nilton Santos e o próprio Garrincha, apenas o Santos, no final da década de 1950 e ao longo da de 1960, iria bater de frente com o time carioca. Garrincha estreou no clube em 1953, em jogo contra o Bonsucesso, que teve vitória do alvinegro e um gol de Garrincha. O craque começou a brilhar em muitas partidas pelo time e a fazer apresentações brilhantes, porém, pelo fato de o Brasil já ter ótimos jogadores na ponta-direita, como Julinho Botelho, ele ficou de fora da Copa do Mundo de 1954. Em 1957, Garrincha jogou demais e marcou 20 gols em 26 jogos que ajudaram o Botafogo a vencer o Campeonato Carioca daquele ano, com a maior goleada da história da competição em uma final: Botafogo 6×2 Fluminense, com 5 gols de Paulinho Valentim e um gol de Mané. As apresentações do jogador foram cruciais para ele ser convocado para sua primeira Copa do Mundo, em 1958.

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Começa a mais famosa das parcerias

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Na Copa do Mundo de 1958, disputada na Suécia, a seleção brasileira teria a consagração da maior dupla da equipe em todos os tempos: Garrincha e Pelé. Com os dois em campo, a seleção nunca perdeu uma partida. A lenda começou apenas no terceiro jogo do mundial, pois ambos ficaram no banco na vitória sobre a Áustria por 3 a 0 e no empate sem gols contra a Inglaterra. Após o frustrante empate, um grupo de jogadores do Brasil teria ido falar com o técnico Vicente Feola exigindo a escalação de Pelé e Garrincha. O fato nunca foi confirmado, mas no jogo contra a URSS os dois entraram em campo. E o Brasil deu show. Com dois gols de Vavá, o Brasil venceu por 2 a 0, mas o placar não refletiu o que foi o jogo. A seleção só não goleou de maneira impiedosa os soviéticos porque na meta deles havia o maior goleiro de todos os tempos: Lev Yashin, o “Aranha Negra”. O goleirão salvou gols incríveis, e “garantiu” a magra derrota placar para a seleção europeia. A vitória encheu o Brasil de moral, que avançou as quartas de final.

Parada dura

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Novamente contra uma seleção britânica, o Brasil suou, mas dessa vez marcou um golzinho salvador e venceu País de Gales por 1 a 0, num golaço de Pelé, que chapelou o zagueirão adversário e estufou a rede: histórico! Na semifinal, o Brasil encarou a máquina de fazer gols da França, que tinha a dupla Fontaine (artilheiro daquela Copa com 13 gols, recorde até hoje em uma só edição de mundial) e Kopa. Mas a seleção não se intimidou e venceu com categoria. Garrincha novamente jogou muito e municiou o ataque da seleção, que venceu por acachapantes 5 a 2. O Brasil estava pela segunda vez na história na final.

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O filme inverso

Em pé: Vicente Feola (técnico), Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gylmar. Agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagallo e Paulo Amaral (preparador físico).

 

O Brasil decidiu contra a dona da casa, a Suécia, a Copa de 1958. A seleção poderia ter o gosto que o Uruguai teve em 1950 em tirar do anfitrião o gosto de ser campeão jogando em casa. Naquele jogo, a seleção teve de jogar de azul, já que a Suécia também vestia amarelo. Um sorteio realizado dois dias antes do jogo definiu que a equipe anfitriã jogaria com a camisa amarela. Com isso, o roupeiro da seleção Francisco de Assis teve de procurar um jogo de camisas azuis e bordar os logos da CBD que estavam nas camisas amarelas na nova roupagem. Mal sabia ele que seriam com aquelas camisas azuis escuras que seríamos pela primeira vez campeões do mundo.

 

Outro show e a conquista do mundo

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Logo no começo do jogo, a Suécia abriu o placar, aos 4´. Era a primeira vez que a seleção saía atrás do marcador na Copa. Didi, gênio do meio campo brasileiro, teve toda a calma ao pegar a bola, caminhar com tranquilidade até o círculo central e dizer, segundo o folclore da bola: “vamos encher esses gringos!”. E o Brasil encheu. Vavá, aos 9´ e aos 32´, virou o jogo e deixou o Brasil com a vantagem ao final do primeiro tempo. No segundo, um show. Pelé aos 10´ (outra pintura do menino-rei, chapelando o zagueiro, num de seus gols mais emblemáticos) e Zagallo aos 23´ fizeram 4 a 1. A Suécia ainda diminuiu aos 35´, mas Pelé marcou o quinto, de cabeça. Assim que saiu o gol, o juiz apitou o final do jogo: o Brasil, pela primeira vez em sua história, era campeão mundial de futebol. A euforia tomou conta de todos os jogadores, e as imagens de Pelé chorando como um bebê e do capitão brasileiro Bellini erguendo para os céus a taça ficaram marcadas para sempre. A seleção desfilou com uma bandeira da Suécia pelo gramado, e recebeu ovacionados aplausos: todos saudavam os melhores do mundo. E Garrincha era um deles, peça essencial e fundamental para a conquista do Brasil.

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Escrevendo o nome na história

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Após o mundial, Garrincha virou estrela e um dos maiores jogadores do Brasil. Se tornou titular mais que absoluto no Botafogo e ajudou a equipe a conquistar os Campeonatos Cariocas de 1961 e 1962, derrotando em ambas as decisões o Flamengo pelo mesmo placar: 3 a 0, com Mané brilhando em 1962, ao marcar dois gols na decisão. O craque venceu, também, o Torneio Rio-SP de 1962, quando o time carioca derrotou o Palmeiras na final e ficou com o título.

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Garrincha brilhou ainda nas muitas excursões do Botafogo pela Europa e América Latina, que renderam títulos amistosos, reconhecimento e popularidade não só ao jogador, mas também ao clube do Botafogo. Porém, a equipe começaria a ser ofuscada pelo Santos de Pelé, que rivalizaria com o time naquele começo de década de 60 e dominaria o país (e o mundo) nos anos seguintes. Antes, Garrincha é quem iria dominar o mundo, na Copa de 1962.

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Problemas no início

Depois de 12 anos, a Copa do Mundo era disputada novamente na América do Sul, dessa vez no Chile. O Brasil estreou contra a seleção do México, e, sentindo demais o peso da estreia, venceu por apenas 2 a 0. E jogando muito mal. Os gols foram de Zagallo e Pelé. Na segunda partida, um empate sem gols contra a Tchecoslováquia que teve sabor de derrota: com uma distensão na perna, Pelé se contundiu e ficou fora da Copa. E agora, quem poderia ser a estrela do time no ataque, marcar gols, construir obras primas e ser a referência no restante do mundial? Oras, Garrincha!

 

Classificação, no sufoco

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Sem Pelé, e com Amarildo no lugar do Rei, o Brasil penou para vencer a Espanha de Gento e do craque Puskás, que se naturalizara espanhol. O substituto Amarildo foi quem marcou os dois gols que decretaram a vitória de virada do Brasil por 2 a 1. O resultado classificou a seleção e eliminou a Espanha, que de fúria não teve nada naquele mundial…

 

Baile de Mané

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Nas quartas de final, o Brasil encontrou a velha conhecida Inglaterra. A seleção deu show, Garrincha jogou muito, driblou inúmeros ingleses, e ajudou com seus dois gols (o outro foi de Vavá) a dar a vitória ao Brasil por 3 a 1. Um fato curioso naquele jogo foi a invasão de um cãozinho no campo, que conseguiu driblar ninguém mais ninguém menos que Garrincha, em uma das cenas mais divertidas das Copas.

 

Mais um baile de Garrincha

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Nas semifinais, o Brasil enfrentou a valente seleção do Chile, dona da casa. O jogo foi dominado desde o início pelo Brasil, que abriu 2 a 0 com dois gols de Garrincha. No final do primeiro tempo, o Chile descontou. No comecinho do segundo, Vavá fez o terceiro do Brasil, mas Sánchez diminuiu de pênalti. Mas aos 33´, Vavá marcou mais um e deu a vitória por 4 a 2 à seleção. Perto do final do jogo, porém, um drama: Garrincha deu um chute em um jogador chileno e foi expulso. Como o Brasil jogaria a final sem ele?

 

Falta de provas garante craque na decisão

O tribunal da FIFA analisou o caso da expulsão de Garrincha na semifinal contra o Chile. No relatório breve e sem detalhes do juiz peruano Arturo Yamazaki, constava que ele não havia visto o chute de Garrincha no adversário. Os jogadores do Chile que o alertaram, e Arturo foi consultar o bandeirinha uruguaio Esteban Marino, que confirmou o chute. Marino foi convocado a depor, mas ninguém o achou, já que ele tinha ido viajar a Montevidéu. Por falta de provas, a FIFA apenas advertiu Garrincha, e o craque pôde jogar a final. Dizem que a tal viagem foi patrocinada pela CBD. Mas isso faz parte do eterno folclore do futebol…

 

Mundo verde e amarelo

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Na decisão, o Brasil encontrava novamente a Tchecoslováquia. Por ironia do destino, Garrincha, que não deveria ter jogado, estava com 38o graus de febre e teve uma atuação discreta. Os nomes do jogo foram Vavá, matador nato e autor de dois gols, e Amarildo, que deixou mais um, mostrando estar mesmo abençoado por Pelé. Como em 58, o Brasil começou perdendo, mas virou, fez 3 a 1, e conquistou o bicampeonato mundial de futebol. A seleção se igualava ao Uruguai e a Itália como bicampeã mundial, e ficava mais próxima da posse definitiva da Taça Jules Rimet. O zagueiro Mauro levantou aos céus novamente a taça, imortalizando de vez o gesto de Bellini quatro anos antes. Ninguém podia com o Brasil. Ninguém podia com Garrincha. Éramos “bons no samba, e bom no couro”. Era o auge do gênio das pernas tortas.

 

Começam as vacas magras

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Garrincha começou a passar por maus momentos na carreira depois de 1963. Ele sofria constantemente por conta de uma artrose nos joelhos e também pelo vício em bebida. Ficou no Botafogo até 1965 quando se transferiu para o Corinthians. No clube paulista, não brilhou, e começou a vagar por várias equipes: Portuguesa Carioca, Atlético Júnior (COL), Flamengo e Olaria, onde iria encerrar a carreira, em 1972.

 

Pequenas exibições e o fim

 

Depois de pendurar as chuteiras em 1972, Garrincha fez algumas partidas amistosas pela seleção e por clubes até parar definitivamente em 1982. Muito debilitado pelo alcoolismo, Garrincha morreu aos 49 anos em 1983, vítima de cirrose hepática. Em seu simples caixão de madeira, foi com ele uma bandeira do Botafogo, seu grande e idolatrado clube.

 

Um craque cheio de histórias

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O triste fim de Garrincha não condiz em nada com a sua breve, porém alegre e brilhante carreira. Ele sempre se referia aos seus adversários como “João”, driblava um mesmo adversário mais de uma vez apenas pelo prazer em jogar bola e adorava lances de efeito sempre em direção ao gol. As atuações de Garrincha ficaram para sempre na memória de quem teve o privilégio de vê-lo jogar, de arrebentar com os oponentes e de fazer a alegria do povo. Pouco tempo depois de sua morte, o célebre poeta Carlos Drummond de Andrade imortalizou o que foi Garrincha para o nosso futebol em um poema genial:

“Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é, sobretudo, irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho”.

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O Brasil teve outros tantos jogadores mágicos, habilidosos, goleadores e decisivos. Porém, nunca mais tivemos alguém com tanta alegria, tanta simplicidade e tanto futebol para apresentar e protagonizar como Garrincha. Um imortal do futebol.

Números do craque:

Jogou 614 partidas pelo Botafogo e marcou 245 gols.

Jogou 61 partidas pelo Brasil e marcou 17 gols.

Marcou mais de 280 gols na carreira.

 

Leia mais sobre o Brasil bicampeão mundial clicando aqui.

Leia mais sobre o Botafogo dos anos 50 e 60 clicando aqui.

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