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Time dos Sonhos da Inter de Milão

 

Por Guilherme Diniz

 

No começo do século XX, um grupo de italianos e suíços deixou o Milan Cricket and Football Club (atual AC Milan) por causa de desavenças com a parcela majoritariamente italiana e decidiu fundar um clube que fosse aberto a qualquer jogador estrangeiro. Eles estavam cansados do predomínio de italianos e trataram de fundar um clube plural. Aquele clube teria residência na Itália, mas seria do mundo. Seria internacional. Ou melhor, Internazionale. Centenária, vencedora de praticamente tudo o que disputou e simpática a qualquer jogador estrangeiro, a Inter de Milão se destaca desde 1908 pela competitividade exibida não só em solo nacional, mas também nas diversas competições continentais que já disputou e venceu. Tricampeã mundial, tricampeã da Liga dos Campeões da UEFA e tricampeã da Copa da UEFA, a Inter já teve alguns dos maiores craques de todos os tempos e lendas simplesmente incontestáveis. É hora de descobrir como ficou esse time dos sonhos nerazzurri!

 

Os convocados pelos leitores e leitoras:

 

Goleiros: Júlio César e Walter Zenga

Laterais-Direitos: Javier Zanetti e Maicon

Laterais-Esquerdos: Giacinto Facchetti e Andreas Brehme

Zagueiros: Giuseppe Bergomi, Lúcio, Marco Materazzi e Giuseppe Baresi

Volantes: Lothar Matthäus, Esteban Cambiasso e Stankovic

Meias: Sandro Mazzola, Sneijder, Luis Suárez Miramontes e Figo

Atacantes: Ronaldo, Giuseppe Meazza, Klinsmann, Adriano e Diego Milito

Técnico: Helenio Herrera

 

Esquema tático escolhido pelos leitores e leitoras: 4-3-3 (43,3% dos votos)

 

Time A – formação 1 – 4-3-3:

Júlio César; Zanetti, Bergomi, Lúcio e Facchetti; Matthäus, Mazzola e Sneijder; Klinsmann, Ronaldo e Meazza.

O time A dessa Inter dos Sonhos faz jus à identidade do clube: ter sempre grandes craques internacionais. No gol, o brasileiro Júlio César, paredão do time campeão europeu em 2010. Nas laterais, simplesmente os dois maiores capitães da história do clube: Zanetti, argentino, pela direita, e Facchetti, este italiano, pela esquerda. No miolo de zaga, o italiano Bergomi, outro capitão emblemático dos anos 1980 e boa parte dos anos 1990, e Lúcio, brasileiro que também marcou época no time campeão europeu em 2010. No meio, o alemão Lothar Matthäus comanda as ações tanto defensivas quanto ofensivas, ditando o ritmo como ele fazia na Inter dos recordes da virada dos anos 1980. Mais à frente o show fica por conta de Sandro Mazzola, italiano expoente da Grande Inter dos anos 1960, e Wesley Sneijder, holandês que foi o maestro do time campeão da Europa em 2010. No ataque, um trio devastador: o italiano Giuseppe Meazza, pela direita, o brasileiro Ronaldo, pelo meio, e alemão Klinsmann, pela esquerda. Para comandar todos esses craques, o mago da tática, o argentino Helenio Herrera.

 

Time A – formação 2 – 4-3-3:

Júlio César; Zanetti, Bergomi, Lúcio e Facchetti; Matthäus, Luis Suárez Miramontes e Sneijder; Meazza, Ronaldo e Mazzola.

Nessa outra formação, o espanhol Luis Suárez Miramontes, o Arquiteto, entra para dar mais liberdade ao italiano Mazzola, que passaria a jogar mais à frente e próximo a Ronaldo e Meazza.

 

Time B – formação 1 – 4-3-3:

Walter Zenga; Maicon, Giuseppe Baresi, Materazzi e Andreas Brehme; Cambiasso, Stankovic  e Figo; Meazza, Adriano e Diego Milito.

A formação B dessa Inter segue com vários craques e símbolos de conquistas nerazzurri. No gol, o paredão Zenga, símbolo do timaço do final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Na direita, o brasileiro Maicon, que viveu a melhor fase da carreira na Inter e foi fundamental para os títulos de 2009 até 2012. Na esquerda, o alemão Andreas Brehme assume a lateral com sua classe, técnica e chutes poderosos. Na zaga, Materazzi e Giuseppe Baresi não iriam aliviar para os rivais. No meio, muita força de marcação com o argentino Cambiasso e o sérvio Stankovic, ambos campeões da Europa em 2010, com o português Figo ajudando na criação e nos passes. Na frente, Meazza também entra para ajudar o Imperador Adriano e o argentino Milito marcarem gols e mais gols nos rivais.

 

Time B – formação 2 – 4-3-3:

Walter Zenga; Maicon, Giuseppe Baresi, Materazzi e Andreas Brehme; Cambiasso, Luis Suárez Miramontes e Figo; Adriano, Ronaldo e Diego Milito.

Aqui, Luis Suárez entra para ajudar na criação e também na marcação para liberar Figo. Na frente, Ronaldo completa o trio de ataque com Adriano e Milito. 

 

Os escolhidos pelos leitores e leitoras

 

Goleiro: Júlio César – 62,7% dos votos

Período no clube: 2005-2012

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2010), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 5 Campeonatos Italianos (2005-2006, 2006-2007, 2007-2008, 2008-2009 e 2009-2010), 3 Copas da Itália (2005-2006, 2009-2010 e 2010-2011) e 4 Supercopas da Itália (2005, 2006, 2008 e 2010).

Jogos: 300

 

O goleiro brasileiro chegou com a difícil missão de ganhar o lugar de Francesco Toldo, grande arqueiro italiano e titular absoluto da Inter naquele começo de anos 2000. E o brasileiro não só conseguiu a titularidade como foi decisivo para as conquistas da segunda metade da década e também da Era Mourinho, principalmente a Liga dos Campeões da UEFA de 2009-2010, quando conseguiu fazer defesas mágicas na fase de mata-mata e ganhou o prêmio de melhor goleiro da UEFA.

Júlio César viveu a melhor fase da carreira com a equipe italiana, foi eleito o Melhor Goleiro da Série A em 2009 e 2010 e detém alguns recordes marcantes:

 

  • um dos três goleiros brasileiros na história a ser incluído na lista dos melhores do Ballon d’Or – ao lado de Dida e Alisson -; 
  • goleiro brasileiro com mais pênaltis defendidos na Série A (10 em 26 chutes)
  • goleiro brasileiro com mais jogos sem levar gols na Série A (101 jogos de 228 disputados). 

 

Em 2009-2010, Júlio César ainda alcançou a incrível marca de 17 partidas sem levar gols. Em 2020, foi incluído no Hall da Fama da Internazionale. Simplesmente uma lenda nerazzurri.

 

Goleiro: Walter Zenga – 55,1% dos votos

Período no clube: 1978-1994

Principais títulos pelo clube: 2 Copas da UEFA (1990-1991 e 1993-1994), 1 Campeonato Italiano (1988-1989) e 1 Supercopa da Itália (1989).

Jogos: 473

 

Revelado pela Inter, Walter Zenga foi emprestado a equipes inferiores para ganhar experiência e voltou para assumir o gol da Inter na primeira metade da década de 1980. Rapidamente virou titular e esbanjou eficiência nas bolas aéreas e precisão nas saídas do gol. Zenga foi um dos melhores da Itália nos anos 1980 e 1990, conquistando por três vezes consecutivas o prêmio de Melhor Goleiro do Mundo pela IFFHS (1989, 1990 e 1991), além de ser o arqueiro titular da Itália na Copa do Mundo de 1990, quando bateu um recorde ao ficar 517 minutos sem sofrer gols, da estreia italiana – contra a Áustria – até a semifinal contra a Argentina – feito que segue inigualável até hoje. Jogou de 1982 até 1994 na equipe de Milão até encerrar a carreira no New England Revolution-EUA, em 1999. Zenga é o 7º com mais jogos pela Inter na história: 473 partidas.

 

 

Lateral-Direito: Javier Zanetti – 94,3% dos votos

Período no clube: 1995-2014

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2010), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 1 Copa da UEFA (1997-1998), 5 Campeonatos Italianos (2005-2006, 2006-2007, 2007-2008, 2008-2009 e 2009-2010), 4 Copas da Itália (2004-2005, 2005-2006, 2009-2010 e 2010-2011) e 4 Supercopas da Itália (2005, 2006, 2008 e 2010).

Jogos: 858

Gols: 21

 

Foram apenas cinco anos jogando no futebol argentino. Em 1995, com 22 anos, ele viajou para Milão. Chegou a um clube que ainda buscava um líder. Um capitão nato. Um lateral sublime que pudesse honrar uma posição que um dia fora de Giacinto Facchetti. Dia após dia, jogo após jogo, aquele jovem entendeu bem o que era ser jogador da Internazionale. Se sentia em casa num clube que sempre recebeu de braços abertos atletas estrangeiros. No início, os títulos não vieram mais por causa dos fortes rivais do que pela falta de empenho. Mas, a partir do momento em que ele se tornou um raro jogador não-italiano a assumir a braçadeira de capitão do time, em 1999, tudo começou a mudar. A Inter iniciou uma era de ouro a partir da primeira década dos anos 2000. Títulos e mais títulos nacionais. Grandes esquadrões. E a coroação definitiva em 2010, com a conquista da Liga dos Campeões da UEFA. Na hora de erguer o troféu, lá estava o argentino repetindo o gesto de Facchetti de 45 anos atrás.

Quando pendurou as chuteiras, ganhou o máximo reconhecimento possível da sua querida Inter: seu manto de número 4 foi aposentado para sempre. Ele era, enfim, uma lenda. Javier Zanetti foi um dos mais completos defensores de seu tempo, mito do futebol, craque incontestável. Foi a voz de uma Inter que conseguiu bradar mais alto sobre os rivais depois de tantos anos no ostracismo. Um defensor com uma força impressionante e uma resistência única que lhe renderam o apelido de “trator”. Foi o capitão em momentos difíceis contra rivais impetuosos e devastadores. E o símbolo de um time marcante, campeão de praticamente tudo o que disputou.

Festa da Inter com o título europeu de 2010.

 

Só faltou uma taça com a Argentina, que tanto bateu na trave enquanto ele era titular. Zanetti é o jogador que mais vestiu a camisa nerazzurri na história (858 jogos), o que mais venceu troféus pelo clube (16 taças) e um dos poucos atletas a disputar mais de 1000 jogos na carreira. Leia mais sobre esse imortal clicando aqui!

 

Lateral-Direito: Maicon – 49,4% dos votos

Período no clube: 2006-2012

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2010), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 4 Campeonatos Italianos (2006-2007, 2007-2008, 2008-2009 e 2009-2010), 2 Copas da Itália (2009-2010 e 2010-2011) e 3 Supercopas da Itália (2006, 2008 e 2010).

Jogos: 249

Gols: 20

 

Com muito fôlego, força nas investidas ao ataque e eficiência nos cruzamentos, Maicon marcou época na Inter e assumiu a lateral-direita do time mesmo com Zanetti o dono natural da posição. Como o argentino podia jogar perfeitamente na lateral-esquerda e também no meio de campo, Maicon conseguiu seu espaço e foi crucial para os títulos da nerazzurri entre 2006 e 2012. O brasileiro deu passes e cruzamentos açucarados para os atacantes brilharem no período e ainda marcou um gol importantíssimo na semifinal da Liga dos Campeões de 2009-2010 contra o Barcelona. Em 2010, o lateral foi eleito para o Time do Ano da UEFA e um dos melhores defensores da temporada. Foi titular da seleção brasileira na época e esteve na Copa do Mundo de 2010

 

 

Lateral-Esquerdo: Giacinto Facchetti – 82,7% dos votos

Período no clube: 1960-1978

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1964 e 1965), 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1963-1964 e 1964-1965), 4 Campeonatos Italianos (1962-1963, 1964-1965, 1965-1966 e 1970-1971) e 1 Copa da Itália (1977-1978).

Jogos: 634

Gols: 75

 

Enquanto os times italianos pensavam em sistemas intransponíveis e ferrolhos no anos 1960, aquele defensor alto e forte abria sua mente para o ataque. Esguio, mas muito habilidoso, ele passava com facilidade por qualquer rival, chegava à linha de fundo e dava passes precisos para os companheiros ou marcava gols ele mesmo. E foram muitos, ainda mais para o padrão do Calcio e por ele jogar na lateral-esquerda. Mas, quando era preciso defender, ele o fazia com muita autoridade e, acima de tudo, classe. Líder, multivencedor e presente na mais vitoriosa Internazionale da história, Giacinto Facchetti foi leal à nerazzurri de Milão por longos 18 anos, vestiu a braçadeira de capitão da Seleção Italiana e levantou a primeira taça da Eurocopa conquistada pela Azzurra, em 1968

Facchetti ergue a Liga dos Campeões da UEFA de 1965 em pleno San Siro.

 

Talentoso, Facchetti foi um dos mais elogiados jogadores de seu tempo e um opositor ao defensivismo extremo. Com suas arrancadas, excelente preparo físico e técnica, o craque foi o melhor “ala sinistro” de sua época e um exemplo a ser seguido por vários laterais do futebol europeu. Como forma de respeito e gratidão a um homem que tanto ajudou em seu crescimento futebolístico, a Internazionale fez questão de aposentar a camisa 3 do gigante lateral, que é curiosamente o 3º jogador que mais vezes vestiu a camisa azul e preta na história. É óbvio que Facchetti seria eleito para este time dos sonhos. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Lateral-Esquerdo: Andreas Brehme – 71,8% dos votos

Período no clube: 1988-1992

Principais títulos pelo clube: 1 Copa da UEFA (1990-1991), 1 Campeonato Italiano (1988-1989) e 1 Supercopa da Itália (1989).

Jogos: 155

Gols: 12

 

Com uma força física exemplar, chute venenoso com a perna esquerda (e também com a direita) e capaz de defender e atacar com precisão fantástica, Andreas Brehme foi um dos maiores jogadores alemães de todos os tempos e um dos maiores craques dos anos 1980 e 1990. Pela Inter, fez valer cada centavo gasto já na temporada de seu debute, em 1988-1989, com a conquista do título italiano. Voava pelo lado esquerdo e armava diversas jogadas ofensivas graças à liberdade que tinha pelo esquema montado por Giovanni Trapattoni. Disputou 155 jogos e marcou 12 gols pela Inter, além de ter ajudado a Alemanha na conquista da Copa do Mundo de 1990, quando anotou, de pênalti, o gol do título. Foi ídolo na equipe nerazzurri e sem dúvida uma das maiores lendas do clube italiano. Leia mais sobre ele clicando aqui.

 

 

Zagueiro: Giuseppe Bergomi – 66,5% dos votos

Período no clube: 1979-1999

Principais títulos pelo clube: 3 Copas da UEFA (1990-1991, 1993-1994 e 1997-1998), 1 Campeonato Italiano (1988-1989), 1 Copa da Itália (1981-1982) e 1 Supercopa da Itália (1989).

Jogos: 754

Gols: 29

 

Foram 20 anos de Internazionale, vários títulos, 754 partidas disputadas, 29 gols marcados e a idolatria eterna da torcida. Giuseppe Bergomi, “Lo Zio” (o tio), fez história em Milão como um dos mais completos zagueiros de sua geração, além de poder atuar como exímio lateral-direito. Raçudo, eficiente e competitivo, brilhou no setor defensivo da equipe pela qual conquistou seis títulos. Durante anos foi o jogador com mais partidas pela Inter, até ser superado pelo argentino Javier Zanetti. Bergomi foi, também, campeão do mundo com a Itália em 1982, atuando com muita eficiência no setor defensivo do time, em especial na semifinal e na final (quando anulou a lenda alemã Karl-Heinz Rummenigge). E um detalhe: tudo isso com apenas 18 anos! Bergomi disputou ainda as Copas de 1986 e de 1990, esta última como capitão da Azzurra.

 

Zagueiro: Lúcio – 40,5% dos votos

Período no clube: 2009-2012

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2010), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 1 Campeonato Italiano (2009-2010), 2 Copas da Itália (2009-2010 e 2010-2011) e 1 Supercopa da Itália (2010).

Jogos: 136

Gols: 5

 

Depois de anos marcantes com a camisa do Bayern e consagrado pelo título da Copa do Mundo de 2002, além de ter ficado sem cometer uma falta sequer durante 386 minutos na Copa do Mundo de 2006, Lúcio foi para a Inter em 2009, e, com a chegada do técnico José Mourinho, ganhou a vaga de titular e foi soberano na retaguarda nerazzurri, ganhando todas tanto no chão quanto nas bolas aéreas. Entre 2009 e 2012 viveu sem dúvida uma das melhores fases da carreira e traduziu isso em títulos com a camisa da Inter, com destaque para na temporada 2009-2010, quando fez jogos marcantes e conquistou a torcida com sua raça e força de vontade. Pela seleção, venceu também a Copa das Confederações de 2009 como um dos melhores jogadores da competição, além de ter disputado sua terceira Copa do Mundo em 2010.

 

Zagueiro: Marco Materazzi – 36,1% dos votos

Período no clube: 2001-2011

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2010), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 5 Campeonatos Italianos (2005-2006, 2006-2007, 2007-2008, 2008-2009 e 2009-2010), 4 Copas da Itália (2004-2005, 2005-2006, 2009-2010 e 2010-2011) e 4 Supercopas da Itália (2005, 2006, 2008 e 2010).

Jogos: 276

Gols: 20

 

Entre 2001 e 2008, o zagueirão foi titular em boa parte dos jogos da Inter demonstrando muita força nas jogadas aéreas, marcação implacável pra cima dos rivais e raça que conquistou a torcida. Com a chegada do técnico José Mourinho naquele final de anos 2000, todos achavam que o bad boy italiano logo deixaria o clube, mas foi o contrário: seguiu na equipe, foi essencial nos bastidores e no dia-a-dia e continuou para vencer tudo nas temporadas seguintes. Segundo o próprio zagueiro, Mourinho o fazia se sentir parte da equipe. Em 2006, Materazzi esteve no time titular da Itália campeã mundial e foi um dos grandes personagens da final ao marcar o gol de empate no tempo normal, provocar Zidane (que foi expulso) e converter seu pênalti na vitória por 5 a 3 que selou o tetra.

 

Zagueiro: Giuseppe Baresi – 34,2% dos votos

Período no clube: 1977-1992

Principais títulos pelo clube: 1 Copa da UEFA (1990-1991), 2 Campeonatos Italianos (1979-1980 e 1988-1989), 2 Copas da Itália (1977-1978 e 1981-1982) e 1 Supercopa da Itália (1989).

Jogos: 559

Gols: 13

 

Giuseppe não jogava tanto quanto o irmão mais novo, Franco Baresi, mas foi um dos grandes defensores e meio-campistas de sua geração. Jogou de 1977 até 1992 na Inter, na qual foi capitão durante muitos anos. Na era Trapattoni, foi titular em vários jogos, mas foi perdendo espaço com a chegada de jogadores mais novos. Mesmo assim, foi fundamental para o título nacional de 1989, quando atuou em 32 das 34 partidas da Inter. Era especialista em desarmar os adversários e tinha uma notável leitura de jogo. Por causa disso e por ter um fôlego privilegiado, atuava como zagueiro, volante e lateral. Giuseppe Baresi é o 5º atleta com mais jogos pela Inter na história: 559 partidas.

 

 

Volante: Lothar Matthäus – 86% dos votos

Período no clube: 1988-1992

Principais títulos pelo clube: 1 Copa da UEFA (1990-1991), 1 Campeonato Italiano (1988-1989) e 1 Supercopa da Itália (1989).

Jogos: 153

Gols: 53

 

O meio-campista cheio de técnica, vigor, força de marcação, precisão no desarme, chute poderoso e muita liderança foi um dos grandes nomes da Inter entre 1988 e 1992, período em que viveu o auge na carreira. Líder e um craque com a bola nos pés, Matthäus capitaneou a Alemanha campeã do mundo na Copa de 1990 e marcou diversos gols pela Internazionale, sendo essencial para a conquista da Copa da UEFA de 1991, quando foi o artilheiro do time com seis gols. Ainda em 1991, Matthäus foi eleito pela FIFA o Melhor Jogador do Mundo. O alemão foi um dos maiores craques do futebol mundial na década de 1980 e na primeira metade da década de 1990, conquistando quase todos os títulos possíveis para um futebolista profissional. Depois de seu período de ouro na Inter, pela qual marcou 53 gols em 153 jogos, Matthäus foi para o Bayern e se tornou um exímio líbero. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Volante: Esteban Cambiasso – 48,4% dos votos

Período no clube: 2004-2014

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2010), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 5 Campeonatos Italianos (2005-2006, 2006-2007, 2007-2008, 2008-2009 e 2009-2010), 4 Copas da Itália (2004-2005, 2005-2006, 2009-2010 e 2010-2011) e 4 Supercopas da Itália (2005, 2006, 2008 e 2010).

Jogos: 420

Gols: 51

 

Outro craque argentino neste time dos sonhos, Cambiasso era o “cão de guarda” do meio de campo da Inter nos mágicos anos de 2005 até 2011. Ótimo na marcação e no apoio, Cambiasso sabia como ninguém neutralizar as investidas de atacantes habilidosos. Além disso, o volante ia para o ataque como elemento surpresa e marcava vários gols. Era o chamado box-to-box que percorria o campo todo e preenchia os espaços com muito fôlego e leitura de jogo. Um ídolo incontestável da Inter, Cambiasso marcou época também na seleção da Argentina, pela qual disputou a Copa de 2006.

 

Volante: Stankovic – 32,5% dos votos

Período no clube: 2003-2013

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2010), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 5 Campeonatos Italianos (2005-2006, 2006-2007, 2007-2008, 2008-2009 e 2009-2010), 4 Copas da Itália (2004-2005, 2005-2006, 2009-2010 e 2010-2011) e 4 Supercopas da Itália (2005, 2006, 2008 e 2010).

Jogos: 326

Gols: 42

 

Depois de brilhar na super Lazio da virada do milênio, o sérvio chegou à Inter em 2004 para não sair mais. Foi um dos titulares do meio de campo da equipe por anos, até passar a frequentar a reserva com a chegada de Mourinho. Mesmo assim, cumpria seu papel quando entrava na marcação do meio de campo e no apoio ao ataque com seus chutaços de longe, além de mandar petardos indefensáveis em cobranças de falta. Por ser muito técnico, Stankovic podia jogar mais avançado, criando jogadas de ataque, e pelas pontas, abrindo espaços para os companheiros. Foi um dos grandes ídolos da torcida nos anos 2000 e início dos anos 2010.

 

 

Meia: Sandro Mazzola – 78,1% dos votos

Período no clube: 1960-1977

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1964 e 1965), 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1963-1964 e 1964-1965) e 4 Campeonatos Italianos (1962-1963, 1964-1965, 1965-1966 e 1970-1971).

Jogos: 565

Gols: 160

 

A Itália ganhou um Mazzola brilhante e inesquecível na década de 1940, que comandou o inesquecível Torino, pentacampeão italiano consecutivo e um dos maiores times de todos os tempos. Quis o destino que anos depois outro Mazzola fosse também brilhante e marcante para o futebol do país: Sandro, o filho de Valentino Mazzola. Era impossível não se emocionar ao ver em campo o filho de um dos maiores jogadores da história da Itália e ver que ele carregava o mesmo semblante do pai, a mesma técnica, criatividade, visão de jogo, precisão no passe e vontade de vencer.

Jogava na mesma posição que o pai, como meia, e foi leal à Inter em toda sua carreira, de 1960 até 1977. Foram 565 jogos pela Inter (ele é o 4º na lista dos que mais vestiram o manto nerazzurri) e 160 gols na carreira – ele é o 4º maior artilheiro da Inter. Pela seleção, foram 70 partidas e 22 gols. Ficou conhecido, também, por decidir muitos jogos da lendária Grande Inter (que o diga o Real Madrid na final da Liga de 1964 e o Independiente nas finais dos Mundiais de 1964 e 1965…). Mazzola ainda podia jogar como um legítimo atacante, posição na qual se destacou por muito tempo na Inter.

 

Meia: Sneijder – 75,5% dos votos

Período no clube: 2009-2012

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2010), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 1 Campeonato Italiano (2009-2010), 2 Copas da Itália (2009-2010 e 2010-2011) e 1 Supercopa da Itália (2010).

Jogos: 116

Gols: 22

 

Craque e com ampla visão de jogo, o meia holandês foi a peça que faltava para a Inter conquistar, enfim, o título europeu em 2009-2010. Deu criatividade ao meio de campo nerazzurri e foi peça-chave nas competições vencidas pela equipe em 2010, com destaque para seus gols no mata-mata da Liga dos Campeões da UEFA contra CSKA e Barcelona. Ainda em 2010, levou a Holanda à final da Copa do Mundo com novas atuações de gala e ficou entre os melhores jogadores do mundo naquele ano – para muitos, deveria ter vencido o prêmio de Melhor do Mundo da FIFA ou o Ballon d’Or. Era especialista em bolas paradas, tinha uma visão de jogo espetacular e dava assistências impecáveis. Como jogava bem avançado, costumava aparecer na frente para marcar gols e abrir espaços na defesa, ajudando bastante no ímpeto ofensivo da Inter. Foi um grande ídolo da torcida naquela época de ouro.

 

Meia: Luis Suárez Miramontes – 57,4% dos votos

Período no clube: 1961-1970

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1964 e 1965), 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1963-1964 e 1964-1965) e 3 Campeonatos Italianos (1962-1963, 1964-1965 e 1965-1966).

Jogos: 328

Gols: 54

 

Ao longo das décadas, o futebol espanhol revelou os mais diversos craques com as mais distintas qualidades. No entanto, nenhum deles teve a honra e o privilégio de ser eleito o Bola de Ouro do continente, prêmio tão cobiçado pelos atletas europeus e restrito a seletíssimos jogadores. Muitos não levantaram a taça por capricho do destino ou por rivalizarem com astros de quilates infinitos, mas houve um, apenas um, que conseguiu. Não que ele tenha concorrido com atletas “fracos”, longe disso. Afinal, ele disputou o prêmio com jogadores do naipe de Puskás, Uwe Seeler, Di Stéfano, Lev Yashin, Kopa, John Charles, Bobby Charlton, Sívori, Gento, Hamrin, Bobby Smith entre outros. É que ele era excelente mesmo. 

Luis Suárez Miramontes , mais conhecido como Luisito ou Luis Suárez, se consagrou como um dos maiores e melhores jogadores espanhóis de todos os tempos e também do futebol mundial. Elegante, driblador, com um fortíssimo chute e exímio lançador, Suárez brilhou por duas décadas jogando o fino e o belo diante das mais variadas plateias. Na Inter, viveu o auge, com títulos europeus, mundiais e nacionais. Pela Seleção Espanhola, Suárez foi um dos principais responsáveis pelo inédito título da Eurocopa de 1964, a primeira taça da história da Fúria. Com classe de primeira, Suárez recebeu inúmeros apelidos, mas foi Di Stéfano o responsável pela alcunha que define brilhantemente o espanhol até hoje: “El Arquitecto”, pela postura ofensiva e defensiva em campo e pelas jogadas plásticas que desenhava antes que um rival viesse lhe tomar a bola. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Meia: Figo – 32,9% dos votos

Período no clube: 2005-2009

Principais títulos pelo clube: 4 Campeonatos Italianos (2005-2006, 2006-2007, 2007-2008 e 2008-2009), 1 Copa da Itália (2005-2006) e 3 Supercopas da Itália (2005, 2006 e 2008).

Jogos: 140

Gols: 11

 

Do meio de campo, saía em velocidade em direção ao ataque, se transformava em um legítimo ponta e dava passes para os companheiros marcarem gols especiais, diferenciados e únicos. Com doses balanceadas de força, habilidade, visão de jogo e carisma, ele parecia ter sangue sul-americano nas veias com seu toque de bola e dribles típicos de um brasileiro. E, com o pé direito, fazia de tudo, até mesmo mágica, quando desaparecia com a bola num piscar de olhos. Luís Figo esbanjou classe por onde passou e foi o maior símbolo, nos anos 1990 e 2000, da mais talentosa geração de futebolistas portugueses desde os anos 1960. Predestinado aos títulos, Figo levantou taças em todos os clubes por onde passou e na Itália não foi diferente.

Vestindo o manto da Inter, Figo manteve sua sina de títulos e faturou quatro canecos nacionais, uma copa nacional e três supercopas. Jogando com vigor de garoto e uma vitalidade física exemplar, o craque conquistou os torcedores nerazzurri com seus passes, cruzamentos e gols. Em 2009, perto de completar 37 anos, o craque decidiu se aposentar e não fez parte do time da Inter que conquistou, em 2010, o título da Liga dos Campeões da UEFA. Após pendurar as chuteiras, o jogador seguiu no meio futebolístico como embaixador da Internazionale pelo mundo, passou a contribuir com instituições de caridade, abriu negócios próprios e mantém seu carisma no mundo dos negócios com inteligência e domínio de cinco idiomas (português, espanhol, inglês, italiano e francês). Leia mais clicando aqui!

 

 

Atacante: Ronaldo – 84,3% dos votos

Período no clube: 1997-2002

Principais títulos pelo clube: 1 Copa da UEFA (1997-1998).

Jogos: 99

Gols: 59

 

Arrancadas imparáveis. Dribles desconcertantes. Explosões de gols. Delírios e mais delírios no estádio Giuseppe Meazza. Muitos dizem que durou pouco. Que todo aquele espetáculo merecia mais troféus. Mas foi puro deleite. Pura arte. Entre 1997 e 1999, o torcedor da Internazionale teve um dos maiores privilégios que poucas torcidas no mundo já tiveram: ver bem de perto um dos maiores atacantes de todos os tempos no auge da forma. Simplesmente Ronaldo, que virou de vez o Fenômeno que arrebatou os fãs do esporte em todo o planeta com atuações sensacionais vestindo o azul e preto da Inter. Eleito o Melhor Jogador do Mundo pela FIFA em 1996 e 1997, o brasileiro fez jus ao(s) título (s) com gols e mais gols que deram à equipe de Milão justamente o caneco que havia escapado em 1996-1997: a Copa da UEFA, com goleada de 3 a 0 sobre a Lazio na decisão e golaço de Ronaldo.

Ronaldo com o Ballon d’Or de 1997.

 

Ronaldo ergue a Copa da UEFA: enfim, uma taça pela Inter! Foto: Getty Images.

 

Ver Ronaldo imparável no auge da forma foi simplesmente inesquecível para qualquer amante do futebol. O apogeu do craque coincidiu justamente com uma época vertiginosa do futebol brasileiro e com sua ida à Inter. Suas arrancadas, gols e a conquista da Copa da UEFA o transformaram em um ídolo instantâneo em Milão. Claro que ele merecia mais títulos vestindo o manto nerazzurri, mas as famigeradas lesões impediram um rendimento maior. Se faltou sorte, sobrou vontade e perseverança para dar a volta por cima e ser campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002. Ronaldo disputou 99 jogos e marcou 59 gols pela Inter. Incontestável. Único. Imortal. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Atacante: Giuseppe Meazza – 80,5% dos votos

Período no clube: 1927-1940 e 1946-1947

Principais títulos pelo clube: 3 Campeonatos Italianos (1929-1930, 1937-1938 e 1939-1940) e 1 Copa da Itália (1938-1939).

Jogos: 408

Gols: 284

 

Giuseppe Meazza é presença obrigatória em qualquer time dos sonhos da Inter. Com uma técnica rara, perito em dribles curtos em direção ao ataque e precisão cirúrgica nas finalizações ao gol, Meazza possui uma importância imensurável ao esporte italiano e contribuiu demais para o desenvolvimento do futebol no país. É considerado por muitos como o melhor futebolista italiano em todos os tempos. Mesmo adepto da noite e festas, sempre rendia em campo e podia atuar como atacante, meia ou centroavante. Ao lado de Giovanni Ferrari e Eraldo Monzeglio, é um dos três jogadores italianos a ter no currículo duas Copas do Mundo, exatamente as duas que disputou. Meazza ostenta também o 2º lugar na lista dos maiores artilheiros da Itália e é até hoje o maior artilheiro da história da Inter com 284 gols.

A Inter campeã italiana de 1930. Em pé: Gianfardoni, Degani e Allemandi; Agachados: Rivolta, Viani e Castellazzi; Sentados: Visentin, Serantoni, Meazza, Blasevich e Conti.

 

Sua popularidade e importância foram tão grandes para a Inter e para a cidade de Milão que o estádio San Siro foi rebatizado com seu nome logo após sua morte, em 1979, como homenagem. Pudera, afinal, foi lá que Meazza marcou grande parte dos seus gols. Il Peppino foi ainda artilheiro de três campeonatos italianos, três Copas Mitropas e é membro tanto do Hall da Fama do Futebol Italiano quanto do Hall da Fama da Inter. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Atacante: Klinsmann – 39,6% dos votos

Período no clube: 1989-1992

Principais títulos pelo clube: 1 Copa da UEFA (1990-1991) e 1 Supercopa da Itália (1989).

Jogos: 123

Gols: 40

 

Carismático, brincalhão, goleador, craque. Klinsmann foi sem dúvida alguma um dos grandes atacantes da década de 1990 na Alemanha e no mundo, perigosíssimo nas investidas ao ataque e um terror para qualquer zagueiro. Foi a referência no ataque alemão na Copa de 1990 e deu ainda mais qualidade à Internazionale a partir de 1989. Disputou 123 jogos pela equipe de Milão e marcou 40 gols, a maioria na temporada 1990-1991, quando ajudou a equipe a conquistar a Copa da UEFA. Ainda na primeira fase, foi dele o gol da classificação contra o Rapid Wien-AUT na prorrogação vencida por 3 a 1 (após derrota por 2 a 1 na ida). 

Alemães da Inter: Matthäus, Klinsmann e Brehme.

 

Na etapa seguinte, Klinsmann abriu o placar da goleada por 3 a 0 diante do Aston Villa-ING que classificou os italianos. Depois de passar em branco nas oitavas e nas quartas, o alemão voltou a marcar nas semifinais contra o Sporting-POR, ao anotar o primeiro gol da vitória por 2 a 0 que colocou o time de Milão na final. No Campeonato Italiano, Klinsmann marcou 14 gols, mas o caneco acabou ficando com a Sampdoria. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Atacante: Adriano – 35,8% dos votos

Período no clube: 2001-2002 e 2004-2009

Principais títulos pelo clube: 3 Campeonatos Italianos (2005-2006, 2006-2007 e 2008-2009), 2 Copas da Itália (2004-2005 e 2005-2006) e 3 Supercopas da Itália (2005, 2006 e 2008).

Jogos: 177

Gols: 74

 

Com apenas 19 anos, ele chegou à Inter ainda um pouco franzino. Depois de ganhar experiência na Fiorentina e no Parma, retornou em 2004. Mais forte. Mais finalizador. Mais técnico. Mais letal. Jogo após jogo, conquistou os torcedores com seus gols decisivos e alguns golaços espetaculares. Com o imponente nome de Adriano, ele virou o Imperador. E, embora tenha brilhado por um tempo relativamente curto, entrou para sempre na história do clube com um desempenho fora de série que o transformou em um dos maiores atacantes do mundo entre 2004 e 2006, quando arrasou também com a camisa da seleção brasileira campeã da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações de 2005, ambas contra a Argentina e ambas com shows do Imperador.

Com uma perna esquerda infalível, força física, perito em proteger a bola com seu corpanzil e de presença de área marcante, Adriano anotou 12 gols em apenas 18 jogos no final da temporada 2003-2004 pela Inter, outros 28 gols em 42 jogos em 2004-2005 e mais 19 gols em 47 jogos em 2005-2006. Na final da Copa da Itália de 2004-2005, foi dele os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre a Roma de Totti no primeiro jogo da final, resultado que praticamente garantiu o caneco – na volta, a Inter venceu por 1 a 0. Adriano ainda marcou gols em clássicos emblemáticos contra o fortíssimo Milan da época (um deles de letra sobre o brasileiro Dida) e também contra os mais diversos rivais de peso da Inter no Campeonato Italiano e também na Liga dos Campeões.

 

Atacante: Diego Milito – 34% dos votos

Período no clube: 2009-2014

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2010), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 1 Campeonato Italiano (2009-2010), 2 Copas da Itália (2009-2010 e 2010-2011) e 1 Supercopa da Itália (2010).

Jogos: 171

Gols: 75

 

Chegou, arrasou e se eternizou. Milito viveu uma temporada de ouro em 2009-2010. Ele veio com a condição de vice-artilheiro da Série A de 2008-2009 com 24 gols pelo Genoa e para suprir a saída de Ibrahimovic. Pois o argentino o fez com perfeição e se tornou o principal nome do ataque da equipe de Mourinho, marcando vários gols sempre protegendo bem a bola dos zagueiros com muita técnica, inteligência e aplicando dribles secos, além de chutar muito bem e mostrar sangue frio em partidas decisivas. Foi o talismã do time na Liga dos Campeões da UEFA e o nome da final contra o Bayern, quando marcou os dois gols da vitória italiana. Só naquela temporada, Milito anotou 30 gols em 52 jogos e ganhou os prêmios de Futebolista do Ano da UEFA e de Melhor Atacante da UEFA. O argentino voltou a brilhar na época 2011-2012 quando fez 26 gols em 41 jogos. Virou ídolo da torcida e ganhou até destaque na parte do museu da equipe no estádio Giuseppe Meazza.

 

 

Técnico: Helenio Herrera – 44,6% dos votos

Período no clube: 1960-1968 e 1973-1974

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1964 e 1965), 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1963-1964 e 1964-1965) e 3 Campeonatos Italianos (1962-1963, 1964-1965 e 1965-1966).

Retrospecto: 366 jogos, 205 vitórias, 93 empates e 68 derrotas, aproveitamento de 56,1%.

 

Armar equipes com precisão. Usar e abusar do psicológico e das frases de efeito. Provocar rivais com soberba e confiando plenamente no próprio taco. Mostrar propriedade dentro e fora de campo. E colecionar títulos históricos para não deixar dúvidas sobre sua competência como um dos maiores técnicos de futebol de todos os tempos. Helenio Herrera é o personagem retratado nas linhas anteriores e um verdadeiro ícone do esporte por tudo o que conseguiu dentro de campo. Com uma sólida carreira construída no futebol espanhol e, sobretudo, italiano, Herrera fez parte de histórias vencedoras do Atlético de Madrid, do Barcelona e da maior Internazionale que o mundo já viu, a Grande Inter dos anos 1960, campeã da Itália, da Europa e do Mundo e recheada de craques como Sarti, Picchi, Facchetti, Burgnich, Luis Suárez, Jair da Costa e Sandro Mazzola. 

Adepto da filosofia, da conversa com seus atletas e da dedicação total em busca dos títulos, Herrera foi um dos maiores exemplos de treinador completo, daqueles que são unanimidades para os torcedores e até para os rivais. Com um talento indiscutível e célebre por armar equipes extremamente sólidas defensivamente, Herrera foi um dos mentores do Catenaccio, sistema tático mais famoso da história do futebol italiano. Ele é até hoje o treinador mais vitorioso da história da Inter com 7 troféus. Leia mais clicando aqui!

 

 

Time dos Sonhos da Inter de Milão do Imortais!

 

Goleiros: Júlio César e Walter Zenga

Laterais-Direitos: Javier Zanetti e Maicon

Laterais-Esquerdos: Giacinto Facchetti e Andreas Brehme

Zagueiros: Giuseppe Bergomi, Burgnich, Picchi e Walter Samuel

Volantes: Lothar Matthäus, Esteban Cambiasso e Ugo Locatelli

Meias: Sandro Mazzola, Sneijder, Luis Suárez Miramontes e Figo

Atacantes: Ronaldo, Giuseppe Meazza, Klinsmann, Adriano e Altobelli

Técnico: Helenio Herrera

 

 

Time A – formação 1 – 4-3-3:

Júlio César; Zanetti, Burgnich, Bergomi e Facchetti; Matthäus, Mazzola e Luis Suárez Miramontes; Meazza, Ronaldo e Klinsmann.

O nosso time possui poucas mudanças. Na zaga, entra Burgnich, um dos mais  completos defensores da história do futebol italiano e membro da Grande Inter dos anos 1960. No meio, Luis Suárez entra para reeditar a parceria com Mazzola. Na frente, o trio segue o mesmo: Meazza, Ronaldo e Klinsmann.

 

Time A – formação 2 – 4-3-3:

Júlio César; Zanetti, Burgnich, Bergomi e Facchetti; Matthäus, Mazzola e Sneijder; Meazza, Ronaldo e Klinsmann.

Aqui, Sneijder entra no lugar de Luis Suárez. O restante segue o mesmo.

 

Time B – formação 1 – 4-4-2:

Zenga; Maicon, Picchi, Samuel e Brehme; Cambiasso, Locatelli, Luis Suárez Miramontes e Figo; Adriano e Altobelli.

Nessa formação B, a zaga seria composta por Picchi, grande líbero do time dos anos 1960, e Walter Samuel, argentino que foi um dos xerifes do time campeão europeu de 2010. No meio, Cambiasso teria a companhia de Ugo Locatelli, talentoso craque campeão olímpico em 1936 e do mundo em 1938 e presente no timaço da Inter dos anos 1930. Na frente, Adriano ganha a companhia de Altobelli, 2º maior artilheiro da história da Inter e campeão do mundo com a Itália em 1982.

 

Time B – formação 2 – 4-2-1-3:

Zenga; Burgnich, Picchi, Samuel e Brehme; Zanetti e Cambiasso; Sandro Mazzola; Meazza, Adriano e Altobelli.

Nessa formação, Burgnich assume a lateral-direita e Zanetti vai para o meio jogar ao lado do compatriota Cambiasso. A linha ofensiva seria composta por Mazzola, Meazza, Adriano e Altobelli.

 

Os Escolhidos pelo Imortais ausentes no time dos leitores e leitoras:

 

Zagueiro / Lateral-Direito: Tarcisio Burgnich

Período no clube: 1962-1974

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1964 e 1965), 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1963-1964 e 1964-1965) e 4 Campeonatos Italianos (1962-1963, 1964-1965, 1965-1966 e 1970-1971).

Jogos: 467

Gols: 7

 

Raçudo, valente, excelente marcador e muito eficiente, Tarcisio Burgnich era um dos símbolos do Catenaccio da Grande Inter da década de 1960. Jogou 467 partidas pela equipe de Milão e marcou sete gols, sendo peça chave para a segurança da quase impenetrável zaga nerazzurri. Foi um símbolo, também, na seleção italiana que venceu a Eurocopa de 1968. Ele podia atuar não só no miolo de zaga como também na lateral-direita.

 

Zagueiro: Walter Samuel

Período no clube: 2005-2014

Principais títulos pelo clube: 1 Liga dos Campeões da UEFA (2009-2010), 5 Campeonatos Italianos (2005-2006, 2006-2007, 2007-2008, 2008-2009 e 2009-2010), 3 Copas da Itália (2005-2006, 2009-2010 e 2010-2011) e 4 Supercopas da Itália (2005, 2006, 2008 e 2010).

Jogos: 236

Gols: 17

 

Depois de brilhar no Boca Juniors campeão da América em 2000 e bicampeão argentino em 1998 e 1999 e na Roma campeã da Itália em 2001, Walter Samuel reencontrou na Inter seu grande futebol, após uma passagem ruim pelo Real Madrid. Com Mourinho, ganhou a titularidade e regularidade na equipe, fazendo uma grande dupla de zaga com Lúcio. Raçudo e muito forte, Samuel foi peça chave no sucesso da Inter no período e virou ídolo da torcida, além de ser capitão nas vezes em que Zanetti não podia atuar. Dos grandes títulos, Samuel só não venceu o Mundial de Clubes por ter sofrido uma grave lesão no joelho que o deixou de fora de grande parte da temporada 2010-2011. Foram 236 jogos e 17 gols pela Inter.

 

Zagueiro: Armando Picchi

1962–63 Football Club Internazionale – Armando Picchi

Período no clube: 1960-1967

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1964 e 1965), 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1963-1964 e 1964-1965) e 3 Campeonatos Italianos (1962-1963, 1964-1965 e 1965-1966).

Jogos: 206

Gols: 1

 

Foi o grande líder da Grande Inter, capitão e o líbero do Catenaccio que levou a equipe ao estrelato. Com ele à frente da zaga do time, a equipe tinha toda a segurança necessária para sair jogando com qualidade e tranquilidade em busca do gol. Sabia municiar os companheiros Facchetti e Burgnich com maestria. Foi ídolo e um dos grandes defensores do futebol italiano dos anos 1960 e 1970 graças à sua força de marcação, leitura de jogo e precisão no desarme.

 

Volante: Ugo Locatelli

Período no clube: 1936-1941

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Italianos (1937-1938 e 1939-1940) e 1 Copa da Itália (1938-1939).

Jogos: 168

Gols: 1

 

Revelado pelo Brescia, Ugo Locatelli despontou de vez para o futebol exatamente no ano em que foi para a Internazionale, em 1936, quando venceu pela seleção italiana o Ouro Olímpico. Dois anos depois, foi titular absoluto do time campeão da Copa do Mundo da França e se consagrou de vez como um dos mais completos meio-campistas de sua geração por ajudar não só na marcação como também na criação de jogadas ofensivas graças à sua habilidade e velocidade. Locatelli teve um retrospecto impressionante de jamais perder um jogo sequer vestindo a camisa da Azzurra – em 22 partidas foram 18 vitórias e quatro empates. Pela Inter, foi bicampeão italiano e campeão da Copa da Itália de 1938-1939.

 

Atacante: Alessandro Altobelli

Período no clube: 1977-1988

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Italiano (1979-1980) e 2 Copas da Itália (1977-1978 e 1981-1982).

Jogos: 466

Gols: 209

Fiel às cores da Inter por mais de 10 anos, Altobelli se consagrou como o 2º maior artilheiro da história do clube e um dos destaques em tempos difíceis para a nerazzurri, que teve que ver a rival Juventus dominar o cenário futebolístico do país no começo dos anos 1980. Altobelli tinha no jogo aéreo e no domínio de bola suas principais virtudes, além de ser muito oportunista, técnico e não poupar das acrobacias para marcar gols. Foi artilheiro da Copa da Itália vencida pela Inter em 1981-1982 com 9 gols, a competição preferida do atacante, que é até hoje o maior artilheiro da história do torneio com 56 gols em 93 jogos. Em 1978-1979, marcou 7 gols na Recopa da UEFA e foi o artilheiro, mas a Inter parou nas quartas de final. Pela seleção, foi campeão do mundo em 1982 e marcou o gol do título nos 3 a 1 sobre a Alemanha na final.

 

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Comentários encerrados

3 Comentários

  1. “Com a chegada do técnico José Mourinho, todos achavam que o ‘bad boy’ italiano logo deixaria o clube, mas foi o contrário: seguiu na equipe, foi essencial nos bastidores e no dia-a-dia e continuou…”

    Com um detalhe: quando o Mourinho saiu pro Real, o Materazzi se despediu abraçando o português e chorando no ombro dele!

  2. Muito bacana, Imortais! Esse time dos sonhos ficou muito bom mesmo, juntando italianos e estrangeiros que fizeram do time nerazzurro um dos mais vitoriosos da Itália e da Europa! Simplesmente Internazionale!

    Imortais, estou gostando muito dos times dos sonhos, mas acho que está na hora de fazer dos clubes argentinos, afinal, foram tantas vezes que los hermanos chamaram os outros para bailar tango nos gramados. Ex: Boca, River, Racing, Independiente…

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