Por Guilherme Diniz
Tetracampeã mundial, campeã olímpica, bicampeã da Eurocopa. Dona de histórias únicas, grandes façanhas e com craques inesquecíveis ao longo de uma história mais do que centenária. A Seleção Italiana de futebol possui aura própria e adoração em todo o planeta. O país sempre revelou jogadores exuberantes, técnicos, clássicos, vencedores. E escolher uma Itália dos Sonhos foi bem, bem difícil. Principalmente no setor defensivo, o ponto forte dos italianos desde os anos 1930 e principalmente após a década de 1960. Basta ver a quantidade de craques que não conseguiram uma vaga no time. Seria possível montar duas, três, quatro seleções diferentes e igualmente poderosas. É hora de descobrir os escolhidos por vocês, leitores e leitoras, e também a escolha do Imortais!
Itália dos Sonhos – Escolha dos Leitores e Leitoras
Esquema tático: 4-4-2
Foi bem disputado, mas o tradicional esquema 4-4-2 venceu a disputa. Ele teve apenas sete votos a mais que o 3-5-2, segundo colocado. Na terceira posição ficou o 4-3-3, com 10 votos a menos que o vencedor. Os leitores preferiram uma seleção jogando de maneira clássica e no modo preferido do técnico eleito na enquete.
O time: Gianluigi Buffon; Giacinto Facchetti, Franco Baresi, Fabio Cannavaro e Paolo Maldini; Gennaro Gattuso, Marco Tardelli, Giuseppe Meazza e Andrea Pirlo; Roberto Baggio e Paolo Rossi. Técnico: Arrigo Sacchi.
Os Escolhidos:
Goleiro: Gianluigi Buffon
Campeão do mundo em 2006, presente em cinco Copas do Mundo (1998, 2002, 2006, 2010 e 2014), jogador que mais vezes foi capitão da Azzurra (80 jogos) e também que mais vestiu a camisa da seleção (176 jogos), Gigi Buffon é uma unanimidade e sem dúvida um dos maiores goleiros de todos os tempos. O craque revelado pelo Parma e que partiu para o estrelato vestindo a camisa da Juventus cravou seu nome na história com uma regularidade impressionante, defesas espetaculares e números incontestáveis. Profissional ao extremo, é uma referência no esporte e ídolo de gerações. Na Copa de 2006, levou apenas dois gols em toda a campanha vencedora da Itália – um contra e outro de pênalti anotado por Zidane, da França, este na decisão. No entanto, naquela mesma final, Buffon fez uma defesa inesquecível em uma cabeçada do próprio Zizou, considerada uma das mais incríveis de todos os Mundiais. Buffon é um craque imortal. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Com 73,1% dos votos, Buffon não deu chance alguma aos rivais e ganhou facilmente a votação. Ele conseguiu deixar em segundo lugar outra lenda, Dino Zoff, campeão do mundo em 1982 como capitão da Itália e também um dos maiores goleiros de todos os tempos. A terceira posição ficou com Gianluca Pagliuca, titular da Itália nas Copas de 1994 e 1998 e grande nome da Sampdoria do começo dos anos 1990.
Lateral-Direito: Giacinto Facchetti
Alto (tinha mais de 1,90m), forte, com um fôlego privilegiado, eficiente defensivamente e também no ataque, aparecendo quase como um ponta lá na frente, além de poder atuar como líbero e até como meia ou atacante se fosse preciso. Um legítimo polivalente, Giacinto Facchetti foi tudo isso e muito mais. Ícone do futebol italiano nos anos 1960 e 1970, capitão da Itália em sua primeira conquista da Eurocopa, em 1968, e também no vice-campeonato da Copa de 1970. Lenda da Grande Inter bicampeã do mundo e da Europa em 1964 e 1965, o grande capitano nerazzurri é até hoje considerado um dos maiores laterais da história do futebol e fez carreira atuando pelo lado esquerdo tanto da Internazionale quanto da Itália. Com sua classe e técnica, foi eleito nesta seleção dos sonhos para jogar pelo lado direito, nenhum problema para um imortal do futebol. Facchetti é o 10º jogador que mais vestiu a camisa da Itália na história: 94 jogos (70 deles como capitão, é o 4º que mais vezes capitaneou a Azzurra), além de ter marcado três gols. Facchetti disputou as Copas de 1966, 1970 e 1974. Ele ainda detém o recorde de defensor com maior número de gols na história do Campeonato Italiano: 59 gols. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Com praticamente o dobro de votos do segundo colocado, Facchetti venceu com facilidade a escolha do lateral-direito desta Itália dos Sonhos. Ele superou Giuseppe Bergomi, brilhante defensor campeão do mundo em 1982 e presente nas Copas de 1986, 1990 – esta como capitão – e 1998, e Gianluca Zambrotta, lateral campeão do mundo em 2006 que ficou na terceira colocação, seguido de Burgnich e Foni.
Lateral-Esquerdo: Paolo Maldini
Absoluto na lateral-esquerda do melhor Milan de todos os tempos, ele também exerceu tal função com maestria na seleção italiana em três Copas do Mundo – 1990, 1994 e 1998. Nos anos 2000, virou zagueiro. E também exerceu essa função em uma Copa pela Azzurra (2002). Paolo Maldini é uma lenda incontestável e referência da clássica escola de zagueiros da Itália, além de ser um dos mais completos defensores de todos os tempos. Durante muito tempo, ele foi o recordista em jogos pela Nazionale com 126 partidas disputadas (e sete gols marcados) entre 1988 e 2002 até ser superado por Fabio Cannavaro e Gianluigi Buffon. Maldini era perito em desarmar adversários, sabia sair jogando com uma classe impressionante, cobria os espaços, recuava, atacava, enfim, era o lateral dos sonhos de qualquer time. Mas apenas o Milan teve o privilégio de contar com essa lenda. Sua camisa número 3 foi aposentada tamanha importância do capitano ao clube rossonero. Maldini foi também capitão da Itália entre 1994 e 2002. Uma pena o jogador não ter vencido uma Copa do Mundo – justamente após sua aposentadoria da seleção, a Azzurra venceu o Mundial, em 2006. Mesmo assim, o craque foi eleito para o Time dos Sonhos das Copas do Mundo, em eleição da própria FIFA realizada em 2002. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Maldini foi soberano na eleição e teve quase 75% dos votos. O craque deixou Facchetti – eleito para a lateral-direita – na segunda posição com 14%. O próximo da lista foi Antonio Cabrini, craque da Juventus campeã de tudo nos anos 1980 e campeão do mundo em 1982 pela Azzurra. Fabio Grosso, campeão em 2006, ficou na quarta colocação, seguido de Antonio Benarrivo, presente na seleção vice-campeã da Copa de 1994.
Zagueiro: Franco Baresi
Sinônimo de líbero e de zagueiro, Baresi teve a maior preferência dos leitores entre todas as categorias desta eleição – mais de 90% dos votos! E não foi por menos. O craque foi um dos maiores zagueiros de todos os tempos e é, para muitos, o maior na posição. A grande área era praticamente tomada por ele seja com a camisa do Milan (a única de clubes que vestiu na carreira), seja com a da Itália. Baresi desarmava, iniciava contra-ataques, tinha raça, controle de bola, liderança e técnica. Esteve no grupo italiano campeão do mundo em 1982 e disputou as Copas de 1990 e 1994. Nesta última, mesmo voltando de uma séria contusão, foi o responsável por marcar ninguém mais ninguém menos do que Romário na decisão do Mundial. E ele o fez com maestria, a ponto de o próprio Baixinho dizer que foi a “marcação mais implacável que recebeu em toda a carreira”. Imagine se Baresi estivesse 100% então… Baresi disputou 81 jogos pela Itália entre 1982 e 1994 e também teve sua camisa (de número 6) aposentada pelo Milan. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Zagueiro: Fabio Cannavaro
Primeiro (e até hoje único) zagueiro eleito pela FIFA o Melhor Jogador do Mundo. Dono de um dos desempenhos individuais mais notáveis e marcantes em uma só Copa em toda a história. Ícone do Parma e da Juventus. E 2º jogador com mais partidas disputadas pela Itália na história com 136 jogos. Fabio Cannavaro ganhou seu lugar nesta seleção muito por causa da Copa absurda que fez em 2006, quando foi o muro di berlino e comandou a zaga italiana campeã mundial. Capitão da Azzurra entre 2002 e 2010 em 79 jogos, Cannavaro foi um dos principais jogadores do futebol nos anos 2000 e início dos anos 2010. Mesmo com baixa estatura para um zagueiro (1,75m), ele tinha grande impulsão, força física, técnica, grande senso de posicionamento e uma vitalidade marcante. Ver um compacto de suas jogadas na Copa de 2006, incluindo o início do contra-ataque iniciado por ele na semifinal épica contra a Alemanha, é a síntese do que foi o zagueiro naquela época. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Franco Baresi teve a maioria esmagadora dos votos e foi eleito facilmente para uma das posições da zaga. A briga foi boa mesmo para a outra posição, entre Cannavaro e Scirea, excepcional defensor dos anos 1970 e 1980 e líder da zaga italiana campeã do mundo em 1982. Depois dessa dupla vieram Paolo Maldini, Alessandro Nesta (outro brilhante defensor, mas que conviveu com muitas lesões na carreira), e Cesare Maldini, pai de Paolo Maldini e grande expoente do Milan nos anos 1950 e 1960 e da seleção italiana no mesmo período.
Volante: Gennaro Gattuso
Ícone do Milan dos anos 2000 e símbolo de raça e entrega nas partidas, Gennaro Gattuso foi um dos mais marcantes volantes do futebol italiano na virada do século e entrou de vez para a história do país como titular da Itália campeã do mundo em 2006. Embora não fosse técnico, o jogador tinha um notável senso de colocação e era um marcador implacável que não tirava o pé nas divididas e brigava pela bola como se não houvesse amanhã. Sua parceria com Andrea Pirlo foi uma das mais consagradas do Calcio. Jogou pela seleção entre 2000 e 2010, disputou 73 jogos e marcou um gol, além de marcar presença em três Copas do Mundo (2002, 2006 e 2010).
Volante: Marco Tardelli
Ícone da Juventus campeã de tudo nos anos 1980, presente em três Copas do Mundo (1978, 1982 e 1986), campeão do mundo com a Itália em 1982 e autor de um célebre gol na decisão contra a Alemanha, Marco Tardelli foi um dos mais laureados e talentosos meio-campistas do futebol italiano. Era impecável nos desarmes, tinha plena visão de jogo, técnica para sair jogando e iniciar contra-ataques e notável precisão nos passes, além de ser eficiente tanto na marcação e proteção à zaga quanto no ataque como um verdadeiro meia. Disputou 81 jogos pela Itália entre 1976 e 1986 e marcou seis gols, um deles o já citado na vitória por 3 a 1 sobre os alemães na final da Copa de 1982.
Com quase o mesmo número de votos, Gattuso e Tardelli venceram a disputa com uma boa margem sobre Claudio Gentile (campeão do mundo em 1982), Daniele De Rossi (campeão em 2006) e Demetrio Albertini (vice-campeão em 1994). Luis Monti, campeão mundial em 1934, e Dino Baggio (outro vice-campeão em 1994), vieram na sequência entre os mais votados.
Meia: Giuseppe Meazza
Simplesmente uma lenda do Calcio, bicampeão mundial com a lendária Azzurra de 1934-1938, ícone da Internazionale e craque que dá nome ao estádio San Siro, Giuseppe Meazza é presença obrigatória em qualquer seleção dos sonhos da Itália. Com uma técnica rara, perito em dribles curtos em direção ao ataque e precisão cirúrgica nas finalizações ao gol, Meazza possui uma importância imensurável ao esporte italiano e contribuiu demais para o desenvolvimento do futebol no país. É considerado por muitos como o melhor futebolista do país em todos os tempos. Mesmo adepto da noite e festas, sempre rendia em campo e podia atuar como atacante, meia ou centroavante. Ao lado de Giovanni Ferrari e Eraldo Monzeglio, é um dos três jogadores italianos a ter no currículo duas Copas do Mundo, exatamente as duas que disputou. Meazza ostenta também o 2º lugar na lista dos maiores artilheiros da Azzurra: foram 33 gols em 53 jogos. Leia mais sobre Il Peppino clicando aqui!
Meia: Andrea Pirlo
Se essa Itália dos Sonhos dos leitores e leitoras tem Gattuso, ela tinha que ter Pirlo, que compôs uma das maiores duplas de meio-campo do futebol italiano e mundial nos anos 2000 pelo Milan e também pela Azzurra. Andrea Pirlo foi um verdadeiro maestro que, entre 2002 e 2015, brilhou intensamente com a camisa azul da Itália e trilhou o caminho do tetracampeonato em 2006 com passes perfeitos, lances memoráveis e gols. Com uma visão de jogo primorosa, frieza, elegância e primor nas bolas paradas, o craque foi um dos maiores jogadores de seu tempo e um dos mais brilhantes que a Itália já produziu. Na Copa de 2006, Pirlo anotou um gol e deu três assistências para gols, incluindo a do gol de Materazzi na final contra a França. O meia também converteu sua cobrança na disputa de pênaltis que deu a taça aos italianos. Pirlo disputou as Copas de 2006, 2010 e 2014, é o 5º jogador com mais partidas pela Azzurra na história – 116 jogos – e marcou 16 gols pela Itália. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Com a vitória do esquema 4-4-2, Pirlo e Meazza venceram a disputa pelas duas vagas no setor mais ofensivo do meio de campo e deixaram Francesco Totti, lenda da Roma, na terceira posição. Il Capitano perdeu por apenas três votos para Meazza e Pirlo foi o líder na enquete com mais que o dobro dos votos do segundo colocado. Na quarta posição ficou Gianni Rivera, ícone do Milan dos anos 1960 e campeão europeu em 1968 com a Itália. Na sequência apareceram Valentino Mazzola, imortal do Torino dos anos 1940, Sandro Mazzola, filho de Valentino e referência da Grande Inter dos anos 1960, e Roberto Donadoni, presente no Milan bicampeão europeu e mundial de 1989/1990.
Atacante: Roberto Baggio
Criativo, rápido, driblador, técnico, decisivo, perigoso em bolas paradas e artilheiro. Além de tudo isso, foi o Melhor Jogador do Mundo em 1993, eleito o 16º Melhor Jogador do Século XX pela World Soccer, para o FIFA 100, é um dos maiores artilheiros da Itália na história das Copas com nove gols em três Mundiais disputados (1990, 1994 e 1998) e o 4º maior artilheiro da Azzurra com 27 gols em 56 jogos. Roberto Baggio é um craque imortal do futebol italiano e um dos mais talentosos atacantes de seu tempo. Esqueça a fatalidade do pênalti perdido na final da Copa de 1994. Baggio jamais se resumiu àquilo e nunca foi crucificado em seu país. Ele foi um ídolo e os italianos sempre souberam valorizar e respeitar o craque. Estivesse ele 100% fisicamente na Copa de 1994, a história da Azzurra provavelmente seria bem diferente. Isso porque mesmo longe de sua melhor forma ele jogou muito e carregou a Itália até a final com maestria. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Atacante: Paolo Rossi
Um dos maiores carrascos da história do futebol brasileiro foi escolhido para integrar essa Itália dos Sonhos. Talvez não só pelas memórias da Tragédia do Sarriá de 1982, mas pelo talento e tino vencedor que sempre acompanharam Paolo Rossi. Um dos três jogadores ao lado de Garrincha, em 1962, e Kempes, em 1978, a vencer todos os principais prêmios de uma Copa do Mundo na história (venceu o título, foi Chuteira de Ouro com seis gols e ganhou a Bola de Ouro de melhor do Mundial, tudo em 1982), Rossi foi um dos mais perigosos atacantes do final dos anos 1970 e boa parte dos anos 1980. Presente nas Copas de 1978, 1982 e 1986, o Bambino d’Oro foi uma das referências da Juventus campeã de tudo na década de 1980 e vencedor do Ballon d’Or de 1982. Finalizador nato, sempre bem colocado (Brasil que o diga…), muito técnico e decisivo, ele crescia quando mais o time precisava. Marcou 20 gols em 48 jogos pela Itália entre 1977 e 1986. Leia mais sobre ele clicando aqui!
A lista foi grande e bem concorrida, mas Baggio e Rossi conseguiram uma boa margem de votos sobre seus rivais diretos, principalmente Baggio, com mais de 80% da preferência dos leitores e leitoras. A terceira posição ficou com Alessandro Del Piero, campeão do mundo em 2006 e 5º maior artilheiro da Azzurra com 27 gols em 91 jogos. Meazza também apareceu entre os mais votados para atuar como atacante com pouco mais de 21% dos votos, seguido de Luigi Riva, o maior artilheiro da história da Itália, mas preterido na enquete dos leitores.
Técnico: Arrigo Sacchi
Um time dos sonhos jogando no 4-4-2? É só dar na mão do Sacchi que ele dá conta! Comandante do melhor Milan de todos os tempos e um visionário, Arrigo Sacchi foi o preferido dos leitores para comandar essa Itália dos Sonhos. O trabalho do técnico naquele esquadrão rossonero foi um dos mais estupendos do futebol. Sacchi fazia seu time jogar no 4-4-2 um futebol ofensivo, reduzindo os espaços do campo, marcando por zona e na base do pressing. Os adversários caíam constantemente em linhas de impedimento e não tinham espaço para trocar três ou quatro passes sem um milanista aparecer e tomar a bola. Tanto brilho e títulos levaram o carequinha ao comando da Azzurra entre 1991 e 1996. Sacchi não levou títulos, mas conduziu a Itália ao vice-campeonato da Copa de 1994, além de ter um dos melhores aproveitamentos da seleção na história: 64%. Foram 53 jogos, 34 vitórias, 11 empates e apenas oito derrotas, além de 90 gols marcados e 36 sofridos. Desde Enzo Bearzot, nos anos 1970 e 1980, que ele ostenta o melhor aproveitamento de gols marcados no comando da Itália na história. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Mesmo sem títulos, Sacchi venceu a disputa com uma boa margem de votos para o segundo colocado, o lendário Vittorio Pozzo, único homem bicampeão da Copa do Mundo como treinador na história. Em seguida vieram Marcello Lippi, técnico da Azzurra campeã do mundo em 2006, Carlo Ancelotti, multicampeão por clubes, mas que ainda não teve chances na seleção, e Enzo Bearzot, campeão do mundo em 1982.
Reservas imediatos
Goleiro: Dino Zoff
Lateral-Direito: Giuseppe Bergomi
Lateral-Esquerdo: Antonio Cabrini
Zagueiros: Gaetano Scirea e Alessandro Nesta
Volantes: Claudio Gentile e Daniele De Rossi
Meias: Francesco Totti, Gianni Rivera e Valentino Mazzola
Atacantes: Alessandro Del Piero, Luigi Riva e Silvio Piola
Auxiliar técnico: Vittorio Pozzo
O Imortais também escalou a sua seleção! Veja abaixo:
Itália dos Sonhos – Escolha do Imortais
Esquema tático: 3-5-2
O time: Gianluigi Buffon; Gaetano Scirea, Franco Baresi e Fabio Cannavaro; Giacinto Facchetti, Marco Tardelli, Giuseppe Meazza, Valentino Mazzola e Paolo Maldini; Roberto Baggio e Luigi Riva. Técnico: Vittorio Pozzo.
Antes de tudo, uma pergunta: qual ataque do planeta conseguiria passar por um sistema defensivo com Buffon, Scirea, Baresi, Cannavaro, Facchetti e Maldini? Acho que nenhum, não é mesmo? Por isso, essa Itália dos Sonhos do Imortais aposta na maior força italiana (a defesa) para liberar grandes craques ofensivos lá na frente. Tardelli teria um papel de volante fixo, enquanto Valentino Mazzola e Giuseppe Meazza jogariam mais livres, sem grandes preocupações de marcação, para criarem e tabelarem à vontade. Caso algum deles não pudesse jogar, Andrea Pirlo e Giovanni Ferrari seriam os reservas imediatos. Na frente, Baggio e Riva seriam os artilheiros da Azzurra. Caso eles não estivessem em um bom dia, Totti, Del Piero e Silvio Piola estariam prontos para liquidar qualquer rival. No banco, Vittorio Pozzo e sua sintonia plena com a Azzurra iriam garantir grandes e memoráveis shows da equipe italiana.
Os escolhidos pelo Imortais ausentes na seleção dos leitores (as):
Zagueiro: Gaetano Scirea
Vencedor de todos os principais títulos que um futebolista sonha em ter e sinônimo de líbero, Gaetano Scirea foi um dos maiores defensores de todos os tempos e referência plena tanto da Itália campeã do mundo em 1982 quanto da super Juventus dos anos 1980. Especialista em desarmes e antecipações e figura constante em jogadas de ataque, Scirea dominava todos os fundamentos essenciais de um zagueiro, era uma referência e um porto seguro para recomeçar e organizar o jogo. Foram 78 jogos e dois gols pela Itália entre 1975 e 1986. Scirea disputou três Copas do Mundo (1978, 1982 e 1986). Leia mais sobre ele clicando aqui!
Meia: Valentino Mazzola
Completo, com visão de jogo plena, forte, rápido, vigoroso, artilheiro, líder, único. Valentino Mazzola foi tudo isso no curto período em que esteve desfilando suas virtudes principalmente com a camisa do Torino, clube pelo qual venceu cinco Campeonatos Italianos e uma Copa da Itália nos anos 1940. Vítima da tragédia de Superga, que pôs fim a um dos maiores esquadrões de todos os tempos, o Grande Torino, Mazzola foi único e o maior jogador da Itália após Meazza. Sem Copas do Mundo naqueles anos 1940 por conta da 2ª Guerra Mundial, ele infelizmente não teve a chance de vencer um Mundial com a Azzurra. Certa vez, Enzo Bearzot, técnico campeão do mundo com a Itália em 1982, foi direto sobre a representatividade de Mazzola ao futebol italiano: “O maior jogador italiano de todos os tempos foi Valentino Mazzola. Ele era um homem que podia carregar um time todo em suas costas”. Mazzola disputou 12 jogos e marcou quatro gols pela seleção, além de anotar 123 gols em 193 jogos pelo Torino. Leia mais sobre ele clicando aqui.
Atacante: Luigi Riva
O maior artilheiro da história da seleção italiana não poderia ficar de fora desse time dos sonhos! Com 35 gols em 42 jogos pela Azzurra, duas Copas do Mundo disputadas (1970 e 1974) e campeão da Eurocopa de 1968, Riva foi um dos mais prolíficos e letais atacantes da história da Itália e verdadeiro patrimônio da Sardenha, terra do Cagliari, clube que foi campeão italiano em 1969-1970 justamente graças ao artilheiro, que anotou 21 gols na campanha do histórico Scudetto da equipe azul e grená. Riva foi artilheiro não só na temporada 1969-1970, mas também da Série A de 1966-1967 (18 gols) e 1968-1969 (20 gols), de três edições da Copa da Itália e é até hoje o maior artilheiro da história do Cagliari com 207 gols em 374 jogos, sendo 164 gols somente em Campeonatos Italianos. Riva tinha todas as virtudes de um goleador: se colocava bem, conseguia se desvencilhar facilmente de zagueiros, tinha um chute fortíssimo e era muito técnico, capaz de fazer acrobacias para alcançar a bola. Simplesmente uma lenda! Leia mais sobre ele clicando aqui!
Técnico: Vittorio Pozzo
Bicampeão mundial com a Itália em 1934 e 1938, campeão olímpico em 1936 e profundo conhecedor do futebol, Vittorio Pozzo foi um dos mais lendários treinadores do esporte e mantém até hoje recordes inigualáveis, o principal deles como único homem bicampeão da Copa do Mundo da FIFA como técnico. Criador do Metodo, o esquema tático 2-3-2-3 que tinha como principais características a força no meio de campo e o contra-ataque rápido, os quais, segundo ele, eram perfeitos para o estilo de jogo dos italianos, Pozzo comandou a Itália durante incríveis 19 anos, de 1929 até 1948, além de passagens anteriores nos anos de 1912, 1921 e 1924. Foram 97 jogos, 65 vitórias, 17 empates e apenas 15 derrotas, aproveitamento superior a 67%, jamais igualado por outro treinador à frente da seleção italiana. Se contarmos apenas o período de ouro dos 19 anos, o aproveitamento sobe a 68,97%, com 60 vitórias, 16 empates, 11 derrotas em 87 jogos, além de 224 gols marcados e 110 sofridos. Por tudo isso, Pozzo é o técnico da Itália dos Sonhos do Imortais. Leia mais sobre ele clicando aqui!
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Tardelli jogava muito de lateral direito também. Penso que um 5-3-2, com enfase na defesa e contra ataque faz mais jus ao estilo e tradição da Itália. Não entendo como Sandro Mazzola não está nesse time. Pirlo não chega à sombra do que foi o velho Sandro. Enfim:
1) Buffon
2) Tardelli
4) Cannavaro
5) Baresi
3) Maldini
6) Facchetti
8) Scirea
7) Sandro Mazzola
11) Valentino Mazzola
9) Meazza
10) Baggio
Ótimo trabalho, eu desde pequeno sempre admirei as historias de grandes esquadrões do futebol. Esse amor começou no Fifa 2000, onde existia diversos desse times.
Eu acredito que a seleção italiana escolhida pelo imortal faz mais jus com a história. Porém eu faria 2 pequenas mudança colocaria o esquema para 4-4-2
Sairiam do time Canavaro e Tardelli.
Meu time ideal seria um pouco mais ofensivo:
Go – Buffon
Zg – Baresi
Zg – Screia
Ld – Fachetti
Ld – Maldini
Vo – Pirlo
Mc – Totti
Md – Meazza
ME – V Mazzola
At – R Baggio
At – Riva
Motivo das Trocas:
Totti em minha opinião foi o maior, meio campista do séc XX, porém ele foi muito injustiçado pela escolha dele ficar na Roma, ele dominava muito esse setor. E eu gosto muito de comparar ele com Zidane, que em minha opinião Totti, foi muito mais cerebral, fez mais gols, mais assistência, porém em um time que tinha apogeu de vez em quando..
Pirlo, simplesmente o maior 1° homem do meio campo que eu vi jogar..
Meu meio campo do sonhos daqueles que eu vi….Pirlo, iniesta, Xavi e Totti…
Parabéns pelo trabalho!! Acertaram em tudo, a única mudança que eu faria seria colocar o Gianni Rivera no lugar do Valentino Mazzola.
Meu esquema seria um 3-5-2, com os seguintes nomes: Buffon, Baresi, Scirea, Cannavaro, Maldini, Facchetti, Pirlo, Rivera, Meazza, Roberto Baggio e Gigi Riva, com o Pozzo como técnico. No segundo time, eu colocaria o Zoff, Costacurta, Nesta, Gentile, Bergomi, Cabrini, Albertini, Donadoni, Tardelli, Del Piero e Totti tendo o Sacchi como auxiliar técnico. Gostaria de aproveitar para deixar um comentário, acho que o Costacurta deveria ter sido incluído na lista dos jogadores a serem votados pois ele teve copas primorosas em 94 e 98, além da campanha de classificação para a Copa de 98 quando a Itália precisou muito da defesa que por sinal Maldini, Cannavaro e ele desempenharam muito bem.
Abbracci!
Minha seleção dos sonhos da Itália seria (3-5-2) Dino Zoff (Gianluigi Buffon), Giacinto Facchetti (Paolo Maldini), Gaetano Scirea (Cannavaro), Claudio Gentile (Alessandro Costacurta), Franco Baresi (Alessandro Nesta), Mauro Tassotti (Giuseppe Bergomi),Marco Tardelli (Demetrio Albertini), Sandro Mazzola (Valentino Mazzola), Gianni Rivera (Andrea Pirlo), Giuseppe Meazza (Roberto Baggio) e Luigi Riva (Paolo Rossi). Técnico: Arrigo Sacchi . Auxiliar: Vittorio Pozo. Mudei um pouco a escalação para que o ataque tenha mais imprevisibilidade (pode ser trabalhando a bola ou apostando em velocidade)
4-3-3:
Go- Buffon
Za- Baresi
Za- Scirea
Ld- Paolo Maldini
Le- Facchetti
Vo- Marco Tardelli
Vo- Pirlo
Ma- Gianni Rivera
Ad- Meazza
Ae- Roberto Baggio
At- Luigi Riva
Reservas
Go- Dino Zoff, G. Combi;
De- Cannavaro, Nesta, Bergomi, Cabrini;
Mc- Benetti, V. Mazzola, Sandro Mazzola, Totti;
At- Bruno Conti e Piola.
Obs.: Não concordo com a escolha pelo Gattuso, a Itália, ele foi um ótimo volante, mas me parece que não cabe numa seleção principal da Itália. Melhor seria uma dupla Tardelli e Pirlo, Ou Scirea e Pirlo na volância.
O Benetti era um mordedor estilo Gattuso, mas com melhor saída de bola.
Por fim, deu dó deixar Gentile, Antognoni, Del Piero e Paolo Rossi de fora.
Olha com todo respeito a quem votou no Cannavaro para o time principal italiano, ele não foi nem sombra do que jogou e sua importância como ídolo de uma geração do que o Gaetano Scirea. Cannavaro foi eleito bola de ouro FIFA, foi um grande zagueiro de seu tempo, mas o Scirea ditou a maneira de como um líbero deve jogar, influenciando inclusive, ninguém menos que outra lenda italiana – Franco Baresi. Talvez os votos sejam de indivíduos mais jovens e portanto, mais influenciados por opiniões mais midiáticas da atualidade.
Guilherme, se sair a publicação sobre a maior seleção a maior Seleção Holandesa de todos os tempos, teoricamente essa seria a escalação: 1 Van der Sar, 4 Koeman, 8 Rijkaard, 5 F. der Boer, 12 R. Krol, 16 Seedorf,, 13 Neeskens, 14 Cruyff, 11 Robben, 10-Bergkamp, 9-Van Basten.
Técnico: Rinuus Michels – Johann Cruyff Esquema Tático: 4-3-3 /3-4-3.
Reservas: J.Van Beveren- Van DijK- Japp Stam, Davids, Gullit, Wim Jonk ,Van Hanegem, Sneidjer, Piet Keizer, Rob Rensenbrink, Kluivert.
Menção Honrosa: Van Breukelen, De Ligt, de Vrij, A. Winter. GIO Van Bronckhorst, R. der Boer ,R. Van der Vaart. Faas Wilkes, Johnny Rep, Van Nistelrooy e R. Van Persie. DT: ( Louis Van Gaal)
Outros também importantes: M. Steklemburg, Wim Suurbier, P.Cocu, Van Bommel, F. De Jong, Wijnaldum, Overmars, D. Kuyt, Roy Majaay
Bom trabalho, Imortais. Se a seleção do Brasil dá samba, a italiana sempre deu uma boa tarantela. Dificílimo pensar em um 11 ideal com tantos zagueiros ótimos e boas opções no ataque também. Todos os escolhidos pelo Imortais e pelos leitores têm que ser lembrados como craques imortais se já não viraram.
Azzurra Immortale!
Tô com os Imortais!