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Time dos Sonhos do Palmeiras

 

Por Guilherme Diniz

 

Ele é um dos clubes recordistas em esquadrões aqui no Imortais – são 5 times, mesmo número de Milan e Barcelona, por exemplo, e mais do que o Real Madrid! Foi um dos poucos no Brasil a conseguir bater de frente contra o Santos de Pelé. Acumulou a maior quantidade de títulos nacionais dentre os clubes brasileiros. E, nos anos 1990, brindou os fãs do futebol com ao menos três esquadrões lendários, que jogavam por (boa) música. Quando todos pensavam que eles iriam sumir de vez naquele traumático começo de anos 2000, voltaram, caíram, e retornaram de vez para mais glórias. O Palmeiras é, sem dúvida, um dos maiores clubes do esporte e com uma das mais ricas histórias do futebol brasileiro. Dono de dinastias marcantes, brilhou em quase todas as décadas a partir de 1960 e, após sepultar o jejum de canecos em 1993, não parou de ser campeão. E, claro, para levantar troféus, é necessária uma defesa que ninguém passa e uma linha atacante de raça. E isso o Verdão dos Sonhos tem de sobra. Vamos conferir!

 

Os convocados pelos leitores e leitoras:

 

Goleiros: Marcos e Leão

Laterais-Direitos: Djalma Santos e Arce

Laterais-Esquerdos: Roberto Carlos e Júnior

Zagueiros: Luís Pereira, Cléber, Gustavo Gómez e Djalma Dias

Volantes: César Sampaio, Dudu e Mazinho

Meias: Ademir da Guia, Alex, Rivaldo, Djalminha e Leivinha

Atacantes: Evair, Edmundo, Julinho Botelho e César Maluco

Técnico: Luiz Felipe Scolari

 

Esquema tático escolhido pelos leitores e leitoras: 4-3-3

 

Pela primeira vez, o Imortais teve que mudar os critérios de votação em um Time dos Sonhos. Motivo? A quantidade de meio-campistas de qualidade que o Palmeiras teve ao longo de sua história! Por isso, foram cinco vagas para Meias (uma a mais) e quatro para Atacantes (uma a menos). O resultado foi um time absolutamente criativo e com várias alternativas, tanto no A quanto no B, ainda mais com o esquema 4-3-3, que poderia virar 4-4-2.

 

Time A – formação 1 – 4-3-3:

Marcos; Djalma Santos, Luís Pereira, Cléber e Roberto Carlos; César Sampaio, Alex e Ademir da Guia; Edmundo, Evair e Rivaldo.

Simplesmente a essência dos mais vencedores esquadrões do Palmeiras está neste time. No gol, Marcos, unanimidade, herói da conquista da primeira Libertadores em 1999 e campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002. Para a sua proteção, Luís Pereira, expoente da Segunda Academia bicampeã brasileira em 1972/1973, e Cléber, zagueirão do lendário esquadrão dos anos 1990 e presente tanto no timaço bicampeão brasileiro em 1993/1994 quanto no campeão Paulista de 1996, dos 100 gols, e vice-campeão brasileiro em 1997 e campeão da Copa do Brasil de 1998. Nas laterais, Djalma Santos, pela direita, lenda da Primeira Academia, bicampeão do mundo pelo Brasil, considerado um dos maiores na posição em todos os tempos, e Roberto Carlos, pela esquerda, que no pouco tempo que ficou no Palmeiras conseguiu marcar seu nome com uma regularidade marcante e a técnica que o transformou anos depois no melhor da posição no mundo por pelo menos cinco anos seguidos.

No meio, César Sampaio, o “Capitão América” de 1999, Ademir da Guia, o Divino das duas Academias, e Alex, o cerebral camisa 10 da Libertadores e das glórias daquele final de anos 1990 e início de anos 2000, iriam compor um triângulo fantástico para criar jogadas estupendas e desarmar os rivais de todas as maneiras. No ataque, imagine o pânico das zagas rivais com Evair, Edmundo e Rivaldo? Sem comentários! Para comandar todas essas feras, Luiz Felipe Scolari em seu auge, como campeão da América em 1999 e com o tino que o levou à seleção brasileira campeã do mundo em 2002. Isso sim é que é Verdão! 

 

Time A – formação 2 – 4-4-2:

Marcos; Djalma Santos, Luís Pereira, Cléber e Roberto Carlos; César Sampaio, Dudu, Ademir da Guia e Rivaldo; Edmundo e Evair.

Fizemos uma formação extra do Time A para reeditar a dupla Ademir da Guia e Dudu neste Time dos Sonhos! Para isso, mudamos o esquema tático para o 4-4-2, com César Sampaio e Dudu como volantes e Ademir da Guia e Rivaldo como meias.

 

Time B – formação – 4-3-3: 

Leão; Arce, Gustavo Gómez, Djalma Dias e Júnior; Dudu, Mazinho e Djalminha; Julinho Botelho, César Maluco e Leivinha.

O time B deste Palmeiras dos Sonhos também iria dar muito, mas muito trabalho aos rivais, a começar pelo gol, afinal, dificilmente o Palmeiras teria sua meta vazada com Emerson Leão embaixo das traves, ainda mais se pegarmos o Leão do auge, dos anos 1970, bicampeão brasileiro e titular da seleção na Copa de 1974. Nas laterais, a mesma dupla campeã da América em 1999: o paraguaio Arce, pela direita, e Júnior, pela esquerda, com seus cruzamentos perfeitos, velocidade e cobranças de falta venenosas. A zaga teria Djalma Dias, outro da Primeira Academia, e Gustavo Gómez, o eleito por vocês da geração campeã das Libertadores de 2020 e 2021 e da Copa do Brasil de 2020.

No meio, Dudu, da Segunda Academia, teria funções de marcação, assim como Mazinho, craque do time dos anos 1990. Djalminha, filho de Djalma Dias e maestro do lendário esquadrão de 1996, seria o principal articulador de jogadas para o trio de ataque composto por Julinho Botelho, pela ponta-direita, o homem que entortou o Maracanã e saiu aplaudido de pé, César Maluco, artilheiro da Segunda Academia, e Leivinha, um pouco mais recuado, também da Segunda Academia.

 

Os convocados pelos leitores e leitoras – OBS.: os dados de jogos e gols são do site oficial do Palmeiras.

 

Goleiro: Marcos – 87,1% dos votos

Período no clube: 1992-2011

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (1999), 2 Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994), 1 Copa do Brasil (1998), 1 Copa Mercosul (1998), 1 Torneio Rio-SP (2000), 1 Copa dos Campeões (2000), 3 Campeonatos Paulistas (1994, 1996 e 2008) e 1 Campeonato Brasileiro da Série B (2003).

Jogos: 533

 

Ele foi um dos maiores jogadores de seu tempo, um goleiro acima da média e um craque que conseguia ter muita, mas muita sorte em determinados momentos e azares tremendos em outros. Ele foi leal a uma só camisa, a um só número, a uma só torcida. Vestindo o manto da seleção nacional, ganhou para sempre a admiração e carinho de milhões de torcedores, de flamenguistas a vascaínos, de são-paulinos até mesmo corintianos (vixe, será?) com o título da Copa do Mundo de 2002. Mas, para a torcida do Palmeiras, ele foi transformado em santo, o São Marcos, um dos maiores e mais carismáticos goleiros que nosso futebol já produziu e um dos maiores da história também. Depois de anos na reserva, o goleiro foi conquistando seu espaço com muito trabalho, defesas fantásticas e, claro, sorte. 

Os anos foram passando e Marcos foi ganhando títulos, fazendo história, construindo seu mito em disputas de pênaltis e se transformando no maior pesadelo do Corinthians desde a chegada da Era Parmalat do início dos anos 1990. Em 2003, deu a maior prova de amor ao Palmeiras quando recusou uma proposta do Arsenal-ING, na época um dos maiores esquadrões do mundo. Mesmo nos períodos difíceis pelos quais passou e as seguidas contusões, Marcos nunca se abalou e seguiu no clube até o ano de 2012, quando decidiu pendurar as luvas. Tanta idolatria rendeu um busto do camisa 12 na sede do clube. Marcos é o 7º jogador com mais jogos na história do Palmeiras. Simplesmente imortal! Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Goleiro: Leão – 50,7% dos votos

Foto: Acervo/Gazeta Press

 

Período no clube: 1969-1978 e 1984-1986

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (1972 e 1973), 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1969) e 3 Campeonatos Paulistas (1972, 1974 e 1976).

Jogos: 621

 

Depois de Oberdan, nos anos 1940 e 1950, e Valdir de Morais, nos anos 1960, o Palmeiras voltou a ter um goleiro fantástico na década de 1970: Leão. Com muita personalidade, reflexos apurados e apenas 20 anos nas costas, o camisa 1 fechou o gol palmeirense de 1969 até 1978. É um dos maiores da história do clube em todos os tempos e o segundo na lista dos que mais vestiram a camisa alviverde: 621 partidas. Seu talento o levou à seleção brasileira, pela qual disputou as Copas do Mundo de 1974 e 1978 como titular, além de ter sido reserva na seleção do tri, em 1970, e também em 1986. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Lateral-Direito: Djalma Santos – 81,1% dos votos

Período no clube: 1959-1968

Principais títulos pelo clube: 2 Taças Brasil (1960 e 1967), 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967), 1 Torneio Rio-SP (1965) e 3 Campeonatos Paulistas (1959, 1963 e 1966).

Jogos: 502

Gols: 10

 

Se o destino lhe impediu de dobrar a mão direita após um acidente, ele tratou de ganhar mais firmeza e força para lançar a bola com as mãos e fazer dos arremessos laterais verdadeiros escanteios. Se lhe deram apenas 90 minutos para jogar futebol na Copa do Mundo de 1958, ele simplesmente anulou o perigoso sueco Skoglund e se transformou, em apenas um jogo, no melhor lateral-direito daquele mundial. Detalhe: os tais 90 minutos foram válidos pela final da Copa. Além disso, ele jogou até os 41 anos, foi um sinônimo de elegância e genialidade pela direita e um símbolo do futebol brasileiro. Djalma Santos é uma lenda do esporte e um ícone quando pensamos em craque da lateral-direita.

Djalma com a camisa da seleção da FIFA.

 

Poucos tiveram a ousadia de Djalma em partir ao ataque e dar preciosos cruzamentos para seus companheiros. Raros foram os jogadores capazes de anular um adversário e ainda esbanjar força física e talento nos passes e tabelas com o meio de campo. Depois de brilhar na lendária Portuguesa dos anos 1950, Djalma Santos deu poder de combate à Academia do Palmeiras que tanto azucrinou a vida do Santos de Pelé. Ele é o 8º jogador que mais vestiu o manto alviverde na história. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Lateral-Direito: Arce – 72,8% dos votos

Período no clube: 1998-2002

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (1999), 1 Copa do Brasil (1998), 1 Copa Mercosul (1998), 1 Torneio Rio-SP (2000) e 1 Copa dos Campeões (2000).

Jogos: 241

Gols: 57

 

O ótimo lateral paraguaio já havia feito história no Grêmio de Felipão quando desembarcou no Palmeiras para continuar a ganhar títulos. Foi a referência na lateral-direita da equipe e a precisão nas bolas paradas (ao lado de Alex) e cruzamentos no timaço campeão da América em 1999. Marcou muitos gols para um lateral-direito – 57 em 241 jogos, mais do que muito atacante por aí – e foi um dos mais regulares jogadores do Palmeiras naquela virada de milênio. Ídolo da torcida. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

 

Lateral-Esquerdo: Roberto Carlos – 85,2% dos votos

Período no clube: 1993-1995

Principais títulos pelo clube: : 2 Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994), 1 Torneio Rio-SP (1993) e 2 Campeonatos Paulistas (1993 e 1994).

Jogos: 185

Gols: 18

 

Depois de grandes jogos pelo União São João, Roberto Carlos chamou a atenção do Palmeiras e, em 1993, estreou pelo alviverde, que tinha acabado de fechar uma vertiginosa parceria com a Parmalat. Com investidas à linha de fundo, habilidade notável com a bola nos pés e muita força física, o lateral ganhou a titularidade indiscutível do time e caiu nas graças da torcida e da imprensa. Vanderlei Luxemburgo, técnico do Verdão, aprimorou ainda mais a capacidade técnica do jovem e lapidou o lateral para ele se tornar o melhor do Brasil naquele ano. E o resultado veio em campo: título no Campeonato Paulista – que colocou um ponto final no longo jejum de 16 anos sem títulos do clube-, no Torneio Rio-SP e no Campeonato Brasileiro.

Jogando ao lado de craques como César Sampaio, Zinho, Evair, Edmundo entre outros, ele percebeu o que era jogar em um grande clube e a cobrança que é representar uma torcida de massa. O fim do jejum, inclusive, é considerado pelo jogador como um dos mais importantes de sua carreira, que só decolou dali em diante. Embora tenha ficado pouco tempo no Verdão – ele deixou o Palestra em 1995 – Roberto Carlos é uma escolha unânime como maior lateral-esquerdo da história do clube. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Lateral-Esquerdo: Júnior – 71,8% dos votos

Período no clube: 1996-2000

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (1999), 1 Copa do Brasil (1998), 1 Copa Mercosul (1998), 1 Torneio Rio-SP (2000) e 1 Campeonato Paulista (1996).

Jogos: 337

Gols: 20

 

Com apenas 22 anos, veio como promessa ao Palmeiras, em 1996, após brilhar no Vitória, e assumiu de maneira absoluta a lateral-esquerda. Com movimentação, velocidade, bons passes e grande presença no ataque, foi uma das maiores armas daquele timaço. Jogou no clube de 1996 até 2000 e participou de todos os grandes momentos da equipe no período. Crescia nos momentos decisivos e era uma importante peça ofensiva para as jogadas de ataque tanto do esquadrão dos 100 gols de 1996 quanto no Palmeiras de Felipão. Outro campeão do mundo com a seleção em 2002. Foram 337 jogos e 20 gols pelo clube.

 

 

Zagueiro: Luís Pereira – 77,3% dos votos

Período no clube: 1968-1975 e 1981-1984

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (1972 e 1973), 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1969) e 2 Campeonatos Paulistas (1972 e 1974).

Jogos: 576

Gols: 36

 

Um zagueiraço, clássico, sem dúvida um dos maiores da história do Palmeiras. Tinha técnica, marcava como um leão, não dava espaços para os atacantes rivais e ainda marcava seus golzinhos nas investidas ao ataque – 36 gols para ser mais exato em 576 partidas e 11 anos de Palmeiras, outro no “Top 10” dos que mais jogaram pelo clube, na 6ª posição. Outra virtude do defensor era o passe preciso e a boa saída de bola, o que facilitava muito as coisas naquele super Palmeiras bicampeão brasileiro em 1972 e 1973. Vestiu a camisa da seleção na Copa do Mundo de 1974 e foi um dos melhores daquela década no país. Brilhou, também, no Atlético de Madrid-ESP campeão espanhol de 1976-1977. Luís Pereira é o maior zagueiro-artilheiro da história do Palmeiras.

 

Zagueiro: Cléber – 46,8% dos votos

Período no clube: 1993-1999

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (1999), 2 Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994), 1 Copa do Brasil (1998), 1 Copa Mercosul (1998), 2 Campeonatos Paulistas (1994 e 1996).

Jogos: 375

Gols: 21

 

Cria do Atlético-MG, chegou em 1993 ao Palmeiras, deixou Tonhão no banco e iniciou a melhor fase da carreira no clube paulista. Com força na marcação, ótimo no jogo aéreo e presença de área, “Clebão” foi um ídolo da torcida e um dos principais zagueiros do time até 1999. Em 1996, ano do título histórico no Paulistão, desandou a fazer gols e deixou até o técnico Luxemburgo perplexo. O zagueirão só perdeu a titularidade depois dos títulos de 1998, quando Júnior Baiano assumiu a posição na temporada de 1999. Mesmo assim, teve importância por ser um dos mais experientes do grupo e ajudar nos momentos decisivos da conquista da Libertadores. Cléber disputou 375 jogos e marcou 21 gols pelo Palmeiras entre 1993 e 1999.

 

Zagueiro: Gustavo Gómez – 43,5% dos votos

Período no clube: 2018-atual

Principais títulos pelo clube: 2 Copas Libertadores da América (2020 e 2021), 1 Recopa Sul-Americana (2022), 1 Campeonato Brasileiro (2018), 1 Copa do Brasil (2020) e 1 Campeonato Paulista (2020).

Jogos: 123

Gols: 15

 

Após se destacar no Libertad-PAR e no Lanús-ARG, o zagueiro paraguaio foi jogar no Milan-ITA e acabou emprestado ao Palmeiras em 2018. Não demorou muito para ele ganhar espaço no time e virar um dos principais nomes do elenco, principalmente a partir de 2019, quando foi eleito um dos melhores zagueiros do Brasileirão. Mas seu melhor ano foi 2020, quando assumiu a zaga alviverde como verdadeiro xerife e liderou a equipe rumo aos títulos do Paulista, da Libertadores e da Copa do Brasil, se destacando na marcação dos adversários, nas jogadas aéreas e na cobertura. O defensor venceu vários prêmios individuais, entre eles o de melhor zagueiro da América do Sul, a Bola de Prata da Placar e foi eleito para a seleção ideal da América do Sul pelo jornal El País.

 

Zagueiro: Djalma Dias – 38,9% dos votos

Período no clube: 1963-1967

Principais títulos pelo clube: 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967), 1 Torneio Rio-SP (1965) e 2 Campeonatos Paulistas (1963 e 1966).

Jogos: 240

Gols: 2

 

Jogava com tanta técnica e classe na zaga alviverde que ganhou o apelido de “Bailarino da Bola”. Djalma Dias foi um dos maiores defensores da história do Palmeiras e mais um dos ídolos da Primeira Academia. Fazia poucas faltas, não era violento e roubava a bola de maneira leal, sem carrinhos. Por jogar de cabeça erguida e com técnica, saía de campo quase sempre com o uniforme limpo. Jogou durante toda a plenitude daquele esquadrão imortal do Palmeiras e vestiu a camisa da seleção brasileira em 17 oportunidades. É pai de outro craque presente neste Time dos Sonhos: o meia Djalminha.

 

 

Volante: César Sampaio – 83,3% dos votos

Período no clube: 1991-1994 e 1999-2000

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (1999), 2 Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994), 2 Torneios Rio-SP (1993 e 2000) e 2 Campeonatos Paulistas (1993 e 1994).

Jogos: 307

Gols: 25

 

Após ganhar a Bola de Ouro de melhor jogador do Brasileirão de 1990 pelo Santos, César Sampaio chamou a atenção do Palmeiras e viveu a melhor fase da carreira com a camisa do Verdão. Já em 1993, foi um dos destaques do time que acabou com o jejum de títulos e faturou o Paulista e o Brasileirão – neste, César Sampaio venceu outra Bola de Ouro. Muito técnico e jogador que chamava o jogo, o volante tinha espírito de liderança e comandava o meio campo. Após uma saída para o futebol internacional, retornou em grande estilo para ser um dos principais jogadores do Brasil no Mundial da França, em 1998. Capitão do Palmeiras na Libertadores de 1999, foi o grande líder da conquista com seu futebol primoroso, experiência e espírito combativo. Seguro, técnico e uma das vozes do time em campo, transmitia entusiasmo e ânimo a todos. Carismático, conquistou a torcida e fez jogos incríveis. Ídolo eterno do alviverde.

 

Volante: Dudu – 64,4% dos votos

Período no clube: 1964-1976

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (1972 e 1973), 2 Torneios Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969), 1 Taça Brasil (1967), 1 Torneios Rio-SP (1965) e 3 Campeonatos Paulistas (1966, 1972 e 1974).

Jogos: 615

Gols: 29

 

Durante anos, foi o “irmão gêmeo” de Ademir da Guia no meio de campo do Palmeiras. Disputou 519 jogos ao lado do companheiro em uma das maiores duplas que o futebol brasileiro já viu. Eram sintonizados, entrosados e um completava o outro. Dudu era a preciosidade na marcação e em segurar os rivais para que Ademir brilhasse com sua classe, dribles e muitos gols. É o 4º na lista dos que mais atuaram pelo alviverde: 615 jogos, 12 anos, 9 títulos conquistados e idolatria eterna da torcida. Dudu é outro craque que ganhou um busto na sede do Palmeiras. 

 

Volante: Mazinho – 38,4% dos votos

Período no clube: 1992-1994

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (1993), 1 Torneio Rio-SP (1993) e 2 Campeonatos Paulistas (1993 e 1994).

Jogos: 127

Gols: 2

 

Revelado pelo Vasco no final dos anos 1980, demonstrava desde aquela época habilidade extrema e polivalência, podendo jogar nas duas laterais e no meio de campo, posição esta na qual o jogador brilhou com a camisa do Palmeiras naquele início de anos 1990. Fez partidas sensacionais em 1994, em especial no primeiro semestre, quando estraçalhou o Boca Juniors-ARG nos 6 a 1 do Verdão pra cima dos xeneizes, em duelo válido pela Libertadores, partida que praticamente selou a ida do craque à Copa do Mundo – ele foi um dos destaques do tetra. Muito querido pela torcida, acabou deixando o alviverde precocemente, mas marcou uma era.

 

 

Meia: Ademir da Guia – 91,2% dos votos

Período no clube: 1961-1977

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (1972 e 1973), 2 Torneios Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969), 1 Taça Brasil (1967), 1 Torneio Rio-SP (1965), 3 Troféus Ramón de Carranza (1969, 1974 e 1975) e 5 Campeonatos Paulistas (1963, 1966, 1972, 1974 e 1976).

Jogos: 902

Gols: 155

 

Não existia uma classe específica para definir aquele craque. Muito menos adjetivos suficientes para descrever sua técnica, sua tranquilidade, sua visão de jogo, seu domínio de bola. Podiam jogar passes violentos que ele ajeitava como se fossem suaves. Uma bola torta ficava redondinha instantaneamente. Um simples toque deixava o companheiro na cara do gol. Ou, se ele estivesse no jeito, um chute violento que ia contra os princípios de sua calma virava um golaço no ângulo. Com tantas qualidades, como descrever em uma só palavra o futebol de Ademir da Guia? Divino. Como marcar para sempre a obra construída em 902 jogos com a camisa da Sociedade Esportiva Palmeiras? Com um busto de bronze no Palestra Itália. Como explicar as míseras 12 partidas pela seleção brasileira em duas décadas? Com um singelo “perdeu, escrete canarinho. As Copas de 1966 e 1974 seriam bem diferentes com o Divino em campo…”

Ademir da Guia aplica uma caneta em Pelé. Coisa de quem é gênio…

 

Ademir da Guia foi o maior ídolo da história do Palmeiras, um dos maiores craques do futebol mundial e sinônimo de futebol arte nas décadas de 1960 e 1970 no Brasil. Sob seu comando, o Palmeiras deixou de ser apenas um time de futebol para se transformar em Academia. Os jogadores vestidos de verde não jogavam futebol. Ensinavam. Em tempos de Santos de Pelé, apenas um clube brecou um possível decacampeonato paulista do alvinegro: a Academia do Divino. No começo dos anos 1970, com a criação do Campeonato Brasileiro, um clube se tornou o primeiro bicampeão: a Academia do Divino – parte 2. Sim, ele comandou as duas versões da sublime equipe alviverde daqueles tempos. 

Dudu e Ademir da Guia: protagonistas das duas Academias do Verdão.

 

Mesmo com mais de 12 títulos conquistados, gols, partidas estupendas e uma eternidade no coração dos torcedores, quis o destino que Ademir não brilhasse com a camisa verde e amarela do Brasil. Mágoa? Que nada. Azar da seleção e sorte do Palmeiras. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Meia: Alex – 80,2% dos votos

Foto: Paulo Giandalia / Folhapress.

 

Período no clube: 1997-2000, 2001 e 2002

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (1999), 1 Copa Mercosul (1998), 1 Copa do Brasil (1998) e 1 Torneio Rio-SP (2000).

Jogos: 243

Gols: 78

 

São raros os meias que possuem o faro de artilheiro, o tino para gols. E, quando eles aparecem, são simplesmente devastadores. Durante 19 anos, o futebol teve o privilégio de ganhar um camisa 10 artilheiro e ao mesmo tempo garçom. Só que ele não fazia apenas gols. Eram obras-primas, com plasticidades únicas que até hoje fazem com que amantes do esporte busquem vídeos de determinados gols que eles viram e se recordam como se fosse ontem. Ele nasceu “menino de ouro” no Coritiba, colecionou prêmios de revelação no futebol paranaense e foi colecionar outros no Palmeiras. Pelo alviverde, fez história e foi um dos destaques do Verdão nas campanhas dos títulos da Copa do Brasil e da Copa Mercosul de 1998 e da Libertadores de 1999.

Contra o River, em 1999, Alex deu show. Foto: AE.

 

Mesmo sem ter disputado uma Copa do Mundo, Alex cravou seu nome como um dos mais talentosos meias do futebol e também um incrível goleador para alguém que tinha como principal função servir gols ao invés de marcá-los. Foram mais de 400 anotados na carreira. E outras centenas de assistências para os mais diversos companheiros. Ícone de gerações e referência de futebol bem jogado, Alex registrou números superiores a muitos atacantes e títulos incontestáveis, além de ter muita sabedoria para contestar dirigentes e as coisas ruins do futebol como raros atletas têm e tiveram. Seu golaço contra o São Paulo, em 2002, após invadir a grande área, chapelar um zagueiro e o goleiro Rogério Ceni, está entre os mais espetaculares da história do próprio Palmeiras. E na memória de qualquer palmeirense até hoje. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Meia: Rivaldo – 71,4% dos votos

Período no clube: 1994-1996

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (1994) e 1 Campeonato Paulista (1996).

Jogos: 129

Gols: 68

 

Em um mundo dominado pela propaganda, pelo culto a uma marca ou a ídolos, é difícil um jogador de futebol querer alcançar o estrelato sem se entregar às campanhas publicitárias, a estampar outdoors imensos ou comerciais apoteóticos. O craque que não participa de nada disso é simplesmente esquecido pela mídia, que o vê como mais um, apenas um dos 11 titulares de um clube ou seleção, e não “o” jogador. Essa triste realidade atingiu de maneira injusta um dos maiores meias da década de 1990 e início dos anos 2000 no Brasil e no mundo, que durante toda carreira foi avesso às entrevistas, propagandas e afins. Apenas jogava bola. E como jogava. Rivaldo era a mais pura definição do craque, um meia técnico, ágil e capaz de decidir qualquer partida com seus chutes venenosos, sua plasticidade e classe exuberantes. 

Revelado no Santa Cruz, o meia foi para São Paulo e brilhou no super Palmeiras por pouco menos de três anos, mas suficientes para colocá-lo no rol de maiores craques da história do clube. Rivaldo jogou muito na campanha do título brasileiro de 1994, mas jogou ainda mais no inesquecível time de 1996. Com a companhia de Djalminha e a proteção dos volantes, pintava e bordava nas zagas rivais e foi um dos destaques do ataque dos 100 gols. Solto, marcava gols, dava passes e mostrava, jogo a jogo, que seria um dos melhores do mundo em pouco tempo. Disputou 129 jogos e marcou 67 gols pelo Palmeiras entre 1994 e 1996. Foi para a Europa, disputou duas Copas do Mundo fantásticas, venceu uma e virou um craque imortal. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Meia: Djalminha – 46,1% dos votos

Período no clube: 1996-1997

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Paulista (1996).

Jogos: 90

Gols: 50

 

Jogou de 1996 até 1997 no Palmeiras. Disputou apenas 90 jogos. Marcou 50 gols. Mas tem a eterna idolatria da torcida. Com passes precisos, gols, dribles desconcertantes e uma habilidade rara, Djalminha foi o meia clássico, o camisa 10 em sua mais pura essência, o craque que inspirou a garotada nas peladas de fim de semana, na escola, e impulsionou como nunca a venda de camisas 10 do clube. Foi um dos poucos jogadores a arriscar pênaltis com cavadinha, algo que se tornou uma de suas marcas registradas. Só não teve sucesso na seleção brasileira muito por conta de seu temperamento, que o tirou da convocação para a Copa de 2002, além de não ter figurado entre os escolhidos por Zagallo na Copa de 1998. Na Espanha, brilhou no grande Deportivo La Coruña que ousou em desafiar os titãs Barcelona e Real Madrid. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Meia: Leivinha – 43,8% dos votos

Foto: Acervo / Gazeta Press.

 

Período no clube: 1971-1975

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (1972 e 1973) e 2 Campeonatos Paulistas (1972 e 1974).

Jogos: 267

Gols: 108

 

Meia cerebral e muito eficiente, habilidoso, capaz de se movimentar por todo setor ofensivo, ótimo no cabeceio e essencial para o esquema de ataque daquele Palmeiras vencedor. Jogou no clube de 1971 até 1975 e foi um dos grandes nas conquistas nacionais e estaduais de 1972, 1973 e 1974. Deixou o alviverde juntamente com Luís Pereira para jogar no Atlético de Madrid, mas não teve o mesmo brilho por causa de problemas físicos. Foi convocado para a Copa do Mundo de 1974.

 

 

Atacante: Evair – 77% dos votos

Período no clube: 1991-1994 e 1999

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (1999), 2 Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994), 1 Torneio Rio-SP (1993) e 2 Campeonatos Paulistas (1993 e 1994).

Jogos: 245

Gols: 126

 

Outro xodó do clube e matador, Evair marcou gols em profusão no alviverde. Em sua primeira passagem, de 1991 a 1994, fez 117 tentos em 221 jogos e se destacou nas conquistas que destroçaram o jejum de títulos do Verdão. Era um centroavante clássico, mas muito técnico e com enorme visão de jogo, além de crescer nos momentos decisivos. Depois de arrasar no começo da década de 1990, Evair voltou ao time para ajudar na conquista da Libertadores de 1999. Talismã, marcava gols nos momentos finais e sempre também na base do oportunismo. É um dos maiores ídolos do clube e o 8º maior artilheiro do Palmeiras na história.

 

Atacante: Edmundo – 71,4% dos votos

Período no clube: 1993-1995 e 2006-2007

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994), 1 Torneio Rio-SP (1993) e 2 Campeonatos Paulistas (1993 e 1994).

Jogos: 223

Gols: 99

 

No Palmeiras, foi onde Edmundo ganhou o apelido de “Animal” (quer dizer, Animaaaaaaaaal!), tamanha sua eficiência e gana em direção ao gol. Marcou 99 gols em 223 partidas pelo Palmeiras, muitos deles decisivos. É ídolo até hoje da torcida por seu estilo de jogo, os dribles rápidos, os passes precisos e a finalização certeira. Jogou no futebol europeu e vestiu algumas vezes a camisa da seleção, além de ter sido convocado para a Copa do Mundo de 1998. Retornou ao Palmeiras em 2006, mas já sem o brilho de antes. Só não teve uma carreira ainda mais marcante por conta do temperamento explosivo que lhe rendeu vários problemas dentro e fora de campo.

 

Atacante: Julinho Botelho – 44,7% dos votos

Período no clube: 1958-1965

Principais títulos pelo clube: 1 Taça Brasil (1960), 1 Torneio Rio-SP (1965) e 3 Campeonatos Paulistas (1959, 1963 e 1966).

Jogos: 269

Gols: 80

 

Julinho Botelho escreveu ao longo de sua carreira histórias fantásticas com um futebol de absoluta beleza e que teve desde sempre a mais pura essência do vitorioso futebol brasileiro de outrora: dribles fartos, velocidade, jogadas insinuantes, chutes devastadores e passes primorosos. O craque foi uma lenda em todos os clubes que passou e só não brilhou mais com a camisa da Seleção justamente por ter de concorrer com outro ser exuberante: Garrincha. Mesmo assim, quando Julinho vestiu o manto amarelo, ele foi impecável, decisivo e capaz de feitos lendários, como o dia em que foi vaiado no Maracanã por jogar no lugar de Garrincha e calar a todos com uma atuação espetacular. Pelo Palmeiras, Julinho foi um dos destaques da Primeira Academia e responsável direto pelo título estadual de 1959. Encantou a torcida com seus dribles e passes precisos por anos mágicos e é até hoje o maior ponta-direita da história do Verdão. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Atacante: César Maluco – 39,6% dos votos

Foto: Acervo / Gazeta Press.

 

Período no clube: 1967-1974

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (1972 e 1973), 2 Torneios Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969), 1 Taça Brasil (1967) e 2 Campeonatos Paulistas (1972 e 1974).

Jogos: 327

Gols: 182

 

Era carismático, tinha raça, foi xodó da torcida e um goleador nato. César Maluco é o segundo maior artilheiro da história do Palmeiras com 182 gols marcados. Polêmico, sempre se metia em confusões e não levava desaforo para casa. Peça chave para o brilho do time alviverde de 1967 até 1974, em especial nos títulos brasileiros de 1972 e 1973. Era o centroavante rompedor, que finalizava bem e atrapalhava bastante a vida dos zagueiros rivais.

 

Técnico: Luiz Felipe Scolari – 45,8% dos votos

Período no clube: 1997-2000, 2010-2012 e 2018-2019

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (1999), 1 Campeonato Brasileiro (2018), 2 Copas do Brasil (1998 e 2012), 1 Copa Mercosul (1998) e 1 Torneio Rio-SP (2000).

Jogos: 484, sendo 237 vitórias, 132 empates e 115 derrotas.

 

Poucas vezes um técnico se identificou tanto com um clube como Luiz Felipe Scolari e o Palmeiras naqueles anos de 1997 até 2000. Após colecionar façanhas pelo Criciúma e pelo Grêmio, o treinador chegou com a missão de manter o Palmeiras competitivo e tentar novos voos em uma década cheia de glórias. E ele cumpriu a missão com louvor ao dar ao clube sua primeira Libertadores, em 1999, construindo uma equipe de brio, competitiva ao extremo e muito raçuda. Dava gosto ver o Palmeiras jogar e se entregar em campo naquela época. Seus feitos foram impagáveis e fazem dele um dos maiores treinadores da história do clube. Após seu período no Verdão, comandou a seleção brasileira campeã do mundo em 2002, e, em 2010, retornou ao Palmeiras para levantar mais uma Copa do Brasil, em 2012, mesmo com um elenco bastante limitado.

Em 2018, provou outra vez sua identificação alviverde ao vencer o título que escapou em sua primeira passagem: o Brasileirão. Felipão é o técnico que mais comandou o Palmeiras em Copas Libertadores (43 jogos), em Campeonatos Brasileiros (203 jogos) e em Copas do Brasil (51 jogos), simplesmente os torneios preferidos da torcida. No comando do Palmeiras, venceu ainda o prêmio de Melhor Técnico da América do Sul em 1999. Por tudo isso, é inimaginável pensar em um Palmeiras dos Sonhos sem Felipão no banco. Sintonia pura!

 

 

Palmeiras dos Sonhos do Imortais!

 

Goleiros: Marcos e Leão

Laterais-Direitos: Djalma Santos e Arce

Laterais-Esquerdos: Roberto Carlos e Júnior

Zagueiros: Luís Pereira, Waldemar Fiúme, Cléber e Djalma Dias

Volantes: César Sampaio, Dudu e Mazinho

Meias: Ademir da Guia, Alex, Rivaldo, Djalminha e Jair Rosa Pinto

Atacantes: Evair, Julinho Botelho, Edmundo e Romeu Pellicciari

Técnico: Luiz Felipe Scolari

 

Time A – formação – 4-1-2-3

Marcos; Djalma Santos, Luís Pereira, Waldemar Fiúme e Roberto Carlos; César Sampaio, Ademir da Guia e Alex; Julinho Botelho, Evair e Rivaldo.

O Palmeiras dos Sonhos do Imortais é praticamente o mesmo escolhido por vocês, mas com apenas duas mudanças. No miolo de zaga entra Waldemar Fiúme, um dos grandes defensores brasileiros dos anos 1940 e 1950 e que se notabilizou, também, como volante. No ataque, Julinho entra como titular do time A para compor o trio ao lado de Evair e Rivaldo. Nas laterais, no meio e no gol, nenhuma alteração.

 

Time B – formação – 4-4-2

Leão; Arce, Cléber, Djalma Dias e Júnior; Dudu, Mazinho, Djalminha e Jair Rosa Pinto; Edmundo e Romeu Pellicciari.

Neste time, o Imortais alterou algumas peças. Na zaga, Cléber faria dupla com Djalma Dias, dando técnica e vigor ao sistema defensivo. No meio, a marcação ficaria mais por conta de Dudu e Mazinho, enquanto Djalminha e Jair Rosa Pinto – lenda alviverde dos anos 1940 e 1950 e presença constante na seleção brasileira da época -, seriam os maestros de jogadas para Edmundo e Romeu Pellicciari – notável carrasco do Corinthians -, destruírem os rivais!

 

Os escolhidos pelo Imortais ausentes nos times dos leitores e leitoras:

 

Zagueiro: Waldemar Fiúme

Foto: Folhapress

 

Período no clube: 1941-1958

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Rio (1951), 1 Torneio Rio-SP (1951) e 4 Campeonatos Paulistas (1942, 1944, 1947 e 1950).

Jogos: 620

Gols: 27

 

Ele jogou tanto, mas tanto, que ganhou o singelo apelido de “O Pai da Bola”. E não foi por menos. Waldemar Fiúme é uma lenda alviverde e só vestiu o manto do Palmeiras em toda a carreira. Podia atuar como zagueiro, volante e meia-esquerda com muita qualidade, principalmente no controle de bola, senso de posicionamento e passes. É o 3º atleta com mais jogos na história do Palmeiras e o primeiro a receber um busto de bronze na sede do clube, em 1958, logo após sua aposentadoria dos gramados. Décadas depois, em 1997, o craque foi homenageado com o batismo de uma praça no Jardim das Palmeiras, zona sul de São Paulo, com o nome Praça Waldemar Fiúme.

 

Meia: Jair Rosa Pinto

Período no clube: 1949-1955

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Rio (1951), 1 Torneio Rio-SP (1951) e 1 Campeonato Paulista (1950).

Jogos: 248

Gols: 74

 

Foi, sem dúvida, um dos maiores meias da história do futebol brasileiro e um craque sensacional dos anos 1940 e 1950. Após ser revelado pelo Madureira e brilhar no Expresso da Vitória do Vasco, teve uma breve passagem pelo Flamengo até se consagrar de vez no Palmeiras com gols, passes, raça e amor à camisa. Integrou o timaço alviverde no começo dos anos 1950 que venceu a histórica Copa Rio de 1951, o Torneio Rio-SP do mesmo ano e ainda o Paulistão de 1950. Venceu a Copa América de 1949 com a seleção brasileira marcando 9 gols, recorde até hoje jamais superado na competição. Em 1950, foi vice-campeão do mundo pela seleção e integrou o All-Star Team da Copa.

 

Atacante: Romeu Pellicciari

Período no clube: 1929-1935 e 1942

Principais títulos pelo clube: 1 Torneio Rio-SP (1933) e 4 Campeonatos Paulistas (1932, 1933, 1934 e 1942).

Jogos: 161

Gols: 108

 

Criativo, habilidoso, oportunista e matador, o “Príncipe” fez a alegria da torcida palmeirense em boa parte dos anos 1930 principalmente por ser um verdadeiro terror para o rival Corinthians. Afinal, entre julho de 1930 e agosto de 1934, o alviverde acumulou 11 vitórias e um empate em 12 jogos, que se tornou a maior série invicta do time na história do confronto. E com requintes de crueldade do atacante Romeu, que virou o terror dos corintianos. Veja alguns resultados daquela série e os gols:

 

24 de agosto de 1930 – 4 a 0 (Serafini, Romeu, Ministrinho e Heitor)

29 de março de 1931 – 3 a 1 (Gagliardo, Romeu e Heitor)

07 de setembro de 1931 – 2 a 0 (Romeu e Heitor)

15 de novembro de 1931 – 3 a 2 (Heitor, Osses e Romeu)

06 de novembro de 1932 – 3 a 0 (Sandro e dois de Romeu)

07 de maio de 1933 – 5 a 1 (dois de Romeu, dois de Gabardo e um de Carazzo)

05 de novembro de 1933 – 8 a 0 (quatro de Romeu, três de Imparato e um de Gabardo)

 

O atacante Romeu (à esq.), terror dos alvinegros na goleada de 8 a 0.

 

Só nesses sete jogos, Romeu anotou 11 gols. E os quatro que ele marcou na goleada de 8 a 0 jamais foram superados até hoje. Aliás, essa foi a maior goleada da história do clássico e causou sérios estragos no Corinthians. Teve quebra-quebra no Parque São Jorge após o duelo e a torcida alvinegra inclusive ateou fogo em parte do estádio como protesto. Toda a diretoria do Corinthians caiu, incluindo o presidente Alfredo Schurig. E, para piorar, no jogo preliminar a esse duelo entre os times B de Corinthians e Palestra, deu alviverde: 4 a 0. Ou seja: em um só dia, foi Palestra 12×0 Corinthians. Dá pra imaginar isso nos dias atuais? Por tudo isso, Romeu é um dos mais talentosos e emblemáticos atacantes da história do Verdão. E ganha uma vaga nesse Time dos Sonhos do Palmeiras do Imortais!

 

 

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8 Comentários

  1. TIME A: Marcos – Djalma Santos – Luís Pereira – Junqueira – Roberto Carlos – Dudu – Ademir da Guia – Jair Rosa Pinto – Rivaldo – Julinho Botelho – Heitor

    TIME B: Oberdan – Arce – Djalma Dias – Bianco Gambini – Geraldo Scotto – César Sampaio – Waldemar Fiume – Romeu Pellicciari – Rodrigues Tatu – Edmundo – Evair

    TIME C: Leão – Cafu – Antônio Carlos – Cléber – Júnior – Zequinha – Mazinho – Alex – Lima – Leivinha – César Maluco

  2. JORGE MENDONCA TAMBEM MERECE SER AO MENOS LEMBRADO. LEAO, DJALMA SANTOS, LUIS PEREIRA, KLEBAO JUNIOR, C SAMPAIO, DUDU, ADEMIR, RIVALDO, EDMUNDO, EVAIR. OUTROS QUE JOGARAM OOUCO TEMPO COMO BATISTA, LEMBRAR TAMBEM FERRARI, EURICO, ARCE, MINA, SCOTO, MAZINHO, ZINHO, DJALMINHA, CESAR MALUCO, PIRES, NEI, JULINHO, JAIR DA ROSA, VALDEMAR FIUME, CARABINA, VAGNER BACHAREL, BETO FUSCAO

  3. Meu time do coração. Escalaria o time A num 3-2-4-1, com Marcos, Djalma Santos, Luís Pereira e Gustavo Gómez; Dudu (seu Olegário), Sampaio, Alex, Ademir, Jair Rosa Pinto e Rivaldo; Heitor. Time B num 4-1-2-3: Leão, Arce, Junqueira, Djalma Dias e Roberto Carlos; Mazinho, Tupãzinho e Rivaldo; Edmundo, Evair e Leivinha. Time C desenhado no 4-2-2-2: Weverton, Cafu, Cléber, Roque Junior e Junior; Flávio Conceição, Galeano, Djalminha e Chinesinho; Vavá e César Maluco. É tanto craque que fica difícil escolher.

    • Hoje, no dia do tricampeonato da Libertadores, é preciso atualizar o time A: Weverton, Djalma Santos, Luís Pereira e Gustavo Gómez; Dudu (Olegário), Sampaio, Ademir, Dudu, Jair Rosa Pinto; Heitor.

  4. Que belíssima postagem! Quase todos os principais nomes da história do clube mencionados pelo menos em algum momento do texto. Meus parabéns!!

    Porém, ainda houve alguns “esquecidos” de GRANDE renome, que precisam ser citados:

    – JUNQUEIRA: um dos 6 jogadores que possuem uma ESTÁTUA dentro do Palmeiras. Era considerado o maior zagueiro da história do clube até o aparecimento de Luís Pereira. Ausência imperdoável!! (rsrs)
    – BIANCO: primeiro ídolo da história do clube. Atuava como zagueiro.
    – GERALDO SCOTTO: maior lateral-esquerdo da história do Palmeiras até o aparecimento de Roberto Carlos. Seria titular da Seleção Brasileira campeã do mundo em 1962, mas fraturou a perna pouco antes da convocação.
    – RODRIGUES: tido de forma praticamente unânime como maior ponta-esquerda da HISTÓRIA do clube. Titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1954 (com Julinho Botelho do outro lado, na ponta-direita).
    – HEITOR: maior artilheiro da HISTÓRIA do Palmeiras. Precisa ser mencionado!
    – LIMA: um dos maiores ÍDOLOS da história palestrina. Conhecido como o “Garoto de Ouro”, jogou pelo Palmeiras por nada menos que 16 temporadas, marcou 148 gols e foi protagonista em DÚZIAS de títulos do clube.

    E ainda poderia mencionar nomes como Jorge Mendonça e Jorginho Putinatti (muito mais importante para o Palmeiras do que Djalminha), mas os principais são os acima mencionados.

    E finalizo com 2 adendos: a) Waldemar Fiume jogou muito mais como VOLANTE do que como zagueiro. Só foi virar zagueiro no final da carreira (Junqueira, por exemplo, foi muito mais zagueiro do que Fiume). b) É um absurdo Alex entrar no Time-A na vaga de Jair Rosa Pinto (um dos maiores jogadores da HISTÓRIA do futebol brasileiro e do Palmeiras). Alex nunca foi ídolo máximo do Palmeiras, nunca teve grande identificação com o clube, e atingiu o auge de sua carreira quando já estava no Cruzeiro e na Turquia (não no Palmeiras). Não poderia JAMAIS estar na frente de Jair no time principal.

    Forte abraço!!

  5. Meu Palmeiras de todos os tempos:

    Time 1 : Marcos, Djalma Santos, Luis Pereira, Djalma Dias, Roberto Carlos ; César Sampaio,
    Ademir da Guia, Alex ; Edmundo,
    Evair, Rivaldo
    T.: Oswaldo Brandão

    Time 2 : Leão, Arce, Gustavo Gomez, Roque Jr, Junior ; Dudu, Mazinho, Djalminha,
    Leivinha ; Julinho, César
    T.: Vanderlei Luxemburgo

    Time 3 : Wevérton, Cafu, Antônio Carlos, Cleber,
    Geraldo Scotto ; Felipe Melo, Chinesinho, Zinho ;
    Jair da Rosa Pinto, Mazolla, Tupãzinho
    T.: Luis Felipe Scolari

    Time 4 : Oberdan, Eurico, Valdemar Fiúme, Alfredo, Zé Roberto ; Flávio Conceição,
    Zequinha, Jorge Mendonça ; Romeu,
    Gabriel Jesus, Dudu
    T.: Abel Ferreira

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