Por Guilherme Diniz
Uma Copa do Mundo. Três Eurocopas. Um Ouro Olímpico. E uma quantidade enorme de jogadores de puro talento, inteligência tática e faro de gol apurado revelados ao longo de 100 anos de história. A Seleção Espanhola de futebol é uma das mais tradicionais do esporte e catapultou seu nome entre as principais do planeta neste século XXI, com a lendária equipe multicampeã dos principais torneios do futebol entre 2008 e 2012. Embora tenha permanecido por décadas à procura de uma taça de peso, a Espanha sempre revelou craques da mais alta estirpe que brilharam principalmente nos tradicionais clubes do país, em sua maioria meio-campistas e atacantes, posições que mais geraram disputas e equilíbrio nesta eleição da Seleção dos Sonhos da Fúria. É hora de descobrir como ficou o time escolhido por vocês!
Espanha dos Sonhos – Escolha dos Leitores e Leitoras
Esquema tático: 4-3-3
Com vocação ofensiva e com uma enorme gama de craques, o esquema 4-3-3 foi o preferido dos leitores e leitoras para essa Espanha dos Sonhos, superando o tradicional 4-4-2 por 11 votos. A base do time teria total entrosamento por jogar junta em praticamente todos os anos de glórias do timaço de 2008-2012, com aportes pontuais de craques dos anos 1990 e até um gênio lá dos anos 1950 e 1960.
O time: Iker Casillas; Sergio Ramos, Carles Puyol, Fernando Hierro e Jordi Alba; Xabi Alonso, Xavi e Iniesta; David Villa, Raúl González e Alfredo Di Stéfano. Técnico: Vicente del Bosque.
Os Escolhidos
Goleiro: Iker Casillas
Suas defesas, seus reflexos, sua coragem para fechar o ângulo e não se importar em ir nos pés dos atacantes para dividir a bola e agilidade para realizar defesas sensacionais em segundos o transformaram em um dos maiores goleiros de todos os tempos e provavelmente no maior que a Espanha já teve. Tantos milagres canonizaram aquele homem de Móstoles em San Iker. Patrimônio do Real Madrid, da Espanha e do futebol. Iker Casillas escreveu seu nome na história com profissionalismo, regularidade, títulos e recordes.
Com uma enxurrada de prêmios individuais e números impressionantes, o espanhol cravou seu nome entre os maiores goleiros do futebol com um estilo único de jogar, principalmente por crescer de maneira absurda em decisões, não importava o tamanho dela ou qual taça em disputa. Por isso que San Iker venceu simplesmente os maiores troféus que qualquer futebolista sonha em vencer. Disputou 167 jogos (é o 2º em número de partidas pela Espanha), sofreu 103 gols e permaneceu 102 jogos sem levar gols pela seleção, além de disputar as Copas de 2002, 2006, 2010 e 2014. Foi capitão da Espanha nas conquistas das Eurocopas de 2008 e 2012 e da Copa de 2010. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Com pouco mais de 77% dos votos, Casillas venceu com enorme facilidade a enquete e deixou Ricardo Zamora, lendário arqueiro espanhol dos anos 1930, na segunda colocação com 15,4%. O terceiro lugar foi de Andoni Zubizarreta, goleiro do Barcelona dos anos 1990 e presente nas Copas de 1986, 1990, 1994 e 1998.
Lateral-Direito: Sergio Ramos
Ele é odiado por muitos. Principalmente pelos rivais. Não esconde de ninguém seu estilo de jogo – duro, implacável, às vezes desleal. Mas é um dos mais queridos pela torcida do Real Madrid, presente no clube desde 2005 e líder do time desde a saída de Casillas, em 2015. Capitão nato, foi a voz do Real nas históricas conquistas europeias de 2014, 2016, 2017 e 2018, fez grandes jogos e se consagrou como um dos mais importantes atletas do clube em todos os tempos. Campeão de tudo, brilhou, também, pela Espanha bicampeã da Euro em 2008 e 2012 e campeã do mundo em 2010, atuando como lateral-direito e também como zagueiro. É o jogador com mais jogos pela Espanha na história – 175 partidas – e possui 23 gols com a camisa roja, um número considerável para um defensor. Sergio Ramos é um dos maiores zagueiros-artilheiros da história com mais de 120 gols na carreira.
Com pouco mais de 52% dos votos, Sergio Ramos venceu sem grandes sustos a disputa por uma vaga nessa seleção. Ele ficou à frente de Carles Puyol, que além de zagueiro também podia atuar como lateral-direito, que somou 13,1% dos votos, e Dani Carvajal, presente nas equipes mais recentes da Espanha, com 10,7%. Albert Ferrer, grande nome do Barcelona dos anos 1990, apareceu na quarta colocação com 7,7%, empatado com Joan Segarra, lenda catalã dos anos 1950.
Lateral-Esquerdo: Jordi Alba
Após brilhar pelo Valencia durante três anos, o lateral virou titular absoluto da Espanha em 2012 e foi um dos destaques no título da Eurocopa de 2012, marcando inclusive um gol na decisão contra a Itália. Com intensa movimentação, velocidade e capaz de atuar mais avançado, quase como um ponta-esquerda, se tornou um dos principais jogadores na posição na década de 2010. Foi para o Barcelona em 2012 e virou peça-chave nos títulos blaugranas, principalmente na temporada do segundo treble, em 2014-2015. Disputou as Copas de 2014 e 2018. Alba tem 70 jogos e oito gols pela Espanha.
Assim como aconteceu em algumas votações anteriores, o fato de alguns jogadores na enquete serem pouco conhecidos do público brasileiro fizeram com que o mais popular acabasse eleito. E Jordi Alba, por ainda estar em atividade e ter disputado boas temporadas ao longo da década de 2010, saiu vitorioso. Ele teve 41,1%, vencendo José Antonio Camacho, uma lenda espanhola dos anos 1970 e 1980 que brilhou no Real Madrid da Quinta del Buitre e disputou as Copas do Mundo de 1982 e 1986 (esta como capitão). Joan Capdevila, lateral-esquerdo titular da Espanha campeã do mundo em 2010, terminou na terceira colocação com 14,7% dos votos.
Zagueiro: Carles Puyol
Bravura, determinação, perseverança, raça, lealdade e espírito esportivo. Em campo, nunca foi um jogador qualquer. Ele sempre foi um algo a mais. Sempre se entregou mais. Seu time podia estar vencendo por 3 a 0 ou goleando o maior rival que sua atenção continuava a mil e sua braveza no ápice, como de um touro. Era difícil vencê-lo em força. Quase impossível em raça. Por quinze anos, o torcedor do Barcelona aprendeu a amar, idolatrar e vibrar com o seu capitão apaixonado pelo Camp Nou, pelas cores blaugranas. Carles Puyol foi um dos mais emblemáticos defensores da história do futebol espanhol e mundial e capitão do lendário Barcelona de 2008-2012. Símbolo de uma geração, Puyol estendeu seu trabalho de vida até a Seleção Espanhola, pela qual venceu uma Eurocopa (2008) e uma Copa do Mundo (2010) sempre jogando tudo o que sabia e até marcando gols – incluindo o da vitória sobre a Alemanha na semifinal do Mundial de 2010. Foram 100 jogos e três gols pela Espanha na carreira e duas Copas disputadas (2006 e 2010). Leia mais sobre ele clicando aqui!
Zagueiro: Fernando Hierro
Pura classe em campo, Fernando Hierro foi um dos maiores ídolos da história do Real Madrid, jogando no clube de 1989 até 2003. Conquistou 16 taças, jogou tanto como zagueiro quanto como volante e brilhou muito, também, com a camisa da seleção da Espanha. Tinha muita qualidade no passe, desarmava adversários com precisão, se impunha fisicamente na marcação e divididas, ganhava muitas disputas de bola em jogadas aéreas e era elemento surpresa no ataque, virtude que o fez marcar mais de 100 gols pelo Real, tornando-o um dos maiores zagueiros-artilheiros do futebol mundial. Para se ter uma ideia, ele é até hoje o 5º maior artilheiro da história da seleção da Espanha com 29 gols em 89 jogos disputados, à frente de atacantes como Fernando Morientes, Emilio Butragueño e até Alfredo Di Stéfano!
Puyol e Hierro dominaram a votação e venceram a disputa com uma considerável margem de votos. O Touro de Barcelona acumulou 70,6% dos votos, enquanto Hierro teve 59,2%. Sergio Ramos, que também atua como zagueiro, ficou no terceiro lugar com 49,8%. Completaram o pódio dos mais votados Gerard Piqué, com 21,4%, e o uruguaio naturalizado espanhol José Santamaría, com 12,9%.
Volante: Xabi Alonso
Um dos mais completos meio-campistas de seu tempo, capaz não só de ajudar na marcação e proteger a defesa como também iniciar ataques, Xabi Alonso foi um craque icônico do futebol espanhol e presença em alguns dos mais vencedores times do século XXI. Ele foi titular do Liverpool do Milagre de Istambul em 2005, esteve no Real Madrid entre 2009 e 2014 e completou sua carreira no Bayern multicampeão alemão entre 2014 e 2017. Pela seleção, foram duas Eurocopas e uma Copa do Mundo conquistadas, além de 114 jogos e 16 gols marcados – ele é o 8º jogador com mais partidas pela Fúria na história. Era perito em passes de longa distância, em desarmes, tinha plena visão de jogo e demonstrava eficiência também no jogo aéreo. Só ficava um pouco estressado algumas vezes, algo que acabava lhe rendendo alguns cartões desnecessários. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Volante / Meia: Xavi
Quando a bola chegava aos pés daquele camisa 6 blaugrana, o relógio parava. Era a alquimia do tempo. Ele mexia na ordem natural das coisas e transformava o jogo. Abria espaços para os companheiros, fechava para os rivais. Encontrava lacunas vistas apenas por ele para os passes precisos que resultavam em gols históricos, decisivos. Enquantos muitos tinham o privilégio de ficar dois, três minutos com a bola durante todo um jogo, ele permanecia muito mais. Quatro. Cinco. Parecia ter a bola a todo momento, a todo instante. E, sempre que a recebia, o tempo parava. Não precisava ficar correndo e correndo. Bastava ter a bola. E fazer o que deveria ser feito. Foi assim durante 17 anos vestindo azul e grená. Foi assim nos anos de esplendor com a camisa da Espanha. Foi assim na tradução literal de um estilo de futebol.
Xavier Hernández Creus, mais conhecido como Xavi, traduziu aos leigos o que era o tiki-taka. Foi a alma de um treinador novato que se apresentou como Pep Guardiola. Foi a essência da Espanha que deixou dezenas de tropeços no passado para se tornar bicampeã da Europa e campeã do mundo. Foi o homem com assustadores 91% de precisão nos passes na Copa do Mundo que venceu, em 2010. Foi um dos ícones da maior fase da história do Barcelona ao lado de seu “irmão gêmeo”, Iniesta, e de Messi. Foi o senhor do tempo. Dos passes. Da bola. Do futebol. Um dos maiores meio-campistas de todos os tempos. Disputou 133 jogos e marcou 13 gols pela Espanha. Óbvio que ele ganharia uma vaga nessa Espanha do Sonhos. Leia mais sobre ele clicando aqui.
A votação de Xavi foi expressiva tanto para Volante quanto para Meia, por isso e pelo seu estilo de jogo, o craque abriu uma vaga para Xabi Alonso na Espanha dos Sonhos para que a equipe não ficasse sobrecarregada na marcação caso jogasse com dois meias mais ofensivos e Xavi sozinho como primeiro volante. O craque teve 61,2% dos votos para Volante, enquanto Xabi Alonso acumulou 46,9%. A terceira colocação ficou com Pep Guardiola, grande nome espanhol na posição nos anos 1990, com 26%.
Meia: Iniesta
Foram 32 títulos pelo Barcelona. Quatro Liga dos Campeões da UEFA. Três Mundiais de Clubes da FIFA. Duas Eurocopas e uma Copa do Mundo pela Espanha, esta última com direito a gol do título, na tensa prorrogação contra a Holanda. Dezenas de prêmios individuais. E até o reconhecimento posterior da revista France Football de que ele foi o melhor jogador do planeta em 2010 (na época, ele terminou na 2ª colocação na premiação do Ballon d’Or). Andrés Iniesta é outra lenda incontestável da Espanha que dispensa qualquer comentário sobre sua capacidade e seu talento. Assim como o companheiro Xavi, o craque foi simbólico não só para o Barcelona, mas também para a seleção da Espanha que venceu tudo entre 2008 e 2012. Além de ser cerebral e ter uma visão de jogo estupenda, Iniesta se consagrou pelos gols decisivos, pelos passes, pela maneira como escapava dos rivais com toques rápidos na bola e dribles, e o modo como organizava o jogo e podia atuar em várias posições como meia (e até atacante) graças à sua notável versatilidade. Iniesta é o 4º jogador com mais partidas na história da seleção da Espanha: 131 jogos, além de ter anotado 13 gols. O craque participou das Copas de 2006, 2010, 2014 e 2018. Simplesmente imortal. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Com quase 97% dos votos, Iniesta foi soberano na votação dos Meias desta Espanha dos Sonhos. Logo após o craque veio Xavi, com 40,8%. Luis Suárez Miramontes, um dos mais geniais meias da história do futebol espanhol, ficou com a terceira posição ao somar 25,9% dos votos.
Atacante: David Villa
Maior artilheiro da história da Fúria com 59 gols em 98 jogos, principal homem-gol da seleção na conquista da Copa de 2010 e um dos mais prolíficos atacantes de seu tempo, El Guaje marcou época com atuações formidáveis não só pela seleção, mas também por Valencia (entre 2005 e 2010), Barcelona (entre 2010 e 2013) e New York City (entre 2014-2018). O atacante era especialista em se desvencilhar de marcadores com muita velocidade, tinha enorme precisão no chute e muito oportunismo, além de ser capaz de chutar com as duas pernas. Com sua inteligência tática, podia até atuar mais recuado, como meia-armador, em algumas ocasiões. Ele começou a jogar pela seleção em 2005 e foi convocado até 2017. Faturou a Euro de 2008 (formando uma ótima dupla de ataque com Fernando Torres), a Copa de 2010 e só não foi para a Euro de 2012 por causa de uma fratura na tíbia que impossibilitou o atacante de estar 100% fisicamente para o torneio. O atacante participou das Copas de 2006, 2010 e 2014.
Atacante: Raúl González
Rápido, oportunista, habilidoso e preciso, um dos maiores atacantes que a Espanha já produziu e um extraordinário goleador. Raúl foi uma lenda da ressurreição que viveu o Real Madrid no final dos anos 1990 e o principal responsável por despertar o titã merengue ao trono pleno no futebol. Mesmo na era “Galáctica” do clube, Raúl conseguiu ser titular, marcar gols e ter o carinho de um torcedor que via a cada janela de transferência nomes de peso chegarem como Zidane, Ronaldo, Figo, Van Nistelrooy entre outros. Campeão de tudo, Raúl só teve uma decepção na carreira: não levantar um troféu por sua seleção e ter ficado de fora dos títulos da Euro de 2008 e da Copa de 2010. Pesou o fato de ele viver seu auge justamente em tempos difíceis para a Espanha contra adversários mais poderosos no período como França, Brasil e Itália, os campeões mundiais de 1998, 2002 e 2006, respectivamente. O craque jogou de 1996 até 2006 pela Espanha e foi durante muito tempo o maior artilheiro da seleção com 44 gols em 102 jogos, além de ter disputado as Copas de 1998, 2002 e 2006. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Atacante: Alfredo Di Stéfano
Argentino de nascimento, Don Alfredo nunca escondeu que a Espanha morava em seu coração. E, após tantos anos jogando pelo Real Madrid, o craque se naturalizou espanhol e teve tempo para vestir o manto rojo entre 1957 e 1961 – embora nunca tenha disputado uma Copa do Mundo. Di Stéfano anotou 23 gols em 31 jogos pela Espanha na carreira e possui até hoje a maior média de gols entre os 10 maiores artilheiros da Fúria na história (0,74 gol por jogo). La Saeta Rubia foi um dos maiores jogadores de todos os tempos e é o primeiro a ser eleito para duas Seleções dos Sonhos aqui do Imortais, afinal, ele também está presente na Argentina dos Sonhos! Leia mais sobre ele clicando aqui!
Raúl foi o campeão na votação dos Atacantes ao somar 72,6% dos votos. Di Stéfano, com 46,8%, e Villa, com 37,8%, completaram o pódio. Quem quase conseguiu uma vaga no trio de ataque foi Francisco Gento, um dos maiores pontas da história do futebol, com 31,3%. Emilio Butragueño, ídolo do Real nos anos 1980 e principal nome da Espanha na Copa do Mundo de 1986, somou 26,9% dos votos e completou a lista dos mais votados.
Técnico: Vicente del Bosque
Único técnico com Copa do Mundo, Eurocopa, Liga dos Campeões da UEFA e Mundial Interclubes no currículo, Vicente del Bosque é uma lenda não só do futebol espanhol, mas também do futebol. O treinador começou sua brilhante trajetória no grande Real Madrid de 1999-2003 e ficou marcado por dar mais oportunidades aos jovens das categorias de base no time principal, entre eles Casillas e Raúl. Após vencer os principais títulos possíveis pelo clube merengue e comandar o Besiktas-TUR por um breve período, Del Bosque assumiu a Espanha após a conquista da Eurocopa de 2008 e aprimorou o trabalho de seu antecessor, Luis Aragonés, fazendo a Espanha ter um controle absoluto da bola, ser um adversário quase intransponível na defesa e competitivo ao extremo.
Usando como base os principais atletas de Barcelona e Real Madrid, principalmente o meio de campo catalão, Del Bosque venceu a Copa de 2010 e a Euro de 2012 com esplendor e recordes. Teve pulso ao controlar os nervos exaltados dos atletas oriundos de Barça e Real para não deixar o clima da rivalidade nas alturas da época atrapalhar o rendimento da seleção e foi recompensado com atuações históricas de uma seleção que já está marcada como uma das mais brilhantes de todos os tempos. Del Bosque comandou a Espanha em 114 jogos entre julho de 2008 e junho de 2016, disputando as Copas de 2010 e 2014 e as Euros de 2012 e 2016. Foram 87 vitórias, 10 empates, 17 derrotas, 254 gols marcados e apenas 79 gols sofridos. Um aproveitamento de 76,3%. Impressionante!
Com pouco mais da metade dos votos (50,8%), Del Bosque superou Pep Guardiola (34,5%) e foi eleito o treinador desta Espanha dos Sonhos. Luis Aragonés, comandante do título da Euro de 2008, ficou na terceira colocação.
Reservas Imediatos:
Goleiro: Ricardo Zamora
Lateral-Direito: Dani Carvajal
Lateral-Esquerdo: José Antonio Camacho
Zagueiros: Gerard Piqué e José Santamaría
Volantes: Josep Guardiola e Sergio Busquets
Meias: Luis Suárez Miramontes e Francisco Gento
Atacantes: Emilio Butragueño e Fernando Torres
Auxiliar Técnico: Josep Guardiola
O Imortais também escalou a sua seleção! Veja abaixo:
Espanha dos Sonhos – Escolha do Imortais
Esquema Tático: 3-4-3
O time: Iker Casillas; Carles Puyol, Jacinto Quincoces e Joan Segarra; Fernando Hierro, Xavi, Luis Suárez Miramontes e Iniesta; Telmo Zarra, Raúl e Francisco Gento. Técnico: Vicente del Bosque.
Na Espanha dos Sonhos do Imortais, a zaga seria uma verdadeira fortaleza com Puyol, Quincoces e Segarra, além de Hierro poder ajudar tanto na marcação do meio do campo como na proteção à zaga. A criação ficaria por conta de Xavi, Iniesta e Suárez, enquanto Zarra, Gento e Raúl seriam os goleadores na frente – priorizamos os espanhóis natos nesta seleção, por isso Di Stéfano ficou de fora do time titular. Os reservas imediatos seriam: Zamora para o gol, Camacho para a lateral-esquerda, Sergio Ramos para a zaga e para a lateral-direita, Chendo e Santamaría também como opções para a zaga, Xabi Alonso e Guardiola como volantes, Amancio Amaro e Míchel como meias e David Villa, Emilio Butragueño e Di Stéfano como atacantes. O treinador desse timaço seria Vicente del Bosque.
Os escolhidos pelo Imortais ausentes na seleção dos leitores (as):
Zagueiro: Jacinto Quincoces
Patrimônio do Real Madrid e um dos maiores zagueiros do mundo nos anos 1930, Quincoces marcou época com seus cortes precisos, suas “tesouras” para desarmar adversários e um notável senso de colocação. Com ele na zaga e Zamora no gol, o Real daquela década era praticamente intransponível e venceu os títulos nacionais de 1931-1932 (invicto e com apenas 15 gols sofridos em 18 jogos) e 1932-1933 e as Copas do Rei de 1934 e 1936. Quincoces vestiu a camisa da Espanha em 25 oportunidades e disputou a Copa do Mundo de 1934, sendo eleito um dos melhores zagueiros do torneio e integrando a zaga titular do All-Star Team da competição ao lado do italiano Eraldo Monzeglio.
Zagueiro: Joan Segarra
Ídolo do Barcelona e considerado por muitos como o melhor defensor da história do clube, Joan Segarra foi o “Grande Capitão” e peça insubstituível do esquadrão blaugrana por mais de 10 anos. É um dos jogadores com maior número de jogos pelo clube (mais de 500 partidas) e fez carreira atuando em quase todas as posições da defesa e também no meio de campo. Marcador implacável, líder e com técnica apuradíssima, além de anotar preciosos gols em chutes de fora da área, Segarra foi um craque marcante e jogou de 1949 até 1964 no Barça. Jogou pela seleção espanhola de 1951 até 1962, disputando 25 jogos. Esteve na Copa do Mundo de 1962.
Meia: Luis Suárez Miramontes
Único jogador espanhol na história a vencer o Ballon d’Or (em 1960), Luis Suárez Miramontes se consagrou como um dos maiores e melhores jogadores espanhóis de todos os tempos e também do futebol mundial. Elegante, driblador, com um fortíssimo chute e exímio lançador, Suárez brilhou por duas décadas jogando o fino e o belo diante das mais variadas plateias. No La Coruña, apresentou seu futebol brilhante e logo se mandou para a Catalunha. No Barça, foi uma das estrelas de um time que ganhou quase tudo o que disputou. E na Grande Inter, viveu o auge, com títulos europeus, mundiais e nacionais.
Pela Seleção Espanhola, Suárez foi o principal responsável pelo inédito título da Eurocopa de 1964, a primeira taça da história da Fúria. Com classe de primeira, Suárez recebeu inúmeros apelidos, mas foi Di Stéfano o responsável pela alcunha que define brilhantemente o espanhol até hoje: “El Arquitecto”, pela postura ofensiva e defensiva em campo e pelas jogadas plásticas que desenhava antes que um rival viesse lhe tomar a bola. Foram 34 jogos e 14 gols pela Espanha na carreira e duas Copas do Mundo disputadas (1962 e 1966). Leia mais sobre ele clicando aqui!
Atacante: Telmo Zarra
Ninguém conseguiu superá-lo em mais de um século de futebol na Espanha. Nem os nascidos por lá, nem os estrangeiros de acolá. Com a camisa vermelha e branca do Athletic Club, ele se tornou uma lenda que transcendeu os limites da normalidade e o catapultou a um patamar diferenciado, longe dos seres comuns. Ele foi soberano. Prolífico. Devastador. Decisivo como nenhum outro. Único como só ele. Telmo Zarra foi o mais incrível atacante da história do futebol espanhol e um dos mais brilhantes que o esporte já viu.
Com números impressionantes e marcas que resistem até hoje mesmo com tantos craques aprontando das suas na badalada liga espanhola, o jogador conquistou títulos e admiração unânime com genialidade, senso de colocação praticamente perfeito e subidas inalcançáveis para fazer dezenas de gols de cabeça, sua característica mais notável. Segundo maior vencedor do Prêmio Pichichi de artilheiro do Campeonato Espanhol (6 vezes) e um ícone da Seleção Espanhola que chegou ao 4º lugar na Copa do Mundo de 1950, Zarra encantou torcedores de todos os cantos e transformou o Athletic Club no time mais temido da Espanha na década de 1940 e em parte da de 1950. Foi uma pena as principais competições europeias terem aparecido somente depois da aposentadoria do artilheiro. Caso contrário, ele certamente teria deixado uma boa porção de recordes para os mortais (e alguns imortais) correrem atrás. Foram 20 jogos e 20 gols pela Espanha na carreira. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Atacante: Francisco Gento
Durante muitos anos, o Real Madrid foi hegemônico em seu país e na Europa com um esquadrão inesquecível e que colecionou os mais diversos e imponentes títulos. Sempre quando alguém cita aquele grande time da segunda metade dos anos 1950, o primeiro jogador mencionado é Alfredo Di Stéfano, um dos maiores de todos os tempos e lenda indiscutível. Mas muitos se esquecem que Don Alfredo, Raymond Kopa, Héctor Rial, Ferenc Puskás e tantos outros craques que passaram pelo clube merengue na época só foram o que foram porque lá em Madri existia e residia um craque talismã, técnico e ultrarrápido que quase nunca era alcançado em corridas de tiro curto. Afinal, ele conseguia percorrer 100 metros em apenas 10, 11 segundos e com a bola sob seu domínio. Um verdadeiro velocista que poderia muito bem ter defendido a Espanha em disputas olímpicas. No entanto, ele escolheu o futebol e foi um legítimo ponta que, por 18 anos, foi fiel às cores madrilenas e levantou a bagatela de 24 troféus.
Francisco Gento, mais conhecido como “Paco” Gento, foi um dos maiores pontas-esquerdas de todos os tempos, um dos mais vitoriosos jogadores da história e dono de um recorde invejado por qualquer atleta profissional: ele venceu SEIS Ligas dos Campeões da UEFA, uma façanha impressionante se pensarmos na acirrada concorrência do futebol atual (exceto se você joga pelo Real Madrid, que ganha praticamente ano sim, ano não a UCL…). Solidário, Gento preferia dar gols aos companheiros a ter de marcar os seus, mas também deixou sua marca uma porção de vezes, principalmente em momentos decisivos. Pela seleção, Gento disputou 43 jogos e marcou cinco gols, e esteve nas Copas do Mundo de 1962 e 1966. Leia mais sobre ele clicando aqui!
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Casillas
Puyol
Hierro
Sergio Ramos
Xavi
Iniesta
Luis Suarez
Xabi Alonso
Villa
Raúl
Gento
4-4-2 (formação parecida com o Brasil de 82, com um ponta só):
Go- Zamora
Za- Quincoces
Za- Sergio Ramos
Ld- Segarra
Le- Camacho
Vo- Pirri
Mc- Xavi
Md- Luis Suarez Miramontes
Me- Iniesta
Pe- Gento
At- Zarra
Reservas:
Go- Casillas, Zubizarreta;
De- Hierro, Puyol, Gordillo;
Mc- Xabi Alonso, Guardiola
At- Amancio, Basora, Gaínza, Raúl Gonzalez e Butragueño.
Cara, esse é meu site favorito de futebol. Mas olhei aqui na wikipedia tanto em lingua portuguesa como em inglês e o Di Stefano disputou a copa de 1962. Confio mais no pessoal que escreve aqui, mas quero saber, ele disputou ou não a copa?
Olá Thiago! Ele até foi com a delegação espanhola ao Chile, mas não entrou em campo por estar contundido. Por isso, jamais disputou um jogo de Copa. Obrigado pelos elogios e prestígio! 🙂
Vocês vão me desculpar, mas o imortais é saudosista demais, por céus. Deixar Ramos de fora é uma completa insanidade, não tem outra palavra.
De novo o imortais parece ser mais sensato que os leitores… claro que a questão dos leitores seja por aquilo que eles conhecem e de fato em sua maioria sempre os mais recentes…
Minhas escolhas:
Zamora / S.Ramos / Quincônes / Puyol / Iniesta / Xavi / Luisito / Gento / Santamaria / Di Stéfano / Butragüeno