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Time dos Sonhos do Atlético-MG

 

Por Guilherme Diniz

 

Desde o começo do século XX que aquele clube arrebatava multidões. Seus jogos sempre tinham mais emoção que os dos demais clubes de Minas. Foi também o primeiro campeão da história do estado e ano após ano construiu esquadrões simplesmente emblemáticos. Primeiro, o do Trio Maldito, composto por Mário de Castro, Said e Jairo, que, juntos, anotaram 467 gols em apenas 99 jogos, uma média assustadora de 4,71 gols por jogo. Depois, veio o esquadrão comandado por Kafunga e Guará, multicampeão estadual no final dos anos 1930. Depois, os “Campeões do Gelo”, primeiro clube de Minas a excursionar pela Europa e um dos primeiros do Brasil a se aventurar em terras estrangeiras, enfrentando temperaturas de quase -20ºC. 

Mas foi nos anos 1970 e 1980 que o Atlético ganhou o Brasil com uma leva de timaços que só não venceram mais troféus por culpa do “sobrenatural” que sempre ronda o futebol – o Galo foi vice-campeão brasileiro invicto em 1977, acredite se quiser! – e por outros esquadrões que toparam o caminho alvinegro. Nos anos 1990, vieram os primeiros títulos continentais e, nos anos 2000, tempos complicados que foram superados já no começo dos anos 2010 com um novo time lendário que conquistou a América e uma Copa do Brasil em cima do maior rival. Se reinventando e dono de uma das torcidas mais apaixonadas e barulhentas do futebol, o Clube Atlético Mineiro é um gigante que já teve nomes consagrados e craques inesquecíveis. Por isso, seu time dos sonhos sempre passa por mudanças, como você vai perceber a seguir. Vamos conferir!

 

Os convocados pelos leitores e leitoras:

 

Goleiros: Victor e João Leite

Laterais-Direitos: Nelinho e Marcos Rocha

Laterais-Esquerdos: Guilherme Arana e Paulo Roberto

Zagueiros: Leonardo Silva, Luizinho, Réver e Vantuir

Volantes: Toninho Cerezo, Gilberto Silva e Zé do Monte

Meias: Ronaldinho, Éder Aleixo, Paulo Isidoro e Marcelo Oliveira

Atacantes: Reinaldo, Dadá Maravilha, Diego Tardelli, Hulk e Marques

Técnico: Cuca

 

Esquema tático escolhido pelos leitores e leitoras: 4-3-3 (55,1% dos votos)

 

 

Time A – formação 1 – 4-3-3:

Victor; Nelinho, Leonardo Silva, Luizinho e Guilherme Arana; Toninho Cerezo, Ronaldinho e Éder Aleixo; Diego Tardelli, Reinaldo e Dadá Maravilha.

ídolos de grandes conquistas e até um “intruso” da atualidade marcam presença nessa formação do Galo dos Sonhos. No gol entrou São Victor, herói do título da Libertadores de 2013 com verdadeiros milagres na fase de mata-mata e defesas sensacionais, além de uma identificação marcante com a torcida e o clube. Na lateral-direita, Nelinho, que conseguiu ser ídolo do clube mesmo com o passado no rival. Na esquerda, a surpresa Guilherme Arana, que vem jogando muito desde 2020 no Galo e virou uma das principais armas ofensivas do time campeão do Brasileirão 2021 e que está na final da Copa do Brasil. A dupla de zaga seria praticamente intransponível e com jogadores que poderiam construir preciosos contra-ataques: Leonardo Silva, outro ídolo do time campeão da América, e Luizinho, lenda do timaço dos anos 1970 e 1980 e verdadeiro camisa 10 da zaga tamanha técnica.

No meio, Toninho Cerezo teria características mais defensivas para segurar os rivais enquanto o Bruxo Ronaldinho, pela direita, e Éder Aleixo, pela esquerda, iriam infernizar as zagas e dar passes para o trio de ataque formado por Dadá Maravilha, talismã do título brasileiro de 1971, Reinaldo, o REI e maior artilheiro da história do Galo, e Diego Tardelli, principal artilheiro do clube no século XXI e autor do gol do título da Copa do Brasil sobre o rival Cruzeiro em 2014. Para comandar essa turma, Cuca, verdadeira lenda do Atlético.

Time A – formação 1 Extra – 4-3-3:

Victor; Nelinho, Leonardo Silva, Luizinho e Guilherme Arana; Toninho Cerezo, Ronaldinho e Éder Aleixo; Hulk, Reinaldo e Dadá Maravilha.

Fizemos essa versão extra com Hulk no lugar de Diego Tardelli, afinal, o atacante vem escrevendo uma história impressionante pelo Galo e já é um ídolo eterno do torcedor alvinegro!

 

Time A – formação 2 – 4-3-3:

Victor; Nelinho, Leonardo Silva, Luizinho e Guilherme Arana; Toninho Cerezo, Paulo Isidoro e Ronaldinho; Dadá Maravilha, Reinaldo e Éder Aleixo.

Nesta formação, o craque Paulo Isidoro entra no lugar de Diego Tardelli e vai para o meio ajudar Toninho Cerezo na marcação e também na criação de jogadas com Ronaldinho. O ataque ganha o aporte de Éder Aleixo, como ponta-esquerda e liberdade total para atacar.

 

Time A – formação 3 – 4-3-3:

Victor; Nelinho, Leonardo Silva, Luizinho e Guilherme Arana; Gilberto Silva, Toninho Cerezo e Ronaldinho; Diego Tardelli, Reinaldo e Éder Aleixo.

Nesta formação, Toninho e Gilberto Silva, grande nome do Galo da virada do milênio, formam a dupla de volantes para Ronaldinho ficar despreocupado e aprontar suas bruxarias. O trio de ataque teria mais velocidade com a entrada de Diego Tardelli no lugar de Dadá Maravilha.

 

Time B – formação 1 – 4-3-3:

João Leite; Marcos Rocha, Vantuir, Réver e Paulo Roberto; Zé do Monte, Paulo Isidoro e Marcelo Oliveira; Marques, Hulk e Éder Aleixo.

O time B desse Galo dos Sonhos também possui brilho próprio e mais craques lendários. No gol, João Leite, recordista em jogos pelo clube e um dos mais brilhantes goleiros do futebol brasileiro. Nas laterais, Marcos Rocha, do time campeão da América, e Paulo Roberto, capitão do time que levantou a primeira Copa Conmebol do clube lá em 1992. Na zaga, liderança e muita raça com Réver, o “capitão América”, e Vantuir, xerifão do time campeão brasileiro em 1971. No meio, Zé do Monte, craque do esquadrão campeão do gelo, ganha uma vaga para jogar ao lado de Paulo Isidoro (bem votado tanto como volante como meia) e Marcelo Oliveira, xodó da torcida na transição do time campeão brasileiro até o timaço pós-1978. No ataque, Marques, ídolo dos anos 1990 e início dos anos 2000, Éder, mais uma vez como ponta-esquerda, e Hulk, que segue conquistando mais e mais fãs com seus gols e atuações mágicas no ano de 2021.

 

Time B – formação 2 – 4-3-3:

João Leite; Marcos Rocha, Vantuir, Réver e Paulo Roberto; Zé do Monte, Gilberto Silva e Paulo Isidoro; Hulk, Reinaldo e Marques.

Aqui, colocamos Gilberto Silva para ajudar Zé do Monte na marcação e liberar Paulo Isidoro na criação. Na frente, Marques e Hulk jogariam abertos para municiar o REI. Vixe…

 

Os escolhidos pelos leitores e leitoras. OBS: as informações sobre jogos e gols são do site Galodigital, a enciclopédia do Atlético-MG na internet!

 

Goleiro: Victor – 81,3% dos votos

Período no clube: 2012-2021

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2013), 1 Recopa Sul-Americana (2014), 1 Copa do Brasil (2014) e 5 Campeonatos Mineiros (2013, 2015, 2017, 2020 e 2021)

Jogos: 424

 

Depois de grandes atuações pelo Grêmio e vencer uma Bola de Prata, Victor chegou ao Atlético em 2012 e se identificou ao extremo com a torcida e o clube. Autor de defesas marcantes no Brasileiro de 2012, o goleiro fez da Libertadores de 2013 a competição de sua vida. Em três grandes atos, o jogador foi simplesmente mítico. Primeiro, contra o Tijuana, nas quartas de final, quando a torcida já comemorava a classificação, o juiz Patricio Polic marcou pênalti para o time mexicano, nos acréscimos. O sonho da América seria sepultado. Choro nas arquibancadas. Consternação geral em todos os jogadores do Galo. Quer dizer, quase todos, pois um estava sereno, concentrado e em profundo transe: Victor. 

Victor Libertador: defesa com o pé contra o Tijuana jamais sairá da memória do atleticano.

 

O goleiro atleticano era o único ser daquele estádio que poderia fazer alguma coisa para salvar o Galo de sua morte iminente em sua própria casa. Riascos, o mesmo que abriu o placar para os mexicanos, foi para a bola. Ele correu, bateu… E Victor defendeu! Com o pé! Ninguém acreditou! Foi histórico! Inacreditável! O Atlético estava na semifinal. E Victor imortalizado para sempre na história do Galo, que seguiu vivo e invicto no seu querido Horto.

De novo com os pés, Victor defende o primeiro pênalti do Olimpia.

 

Depois, veio o Newell´s Old Boys. E, na decisão por pênaltis, mais uma vez Victor se agigantou ao defender o pênalti de Maxi Rodríguez e colocar o Atlético na final. Contra os paraguaios do Olimpia, na finalíssima do Mineirão, Victor defendeu com os pés o primeiro chute do time de Assunção, ajudando o Galo a vencer por 4 a 3 e levantar sua primeira Libertadores. Como não poderia deixar de ser, Victor foi eleito o melhor goleiro da competição. De lá para cá, o arqueiro ganhou oportunidades na seleção, seguiu titular e se transformou no 9º jogador que mais atuou com a camisa do Galo na história. Victor encerrou a carreira no Galo em 2021 com oito títulos conquistados e a idolatria eterna do torcedor alvinegro.

 

Goleiro: João Leite – 38,1% dos votos

Período no clube: 1976-1988 e 1991-1992

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Conmebol (1992) e 11 Campeonatos Mineiros (1976, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1985, 1986, 1988 e 1991).

Jogos: 684

 

Tranquilo, exímio pegador de pênaltis e recordista em jogos pelo Atlético (684), João Leite é um símbolo do Galo e considerado por muitos o melhor goleiro alvinegro em todos os tempos. Marcou época no clube e conquistou mais de uma dezena de títulos. Detém um impressionante retrospecto pelo time com 413 vitórias, 176 empates e apenas 95 derrotas nos 684 jogos que disputou. Ficou 773 minutos sem levar gols pelo Galo no Brasileiro de 1978 e detém a menor média de gols sofridos pelo clube na competição nacional: 132 gols em 178 jogos (0,72 gol por jogo). Já veterano, defendeu o Atlético na conquista da Copa Conmebol de 1992.

 

 

Lateral-Direito: Nelinho – 67,5% dos votos

Período no clube: 1983-1988

Principais títulos pelo clube: 4 Campeonatos Mineiros (1982, 1983, 1985 e 1986)

Jogos: 274

Gols: 52

 

Identificado com o Cruzeiro, o lateral-direito Nelinho enfrentou muita desconfiança da torcida alvinegra quando chegou ao clube em meados de 1982, mas mostrou em campo não se importar com camisas ou com o passado. Jogou muito, esbanjou categoria e é quase sempre lembrado em votações de times dos sonhos do Atlético. Nelinho era dono de um chute venenoso nos pés, apoiava muito bem o ataque e dava cruzamentos maravilhosos para os companheiros. Se estivesse no time vice-campeão brasileiro em 1980, com certeza a história do torneio daquele ano teria sido diferente. Foram 274 jogos, 52 gols e quatro títulos estaduais com o Galo nos anos 1980, além de vários torneios amistosos internacionais.

 

Lateral-Direito: Marcos Rocha – 46,3% dos votos

Período no clube: 2008, 2009-2010 e 2012-2017

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2013), 1 Recopa Sul-Americana (2014), 1 Copa do Brasil (2014) e 4 Campeonatos Mineiros (2012, 2013, 2015 e 2017)

Jogos: 306

Gols: 13

 

Cria das bases, Marcos Rocha teve poucas chances no clube em seu começo de carreira e foi emprestado a outros clubes até voltar em definitivo no ano de 2012 para se consagrar como um dos mais eficientes laterais alvinegros neste século. Muito habilidoso, o camisa 2 se tornou uma das maiores armas no setor ofensivo do time campeão da América, da Recopa, da Copa do Brasil e multicampeão mineiro entre 2012 e 2017. Apoiando muito bem o ataque pela direita e com boa qualidade nos passes e tabelas, Marcos Rocha foi essencial nas ótimas campanhas do time. Em 2014, faturou ainda a Bola de Prata de melhor lateral do Brasileirão.

 

 

Lateral-Esquerdo: Guilherme Arana – 38,8% dos votos

Período no clube: 2020-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (2021), 1 Copa do Brasil (2021), 1 Supercopa do Brasil (2022) e 3 Campeonatos Mineiros (2020, 2021 e 2022).

Jogos: 109

Gols: 13

 

Revelado pelo Corinthians, Arana desde cedo mostrou talento e tino vencedor. Com apenas 19 anos, foi campeão brasileiro pelo Timão e repetiu a dose em 2017, já como titular absoluto do time de Carille. Após ser vendido ao futebol espanhol, retornou ao Brasil para jogar no Galo e parece mesmo que o defensor nasceu para vestir mantos alvinegros. Com velocidade, dribles, eficiência nos passes e cruzamentos e preciso nas jogadas ofensivas, Arana foi um dos principais nomes do Atlético em 2020 e vencedor da Bola de Prata do Brasileirão. Mas foi em 2021 que o jogador deu show com uma regularidade impressionante, jogos sensacionais e convocações para a seleção, com destaque para os Jogos Olímpicos de Tóquio, quando foi titular do Brasil e participou de todos os jogos da campanha que rendeu ao país a medalha de Ouro

Sob o comando de Cuca, o lateral cresceu demais de produção e foi peça imprescindível na campanha que rendeu com duas rodadas de antecipação o Brasileirão – após 50 anos de jejum! -, além de ajudar o Atlético a alcançar mais um título da Copa do Brasil e completar a Tríplice Coroa. Pelo futebol virtuoso e por estar ajudando o Galo a escrever uma nova história de glórias, Arana acabou eleito com folgas para este time dos sonhos.

 

Lateral-Esquerdo: Paulo Roberto – 30% dos votos

Período no clube: 1986-1996

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Conmebol (1992) e 5 Campeonatos Mineiros (1986, 1988, 1989, 1991 e 1995)

Jogos: 504

Gols: 38

 

Um dos jogadores com mais jogos pelo Atlético em Brasileiros (189 partidas) e 5º atleta que mais vestiu o manto alvinegro na história (ao lado de Kafunga) com 504 jogos, Paulo Roberto marcou época no Atlético da segunda metade dos anos 1980 e início dos anos 1990. Com arrancadas em velocidade em direção ao ataque, poderosos chutes fortes de perna esquerda e muita garra, Paulo Roberto foi ídolo da torcida e capitão do Galo em vários momentos, como na histórica conquista da Copa Conmebol de 1992 – o primeiro grande título continental  levantado pelo clube com a chancela da entidade máxima da América do Sul. Paulo Roberto é irmão de Tato, ex-atacante que brilhou no Fluminense campeão brasileiro de 1984.

 

 

Zagueiro: Leonardo Silva – 74,3% dos votos

Período no clube: 2011-2019

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2013), 1 Recopa Sul-Americana (2014), 1 Copa do Brasil (2014) e 4 Campeonatos Mineiros (2012, 2013, 2015 e 2017)

Jogos: 390

Gols: 36

 

Chegou cercado de desconfiança por ter defendido o arquirrival Cruzeiro, mas provou com um grande futebol e gols decisivos que poderia entrar na galeria de imortais do Galo. E entrou! Leonardo Silva fez com Réver uma das melhores duplas de zaga do futebol brasileiro em 2012 e em 2013, sendo muito eficiente nas jogadas aéreas e arma de ataque para as jogadas de chuveirinho do time nos campos rivais. Marcou gols inesquecíveis no Brasileiro de 2012 – como no eletrizante duelo contra o Fluminense -, e, claro, na Libertadores, quando fez o segundo gol da decisão contra o Olimpia e ainda converteu sua cobrança na disputa de pênaltis. Em 2014, faturou a Recopa e também a Copa do Brasil, esta com sabor especial para o zagueiro por ele ter atuado como capitão e o troféu ter sido conquistado sobre o rival Cruzeiro. Leonardo Silva é o 12º jogador com mais jogos na história do Galo.

 

Zagueiro: Luizinho – 71,9% dos votos

Período no clube: 1978-1989

Principais títulos pelo clube: 9 Campeonatos Mineiros (1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1985, 1986, 1988 e 1989).

Jogos: 537

Gols: 21

 

Zagueiro técnico, clássico, soberano na área e exímio com a bola nos pés, Luizinho foi outro monstro sagrado da história alvinegra e uma unanimidade entre os torcedores. Jogou entre 1978 e 1989 no clube e conquistou nove campeonatos estaduais. Seu estilo de jogo clássico arrebatou tanto os amantes do futebol que o craque foi comparado a Domingos da Guia tamanha sua eficiência com a bola nos pés e nos desarmes. Sereno, Luizinho passava muita tranquilidade aos companheiros e jamais se enervava. 

 

Tanto talento levou o craque à seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1982 e encantou o mundo com o futebol-arte. No entanto, a equipe de Telê Santana acabou eliminada pela Itália na fatídica Tragédia do Sarriá. Abalado, Luizinho sentiu bastante aquela derrota e não disputou outra Copa, mas seguiu jogando o fino no Atlético, pelo qual ainda venceu a Bola de Prata de 1987 – a segunda na carreira, somada a de 1980. Luizinho é o 3º atleta que mais vestiu a camisa do Galo na história – 537 jogos.

 

Zagueiro: Réver – 71,3% dos votos

Período no clube: 2010-2014 e 2019-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2013), 1 Recopa Sul-Americana (2014), 2 Copas do Brasil (2014 e 2021), 1 Campeonato Brasileiro (2021) e 4 Campeonatos Mineiros (2012, 2013, 2020 e 2021).

Jogos: 307

Gols: 30

 

Técnico, seguro e líder, o “capitão América” Réver já é um dos grandes ídolos recentes do Atlético e símbolo do sucesso do time nos últimos tempos. Com várias convocações para a seleção brasileira no começo dos anos 2010 e atuações impecáveis com a camisa alvinegra, foi peça quase intocável no esquema tático do técnico Cuca e responsável direto pela espantosa eficiência defensiva de um time puramente ofensivo. Após anos mágicos entre 2010 e 2013, acabou sofrendo uma grave contusão em 2014 que o tirou de grande parte da temporada. Réver deixou o clube no ano seguinte, retornou em 2019 e, aos poucos, recuperou o bom futebol para mais uma vez ser titular do time e ajudar o Atlético a realizar uma temporada inesquecível em 2021, que rendeu mais um título estadual, o tão esperado Campeonato Brasileiro após 50 anos de jejum e a Copa do Brasil.

 

Zagueiro: Vantuir – 33,5% dos votos

Período no clube: 1968-1974 e 1975-1979

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (1971) e 4 Campeonatos Mineiros (1970, 1976, 1978 e 1979).

Jogos: 507

Gols: 6

 

Puro vigor físico, ótimo nas bolas altas e dono da área do Galo nos canecos do Estadual de 1970 e do Brasileiro de 1971. Tempo depois, ainda voltou para ajudar o Galo a vencer mais três Campeonatos Mineiros e se transformar em um dos cinco atletas com mais jogos pelo clube. Vantuir era o típico xerife e se identificou demais com o Atlético. Embora não fosse muito técnico, tinha muita raça e voz para comandar as ações em campo e liderar os companheiros no setor defensivo. Sem dúvida alguma um dos maiores defensores do alvinegro.

 

 

Volante: Toninho Cerezo – 87,7% dos votos

Período no clube: 1973, 1974-1983 e 1996-1997

Principais títulos pelo clube: 6 Campeonatos Mineiros (1976, 1978, 1979, 1980, 1981 e 1982).

Jogos: 400

Gols: 53

 

Um dos maiores volantes da história do futebol brasileiro em todos os tempos começou no Atlético sua trajetória de sucesso. Em Minas, Cerezo foi ídolo eterno e realizou partidas memoráveis com seu jeito desengonçado, mas cheio de técnica, precisão, visão de jogo e apoio ao ataque. Transmitia muita segurança para os companheiros e foi um símbolo de uma época de ouro do Atlético. Disputou 400 jogos pelo Galo e marcou 53 gols, além de ter conquistado seis títulos estaduais. Quando saiu do clube, em 1983, foi ser ídolo e campeão por Roma, Sampdoria e São Paulo, além de ter disputado as Copas do Mundo de 1978 e 1982. Vestindo o alvinegro do Atlético, Cerezo venceu três Bolas de Prata e duas Bolas de Ouro da Placar, feitos que só confirmaram seu talento. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Volante: Gilberto Silva – 46,3% dos votos

Período no clube: 1999-2002 e 2013

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2013) e 2 Campeonatos Mineiros (2000 e 2013).

Jogos: 122

Gols: 9

 

Cria do América, Gilberto Silva foi contratado pelo Atlético no final de 1999 e rapidamente se transformou em um dos destaques do time. Com desarmes precisos, ampla visão de jogo, poucas faltas e muita regularidade, o volante caiu nas graças da torcida e chamou a atenção do técnico da seleção brasileira na época, Luiz Felipe Scolari, que passou a convocar o jogador constantemente. Em 2002, Gilberto Silva foi convocado para a Copa do Mundo e, com a contusão de Emerson, assumiu a titularidade do time pentacampeão mundial. A visibilidade na Copa levou o craque ao Arsenal, onde também virou ídolo e peça fundamental do timaço campeão invicto do Campeonato Inglês de 2003-2004. Gilberto Silva ainda disputou a Copa de 2006 e teve passagens pelo futebol grego e pelo Grêmio até retornar ao Galo em 2013 para se aposentar em grande estilo: campeão da América e campeão mineiro, atuando como zagueiro em algumas partidas.

 

Volante: Zé do Monte – 27,2% dos votos

Período no clube: 1942-1956

Principais títulos pelo clube: Campeão do Gelo (1950) e 8 Campeonatos Mineiros (1946, 1947, 1949, 1950, 1952, 1953, 1954 e 1955).

Jogos: 320

Gols: 25

 

Sua história no Atlético começou em 1942, quando chegou ao clube com apenas 15 anos. Seu primeiro jogo foi quatro anos depois e rapidamente se tornou ídolo e um símbolo da raça atleticana. Camisa 5, era um volante brigador, que fazia ótimos lançamentos, além de ser um ótimo cabeça de área. Ficou lembrado por entrar em campo com um Galo vivo em todos os jogos – fato que ajudou a popularizar o apelido do clube. Recebeu propostas de vários clubes, mas deixava bem claro: “o meu futebol é só para o Atlético”. Teve alguns desentendimentos com Yustrich, que o proibia de tomar sua cervejinha. Zé do Monte tinha fama de galante e boêmio, e sempre era visto nas ruas de BH pilotando sua Harley-Davidson. Foi o capitão do time que excursionou pela Europa e venceu o lendário título de Campeão do Gelo, ganhou 8 títulos mineiros e não foi penta por ter saído no início de 1956. Encerrou cedo sua carreira, aos 28 anos, por se recusar a fazer uma cirurgia nos meniscos. É o 20º atleta mais atuante do clube com 320 jogos.

 

 

Meia / Volante: Paulo Isidoro – 55,3% dos votos como Meia / 33,3% dos votos como Volante

Período no clube: 1973-1974, 1975-1979 e 1985-1987

Principais títulos pelo clube: 5 Campeonatos Mineiros (1976, 1978, 1979, 1985 e 1986).

Jogos: 399

Gols: 98

 

Com um fôlego invejável e um motorzinho no meio de campo e ataque do Galo em diferentes épocas, Paulo Isidoro foi um dos maiores craques da história do Atlético. Foi campeão mineiro em 1976, 1978, 1979, e, em sua segunda passagem pelo time, em 1985 e 1986. Tinha habilidade, marcava gols importantes e podia atuar tanto mais recuado, na marcação e contenção, quanto avançado, criando jogadas e dando passes para os companheiros. Disputou 399 jogos, marcou 98 gols e venceu a Bola de Prata de 1976 vestindo a camisa alvinegra.

 

Meia: Ronaldinho – 93,1% dos votos

Período no clube: 2012-2014

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2013), 1 Recopa Sul-Americana (2014) e 1 Campeonato Mineiro (2013).

Jogos: 88

Gols: 28

 

Execrado quando deixou o Flamengo, Ronaldinho foi resgatado pelo Atlético em 2012. O meia receberia ¼ do salário que ganhava no clube carioca e, no Galo, R10 encontraria um ambiente bem mais tranquilo, além de um time melhor e que poderia brigar por títulos. Cercado de desconfiança – ainda mais por estar na “capital mundial dos bares” e ter recebido até cartaz de “boas vindas” de uma boate (!) -, o jogador começou a provar, jogo após jogo, que ainda tinha lenha para queimar. Vestindo a camisa 49, em homenagem à mãe, que nasceu em 1949 e passava por problemas de saúde à época, Ronaldinho se entrosou rapidamente com Bernard e Jô e fez do Galo a sensação do Campeonato Brasileiro de 2012.

Ronaldinho e Jô comemoram: cena típica nos jogos do Galo entre 2012 e 2013.

 

Os jogos do time eram recheados de gols, jogadas de efeito e, claro, o talento de Ronaldinho, que voltava a jogar bem e com alegria. O craque fez nove gols no campeonato (um deles um golaço no 2 a 2 contra o rival Cruzeiro, quando saiu em disparada do meio de campo, driblou um, dois, driblou o mesmo jogador do primeiro drible de novo e chutou), foi o maior assistente do torneio com 13 passes para gols e eleito o Bola de Ouro da competição pela revista Placar.

Delírio puro de Leonardo Silva e Ronaldinho no jogo contra o Flu, em 2012.

 

Foto: Gazeta Press.

 

Em 2013, jogando com sua habitual técnica, alegre e virtuoso, Ronaldinho proporcionou momentos de pura magia ao torcedor alvinegro, além de mostrar poder de decisão com assistências fantásticas para os companheiros e gols inesquecíveis. Teve uma simetria incrível com Jô e foi um dos grandes símbolos da ressurreição do Galo no futebol brasileiro. Ídolo e craque indiscutível. Deixou saudades quando saiu do clube, em 2014. Mas está na história por tudo o que fez e por ter ajudado o Atlético a levantar sua sonhada primeira Copa Libertadores. Leia mais sobre ele clicando aqui.

 

Meia: Éder Aleixo – 67,3% dos votos

Éder Aleixo: craque da ponta-esquerda foi um dos maiores jogadores do Brasil nos anos 80.

 

Período no clube: 1980-1985, 1989-1990 e 1994-1995

Principais títulos pelo clube: 6 Campeonatos Mineiros (1980, 1981, 1982, 1983, 1989 e 1995).

Jogos: 368

Gols: 122

 

Chegou em 1980 para se tornar o maior ponta-esquerda da história do clube. Fazia cruzamentos sensacionais, tinha um petardo espetacular na perna esquerda e uma habilidade rara, além de muita força, raça e gana para vencer. Realizou um sonho ao jogar no Galo naquele início de anos 1980, pois era torcedor atleticano desde criança. Disputou 368 jogos pelo clube e marcou 122 gols. Conquistou seis títulos estaduais, vários torneios amistosos e o coração dos atleticanos no período. Outro craque que esteve na seleção brasileira na Copa do Mundo de 1982.

 

Meia: Marcelo Oliveira – 31,4% dos votos

Período no clube: 1971-1979 e 1983

Principais títulos pelo clube: 4 Campeonatos Mineiros (1976, 1978, 1979 e 1983).

Jogos: 285

Gols: 104

 

Outra cria das bases do Galo neste time dos sonhos, Marcelo Oliveira marcou época nos anos 1970 atuando como meia que não só construía jogadas de ataque como também aparecia na frente para finalizar. Tinha muita categoria, era objetivo nos passes e dono de uma visão de jogo privilegiada. Prova disso são os 104 gols marcados em 285 jogos pelo clube, uma marca expressiva que colocou o jogador entre os maiores artilheiros do Atlético. Viveu seu melhor momento entre 1972 e 1977, quando foi titular absoluto e também ganhou espaço na seleção brasileira. 

Algumas desavenças com o técnico Barbatana prejudicaram um pouco seu espaço no time na época, e, após o vice-campeonato brasileiro de 1977, o jogador acabou preterido no elenco e deixou o Atlético em meados de 1979. Ele retornou em 1983 e teve tempo de vencer mais um campeonato estadual. Após pendurar as chuteiras, virou treinador e se destacou no Coritiba, no rival Cruzeiro e no Palmeiras. Oliveira chegou a treinar o Atlético em algumas oportunidades, mas não conseguiu levantar títulos.

 

 

Atacante: Reinaldo – 89,6% dos votos

Período no clube: 1973-1985

Principais títulos pelo clube: 8 Campeonatos Mineiros (1976, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983 e 1985).

Jogos: 475

Gols: 255

 

Se você perguntar para algum apaixonado por futebol quem foi o rei do futebol, certamente a pessoa irá dizer “Pelé”. Mas, se essa mesma pergunta for feita para algum dos milhões de torcedores atleticanos espalhados pelo Brasil, a resposta será outra, com uma maior entonação na primeira sílaba: “REInaldo!”. Para o atleticano, José Reinaldo de Lima, o Reinaldo, foi o maior rei da história do futebol, o maior artilheiro do Clube Atlético Mineiro em todos os tempos e também o maior craque do alvinegro. Durante uma década, Reinaldo foi mítico dentro do estádio do Mineirão, sua casa, seu Coliseu, onde vestia a armadura pintada em branco e preto e destruía sem dó o adversário que fosse: Fluminense, Corinthians, Flamengo, Palmeiras e, em especial, o Cruzeiro, sua vítima predileta. 

Reinaldo: mítico com a bola nos pés e artilheiro em qualquer ocasião.

 

Reinaldo (à dir.) é cercado por Zico (à esq.): craque atleticano jogou baleado a decisão nacional de 1980 e ainda sim marcou dois gols.

 

Seus dribles eram desconcertantes, sua velocidade, exuberante, e seus gols quase sempre lindos, formosos, capazes de enlouquecer por completo aquela nação atleticana que criou até um refrão para o seu maior ídolo: “Rei, rei, rei, Reinaldo é nosso rei!”. E era mesmo. No entanto, é de se lamentar profundamente a violência pela qual o atacante arisco e talentoso sofreu ao longo da carreira, que dilacerou seus joelhos, o fez jogar baleado uma Copa do Mundo (em 1978) e abreviar precocemente seus tempos de craque. Outra lamentação foi a oposição ao regime ditatorial que predominava no Brasil naqueles anos 1970 e 1980, que custaram, segundo o próprio Reinaldo, o título brasileiro de 1977 e a não convocação para a Copa de 1982. Mas ainda sim o craque conseguiu dar glórias e alegrias eternas para a sua massa atleticana, apaixonada até hoje pelos feitos de Reinaldo, o Rei do Mineirão. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Atacante: Dadá Maravilha – 77,3% dos votos

Período no clube: 1968-1972, 1974 e 1978-1979

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (1971) e 2 Campeonatos Mineiros (1970 e 1978).

Jogos: 290

Gols: 211

 

Folclórico, carismático, dono de frases de efeito, simplesmente letal de cabeça e muito bom de bola. Dadá Maravilha só não fez chover no ataque do Atlético, onde marcou 211 gols em 290 jogos, se tornando o segundo maior artilheiro da história do clube, perdendo apenas para a lenda Reinaldo. Dadá era o típico centroavante matador, daqueles que guarda a bola dentro do gol em qualquer vacilo da zaga, como o próprio Dadá afirmou, à Revista Placar, em 2006: “fora da área eu era sofrível, mas dentro dela, incomparável”. É torcedor fanático do clube, ídolo incontestável da torcida e autor de um dos gols mais importantes do Galo na história: o do título brasileiro de 1971. Um imortal do Atlético, Dadá foi quatro vezes artilheiro do Campeonato Mineiro e três vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro, sendo duas pelo Atlético (1971, 15 gols, e 1972, 17 gols) e uma pelo Internacional (1976, 16 gols). 

Telê Santana e Dadá: campeões brasileiros em 1971.

 

Dadá integrou o elenco da seleção brasileira campeã do mundo na Copa de 1970 e costumava dar nomes aos seus gols. Eis alguns deles, descritos no site Galodigital:

 

  • Gol Sutil – Sutil era a maneira peculiar que Dario tinha ao chutar a bola, pegando no contrapé do goleiro;
  • Gol Labirinto – Homenagem à eterna confusão dentro da área no momento dos escanteios;
  • Gol Mamãe – Um jogo no dia das mães;
  • Gol Psicodélico – Palavra em moda nos anos 1970;
  • Gol Emoção – Expressava a alegria de ser pai;
  • Gol PM – Homenagem à Polícia Militar, depois que marcou, Dario pegou o capacete de um PM e saiu correndo;
  • Gol Travolta – Homenagem à discoteca, representada por John Travolta e os embalos de sábado à noite;
  • Gol Cultura – Um alerta aos jovens contra as drogas e à favor da cultura;
  • Gol Asilo – Quando disseram que estava velho, Dario provou o contrário marcando três vezes o gol asilo;
  • Gol Ternura – Em homenagem ao dia dos namorados;

 

Atacante: Diego Tardelli – 42,9% dos votos

Período no clube: 2009-2011, 2013-2015 e 2020-2021

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2013), 1 Recopa Sul-Americana (2014), 1 Copa do Brasil (2014) e 2 Campeonatos Mineiros (2010 e 2013). 

Jogos: 230

Gols: 112

 

Tardelli teve uma passagem fulminante pelo Galo entre 2009 e 2011, foi artilheiro do Brasileirão de 2009 com 19 gols e do Campeonato Mineiro 16 gols, levantou Bola de Prata, mas só conquistou um título estadual. Quando retornou ao Galo em 2013, veio para consolidar sua sintonia com o clube e a boa fase que vivia na carreira. Habilidoso, preciso nas conclusões e com a fama de bad boy enterrada de vez, Tardelli confirmou ainda mais sua condição de ídolo e foi decisivo nas conquistas de 2013. Na Libertadores, fez partidas marcantes, principalmente na reta final da competição. Em 2014, foi o astro do ataque e manteve o faro artilheiro na Copa do Brasil e no Brasileirão, marcando inclusive o gol do título da Copa do Brasil sobre o rival Cruzeiro, além de dois gols nas finais da Recopa Sul-Americana. Diego Tardelli é o 15º maior artilheiro do Atlético na história e o maior artilheiro do clube nos clássicos contra o Cruzeiro neste século (ao lado de Guilherme) com 9 gols.

 

Atacante: Hulk – 34,4% dos votos

“We have a Hulk…”

 

Período no clube: 2021-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (2021), 1 Copa do Brasil (2021), 1 Supercopa do Brasil (2022) e 2 Campeonatos Mineiros (2021 e 2022)

Jogos: 78

Gols: 49

 

Com uma longa carreira internacional, Hulk chegou ao Galo em 2021 e teve um efeito arrebatador tanto no clube quanto na torcida. Jogando muita bola e lembrando seus grandes tempos de Porto e Zenit, o atacante se transformou no principal nome do esquema ofensivo do Atlético e a estrela do time na temporada. Com sua habitual força, chutes poderosos, dribles, cobranças de falta espetaculares e muita categoria na finalização, Hulk virou ídolo instantâneo e ajudou o Galo a assumir a liderança do Brasileirão e não largar mais. A única decepção foi na Libertadores, quando desperdiçou um pênalti no primeiro jogo da semifinal contra o Palmeiras, fora de casa, que acabou fazendo muita falta para a partida de volta, pois o Galo empatou sem gols em SP e em 1 a 1 no Mineirão, com isso, o time alvinegro foi eliminado por causa do critério de gols.

Foto: Pool via REUTERS/Washington Alves

 

Hulk vibra: cena comum na campanha do Brasileirão de 2021. Foto: Pedro Souza.

 

Mas a decepção no continente foi superada com golaços e grandes atuações nas campanhas do time no Brasileiro e na Copa do Brasil. Ele foi sem dúvida o líder de um time que conquistou com duas rodadas de antecedência o título do Brasileirão depois de 50 anos, com destaque para o jogo que sacramentou a conquista – o eletrizante 3 a 2 sobre o Bahia em plena Arena Fonte Nova, de virada, com o primeiro gol anotado por Hulk. Achou precoce o atacante neste time dos sonhos? Nem um pouco! A voz da torcida disse o contrário.

 

Atacante: Marques – 33,1% dos votos

Período no clube: 1997-2002, 2005-2006 e 2008-2010

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Conmebol (1997) e 3 Campeonatos Mineiros (1999, 2000 e 2010).

Jogos: 386

Gols: 133

 

Vencedor de duas Bolas de Prata com a camisa do Atlético (1999 e 2001), ídolo da massa, jogador com maior número de jogos disputados pelo Galo em Brasileiros (192 partidas), 9º maior artilheiro da história do Atlético e xodó da torcida em muitos momentos, Marques é uma unanimidade entre os torcedores e um símbolo do final dos anos 1990 mesmo sem grandes títulos de peso e em uma época complicada para o clube em MG, com as seguidas conquistas do rival Cruzeiro. Revelado pelo Corinthians, Marques chegou em 1997 e rapidamente assumiu a titularidade no ataque da equipe campeã da Copa Conmebol. 

Marques e Guilherme: dupla inesquecível de 1999.

 

Em 1999, fez uma memorável dupla de ataque ao lado de Guilherme e ajudou o Atlético a alcançar a final do Brasileirão. Nos anos 2000, foi um dos poucos que seguiram em alta com a torcida mesmo com o rebaixamento para a Série B, em 2005. Após uma breve saída, retornou no ano do centenário e deixou mais alguns gols para aumentar a idolatria.

 

 

Técnico – Cuca – 61% dos votos

 

Período no clube: 2011-2013 e 2021-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2013), 1 Campeonato Brasileiro (2021), 1 Copa do Brasil (2021) e 3 Campeonatos Mineiros (2012, 2013 e 2021).

Jogos: 221, sendo 126 vitórias, 48 empates e 47 derrotas

 

Tachado de azarado quando chegou ao Atlético em sua primeira passagem, em 2011, Cuca calou tudo e todos com o histórico título da Libertadores e fez do Atlético a mais pura simbiose histórica entre clube e treinador. Ambos estavam precisando de uma taça de prestígio e acabar com velhos fantasmas. E ambos alcançaram seus objetivos com raça, determinação, planejamento e um futebol vistoso e ofensivo. Perito em montar times competitivos, Cuca provou no Galo seu talento e entrou no seletíssimo rol dos treinadores campeões da América. E na galeria de imortais do Clube Atlético Mineiro. Mereceu demais a conquista e, para provar que tem algo a mais com o clube, retornou em 2021 para montar outro timaço competitivo que venceu o Mineiro, o Brasileirão depois de 50 anos e a Copa do Brasil, completando a Tríplice Coroa. “Só” isso…

 

 

Atlético-MG dos Sonhos do Imortais!

 

Goleiros: Victor e João Leite

Laterais-Direitos: Nelinho e Marcos Rocha

Laterais-Esquerdos: Oldair e Paulo Roberto

Zagueiros: Leonardo Silva, Luizinho, Réver e Vantuir

Volantes: Toninho Cerezo, Gilberto Silva e Zé do Monte

Meias: Ronaldinho, Éder Aleixo, Paulo Isidoro e Lucas Miranda

Atacantes: Reinaldo, Dadá Maravilha, Diego Tardelli, Mário de Castro e Guará

Técnico: Cuca

 

Time A – formação 1 – 4-1-2-3:

Victor; Nelinho, Leonardo Silva, Luizinho e Oldair; Toninho Cerezo; Ronaldinho e Éder Aleixo; Diego Tardelli, Reinaldo e Dadá Maravilha.

O time dos leitores e leitoras ficou excelente, por isso, fizemos poucas mudanças no nosso. A primeira é na lateral-esquerda, com a entrada de Oldair, capitão do time campeão brasileiro em 1971 e extremamente talentoso não só como lateral, mas também volante. No meio, Toninho Cerezo jogaria mais centralizado e Ronaldinho e Éder mais abertos à frente. No ataque, o mesmo trio escolhido por vocês: Tardelli, Reinaldo e Dadá. O técnico também seria Cuca.

 

Time A – formação 1 Extra – 4-1-2-3:

Fizemos essa versão extra com Hulk no lugar de Diego Tardelli, afinal, o atacante vem escrevendo uma história impressionante pelo Galo e já é um ídolo eterno do torcedor alvinegro!

 

Time A – formação 2 – 4-2-1-3:

Victor; Nelinho, Leonardo Silva, Luizinho e Oldair; Toninho Cerezo e Zé do Monte; Ronaldinho; Mário de Castro, Reinaldo e Éder Aleixo.

Nesta versão, colocamos Zé do Monte para dar mais força defensiva no meio e colocamos Mário de Castro, o mais prolífico do Trio Maldito, para fazer outro Trio ao lado de Reinaldo e Éder.

 

Time A – formação 3 – 4-2-1-3:

Victor; Nelinho, Leonardo Silva, Luizinho e Oldair; Toninho Cerezo e Zé do Monte; Ronaldinho; Mário de Castro, Reinaldo e Dadá Maravilha.

Aqui, o meio de campo segue o mesmo para dar conta de segurar a zaga para o ataque fazer o que quiser, afinal, quem iria parar Ronaldinho e os três maiores artilheiros da história do Galo jogando juntos?

 

Time B – formação 1 – 4-2-4

João Leite; Marcos Rocha, Vantuir, Réver e Paulo Roberto; Gilberto Silva e Paulo Isidoro; Lucas Miranda, Mário de Castro, Guará e Éder Aleixo.

No time B, mudamos apenas algumas peças no ataque: entra Lucas Miranda, estrela do timaço dos anos 1950, e Guará, maior artilheiro do clássico contra o Cruzeiro e 4º maior artilheiro do Galo na história.

 

Time B – formação 2 – 4-2-4

João Leite; Marcos Rocha, Vantuir, Réver e Paulo Roberto; Zé do Monte e Paulo Isidoro; Lucas Miranda, Mário de Castro, Reinaldo e Guará.

Aqui, a mudança é apenas a entrada de Reinaldo no lugar de Éder para a formação de um quarteto devastador ao lado de Lucas Miranda, Mário de Castro e Guará.

 

Os escolhidos pelo Imortais ausentes nos times dos leitores e leitoras:

 

Lateral-Esquerdo: Oldair

 

Período no clube: 1968-1973

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (1971) e 1 Campeonato Mineiro (1970).

Jogos: 282

Gols: 61

 

Era impecável na lateral-esquerda, mas também podia atuar como um senhor volante e qualquer outra posição do setor defensivo, tamanha sua categoria. Oldair foi o capitão do Atlético na conquista do Brasileiro de 1971 e um dos líderes do time em campo. Ídolo, craque e querido eternamente pela torcida, Oldair dava bronca em qualquer um, exibindo uma notável competitividade. Além disso, não hesitava em dar sua opinião no esquema de jogo da equipe e contestar até mesmo os treinadores. Muito técnico, Oldair avançava bastante ao ataque e marcava muitos gols – foram 61 com a camisa do Atlético, um número e tanto para um lateral. 

 

Meia: Lucas Miranda

Período no clube: 1944-1954

Principais títulos pelo clube: Campeão do Gelo (1950) e 6 Campeonatos Mineiros (1946, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1953).

Jogos: 258

Gols: 152

 

Conhecido como o ‘artilheiro do apagar das luzes’, por marcar vários gols nos minutos finais das partidas e dar ao Atlético vitórias memoráveis, Lucas Miranda veio para o alvinegro em 1944 e ficou uma década no clube. Era o capitão do time na ausência de Zé do Monte. Com 152 gols, é o 5º maior artilheiro do Galo. Foi para a Europa em 1950 na excursão que rendeu o título de Campeão do Gelo e foi campeão mineiro em 1946, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1953. Chutava bem com as duas pernas, era especialista em partir em direção a linha de fundo para cruzar ou invadir a área e chutar ao gol. Ganhou também o apelido de “Jogador Acrobata” pelos golaços que marcava e os pulos que executava.

 

Atacante: Mário de Castro

Período no clube: 1926-1931 e 1941

Principais títulos pelo clube: 3 Campeonatos Mineiros (1926, 1927 e 1931).

Jogos: 100

Gols: 195

 

Diz a lenda que ele nunca errou um chute a gol: ou a bola entrava, ou o goleiro pegava. Bem, isso talvez explique a espantosa média de 1,95 gol por jogo de Mário de Castro, o mais prolífico artilheiro da história do Atlético e o mais perigoso atacante do “Trio Maldito”, como ficou conhecida a linha de frente do Atlético do final dos anos 1920 e composta por Mário, Said e Jairo. A devastação desse trio foi tamanha que eles registraram uma média de 4,71 gols por jogo atuando juntos. Foram 99 jogos e impressionantes 467 gols! A partida mais emblemática desse trio aconteceu no dia 27 de novembro de 1927, data do histórico 9 a 2 do Atlético pra cima do Cruzeiro – então conhecido como Palestra, a maior goleada da história do confronto e marca registrada do prolífico ataque alvinegro. 

Said, Jairo e Mário de Castro, o “Trio Maldito”. Jogadores acumularam uma média de 4,71 gols por jogo atuando juntos. Foram 99 jogos e impressionantes 467 gols!

 

O “Trio Maldito” foi responsável direto por oito daqueles gols – foram três de Said, três de Jairo e dois de Mário de Castro, com Getúlio fechando o placar – e também por embalar o Atlético rumo ao bicampeonato estadual de 1926/1927. As atuações emblemáticas de Mário de Castro fizeram dele o primeiro atleta do futebol mineiro a ser convocado para a seleção brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1930, mas o convite foi solenemente recusado com a frase: meu futebol é somente para o Atlético – a despeito disso, ele sabia que não seria titular, por isso, não quis viajar com o elenco. Mário tinha um senso de posicionamento raro, precisão cirúrgica nos chutes a gol de média e longa distâncias, e ainda dava vários passes para gols. O craque era capaz inclusive de virar partidas sozinho, como uma vez em que o Atlético perdia de 4 a 1 para o Villa Nova e o atacante empatou o jogo e ainda deu o passe para o gol da virada de 5 a 4.

Aposentado precocemente dos gramados em 1931, após uma confusão em um Campeonato Mineiro que terminou com a morte de uma pessoa, Mário voltou aos gramados uma década depois só para disputar seu jogo de número 100 com o Atlético e marcar seu gol de número 195. Aí sim, com números quase perfeitos, encerrou de vez a carreira. Com tanta mística e números espetaculares, não dava para deixar um jogador como esse fora do time dos sonhos do Atlético.


Atacante: Guará

Guará, maior artilheiro do Clássico Mineiro com 26 gols.

 

Período no clube: 1933-1941

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato dos Campeões do Brasil (1937) e 3 Campeonatos Mineiros (1936, 1938 e 1939).

Jogos: 200

Gols: 168

 

Depois que o Trio Maldito saiu de cena, o Atlético não ficou muito tempo sem alguma referência no ataque. A partir de 1933, um jovem abusado, rápido, oportunista e de exímio talento causou os mais diversos estragos pelos campos de Minas: o “Perigo Louro” Guará, apelido de Guaracy Januzzi, outro artilheiro implacável da história do clube e maior carrasco do Cruzeiro em todos os tempos. Foram 26 gols anotados contra o rival e alegrias incontáveis para o torcedor, seu maior estímulo em campo. Guará era o jogador das multidões e ficava desapontado quando não rendia bem. Mesmo não tão alto, tinha bastante impulsão e chutava bem com as duas pernas. O atacante foi um dos artilheiros do Atlético na histórica campanha do título de Campeão dos Campeões do Brasil em 1937, torneio que reuniu vencedores dos estaduais do Rio (Fluminense), SP (Portuguesa), ES (Rio Branco) e MG.

 

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