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Time dos Sonhos do Liverpool

 

Por Guilherme Diniz

 

Clube britânico com mais títulos internacionais da história e também o que mais venceu a Liga dos Campeões da UEFA (seis vezes) na terra da Rainha, o Liverpool FC é uma das instituições mais tradicionais do futebol mundial e possui histórias marcantes que cativaram (e cativam) milhões de amantes do esporte. Ao longo das décadas, os Reds montaram esquadrões dominantes em seu país e no Velho Continente graças a jogadores emblemáticos e técnicos incontestáveis. É hora de conferir como ficou o Time dos Sonhos dos vermelhos de Anfield!

 

Os convocados pelos leitores e leitoras:

 

Goleiros: Alisson e Ray Clemence

Laterais-Direitos: Alexander-Arnold e Phil Neal

Laterais-Esquerdos: Robertson, Alan Kennedy e John Arne Riise

Zagueiros: Van Dijk, Jamie Carragher, Phil Thompson e Tommy Smith

Volantes: Steven Gerrard, Xabi Alonso e Graeme Souness

Meias: Sadio Mané, John Barnes, Ian Callaghan e Jordan Henderson

Atacantes: Mohamed Salah, Kenny Dalglish, Ian Rush, Kevin Keegan e Michael Owen

Técnico: Jürgen Klopp

 

Esquema tático escolhido pelos leitores e leitoras: 4-3-3 (66,3% dos votos)

 

Time A – formação 1 – 4-3-3:

Alisson; Alexander-Arnold, Van Dijk, Carragher e Robertson; Gerrard, Mané e Barnes; Salah, Ian Rush e Kenny Dalglish.

A formação 1 do time principal possui em sua maioria jogadores do esquadrão que desde 2017 figura no pelotão de elite do futebol europeu. No gol, o brasileiro Alisson ganhou a vaga por suas atuações marcantes e fundamentais para os títulos de 2019 e 2020. Nas laterais, os mesmos do time campeão europeu de 2019: Arnold e Robertson. Na zaga, o xerife Van Dijk ganha a companhia de Carragher, zagueiro que se consagrou nos anos 1990 e 2000 e é o segundo com mais jogos pelo Liverpool. No meio de campo, o eterno capitão Steven Gerrard foi escolhido por quase 100% dos leitores e leitoras, e ganha a companhia do senegalês Sadio Mané e do habilidoso ponta John Barnes, ídolo dos anos 1980. Na frente, lendas de diferentes épocas marcam presença: Mohamed Salah, principal artilheiro dos Reds neste século, Ian Rush, maior artilheiro da história do clube, e Kenny Dalglish, um patrimônio do Liverpool que foi, também, técnico. Para comandar esse timaço, Jürgen Klopp, que desde 2015 coleciona grandes histórias e títulos em Anfield.

 

Time A – formação 2 – 4-3-3:

Alisson; Alexander-Arnold, Van Dijk, Carragher e Robertson; Xabi Alonso, Gerrard e Mané; Salah, Ian Rush e Kenny Dalglish.

Aqui, a mudança é no meio de campo, com a entrada de Xabi Alonso no lugar de Barnes, para dar mais proteção defensiva e liberar Mané e Gerrard ao ataque com mais tranquilidade.

 

Time B – formação 1 – 4-3-3

Ray Clemence; Phil Neal, Phil Thompson, Tommy Smith e Alan Kennedy; Xabi Alonso, Graeme Souness e Jordan Henderson; Kevin Keegan, Michael Owen e Ian Callaghan.

No time B deste Liverpool dos Sonhos, Ray Clemence, goleiro dos tempos áureos das décadas de 1970 e início dos anos 1980, assume a meta vermelha. Na lateral-direita, Phil Neal, titular do timaço multicampeão dos anos 1970 e 1980, foi o escolhido, enquanto na esquerda Alan Kennedy veste a camisa titular. Na zaga, Phil Thompson e Tommy Smith, ídolos dos anos 1960 e 1970, formam o paredão defensivo da equipe inglesa. No meio, Xabi Alonso ganha a companhia de Graeme Souness e Jordan Henderson, que dariam a essa formação muita força de marcação e também de criação para o trio de ataque formado por Kevin Keegan, estrela inglesa dos anos 1970, Michael Owen, prodígio dos anos 1990, e Ian Callaghan, jogador que mais vezes vestiu a camisa do Liverpool na história. Na prática, esse time seria um 4-4-2 ao invés do 4-3-3.

 

Time B – formação 2 – 4-3-3

Ray Clemence; Phil Neal, Phil Thompson, Tommy Smith e John Arne Riise; Xabi Alonso, Graeme Souness e Jordan Henderson; Kevin Keegan, Michael Owen e Ian Callaghan.

Como tivemos um empate técnico na segunda posição da lateral-esquerda, John Arne Riise, do time campeão europeu em 2005, também ganha vaga no time B.

 

Goleiro: Alisson – 72,5% dos votos

 

Período no clube: 2018-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2019), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2018-2019), 1 Supercopa da UEFA (2019), 1 Campeonato Inglês (2019-2020), 1 Copa da Inglaterra (2021-2022), 1 Copa da Liga Inglesa (2021-2022) e 1 Supercopa da Inglaterra (2022).

Jogos: 185

Gols: 1

 

O brasileiro chegou como o goleiro mais valioso do planeta em 2018 e status de salvador após anos de goleiros medianos na meta dos Reds. E, jogo após jogo, Alisson confirmou as expectativas com defesas sensacionais e uma regularidade impressionante. Com uma defesa no final do jogo contra o Napoli, salvou a classificação do Liverpool para as oitavas de final da Liga dos Campeões de 2018-2019. E, naquela mesma temporada, venceu diversos prêmios, entre eles o Prêmio Yashin de Melhor Goleiro do Mundo. Alisson permaneceu 21 jogos sem sofrer gols na Premier League de 2018-2019 e venceu a Luva de Ouro de melhor camisa 1 do torneio. Na temporada 2019-2020, sofreu com algumas lesões e disputou apenas 29 dos 38 jogos da campanha do título inglês – em 13 partidas não sofreu gols -, além de ter ficado de fora das oitavas da Liga dos Campeões. Já são 136 partidas com a camisa dos Reds pela Premier League e 64 jogos sem levar gols entre 2018 e 2022.

 

Goleiro: Ray Clemence – 45% dos votos

Período no clube: 1967-1981

Principais títulos pelo clube: 3 Ligas dos Campeões da UEFA (1976-1977, 1977-1978 e 1980-1981), 2 Copas da UEFA (1972-1973 e 1975-1976), 1 Supercopa da UEFA (1977), 5 Campeonatos Ingleses (1972-1973, 1975-1976, 1976-1977, 1978-1979 e 1979-1980), 1 Copa da Inglaterra (1973-1974), 1 Copa da Liga Inglesa (1980-1981) e 5 Supercopas da Inglaterra (1974, 1976, 1977, 1979 e 1980).

Jogos: 665

 

Foi a muralha do Liverpool de 1967 até 1981, colecionando os mais diversos títulos possíveis. Seguro, Clemence atuou também pela seleção da Inglaterra em 61 oportunidades, incluindo uma convocação para a Copa do Mundo de 1982. Com mais de 600 jogos pelo Liverpool, Clemence é o 4º jogador com mais partidas na história dos Reds e foi um dos goleiros menos vazados da história do futebol inglês – na temporada 1978-1979, por exemplo, ele levou apenas 16 gols em impressionantes 42 jogos – sendo apenas quatro sofridos nos jogos em Anfield! Clemence é ainda um dos raros jogadores com mais de 1000 jogos na carreira – foram 1070. Ele detém também o recorde de jogos sem levar gols na história – foram 460 jogos sem buscar a bola dentro do gol.

 

 

Lateral-Direito: Alexander-Arnold – 85,3% dos votos

Período no clube: 2016-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2019), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2018-2019), 1 Supercopa da UEFA (2019), 1 Campeonato Inglês (2019-2020), 1 Copa da Inglaterra (2021-2022), 1 Copa da Liga Inglesa (2021-2022) e 1 Supercopa da Inglaterra (2022).

Jogos: 227

Gols: 13

 

Cria do Liverpool, o lateral-direito foi lançado por Klopp a partir de 2016 e assumiu a titularidade em 2017. Com habilidade, velocidade e técnica para subir ao ataque e criar chances de gol, se transformou em um dos mais talentosos laterais do futebol mundial. Além de ser eficiente no setor ofensivo e nos passes, demonstrou também muita regularidade para defender graças à sua experiência jogando no meio de campo quando atuava nas categorias de base do clube. Na temporada 2018-2019 da Premier League, deu 12 assistências para gols e entrou para o Guinness Book como o defensor com mais assistências em uma única temporada da história do torneio inglês! Não contente, quebrou o próprio recorde na temporada seguinte com 13 assistências! Já está consolidado como um dos melhores laterais da história do Liverpool.

 

Lateral-Direito: Phil Neal – 58,7% dos votos

Período no clube: 1974-1985

Principais títulos pelo clube: 4 Ligas dos Campeões da UEFA (1976-1977, 1977-1978, 1980-1981 e 1983-1984), 1 Copa da UEFA (1975-1976), 1 Supercopa da UEFA (1977), 8 Campeonatos Ingleses (1975-1976, 1976-1977, 1978-1979, 1979-1980, 1981-1982, 1982-1983, 1983-1984 e 1985-1986), 4 Copas da Liga Inglesa (1980-1981, 1981-1982, 1982-1983 e 1983-1984), 5 Supercopas da Inglaterra (1976, 1977, 1979, 1980 e 1982) e 1 Supercopa da Liga de Futebol (1986).

Jogos: 650

Gols: 59

 

Um ícone na defesa do Liverpool e um dos maiores símbolos do clube, Neal atuou em mais de 600 jogos pelo clube inglês, de 1974 até 1985. Jogou cinco finais de Liga dos Campeões da UEFA e venceu 4 delas (1976-1977, 1977-1978, 1980-1981 e 1983-1984). Jogou a Copa do Mundo de 1982 pela seleção inglesa e ainda marcou diversos gols importantes – foram 59 gols pelo Liverpool, além de 50 jogos e cinco gols pela seleção inglesa. Phil Neal é um dos maiores vencedores de títulos da história do futebol inglês e o atleta que mais levantou troféus pelos Reds – 24 taças -, ao lado de Phil Thompson.

 

 

Lateral-Esquerdo: Robertson – 67% dos votos

Período no clube: 2017-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2019), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2018-2019), 1 Supercopa da UEFA (2019), 1 Campeonato Inglês (2019-2020), 1 Copa da Inglaterra (2021-2022), 1 Copa da Liga Inglesa (2021-2022) e 1 Supercopa da Inglaterra (2022).

Jogos: 224

Gols: 8

 

O lateral-esquerdo capitão da seleção escocesa chegou ao Liverpool em 2017 e recebeu vários elogios de Klopp, que colocou o jogador como titular. Eficiente nos passes, no apoio ao setor defensivo e na marcação, não perdeu a posição dali em diante e foi sempre um dos atletas com mais jogos no time por temporada – tanto na Premier League de 2018-2019 quanto na de 2019-2020, o escocês disputou 36 dos 38 jogos do Liverpool em cada temporada, e, em 2020-2021, esteve presente em todos os 38 jogos da equipe. Muito bom no apoio ao ataque e também na cobertura, se consagrou como um dos melhores da posição no final da década de 2010 e início da de 2020.

 

Lateral-Esquerdo: Alan Kennedy – 42,2% dos votos

Período no clube: 1978-1986

Principais títulos pelo clube: 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1980-1981 e 1983-1984), 5 Campeonatos Ingleses (1978-1979, 1979-1980, 1981-1982, 1982-1983 e 1983-1984), 4 Copas da Liga Inglesa (1980-1981, 1981-1982, 1982-1983 e 1983-1984) e 3 Supercopas da Inglaterra (1979, 1980 e 1982).

Jogos: 359

Gols: 20

 

Com tantos bons defensores pelo lado esquerdo na década de 1970 e 1980, Alan Kennedy conseguiu deixar vários ícones no banco de reservas principalmente entre 1979 e 1984, quando viveu seu melhor momento vestindo a camisa vermelha. Decisivo em muitas das conquistas do clube graças às suas investidas ao ataque e assistências, Kennedy teve como momento mais lembrado pelo torcedor o gol que decretou a vitória do Liverpool por 1 a 0 sobre o Real Madrid na final da Liga dos Campeões da UEFA de 1981. Rápido, com bom senso de colocação e visão de jogo, Kennedy foi uma das estrelas no período mais glorioso da história do clube.

 

Lateral-Esquerdo: John Arne Riise – 42,2% dos votos

Período no clube: 2001-2008

Principais títulos pelo clube: 1 Liga dos Campeões da UEFA (2004-2005), 2 Supercopas da UEFA (2001 e 2005), 1 Copa da Inglaterra (2005-2006), 1 Copa da Liga Inglesa (2002-2003), 2 Supercopas da Inglaterra (2001 e 2006).

Jogos: 348

Gols: 31

 

Era um motor em campo, rápido, habilidoso e versátil. Riise chegou ao clube em 2001, sendo disputado por três times da Inglaterra na época, e foi fundamental na histórica final europeia contra o Milan, em 2005, dando uma assistência para o gol de Steven Gerrard. Além disso, foi decisivo em muitos outros jogos graças aos seus chutes poderosos de média e longa distâncias e um dos jogadores mais utilizados pelo técnico Benítez na época. Jogou de 2001 até 2008 nos Reds e podia atuar, também, como meia ou ponta.

 

 

Zagueiro: Van Dijk – 89,1% dos votos

Período no clube: 2018-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2019), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2018-2019), 1 Supercopa da UEFA (2019), 1 Campeonato Inglês (2019-2020), 1 Copa da Inglaterra (2021-2022), 1 Copa da Liga Inglesa (2021-2022) e 1 Supercopa da Inglaterra (2022).

Jogos: 182

Gols: 16

 

1,93m de altura, força física, liderança, habilidade no jogo aéreo, cara de poucos amigos, agilidade, senso de colocação e antecipação, perito em desarmes e temor de qualquer atacante. Com todas essas qualidades, Virgil van Dijk se transformou no melhor zagueiro do mundo com a camisa do Liverpool de maneira quase instantânea. Logo em sua estreia, em janeiro de 2018, marcou o gol da vitória sobre o rival Everton por 2 a 1 que classificou os Reds à 4ª fase da Copa da Inglaterra e não saiu mais do time.

Com uma regularidade impressionante, é o dono da área, dificilmente erra e colecionou prêmios individuais, entre eles o de Melhor Jogador da Europa pela UEFA em 2018-2019, o primeiro defensor a conquistar tal honraria na história, além de ficar em segundo lugar na premiação do Ballon d’Or de 2019 (embora ele merecesse mais do que o vencedor daquele ano, Lionel Messi). Entre 2018 e 2022, Van Dijk disputou 181 jogos e marcou 16 gols pelo Liverpool. É presença constante, também, na seleção da Holanda, da qual virou capitão a partir de 2018.

 

Zagueiro: Jamie Carragher – 70,9% dos votos

Período no clube: 1996-2013

Principais títulos pelo clube: 1 Liga dos Campeões da UEFA (2004-2005), 1 Copa da UEFA (2000-2001), 2 Supercopas da UEFA (2001 e 2005), 2 Copas da Inglaterra (2000-2001 e 2005-2006), 3 Copas da Liga Inglesa (2000-2001, 2002-2003 e 2011-2012) e 2 Supercopas da Inglaterra (2001 e 2006).

Jogos: 737

Gols: 5

 

Sinônimo de fidelidade, raça, motivação… Assim pode ser definido Carragher, um dos maiores ídolos dos Reds, onde, junto a Gerrard, era um dos líderes da equipe no final dos anos 1990 e principalmente nos anos 2000. Com incríveis 737 jogos disputados pelo Liverpool, Carragher, de garoto da base a titular do profissional, esteve presente nas conquistas da temporada 2000-2001 e, claro, na Liga dos Campeões de 2005. Por ter começado a jogar como meia e até atacante, Carragher tinha habilidade para sair jogando e podia atuar nas duas laterais se fosse preciso. Forte, preciso nos desarmes e com ótimo senso de posicionamento, foi um dos zagueiros mais regulares de sua época e convocado 38 vezes para a seleção da Inglaterra.

 

Zagueiro: Phil Thompson – 40% dos votos

Período no clube: 1972-1983

Principais títulos pelo clube: 3 Ligas dos Campeões da UEFA (1976-1977, 1977-1978 e 1980-1981), 2 Copas da UEFA (1972-1973 e 1975-1976), 1 Supercopa da UEFA (1977), 7 Campeonatos Ingleses (1972-1973, 1975-1976, 1976-1977, 1978-1979, 1979-1980, 1981-1982 e 1982-1983), 1 Copa da Inglaterra (1973-1974), 3 Copas da Liga Inglesa (1980-1981, 1981-1982 e 1982-1983) e 6 Supercopas da Inglaterra (1974, 1976, 1977, 1979, 1980 e 1982).

Jogos: 477

Gols: 13

 

Zagueiro muito técnico e com boa visão de jogo, Thompson foi um dos mais laureados defensores do futebol inglês e realizou grandes jogos pelo Liverpool na década de 1970 e início da de 1980. Cria das bases, começou em 1971 e alcançou a titularidade rapidamente com seu jogo sério, profissionalismo e muita maturidade. Foi presença constante na seleção inglesa, pela qual jogou 42 jogos, seis deles como capitão. Ao lado de Phil Neal, possui 24 taças pelo clube na carreira.

 

Zagueiro: Tommy Smith – 39,7% dos votos

Período no clube: 1962-1978

Principais títulos pelo clube: 1 Liga dos Campeões da UEFA (1976-1977), 2 Copas da UEFA (1972-1973 e 1975-1976), 1 Supercopa da UEFA (1977), 4 Campeonatos Ingleses (1965-1966, 1972-1973, 1975-1976 e 1976-1977), 2 Copas da Inglaterra (1964-1965 e 1973-1974) e 4 Supercopas da Inglaterra (1965, 1966, 1974 e 1977).

Jogos: 638

Gols: 48

 

Temido pelos adversários e viril, Smith foi definido assim pelo lendário técnico Bill Shankly: “Tommy Smith não nasceu, ele foi extraído!”. E não era difícil de tal fato ter mesmo acontecido! O zagueirão foi o xerife do Liverpool multicampeão de 1962 até 1978, vencendo muitos títulos, inclusive a primeira Liga dos Campeões da história do clube. Raçudo ao extremo, o The Anfield Iron intimidava os atacantes rivais sem cessar, marcava de maneira implacável e parecia não cansar nunca. Além de ser absoluto na zaga, Smith ainda marcava gols em suas subidas ao ataque, como o que ele anotou na final da Liga dos Campeões da UEFA de 1977, vencida sobre o Borussia Mönchengladbach-ALE por 3 a 1. Algumas lendas sobre Tommy Smith surgiram ao longo do tempo. Uma é que as mães de Merseyside deixavam uma foto dele nas lareiras das casas para que as crianças ficassem longe do fogo. A outra é que Smith perdeu a final europeia vencida pelos Reds em 1978 após tropeçar em uma picareta e quebrar um dedo do pé. Bem, a picareta teve que ser jogada fora depois disso… Smith é o 8º jogador com mais jogos pelo Liverpool na história.

 

 

Volante: Steven Gerrard – 98,2% dos votos

Foto: AP

 

Período no clube: 1998-2015

Principais títulos pelo clube: 1 Liga dos Campeões da UEFA (2004-2005), 1 Copa da UEFA (2000-2001), 1 Supercopa da UEFA (2001), 2 Copas da Inglaterra (2000-2001 e 2005-2006), 3 Copas da Liga Inglesa (2000-2001, 2002-2003 e 2011-2012) e 1 Supercopa da Inglaterra (2006).

Jogos: 710

Gols: 186

 

O lema “This is Anfield” que tanto amedronta os rivais antes da entrada no gramado de Anfield Road ganhou, a partir de 1998, a companhia de outro. Na verdade, de uma lenda. De um ser que vestiu o manto do Liverpool FC como parte integrante de si. E que, após utilizar pela primeira vez a braçadeira de capitão, iria levar o clube ao fim dos tempos difíceis e da escassez de títulos. Ele comandaria vitórias épicas. Ele iria impulsionar o feito mais incrível da história do futebol europeu, o Milagre de Istambul. E jogaria tanto em outra decisão que ela seria batizada com o singelo nome de The Gerrard Final, assim como outra lenda inglesa conseguiu décadas atrás – um tal de Sir Stanley Matthews

Gerrard com a Liga dos Campeões: capitão jogou as duas finais continentais vencidas pelo Liverpool em 2001 e 2005.

 

Aquele capitão era o torcedor em campo, aquele que nunca deixava o Liverpool caminhar sozinho. Com a bola nos pés, superava os adversários como um touro, em passadas largas, rápidas e imparáveis. Não fugia da briga, encarava tudo e todos. Tinha técnica, força, visão de jogo, precisão nos passes, nos chutes e o tento para gols históricos. Foi o maior capitão da história do Liverpool e o que mais vezes vestiu a lendária braçadeira dos Reds, superando Ron Yeats, Emlyn Hughes e Alex Raisbeck. Para ele, o futebol nunca foi só bater bola, mas sim lidar com tudo o que vem com ele. Steven George Gerrard catapultou seu nome na história como um dos mais talentosos e completos meio-campistas de todos os tempos, um dos maiores do futebol inglês (para muitos, o maior) e ícone de um Liverpool que conseguiu superar vários rivais poderosos e endinheirados na primeira década do século XXI.

Com Gerrard, o time de Merseyside deixou os tempos sombrios de lado para retomar o orgulho e voltar ao pelotão de frente do futebol. Faltou um título da Premier League e alguma glória com a seleção, claro, mas isso não diminuiu o tamanho do craque em seu clube e também no esporte. Por anos, em Liverpool, além de This is Anfield, havia também This is Gerrard. Óbvio que ele estaria neste Liverpool dos Sonhos. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Volante: Xabi Alonso – 51,8% dos votos

Período no clube: 2004-2009

Principais títulos pelo clube: 1 Liga dos Campeões da UEFA (2004-2005), 1 Copa da Inglaterra (2005-2006) e 1 Supercopa da Inglaterra (2006).

Jogos: 210

Gols: 19

 

Um dos mais completos meio-campistas de seu tempo, capaz não só de ajudar na marcação e proteger a defesa como também iniciar ataques, Xabi Alonso foi um craque icônico do futebol espanhol e presença em alguns dos mais vencedores times do século XXI, incluindo o Liverpool do MIlagre de Istambul em 2005, no qual ele marcou um gol na épica final contra o Milan. Alonso era perito em passes de longa distância, em desarmes, tinha plena visão de jogo e demonstrava eficiência também no jogo aéreo. Só ficava um pouco estressado algumas vezes, algo que acabava lhe rendendo alguns cartões desnecessários. Foi um dos principais atletas do Liverpool nos anos 2000 e fez uma parceria memorável com Gerrard no meio de campo dos Reds.

 

Volante: Graeme Souness – 40% dos votos

Período no clube: 1978-1984

Principais títulos pelo clube: 3 Ligas dos Campeões da UEFA (1977-1978, 1980-1981 e 1984-1984), 5 Campeonatos Ingleses (1978-1979, 1979-1980, 1981-1982, 1982-1983 e 1983-1984), 3 Copas da Liga Inglesa (1980-1981, 1981-1982 e 1982-1983) e 3 Supercopas da Inglaterra (1979, 1980 e 1982).

Jogos: 359

Gols: 55

 

Membro indispensável do super Liverpool das décadas de 1970 e 1980, Souness foi um dos artilheiros da Liga dos Campeões de 1981 com 6 gols e fez jogadas memoráveis ao lado de Dalglish e McDermott no setor de meio de campo e ataque do clube. Com uma notável visão de jogo e espírito vencedor, o escocês podia atuar mais recuado, protegendo a defesa e desarmando, ou mais à frente, criando jogadas e dando passes. O meio-campista disputou duas Copas do Mundo pela Escócia (1982 e 1986) e foi convocado para 54 jogos de sua seleção na carreira.

 

 

Meia: Sadio Mané – 57% dos votos

Período no clube: 2016-2022

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2019), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2018-2019), 1 Supercopa da UEFA (2019), 1 Campeonato Inglês (2019-2020), 1 Copa da Inglaterra (2021-2022) e 1 Copa da Liga Inglesa (2021-2022).

Jogos: 269

Gols: 120

 

Veloz, forte, oportunista, técnico, decisivo. Sadio Mané completou o tridente de ataque espetacular do Liverpool e foi outra aposta certeira do técnico Klopp, que conhecia o atacante desde os Jogos Olímpicos de 2012. Com sua habilidade e faro goleador, rendeu várias comparações com outros ídolos dos Reds, principalmente John Barnes. O senegalês foi crucial para os títulos da Liga dos Campeões de 2018-2019, da Supercopa da UEFA (marcou os dois gols do jogo), do Mundial (deu o passe para Firmino no gol da vitória) e da Premier League. De 2016 até 2022, Mané disputou 269 jogos e marcou 120 gols pelo Liverpool, além de 38 assistências. Deixou o clube em 2022 para jogar no Bayern München.

 

Meia: John Barnes – 50,5% dos votos

Período no clube: 1987-1997

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Ingleses (1987-1988 e 1989-1990), 2 Copas da Inglaterra (1988-1989 e 1991-1992), 1 Copa da Liga Inglesa (1994-1995) e 3 Supercopas da Inglaterra (1988, 1989 e 1990).

Jogos: 407

Gols: 108

 

Montar um time dos sonhos do Liverpool sem John Barnes é impossível e inimaginável. o jamaicano naturalizado inglês foi, sem dúvida, um dos mais talentosos jogadores que já vestiu a camisa vermelha na história e provou isso com apresentações exuberantes, gols em profusão e impressionantes 101 assistências para gols nos 10 anos em que esteve jogando em Anfield. Com dribles desconcertantes, força física, velocidade absurda e impetuoso, Barnes arrasou com defesas, retrancas e encantou torcidas em todo o mundo. Sua melhor fase foi entre 1988 e 1992, quando ajudou o Liverpool a vencer vários títulos nacionais e colecionou partidas memoráveis não só pelos Reds, mas também pela seleção inglesa. Barnes podia atuar como ponta-esquerda, meia e atacante.

 

Meia: Ian Callaghan – 34,6% dos votos

Período no clube: 1959-1978

Principais títulos pelo clube: 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1976-1977 e 1977-1978), 2 Copas da UEFA (1972-1973 e 1975-1976), 1 Supercopa da UEFA (1977), 5 Campeonatos Ingleses (1963-1964, 1965-1966, 1972-1973, 1975-1976 e 1976-1977), 1 Copa da Inglaterra (1973-1974), 6 Supercopas da Inglaterra (1964, 1965, 1966, 1974, 1976 e 1977) e 1 Campeonato Inglês da Segunda Divisão (1961-1962).

Jogos: 857

Gols: 68

 

Em quase 20 anos de Liverpool, Callaghan atingiu a marca insuperável de 857 partidas com o manto vermelho. E, nesse período, entrou para a história como atleta que mais vestiu a camisa do clube em todos os tempos e também como um dos mais regulares meio-campistas do Liverpool. Eficiente, perito nos passes e com ampla visão de jogo, Callaghan foi um dos mais talentosos atletas do futebol inglês e um dos campeões mundiais com a seleção em 1966. Além de ser técnico, Callaghan era muito profissional, jamais foi expulso e levou apenas um cartão amarelo em toda carreira, já perto de seu adeus ao Liverpool, em 1978.

 

Meia: Jordan Henderson – 31,8% dos votos

(Photo by Michael Regan/Getty Images)

 

Período no clube: 2011-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2019), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2018-2019), 1 Supercopa da UEFA (2019), 1 Campeonato Inglês (2019-2020), 1 Copa da Inglaterra (2021-2022), 2 Copas da Liga Inglesa (2011-2012 e 2021-2022) e 1 Supercopa da Inglaterra (2022).

Jogos: 450

Gols: 33

 

Capitão do Liverpool desde 2015, logo após a saída de Gerrard, o meio-campista viveu vários momentos de drama e decepções até poder levantar, enfim, uma taça pelos Reds. Mas quando isso aconteceu, ele não parou mais! Liga dos Campeões da UEFA, Supercopa da UEFA, Mundial de Clubes, Premier League… Simplesmente os mais cobiçados troféus que um jogador sonha em levantar por um clube no futebol europeu. Sob o comando de Klopp, o jogador teve um rendimento exemplar ao longo das temporadas e foi abrindo seu leque de opções no meio de campo.

Foto: Giuseppe Cacace / AFP.

 

Entre 2015 e 2017, Henderson tinha funções mais defensivas, como primeiro homem, marcando e protegendo a zaga. Depois, principalmente a partir de 2018, passou a aparecer mais no setor ofensivo, criando jogadas, dando passes precisos e fazendo lançamentos fantásticos, como o que originou o gol do título mundial de 2019 contra o Flamengo. Sua liderança foi outro fator crucial para o sucesso do time ao longo dos anos, encorajando seus colegas de elenco e sendo um porta-voz importante tanto dentro quanto fora de campo. No Liverpool desde 2011, Henderson já acumulou mais de 400 jogos, além de várias convocações para a seleção da Inglaterra, incluindo para as Copas do Mundo de 2014 e 2018.

 

 

Atacante: Mohamed Salah – 87,3% dos votos

Período no clube: 2017-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2019), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2018-2019), 1 Supercopa da UEFA (2019), 1 Campeonato Inglês (2019-2020), 1 Copa da Inglaterra (2021-2022), 1 Copa da Liga Inglesa (2021-2022) e 1 Supercopa da Inglaterra (2022).

Jogos: 255

Gols: 157

 

Poucas vezes um jogador teve tanta sintonia com um clube e com o estilo de um treinador como Mohamed Salah. Logo em sua primeira temporada, em 2017-2018, o egípcio foi um verdadeiro estrondo, abocanhou a artilharia da Premier League com 32 gols em 36 jogos, marcou 44 gols em 52 partidas no total pelos Reds e virou uma celebridade pelos golaços e pelas qualidades: velocidade, precisão no remate, frieza, passes precisos e um fôlego privilegiado para importunar os zagueiros a todo momento, a todo instante. Viveu um drama na final da Liga dos Campeões de 2017-2018, no fatídico lance com Sergio Ramos, mas deu a volta por cima em grande estilo já na temporada seguinte, com o título europeu e gol na decisão.

Salah chuta para fazer o primeiro do Liverpool na decisão da UCL de 2019.

 

O atacante também foi artilheiro da Premier League em 2018-2019, com 22 gols em 38 jogos, e em 2021-2022, com 23 gols em 35 jogos, e foi sem dúvida alguma a maior referência de ataque do time de Anfield, além de virar ídolo da torcida, inspiração de músicas e um símbolo de uma era de ouro. Salah já é o 9º maior artilheiro da história do Liverpool com 157 gols em 255 jogos.

 

Atacante: Kenny Dalglish – 81,8% dos votos

Período no clube: 1977-1990

Principais títulos pelo clube: 3 Ligas dos Campeões da UEFA (1977-1978, 1980-1981 e 1983-1984), 1 Supercopa da UEFA (1977), 6 Campeonatos Ingleses (1978-1979, 1979-1980, 1981-1982, 1982-1983, 1983-1984 e 1985-1986), 1 Copa da Inglaterra (1985-1986), 4 Copas da Liga Inglesa (1980-1981, 1981-1982, 1982-1983 e 1983-1984), 5 Supercopas da Inglaterra (1977, 1979, 1980, 1982 e 1986) e 1 Supercopa da Liga de Futebol (1986).

Jogos: 515

Gols: 172

 

Dalglish é considerado por muitos o maior jogador da história da Escócia e também um dos maiores jogadores britânicos de todos os tempos. Rápido, inteligente, goleador e exuberante, o craque foi a estrela que faltava para o Liverpool virar quase imbatível, ao chegar aos Reds em 1977. Jogou até 1990 no time e virou o maior ídolo do clube no período, ganhando o apelido de “King Kenny”. Bob Paisley, lendário treinador do Liverpool nos anos 1970 e início dos anos 1980, dizia que “quando Kenny Dalglish brilhava, todo o time se iluminava”. Foram 515 jogos, 172 gols e 167 assistências para gols em sua trajetória pelo Liverpool. Perto da aposentadoria, Dalglish foi jogador-treinador do clube e faturou incríveis 10 títulos nacionais entre 1986 e 1990, dando a ele mais de 30 títulos na carreira como jogador e treinador. Simplesmente uma lenda. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Atacante: Ian Rush – 75,5% dos votos

Período no clube: 1980-1987 e 1988-1996

Principais títulos pelo clube: 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1980-1981 e 1983-1984), 5 Campeonatos Ingleses (1981-1982, 1982-1983, 1983-1984, 1985-1986 e 1989-1990), 3 Copas da Inglaterra (1985-1986, 1988-1989 e 1991-1992), 5 Copas da Liga Inglesa (1980-1981, 1981-1982, 1982-1983, 1983-1984 e 1994-1995), 4 Supercopas da Inglaterra (1982 , 1986, 1989 e 1990) e 1 Supercopa da Liga de Futebol (1986).

Jogos: 660

Gols: 346

 

O galês Ian Rush chegou ao Liverpool em 1980 com a missão de fazer gols. E fez. Muitos! Foram 346 em 660 partidas, muitos deles na gloriosa conquista da Europa em 1984 e no Campeonato Inglês de 1983-1984, no qual foi artilheiro com 32 gols e ainda venceu a Chuteira de Ouro da Europa – ele foi o primeiro e até hoje único galês a vencer a honraria. Ian Rush foi um dos maiores atacantes do futebol britânico nos anos 1980 e 1990 e, além dos gols, tinha como característica a roubada de bola no campo de defesa rival, causando sérios problemas aos zagueiros.

 

Atacante: Kevin Keegan – 59,1% dos votos

Período no clube: 1971-1977

Principais títulos pelo clube: 1 Liga dos Campeões da UEFA (1976-1977), 2 Copas da UEFA (1972-1973 e 1975-1976), 3 Campeonatos Ingleses (1972-1973, 1975-1976 e 1976-1977), 1 Copa da Inglaterra (1973-1974) e 2 Supercopas da Inglaterra (1974 e 1976).

Jogos: 323

Gols: 100

 

Um dos mais talentosos atacantes do futebol europeu nos anos 1970, Kevin Keegan foi uma estrela do Liverpool e ajudou o clube a vencer 9 títulos de 1971 até 1977, entre eles 2 Copas da UEFA – nas quais ele marcou dois gols no primeiro jogo da final de 1973 e um gol em cada jogo da final de 1976 – e a primeira Liga dos Campeões dos Reds (Keegan marcou quatro gols na campanha do título). Grande finalizador, rápido e muito técnico, o atacante anotou 100 gols em 323 jogos com a camisa do Liverpool, além de dar 72 assistências, e venceu dois Ballon d’Or, em 1978 e 1979. Apesar de não ser alto, Keegan era muito bom nas jogadas aéreas, abria espaços na zaga e deixava os companheiros na cara do gol com seus passes precisos e corridas imparáveis.

 

Atacante: Michael Owen – 36,4% dos votos

Período no clube: 1996-2004

Principais títulos pelo clube: 1 Copa da UEFA (2000-2001), 1 Supercopa da UEFA (2001), 1 Copa da Inglaterra (2000-2001), 2 Copas da Liga Inglesa (2000-2001 e 2002-2003) e 1 Supercopa da Inglaterra (2001).

Jogos: 297

Gols: 158

 

Nenhum clube teve o privilégio de contar com Michael Owen em seu auge como o Liverpool. E, entre 1996 e 2004, o atacante marcou época como um dos mais talentosos já revelados pelo futebol inglês. Rápido, inteligente, oportunista, driblador e com grande capacidade de finalização, Owen arrasou em seus quase dez anos de Liverpool e ajudou o clube a levantar títulos históricos, como os da temporada 2000-2001, uma das mais prolíficas do clube na história. Jogando ao lado de Steven Gerrard, Owen compôs uma dupla emblemática para os torcedores em Anfield. Pela seleção, jogou muito, fez uma Copa marcante em 1998 e ainda destroçou a Alemanha nas Eliminatórias para a Copa de 2002. Owen só não teve uma carreira mais laureada por conta das lesões que tanto atormentaram o atleta principalmente após 2002. Mesmo assim, ele é o 8º maior artilheiro da história do Liverpool com 158 gols em 297 jogos.

 

 

Técnico: Jürgen Klopp – 41,3% dos votos

Período no clube: 2015-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2019), 1 Liga dos Campeões da UEFA (2018-2019), 1 Supercopa da UEFA (2019), 1 Campeonato Inglês (2019-2020), 1 Copa da Inglaterra (2021-2022), 1 Copa da Liga Inglesa (2021-2022) e 1 Supercopa da Inglaterra (2022).

Retrospecto: 382 jogos, 240 vitórias, 77 empates e 65 derrotas. Aproveitamento de 62,7%.

 

Energético, vencedor, carismático, extremamente identificado com a torcida e com o clube e exemplo de treinador. Klopp entrou para sempre no seleto rol de grandes técnicos da história do Liverpool, ao lado de Bill Shankly e Bob Paisley, não só pelos títulos, mas por resgatar a identidade mística do clube ao longo dos anos. Ele fez de Anfield um estádio temido, onde o Liverpool permaneceu três temporadas seguidas sem perder na Premier League, devolveu a Europa ao clube depois de mais de uma década e reergueu a coroa na Inglaterra após 30 anos de jejum. Abraçou o elenco, criou um time fortíssimo e altamente competitivo, extraiu o que de melhor cada jogador tinha, deu chances aos novatos e fez história. Em 2019, venceu ainda o prêmio de Melhor Técnico do Mundo da FIFA. Já é um imortal e ídolo dos Reds.

 

 

Liverpool dos Sonhos do Imortais!

 

Goleiros: Alisson e Ray Clemence

Laterais-Direitos: Alexander-Arnold e Phil Neal

Laterais-Esquerdos: Robertson e Alan Kennedy

Zagueiros: Van Dijk, Tommy Smith, Jamie Carragher e Phil Thompson

Volantes: Steven Gerrard, Xabi Alonso e Graeme Souness

Meias: Sadio Mané, John Barnes, Ian Callaghan e Steve Heighway

Atacantes: Mohamed Salah, Kenny Dalglish, Ian Rush, Kevin Keegan e Michael Owen

Técnico: Bill Shankly

 

Time A – formação 1 – 4-3-3:

Alisson; Alexander-Arnold, Van Dijk, Tommy Smith e Robertson; Gerrard, Mané e Barnes; Salah, Rush e Dalglish.

Fizemos poucas mudanças em nossos times na comparação com os dos leitores e leitoras. Nesse Time A, a formação 1 ganha Tommy Smith na zaga para formar um paredão temido e quase intransponível ao lado de Van Dijk. Do meio para frente, o time é o mesmo. Já o técnico seria o responsável por criar todo o misticismo do clube: Bill Shankly.

 

Time A – formação 2 – 4-3-3:

Alisson; Alexander-Arnold, Van Dijk, Tommy Smith e Robertson; Xabi Alonso, Gerrard e Mané; Salah, Ian Rush e Kenny Dalglish.

Quase igual ao dos leitores e leitoras, a diferença é Tommy Smith no lugar de Carragher.

 

Time B – formação 1 – 4-4-2

Ray Clemence; Phil Neal, Phil Thompson, Carragher e Alan Kennedy; Xabi Alonso, Graeme Souness, Ian Callaghan e Steve Heighway; Michael Owen e Kevin Keegan.

 

As mudanças nesse time são duas: Carragher na zaga ao lado de Thompson e Steve Heighway, atacante de muito sucesso no clube nos anos 1970, jogando ao lado de Owen e Keegan, com o recuo de Callaghan para o meio de campo ao lado de Souness e Xabi Alonso.

 

Time B – formação 2 – 4-4-2

Ray Clemence; Phil Neal, Phil Thompson, Carragher e Alan Kennedy; Gerrard, Graeme Souness, Ian Callaghan e Steve Heighway; Michael Owen e Kevin Keegan.

Gerrard entra no lugar de Xabi Alonso nessa formação 2.

 

Os escolhidos pelo Imortais ausentes no time dos leitores e leitoras.

 

Meia: Steve Heighway

Período no clube: 1970-1981

Principais títulos pelo clube: 2 Ligas dos Campeões da UEFA (1976-1977 e 1977-1978), 2 Copas da UEFA (1972-1973 e 1975-1976), 1 Supercopa da UEFA (1977), 4 Campeonatos Ingleses (1972-1973, 1975-1976, 1976-1977 e 1978-1979), 1 Copa da Inglaterra (1973-1974), 1 Copa da Liga Inglesa (1980-1981)  e 4 Supercopas da Inglaterra (1974, 1976, 1977 e 1979).

Jogos: 475

Gols: 76

 

Um dos mais técnicos e dribladores jogadores da história do Liverpool, Steve Heighway encantou os torcedores em Anfield por mais de uma década com um futebol primoroso no setor esquerdo do ataque do time. Eficiente no desarme, nas investidas em velocidade com a bola e nos passes precisos aos companheiros – em especial a Kevin Keegan -, Heighway disputou quase 500 jogos com a camisa do Liverpool, marcou 76 gols e deu 66 assistências. O irlandês deixou o clube em 1981 para uma rápida passagem pelo futebol estadunidense, mas encerrou a carreira já em 1982.

 

Técnico: Bill Shankly

Período no clube: 1959-1974

Principais títulos pelo clube: 1 Copa da UEFA (1972-1973), 3 Campeonatos Ingleses (1963-1964, 1965-1966 e 1972-1973), 2 Copas da Inglaterra (1964-1965 e 1973-1974), 3 Supercopas da Inglaterra (1964, 1965 e 1966) e 1 Campeonato Inglês da Segunda Divisão (1962-1963).

Jogos: 783 (recorde do clube), com 407 vitórias, 198 empates, 178 derrotas, 1307 gols marcados e 766 gols sofridos.

 

Com paixão, fibra e conhecimento pleno de tudo o que envolve o futebol, ele tirou um clube do limbo e o catapultou para o estrelato. Para os títulos. Para façanhas homéricas. Para a imortalidade. Ele criou um mito. Uma filosofia. Uma religião em vermelho. No túnel que dá acesso ao gramado de Anfield Road, ele pediu para que se colocasse a frase “This is Anfield” só para aterrorizar os adversários e entusiasmar qualquer jogador vestido com o manto do Liverpool Football Club. Embora tenha se aposentado cedo demais, ele fez muito e tudo o que nenhum homem jamais fez por um time de futebol. 

Bill Shankly e a torcida do Liverpool.

 

Hughes e Shankly com uma das muitas taças vencidas pelo Liverpool.

 

Bill Shankly comandou o Liverpool durante 15 anos, mas seu legado e trabalho à frente do clube inglês permanece até hoje como inigualável e fundamental para a existência e o crescimento da instituição no futebol mundial. Shankly conduziu jogadores, diretores e torcida com mãos fervorosas e uma devoção incondicional que cativou qualquer um em Merseyside. Zombar o rival, Everton, também foi uma de suas paixões e frases como“se o Everton estivesse jogando no meu quintal, fecharia as cortinas” arrancaram gargalhadas de muita gente (menos dos azuis da cidade, claro). Shankly pensou em tudo, da estrutura de treinamento até os uniformes, e plantou a semente para que após sua estadia em Anfield o Liverpool conquistasse quatro Ligas dos Campeões da UEFA entre 1977 e 1984, inúmeros Campeonatos Ingleses e vários outros títulos em apenas uma década. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

 

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