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Jogos Eternos – Ajax 2×0 Internazionale 1972

 

Data: 31 de maio de 1972

O que estava em jogo: o título da Liga dos Campeões da UEFA de 1971-1972.

Local: Stadion Feijenoord (De Kuip), Roterdã, Holanda.

Juiz: Robert Helies (FRA)

Público: 61.354 pessoas

Os Times:

Amsterdamsche Football Club Ajax-HOL: Heinz Stuy; Wim Suurbier, Barry Hulshoff, Horst Blankenburg e Ruud Krol; Arie Haan, Johan Neeskens e Gerrie Mühren; Sjaak Swart, Johan Cruyff e Peter Keizer. Técnico: Stefan Kovács.

Football Club Internazionale Milano-ITA: Ivano Bordon; Mauro Bellugi, Tarciso Burgnich, Mario Giubertoni (Mario Bertini) e Giacinto Facchetti; Gianfranco Bedin, Gabriele Oriali, Alessandro Mazzola e Mario Frustaluppi; Jair da Costa e Roberto Boninsegna. Técnico: Giovanni Invernizzi.

Placar: Ajax 2×0 Internazionale (Gols: Cruyff-AJA, aos 2´e aos 33´do 2º T.)

 

“Futebol Total 2×0 Catenaccio”

Por Guilherme Diniz

O ambiente era o melhor possível. O time era o melhor possível. A ocasião era a melhor possível. E a taça em disputa era a mais cobiçada possível. No entanto, a tarefa daqueles jogadores vestidos em branco e vermelho era ingrata: furar a retranca absoluta da Internazionale, bicampeã continental e mundial anos antes com um sistema chamado catenaccio e ainda com vários remanescentes daquela era de ouro. Mas a época era outra. A década era outra. E o futebol também. No começo dos anos 70, quem mandava na Europa era a Holanda. E quem queria assumir de vez a condição de rei era o Ajax. E que Ajax… Atletas disciplinados e entrosados quase que por telepatia. Futebol ofensivo sempre. Jogadores capazes de decidir partidas em questão de segundos. E uma ideologia composta na totalidade das funções e nos ensinamentos de um mestre: Rinus Michels. No dia 31 de maio de 1972, o AFC Ajax realizou uma de suas mais brilhantes e emblemáticas partidas. Não teve goleada nem gols plásticos. Mas teve dominância e um absolutismo poucas vezes visto em uma decisão continental.

Durante 90 minutos, os holandeses atacaram sem parar os italianos e deram um show que não foi refletido no magro placar de 2 a 0. Poderia ter sido 5, 6, 7 a 0. A Inter foi simplesmente nula no ataque. Chutou apenas uma vez ao gol no primeiro tempo. E apareceu umas três ou quatro vezes na segunda etapa. O Ajax foi todo ofensivo, mandou bolas na trave, construiu belas jogadas e deu aulas de controle de bola, desarmes precisos e perseverança. O gol ia sair. E saiu. Com Cruyff mordido, o time abriu o placar com menos de três minutos na segunda etapa e ficou tranquilo para o decorrer da partida. A Inter foi obrigada a sair mais e levou mais um tempo depois com o mesmo Cruyff, que fez explodir um estádio praticamente todo alvirrubro mesmo se tratando da casa do grande rival Feyenoord. Mas quem ligava? Era bonito de se ver aquele Ajax, que não só conquistou seu bicampeonato continental como deu ao Futebol Total uma condecorada e inesquecível vitória. É hora de relembrar.

 

Pré-jogo

Festa em Wembley no primeiro título europeu do Ajax, em 1971.
Festa em Wembley no primeiro título europeu do Ajax, em 1971.

 

Na virada dos anos 60 para a década de 70, o Ajax transformou para sempre sua história quando Rinus Michels virou técnico da equipe e construiu uma base que seria a mais laureada e talentosa do clube em todos os tempos. Após conquistar títulos nacionais e bater na trave na primeira final continental que disputou, em 1969, o time conquistou a Liga dos Campeões da UEFA de 1970-1971 após derrotar o Panathinaikos-GRE, em Wembley, por 2 a 0. Michels fez o continente conhecer jogadores como Suurbier, Neeskens, Keizer, Haan, Krol e Cruyff, que jogavam um futebol diferente baseado na rotatividade e no controle total da partida sem deixar o adversário ter a bola sob seu domínio. Já em 1971, MIchels foi contratado pelo Barcelona-ESP para também mudar muita coisa por lá, mas o Ajax não perdeu sua intensidade e manteve-se competitivo e brilhante graças a Stefan Kovács, que seguiu vencendo e levou o clube a mais uma final europeia após superar pelo caminho Dynamo Dresden-ALE, Olympique de Marselha-FRA, Arsenal-ING e Benfica-POR de maneira invicta e sem sustos.

A Inter levou de 7 do Borussia, mas uma "latinha amiga" apagou o vexame.
A Inter levou de 7 do Borussia de Netzer (à dir, agachado), mas uma “latinha amiga” apagou o vexame.

 

Já a Inter estava na decisão por causa de um incidente nas oitavas de final, quando o time italiano foi atropelado pelo ótimo Borussia Mönchengladbach-ALE por 7 a 1 no duelo de ida, mas viu a partida ser anulada por causa de uma latinha de refrigerante arremessada no campo e que atingiu Boninsegna. Com isso, um novo jogo foi marcado, dessa vez na casa da Inter, e a equipe venceu por 4 a 2. Na volta, retranca pura e empate sem gols, resultado que classificou o time para a etapa seguinte de maneira injusta, pois o Borussia era muito mais time (leia mais clicando aqui).

Nas quartas e semis, os italianos passaram por Standard Liège-BEL e Celtic-ESC, respectivamente, e chegaram à final em busca do tricampeonato europeu. Mesmo sem o lendário técnico Helenio Herrera e com um elenco envelhecido, o time apostava todas as suas fichas no poder defensivo e em pontuais contra-ataques puxados por Alessandro Mazzola, Jair e Boninsegna, que teriam a tarefa de marcar gols enquanto Oriali, Facchetti e Burgnich comandariam o setor defensivo.

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O duelo era cercado de expectativa e a torcida do Ajax apostava alto no bicampeonato não só pela qualidade de seu time, mas também pelo fato de a final ser disputada em solo holandês, no estádio De Kuip, um verdadeiro caldeirão que mantinha o público bem próximo ao gramado. Com mais de 61 mil ingressos vendidos, praticamente todos para a torcida alvirrubra, o Ajax teria toda a massa ao seu favor. E a ocasião ideal para coroar uma geração de talentos e um estilo futebolístico.

 

Primeiro tempo – Vença-me se for capaz

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O Ajax deu a saída e percebeu logo nos primeiros segundos que a Inter não iria oferecer espaços em sua área. Um verdadeiro ferrolho com quatro homens atrás e mais dois à frente da meia-lua foi montado pelo técnico Invernizzi na tentativa de frear as investidas dos rápidos e talentosos jogadores holandeses. Sabendo que não poderia se igualar em termos técnicos com o rival, Invernizzi apostava puramente no contra-ataque. O problema (para ele) é que o Ajax não dava essa chance. Os alvirrubros não tocavam a bola morosamente, mas sim de maneira objetiva e sempre para frente, agredindo o adversário com velocidade e técnica absoluta. Com menos de três minutos, o time da casa teve seu primeiro escanteio e, em seguida, Cruyff roubou uma bola, deixou com Keizer, mas o capitão falhou na hora de cruzar. Neeskens tentou o primeiro chute perigoso aos 6´, mas o goleiro defendeu.

Em seguida, um cruzamento para a área foi rebatido por Bordon para um novo escanteio. Na cobrança, nova bola para fora e terceiro escanteio, rebatido pelo goleiro italiano para a lateral. A Inter era nula no ataque, cobrava os tiros de meta na base do chutão e via a bola sempre voltar para o seu campo de defesa. No primeiro ataque real que teve, aos 8´, a zaga holandesa tirou com perfeição e retomou a bola. No contra-ataque, quase o gol saiu, mas Mühren furou após passe de Neeskens dentro da área. A Inter tentava responder com bolas enfiadas em profundidade pelo lado esquerdo, mas sempre a zaga holandesa ganhava com a dupla Blankenburg e Hulshoff ou com os laterais Krol e Suurbier, este uma das principais armas ofensivas do Ajax por se mandar constantemente para o ataque graças à cobertura precisa de Arie Haan.

Aos 11´, quarto escanteio para o Ajax e, aos 12´, Cruyff entortou duas vezes um zagueiro até deixar com Keizer, que não concluiu bem. Aos 16´, a Inter tentou chegar mais uma vez pelo lado esquerdo com Mazzola, mas o zagueirão Hulshoff, sublime na sobra, desarmou precisamente o meia italiano e iniciou um contra-ataque que poderia terminar em gol de Haan se Suurbier não tivesse dado um passe tão ruim para o meio-campista.

Cruyff em ação: craque vivia auge da carreira com a camisa do Ajax.
Cruyff em ação: craque vivia auge da carreira com a camisa do Ajax.

 

Entre os 17 e 19´, a Inter ficou em impedimento quatro vezes graças à noção impecável de posicionamento dos defensores do Ajax, peritos em enganar os atacantes com suas trocas de posições e quando iam para o meio de campo adiantar a marcação. Aos 20´, mais um escanteio alvirrubro e, aos 25´, uma chance de ouro para os holandeses. Ruud Krol recebeu de Blankenburg e pediu para Suurbier avançar pela direita. Mas o lateral-esquerdo enganou a retaguarda italiana, chutou de fora da área, o goleiro Bordon não alcançou e a bola carimbou o pé da trave direita! Aos 27´, Keizer cobrou uma falta perigosa também de fora da área e a bola voltou a assustar o goleiro italiano.

Quando conseguia ter a redonda, a Inter continuava tentando atacar pela esquerda, com Boninsegna isoladíssimo na frente, mas o atacante perdia todas, absolutamente todas as disputas de bola com o zagueiro Hulshoff, muito mais alto, forte e com mais noção de tempo de bola do que o ingênuo rival. Aos 29´, Cruyff chamou a responsabilidade e partiu em uma bela jogada individual, passou por Oriali, Facchetti e cruzou, mas ninguém do Ajax apareceu com reais chances de gol. Aos 31´, cobrança de falta ensaiada e Suurbier quase fez. Aos 32´, enfim, o primeiro chute a gol da Inter. Pela direita, Boninsegna viu Hulshoff, seu calo, mas não cometeu o mesmo erro de tentar ganhar na corrida ou no corpo a corpo. Ele encontrou uma brecha e chutou forte, cruzado, e quase surpreendeu o goleiro Stuy.

A Inter mantinha sete jogadores em seu sistema defensivo e dificultava ao máximo o trabalho do Ajax. Mas, aos 36´, Swart escorou um cruzamento e marcou o que seria o primeiro gol do jogo, mas o árbitro anulou (corretamente) alegando toque de mão do atacante holandês. Aos 38´, Keizer fez bela jogada pela esquerda e cruzou. Cruyff tentou o chute, mas foi bloqueado pela zaga. Na tentativa de afastar o perigo, Frustalupi chutou, a bola bateu em Bellugi e obrigou o goleiro a fazer uma defesa de reflexo puro que fez a bola bater na trave e ir para fora, em mais um escanteio do Ajax, que teve outro aos 42´.

Já no minuto final, Mühren ainda arriscou, mas o gol teimou mesmo em não sair. Quando o árbitro encerrou a primeira etapa, era claríssima a superioridade técnica e tática do Ajax e o desespero da Inter, que só se defendia e via o gol holandês amadurecer cada vez mais. A pergunta era: será que teríamos gols? Com certeza, ainda mais com um certo Johan Cruyff enfurecido com todo aquele paredão.

Os times em campo: enquanto o Ajax rodava o campo todo e trabalhava a bola de maneira plena, a Inter ficava toda atrás.
Os times em campo: enquanto o Ajax rodava o campo todo e trabalhava a bola de maneira plena, a Inter ficava toda atrás.

 

Segundo tempo – Vitória do futebol

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Jogando em seu país, diante de sua torcida e defendendo o título de 1971. O Ajax pensou em tudo isso e muito mais quando voltou para a segunda etapa do confronto. Não havia possibilidade alguma de o time decepcionar aquela multidão que lotava o estádio de Roterdã, muito menos sair derrotado por um time que só sabia se defender. E um jogador que queria mais do que ninguém fazer logo a justiça era Johan Cruyff, o “craque total do Futebol Total”. Logo na saída de bola, a Inter viu o genial holandês partir pra cima em busca da bola como um touro indomável. Cruyff conseguiu roubar a bola, passou por um, dois, três, deixou a bola correr demais, mais ainda sim conseguiu ganhar um escanteio.

Era o cartão de visitas do camisa 14 e o aviso: ele queria jogo e ganhar a qualquer custo. Aos 2´, o Ajax roubou mais uma bola da Inter no campo de defesa, Suurbier cruzou, o goleiro bateu roupa e Cruyff, enfim, chutou para o gol vazio para inaugurar o placar: 1 a 0. Delírio puro em Roterdã! Depois de tanto martelar, o time holandês conseguia furar a meta italiana em um (quem diria!) erro defensivo. Dois minutos depois, Neeskens tocou para Cruyff, que passou pelo zagueiro e caiu na área, mas o juiz não marcou um pênalti claríssimo. O gol inflamou a torcida, que jogava junto e repudiava cada lance de corpo mole da Inter ou as famigeradas recuadas de bola.

O chute...
O chute…

 

... E o gol. Enfim, 1 a 0 para o Ajax!
… E o gol. Enfim, 1 a 0 para o Ajax!

 

As cantorias aumentavam e o Ajax respondia com seu futebol artístico, sem jogadas feias ou defensivas. O jogo era para frente, em prol do gol e da vitória. Aos 7´, Boninsegna deu o primeiro chute de perigo da Inter, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora. Aos 13´, o Ajax deu exemplo de como roubar bolas limpamente ao destruir dois ataques da Inter com interceptações fantásticas de seus defensores. Em ataques pela esquerda, Keizer entortava Burgnich e outros defensores e só era parado com faltas ou encontrões que o juiz às vezes fingia não ver. A Inter não conseguia trocar mais do que cinco, seis passes sem perder a bola. Quando chutava, não oferecia perigo algum ao espectador de luxo Stuy, que só foi ter um trabalho mais incisivo aos 22´, quando Mazzola invadiu a área e foi interceptado pelo goleirão holandês, que saiu no tempo certo e tirou a bola dos pés do meia para delírio da torcida.

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Aos 33´, o Ajax decidiu sacramentar de vez uma vitória que já deveria ser sua há tempos. Na esquerda, Keizer teve uma falta a seu favor e olhou para a área. Cruyff estava por lá, cercado de italianos, mas flutuando como sempre. A bola foi na medida, o craque subiu mais alto do que todo mundo e testou firme para o gol: 2 a 0. A vitória estava consolidada! Nunca que a Inter iria sequer empatar àquela altura do jogo! Minutos depois, Haan cobrou uma falta venenosa e quase marcou o terceiro. Aos 36´, veja só, o primeiro escanteio para a Inter, mas que não levou perigo algum. Aos 38´, falta dura de Oriali em cima do endiabrado Keizer.

Na cobrança, Mühren cobrou e Neeskens cabeceou com perigo para boa defesa do goleiro. Nos minutos finais, os cantos de (bi) campeão tomaram conta de Roterdã, que ovacionava seus heróis a cada toque, a cada tabelinha ousada. Quando o árbitro francês apitou o final do jogo, estava consolidada a festa. O Ajax era bicampeão europeu. E o futebol defensivo estava destruído. Centenas de pessoas invadiram o gramado para saudar e carregar os jogadores do Ajax, que mostrava ao continente o poder do Futebol Total.

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O triunfo holandês foi celebrado não só por sua torcida, mas também pela imprensa esportiva da época, que dedicou páginas e páginas de seus jornais ao clube alvirrubro. No The Times (ING), o time de Amsterdã “provou que o ataque e a criatividade são a alma do esporte, dando à noite um contorno mais nítido e às sombras mais brilho”. No De Telegraaf (HOL), nove páginas destacaram o triunfo dos comandados de Kovács, com destaque para a manchete: “Sistema da Inter minado. O futebol defensivo está destruído”. Pelo menos naquela época, a retranca foi abolida graças à totalidade do melhor Ajax de todos os tempos. Pena que aquela abolição não durou para sempre…

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Pós-jogo: o que aconteceu depois?

Ajax: em seu auge, o time holandês continuou a colecionar taças e foi campeão de praticamente tudo. Ainda em 1972, veio o Mundial. Na temporada seguinte, mais uma Liga dos Campeões e um histórico tricampeonato consecutivo sacramentado com uma vitória em cima de mais um rival italiano: a Juventus. Curiosamente, o título de 1972 sobre a Inter iniciou uma sequência de grandes triunfos do Ajax sobre italianos em finais continentais: em janeiro de 1974, goleada de 6 a 0 e título da Supercopa da UEFA de 1973 sobre o Milan. Em 1992, título da Copa da UEFA em cima do Torino. E, em 1995, tetracampeonato da Liga dos Campeões com vitória por 1 a 0 sobre o Milan. Definitivamente, o Ajax adora triunfar sobre o futebol italiano e suas (nem tanto) intransponíveis defesas.

Das quatro Ligas dos Campeões conquistadas pelo Ajax, três foram em cima de clubes italianos. E justamente no trio Juventus, Milan e Inter!
Das quatro Ligas dos Campeões conquistadas pelo Ajax, três foram em cima de clubes italianos. E justamente no trio Juventus, Milan e Inter!

 

Internazionale: depois de perder a chance do tricampeonato europeu, a Inter entrou em decadência e teve que se reinventar para voltar a brilhar em solo europeu. E isso aconteceu somente no final dos anos 80 e início da década de 90, quando uma legião de craques alemães ajudou a equipe a vencer a Copa da UEFA e vários títulos nacionais (leia mais clicando aqui). Em 1994, o time de Milão venceu outra Copa da UEFA graças aos gols de Dennis Bergkamp, atacante holandês revelado no Ajax e que teve a primeira chance como profissional graças ao técnico do time alvirrubro lá nos anos 80: Johan Cruyff, o carrasco nerazurri de 1972. Quantas voltas que o futebol dá…

Um holandês (Bergkamp) fez o torcedor da Inter sorrir em 1994...
Um holandês (Bergkamp) fez o torcedor da Inter sorrir em 1994…

 

Leia mais sobre o fabuloso Ajax dos anos 70 no Imortais!

Ajax 1970-1973

 

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Comentários encerrados

5 Comentários

  1. Pra iniciar tres champions seguidas sem levar gols e no segundo jogo do mundial de 72 tambem sem sofrer gol ou sja alem de massacrar o tempo todo no ataque esse super ajax ainda se garantia na defesa que por sinal os quatro defensores jogavam o fino.semana passada eu revi esse jogo e chega a ser surreal o volume ofensivo desse time e mais preparo fisico absurdo que fazia os holandeses correrem dobrado ocupando todos os lugares do campo.realmente o super ajax dessa epoca era um trator que passava por cima mesmo.a receita que da certo:preparo fisico+tecnica+inteligencia tatica e futebol ofensivo

  2. Grande Ajax, tricampeão europeu 71;72 e 73.Um timaço,que serviu como base para a excepcional Laranja Mecânica de 1974.Valeu Michels, Yohan I; Yohan II e a todos os componentes do Carrossel, por ter revolucionado o futebol e escrever mais uma brilhante página na sua grandiosa história.Ajax Futebol Clube de Amsterdã, meu único time na Europa.

  3. A Vitória do Ajax não foi apenas uma simples vitória, mas foi a vitória de uma escola com filosofia ofensiva, que revolucionou e encantou o mundo contra a escola do jogo eficiente e defensivo. O Ajax da década de 70 com certeza está entre os 5 melhores times da História não só por ter colecionado vários títulos em sua galeria ao longo dos anos, mas pela forma que vencia os adversários, como foi nessa final. Uma pena que a seleção holandesa de 74 foi derrotada pela eficiente Alemanha. Certamente Cruyff e aquela laranja mecânica seriam vistos com outros olhos hoje.

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