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Time dos Sonhos do Santos

 

Por Guilherme Diniz

 

Ele teve o maior esquadrão do século XX. Teve também outros timaços emblemáticos. O Atleta do Século. Tem a Vila mais famosa do planeta. A maior pontaria do futebol em todos os tempos. A vocação ofensiva. E uma mística rara. O Santos Futebol Clube é uma verdadeira lenda e com uma das histórias mais fantásticas do esporte. Bicampeão mundial, tricampeão da Libertadores, dono de diversos títulos nacionais, estaduais e outras competições internacionais, o Peixe tem uma das melhores categorias de base do futebol e já revelou grandes craques que levantaram troféus não só pelo alvinegro, mas pela seleção e também por outros clubes. Escalar um Santos dos Sonhos é missão complicada principalmente do meio para frente, mas temos algumas unanimidades que tornam a tarefa um pouco mais fácil. É hora de conferir!

 

Os convocados pelos leitores e leitoras:

 

Goleiros: Gylmar dos Santos Neves e Rodolfo Rodríguez

Laterais-Direitos: Carlos Alberto Torres e Lima

Laterais-Esquerdos: Léo e Dalmo

Zagueiros: Mauro Ramos, Alex, Calvet e Edu Dracena

Volantes: Zito, Clodoaldo e Mengálvio

Meias: Giovanni, Dorval, Diego e Elano

Atacantes: Pelé, Pepe, Coutinho, Neymar e Robinho

Técnico: Lula

 

Esquema tático escolhido pelos leitores e leitoras: 4-3-3 (62,7% dos votos)

 

 

 

Time A – formação 1 – 4-3-3:

Gylmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Alex e Léo; Zito, Clodoaldo e Pelé; Neymar, Coutinho e Pepe.

 

O esquadrão do Santos dos anos 1960 ganhou pontuais reforços para ficar ainda mais forte. Bem votado como atacante e meia, Pelé ganha vaga tanto no time A quanto no time B, e, por isso, abriu uma vaga extra no meio de campo para Elano, que estará no time B. Nesta formação temos o goleiro Gylmar, bicampeão do mundo com a seleção (1958 e 1962) e também com o Santos (1962 e 1963), e a dupla de zaga formada por Mauro Ramos e Alex, pilares defensivos dos timaços dos anos 1960 e começo dos anos 2000, respectivamente. Nas laterais temos o “Capita” Carlos Alberto Torres, pela direita, e Léo, campeão de quase tudo com o Peixe nos anos 2000 e início de 2010, na esquerda. No meio, dois virtuoses e também campeões mundiais: Zito, o xerife que iria comandar todo o time, e Clodoaldo, que misturava técnica, fôlego e desarmes precisos na mesma proporção. No ataque, simplesmente Pelé, Neymar, Coutinho e Pepe, sem dúvida uma linha ofensiva devastadora. O técnico seria Lula, o mesmo do timaço dos anos 1960. Isso é Santástico!

 

Time A – formação 2 – 4-3-3:

Gylmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Calvet e Léo; Zito, Clodoaldo e Giovanni; Pelé, Coutinho e Pepe.

 

Nesta formação, colocamos Giovanni, o Messias do vice-campeonato brasileiro de 1995, como meio-campista para arquitetar jogadas para Pelé, Coutinho e Pepe destruírem as zagas rivais. Na zaga temos a entrada de Calvet, que teve a mesma votação de Alex, para reeditar a dupla com Mauro Ramos.

 

Time A – formação 3 – 4-3-3:

Gylmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Alex e Léo; Zito, Clodoaldo e Giovanni; Pelé, Coutinho e Neymar.

 

Aqui, a mudança foi apenas na ponta-esquerda, com Neymar na vaga de Pepe.

 

Time B – formação – 4-3-3:

Rodolfo Rodríguez; Lima, Edu Dracena, Alex e Dalmo; Mengálvio, Elano e Diego; Dorval, Pelé e Robinho.

 

O time B desse Santos dos Sonhos também seria bastante ofensivo e muito forte. No gol, o uruguaio Rodolfo Rodríguez, ídolo do Peixe nos anos 1980. Nas laterais, o coringa Lima, pela direita, e Dalmo, pela esquerda, com Alex e Edu Dracena, o capitão América de 2011, no miolo de zaga. No meio, Mengálvio e Elano teriam características mais defensivas para que Diego, Dorval, Pelé e Robinho pudessem fazer gols e mais gols nos rivais.

 

Os escolhidos pelos leitores e leitoras – OBS.: Os números de jogos e gols são do Acervo Histórico do Santos FC, site parceiro do Imortais.

 

Goleiro: Gylmar dos Santos Neves – 87,2% dos votos

Período no clube: 1962-1969

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 1 Recopa dos Campeões Mundiais (1968), 4 Taças Brasil (1962, 1963, 1964 e 1965), 3 Torneios Rio-SP (1963, 1964 e 1966), 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968) e 5 Campeonatos Paulistas (1962, 1964, 1965, 1967 e 1968).

Jogos: 331

 

Elegante, esguio, cheio de agilidade e capaz de realizar defesas inimagináveis. Gylmar dos Santos Neves foi um dos maiores goleiros da história do futebol mundial e é considerado até hoje o maior que nosso futebol já produziu. O goleirão foi um ícone por onde passou e também um grande vencedor, tendo a capacidade e honra de se tornar bicampeão do mundo tanto pela seleção brasileira quanto pelo Santos. Dono da camisa 1 do Brasil por mais de uma década e goleiro de um dos maiores times da história – o Santos de Pelé, Gylmar dos Santos Neves é uma unanimidade quando o assunto é goleiro ou exemplo de atleta vencedor. E pensar que ele quase não jogou no Peixe!

gylmar_santos_neves_goleiro

É que lá no começo dos anos 1960, o atleta estava sem clima nem vontade de continuar no Corinthians e pensava em largar o futebol para começar a exercer o cargo de chefe de gabinete ganho pelo governador de SP na época, Jânio Quadros. Porém, antes que tomasse uma decisão precipitada, o Santos comprou o passe do jogador e levou Gylmar para a Vila Belmiro em 1962. O goleiro não ganhou um tostão com a negociação e iria receber exatamente o mesmo salário dos tempos de Corinthians. No entanto, ele voltaria a colecionar títulos jogando no maior time do planeta daquela época! Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Goleiro: Rodolfo Rodríguez – 54,4% dos votos

Período no clube: 1984-1988

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Paulista (1984)

Jogos: 255

 

Com mais de 1,90m de altura, bigode avantajado e cara de poucos amigos, Rodolfo Rodríguez já se impunha pela presença física. Mas, debaixo das traves, o goleirão uruguaio era muito mais do que isso. Com reflexos apurados, elasticidade, coragem e enorme gana para vencer, o camisa 1 foi simplesmente fenomenal naquele começo de anos 1980 vestindo a camisa do Nacional-URU, da Seleção Uruguaia e também do Santos. Após conquistar diversos títulos pelo Nacional e também o Mundialito de 1981 para o Uruguai – ao fechar o gol e parar o ataque do Brasil na decisão – o Santos foi buscar o craque, mas o Nacional dificultou bastante a negociação por pedir um valor muito alto na época. Com isso, o Rei Pelé entrou na jogada e ajudou o Peixe com o pagamento de 120 mil dólares, concretizando a negociação – e um verdadeiro investimento do Rei, afinal, Rodríguez virou ídolo e garantiu o título Paulista de 1984, espantando a todos quando fez uma sequência de cinco defesas alucinantes em um jogo do torneio: 

O goleiro venceu também a Copa Kirin de 1985 – antigo torneio disputado por clubes e seleções, no Japão -, quando o Peixe venceu a seleção uruguaia por 4 a 2 na final.

 

 

 

Lateral-Direito: Carlos Alberto Torres – 93,3% dos votos

Período no clube: 1965-1971 e 1971-1975

Principais títulos pelo clube: 1 Recopa Sul-Americana (1968), 1 Recopa dos Campeões Mundiais (1968), 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968), 5 Campeonatos Paulistas (1965, 1967, 1968, 1969 e 1973) e 1 Torneio Rio SP (1966).

Jogos: 443

Gols: 40

 

O capitão do tri foi revelado pelo Fluminense, mas foi no Santos onde ele ganhou a maior coleção de títulos de sua carreira. Em sua primeira passagem, entre 1965 e 1971, foi um dos símbolos daquele grande time santista com cruzamentos perfeitos, passes fenomenais e investidas pontuais no ataque que resultavam em muitos gols – foram 40 com a camisa alvinegra, uma ofensividade que inspirou muitos outros laterais que surgiram no futebol brasileiro décadas depois. Além disso, o Capita defendia como poucos e era feroz na marcação. Um dos maiores laterais-direitos de todos os tempos, Carlos Alberto Torres foi sinônimo de elegância, eficiência, técnica, atitude e liderança, sendo capitão do Peixe após a saída de Zito naqueles anos 1960. Em sua segunda passagem pelo Santos, após ser campeão do mundo com a seleção em 1970, Carlos Alberto atuou muitas vezes como zagueiro e demonstrou a mesma categoria dos tempos de lateral. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Lateral-Direito: Lima – 56,1% dos votos

Período no clube: 1961-1971

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 1 Recopa dos Campeões Mundiais (1968), 4 Taças Brasil (1962, 1963, 1964 e 1965), 3 Torneios Rio-SP (1963, 1964 e 1966), 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968) e 7 Campeonatos Paulistas (1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969).

Jogos: 692

Gols: 63

 

Antonio Lima dos Santos podia jogar como lateral-direito, lateral-esquerdo, zagueiro, volante, meia… Ele sempre disse que no Santos “só não jogou no gol”. E é verdade. Com uma inteligência tática rara e habilidade para chutar com as duas pernas, Lima foi o maior polivalente do Santos naquela década mágica de 1960 e um dos recordistas em títulos pelo Peixe. Ele é o 4º jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube na história – quase 700 jogos – e esteve presente em todos os grandes títulos do Santos nos anos 1960.

 

 

 

Lateral-Esquerdo: Léo – 74,9% dos votos

Foto: Ricardo Saibun / Santos FC.

 

Período no clube: 2000-2005 e 2009-2014

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2011), 1 Recopa Sul-Americana (2012), 2 Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004), 1 Copa do Brasil (2010) e 3 Campeonatos Paulistas (2010, 2011 e 2012).

Jogos: 456

Gols: 24

 

Ídolo, craque, veloz, eficiente na defesa e no ataque. Léo é uma figura registrada para sempre na história do Santos graças a tudo o que jogou no time em duas épocas distintas. Foi um arraso na lateral-esquerda do time bicampeão brasileiro e vice-campeão da América, entre 2002 e 2004, com atuações que o levaram para a seleção e também ao futebol europeu. Tempo depois, voltou para comandar novamente a lateral-esquerda do time multicampeão paulista, campeão da América e da Copa do Brasil entre 2010 e 2012. É considerado por muitos como o melhor lateral-esquerdo da história do Peixe. E, por isso, ganhou facilmente esta eleição.

 

Lateral-Esquerdo: Dalmo – 40,2% dos votos

Período no clube: 1957-1964

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 4 Taças Brasil (1961, 1962, 1963 e 1964), 2 Torneios Rio-SP (1959 e 1963) e 5 Campeonatos Paulistas (1958, 1960, 1961, 1962, 1964).

Jogos: 365

Gols: 4

 

Dalmo Gaspar foi o herói do segundo título mundial do Santos, ao marcar, de pênalti, o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Milan-ITA, na terceira partida da decisão. Folclórico, dizia ser o inventor da paradinha na hora de bater uma penalidade (o que muitos dizem ser, na verdade, obra de Pelé). Mas o defensor foi um dos principais nomes da história santista com muita regularidade, precisão nos desarmes e eficiência nos passes. Por conta da habilidade, podia vez ou outra atuar mais avançado, como meia-esquerda, e vestir a camisa 10. No início da carreira, Dalmo jogou por um bom tempo como zagueiro, mas acabou indo para a lateral.

 

 

 

Zagueiro: Mauro Ramos – 78,5% dos votos

Período no clube: 1960-1967

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 5 Taças Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), 3 Torneios Rio-SP (1963, 1964 e 1966) e 4 Campeonatos Paulistas (1960, 1962, 1964, 1965).

Jogos: 352

Gols: 0

 

Um dos maiores zagueiros da história do nosso futebol, Mauro Ramos de Oliveira ganhou o apelido de “Martha Rocha”, eterna Miss Brasil, por sua elegância e estilo em campo. Exímio cabeceador, foi referência máxima da defesa do Santos em toda a década de 1960. Foi o capitão do bicampeonato mundial da Seleção Brasileira, em 1962, mesmo ano em que levantou o primeiro título mundial com o Santos. É um mito do clube alvinegro.

 

Zagueiro: Alex – 45,3% dos votos

Período no clube: 2002-2004

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004).

Jogos: 103

Gols: 20

 

Foram poucos anos no Santos, mas o suficiente para colocá-lo entre os maiores zagueiros que já vestiram o manto alvinegro na história. Com uma regularidade impressionante e liderança no miolo de zaga, Alex foi uma das estrelas do timaço santista entre 2002-2004 e formou, ao lado de André Luiz, as “Torres Gêmeas da Vila”, como ficou conhecida a dupla de zaga do esquadrão alvinegro na época. Perito no jogo aéreo e com presença constante no ataque, Alex marcou 20 gols em 103 jogos pelo Peixe e é até hoje o maior zagueiro-artilheiro do Santos. Em 2004, acabou se transferindo para o futebol holandês e ganhou várias convocações para a seleção nos anos seguintes, fazendo parte do grupo campeão da Copa América de 2007.

 

Zagueiro: Calvet – 45,3% dos votos

Foto: Arquivo / Gazeta Press.

 

Período no clube: 1960-1964

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 3 Taças Brasil (1961, 1962 e 1963), 1 Torneio Rio-SP (1963) e 3 Campeonatos Paulistas (1960, 1961 e 1962).

Jogos: 217

Gols: 1

 

Raul Donazar Calvet foi o companheiro de zaga de Mauro entre 1960 e 1964, período mais brilhante da história do Santos. Zagueiro muito técnico, Calvet tinha excelente visão de jogo e dava cadência ao time, embora soubesse parar o jogo com faltas e encontrões quando necessário. Acabou preterido na seleção que disputou e venceu a Copa do Mundo de 1962 pelo fato de o técnico Aymoré Moreyra dizer que no elenco já havia muitos jogadores do Santos… Uma injustiça, pois o defensor era um dos melhores do país na época. Pendurou as chuteiras com apenas 30 anos, em 1964, após o rompimento parcial do tendão de Aquiles.

 

Zagueiro: Edu Dracena – 38,7% dos votos

 

 

Período no clube: 2009-2014

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2011), 1 Recopa Sul-Americana (2012), 1 Copa do Brasil (2010) e 3 Campeonatos Paulistas (2010, 2011 e 2012).

Jogos: 230

Gols: 17

 

Após mais de 40 anos, coube a Edu Dracena a honra de erguer a Copa Libertadores pelo Santos em 2011, ano em que o zagueiro fez partidas memoráveis e contribuiu com gols importantíssimos na caminhada santista rumo à glória eterna. Experiente e com a bagagem vitoriosa dos tempos de Cruzeiro, o zagueiro foi o verdadeiro xerife da retaguarda santista e marcou época no clube.

 

 

 

Volante: Zito – 89,9% dos votos

Período no clube: 1952-1967

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 5 Taças Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), 4 Torneios Rio-SP (1959, 1963, 1964 e 1966) e 9 Campeonatos Paulistas (1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967).

Jogos: 733

Gols: 57

 

Motor do meio de campo do Santos por mais de uma década, Zito é uma das maiores lendas do futebol nacional. Foi essencial nas conquistas mais importantes do Santos jogando como capitão e também do Brasil nos anos 1950 e 1960 – como as Copas do Mundo de 1958 e 1962. Jogou no Peixe de 1952 até 1967, sendo o 3º jogador que mais vestiu a camisa santista na história. Ganhou o apelido de “Gerente” por comandar o meio de campo do time e também o próprio elenco, ganhando total liberdade do técnico Lula para mandar e desmandar – Zito dava broncas até em Pelé! 

Zito desembarca com um dos troféus do Mundial Interclubes vencido pelo Santos.

 

Mesmo quando o Santos vencia de goleada, era Zito quem mantinha os jovens ligados o tempo todo para manter o apetite por gols intacto e continuar atacando, além de ele entusiasmar o elenco quando estava atrás do placar para buscar a virada. Exímio marcador e ladrão de bolas, Zito dava lançamentos precisos para os atacantes do Santos destruírem as zagas dos rivais. É um dos maiores ídolos do esporte brasileiro e considerado um dos maiores volantes do século XX. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Volante: Clodoaldo – 73,2% dos votos

Período no clube: 1966-1980

Principais títulos pelo clube: 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968), 1 Recopa dos Campeões Mundiais (1968), 1 Recopa Sul-Americana (1968) e 5 Campeonatos Paulistas (1967, 1968, 1969, 1973 e 1978).

Jogos: 512

Gols: 14

 

Clodoaldo foi um dos maiores volantes da história do futebol, dono de uma habilidade extrema para um defensor, ótimo passe, visão de jogo e velocidade. Era perito no desarme e tinha uma garra contagiante que o mantinha ligado o jogo todo e em busca de qualquer bola. Ele mesmo dizia que em campo era preciso dividir “até com a cabeça”. Foram mais de 500 jogos em 14 anos de Santos – ele é o 7º com mais partidas pelo clube – e status de ídolo do time após a aposentadoria de Pelé. Com apenas 17 anos, substituiu ninguém mais ninguém menos que Zito no meio de campo e foi simplesmente sensacional! Clodoaldo foi uma das estrelas do Brasil na Copa de 1970, no México, e comandou os Meninos da Vila campeões paulistas de 1978.

 

Volante: Mengálvio – 46,4% dos votos

Período no clube: 1960-1969

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 5 Taças Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), 1 Recopa Sul-Americana (1968), 3 Torneios Rio-SP (1963, 1964 e 1966) e 8 Campeonatos Paulistas (1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969).

Jogos: 369

Gols: 27

 

Famoso “falso lento”, Mengálvio era a categoria plena no meio de campo do super Santos dos anos 1960. Com uma técnica privilegiada e visão de jogo estupenda, o meio-campista podia atuar tanto mais recuado, ajudando na proteção à zaga, quanto mais avançado, pela meia-direita, distribuindo a bola e aparecendo para marcar gols. Ele também costumava cobrir Zito para o “Gerente” ir ao ataque em diversas oportunidades. Elegante, jogava de cabeça erguida e foi fundamental para o sucesso do Peixe naquela era histórica.

 

 

 

Meia: Giovanni – 68,9% dos votos

Período no clube: 1994-1996, 2005-2006 e 2010

Principais títulos pelo clube: 1 Copa do Brasil (2010) e 2 Campeonatos Paulistas (2006 e 2010).

Jogos: 140

Gols: 73

 

Ele ganhou poucos títulos, a maioria sem ser o protagonista. Mas o que explica a maciça votação de Giovanni nesse Santos dos Sonhos? Oras, é tudo o que ele jogou entre 1994 e 1996, principalmente na campanha do vice-campeonato brasileiro de 1995. Há anos sem levantar um título sequer, o Santos teve naquela temporada um desempenho extraordinário graças ao meia de cabelos avermelhados que vestia a camisa 10 e desandou a fazer jogadas à la Pelé. Com isso, Giovanni ganhou o apelido de “Messias” e foi alçado ao status de ídolo do clube. O jogo que definiu sua imortalidade foi o Santos 5×2 Fluminense, pela semifinal do Brasileirão de 1995, quando o Peixe precisava reverter uma derrota de 4 a 1 para o tricolor no duelo de ida. Pois Giovanni conduziu o Peixe ao impossível com gols, passes, dribles e uma atuação que lhe deu uma das três notas 10 da revista Placar na década de 1990, algo raríssimo na época.

 

Giovanni só não contava com a arbitragem desastrosa que acabou prejudicando o Santos na decisão contra o Botafogo, quando um gol legal do Peixe foi anulado e um impedido do time carioca foi validado. Mesmo assim, o meia levou a Bola de Ouro da Placar naquele ano e é até hoje um dos maiores ídolos do clube.

 

Meia: Dorval – 44,4% dos votos

Foto: Arquivo / Gazeta Press.

 

Período no clube: 1956, 1957-1964 e 1965-1967

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 5 Taças Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), 4 Torneios Rio-SP (1959, 1963, 1964 e 1966) e 6 Campeonatos Paulistas (1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965).

Jogos: 610

Gols: 194

 

É o maior ponta-direita da história do Santos. Veloz, com chutes poderosos e investidas pela diagonal, Dorval “tocava o terror” no ataque e marcava muitos gols – ele é o 6º maior artilheiro do Peixe em todos os tempos. Além de deixar 194 bolas nas redes adversárias, Dorval ainda contribuiu para dezenas de gols do Santos no final dos anos 1950 e boa parte dos anos 1960 graças às suas corridas imparáveis pela direita e os cruzamentos precisos para Pelé e Coutinho. Conquistou os mais importantes títulos com o Santos e só não teve mais chances na seleção brasileira por causa da concorrência com Garrincha, que vivia o auge bem na época do craque santista.

 

Meia: Diego – 33,3% dos votos

 

Período no clube: 2002-2004

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004).

Jogos: 133

Gols: 38

 

Com apenas 17 anos, Diego vestiu a camisa 10 do Santos naquele ano de 2002 com a autoridade de um veterano. E, jogo após jogo, foi orquestrando as jogadas ofensivas do Peixe na caminhada meteórica que rendeu o histórico título brasileiro do clube em cima do Corinthians. O meia marcou gols, deu passes e foi um dos maiores símbolos do renascimento santista ao lado do companheiro Robinho. Seguiu jogando em alto nível em 2003, mas os títulos da Libertadores e do Brasileiro escaparam diante do Boca Juniors e do Cruzeiro, respectivamente. Em 2004, acabou negociado junto ao Porto-POR e seguiu carreira no futebol europeu. Mesmo com pouco tempo na Vila, é até hoje um ídolo histórico do Santos. E sua eleição foi a prova disso.

 

Meia: Elano – 31,1% dos votos

Período no clube: 2001-2005, 2011-2012, 2015 e 2016

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2011), 2 Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004) e 4 Campeonatos Paulistas (2011, 2012, 2015 e 2016).

Jogos: 322

Gols: 68

 

Era capaz de jogar em quase todas as posições do campo, sempre com muita movimentação, habilidade, força na marcação e faro de artilheiro, afinal, sempre marcava seus gols. Uma das crias do Peixe que brilhou intensamente na equipe no começo dos anos 2000, Elano foi um dos mais queridos da torcida santista neste século. Peça essencial no meio de campo do bicampeonato brasileiro de 2002 e 2004, o meio-campista voltou ao time em 2011 com um sobrenatural apetite por gols. Balançou as redes várias vezes e foi um dos astros do time campeão da América. Além de ajudar na marcação, o jogador ganhou liberdade no esquema proposto pelo técnico Muricy Ramalho e virou quase um terceiro atacante da equipe. Retornou outras duas vezes para levantar mais dois Campeonatos Paulistas, em 2015 e 2016.

 

 

Atacante: Pelé – 69,2% dos votos / 50% dos votos como Meia

Período no clube: 1956-1974

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 1 Recopa dos Campeões Mundiais (1968), 1 Recopa Sul-Americana (1968), 5 Taças Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968), 4 Torneios Rio-SP (1959, 1963, 1964 e 1966) e 10 Campeonatos Paulistas (1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973).

Jogos: 1116

Gols: 1091

 

Atleta do Século. Deus. Rei. Maior de todos. Artilheiro incontestável. Imprevisível. Letal. Cerebral. Único. Podemos listar dezenas, centenas de adjetivos que podem tentar caracterizar Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, o maior jogador de futebol do século XX e um dos atletas mais incríveis que o mundo já viu, conhecido em todos os cantos do mundo, celebridade mundial, ícone brasileiro e referência no esporte. Pelé transformou o Santos, então um time mediano e sem expressão, na maior força do planeta por mais de uma década, fez do Brasil tricampeão mundial de futebol, imortalizou a camisa 10 como manto de craque e reinventou o futebol com uma genialidade jamais vista na história do esporte. Pará-lo era quase impossível. Seus dribles eram objetivos e encantadores, sem firulas. E seus gols… Ah, eram simplesmente magníficos. 

Ele foi o primeiro homem a marcar mais de mil gols. O primeiro e único a vencer três Copas do Mundo. Foi o mais jovem a marcar gol (golaço, diga-se de passagem) em final de Copa, com apenas 17 anos. Foi o mais jovem jogador a ser campeão do mundo. Parou, com o Santos, uma guerra civil. E conquistou todos os títulos que um jogador gostaria de ganhar. 

Nesta eleição, como o Rei estava disponível como Meia e Atacante, sua votação parece menor do que de outros atletas, mas se ele estivesse apenas como atacante, teria tido entre 99% e 100% dos votos (no início da eleição, ele estava com essa média percentual, mas quando colocamos a opção de Meia, a pedidos dos leitores e leitoras, o percentual diminuiu).

O maior gênio do nosso futebol fez de tudo um pouco em sua longa carreira, e tem tanta história que precisaríamos de páginas e páginas para contar. Mas até que conseguimos. Leia mais clicando aqui!

 

Atacante: Pepe – 87,9% dos votos

Período no clube: 1954-1969

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 5 Taças Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), 4 Torneios Rio-SP (1959, 1963, 1964 e 1966) e 11 Campeonatos Paulistas (1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969).

Jogos: 741

Gols: 403

 

O “canhão da Vila”, como ficou conhecido, é o maior artilheiro “humano” da história do Santos, como o próprio Pepe diz, já que “Pelé não conta, pois veio de Saturno…”. Pepe marcou 403 gols em 741 partidas pelo time paulista e foi um dos maiores pontas-esquerdas do futebol. O craque brilhou exatamente em todo o período mais glorioso da história do Santos, única camisa que vestiu na carreira. Tinha chutes poderosos (daí o apelido de canhão), uma inteligência tática notável e muita disciplina – o craque jamais foi expulso na carreira. Pepe ganhou ainda as Copas de 1958 e 1962 com o Brasil e é o recordista de títulos do Campeonato Paulista com 13 canecos, sendo 11 como jogador do Santos e dois como técnico (um pelo Santos, em 1973, e outro pela Inter de Limeira, em 1986). 

Um de seus momentos mais marcantes foi na final do Mundial de 1963, contra o Milan-ITA, quando anotou dois gols de falta que empataram o duelo no Maracanã e embalaram o Santos rumo à virada por 4 a 2, resultado que forçou a partida extra, vencida pelo Peixe. A partir de 1965, Pepe começou a se revezar no ataque com os jovens que vinham surgindo no Santos, entre eles Abel e Edu, ambos grandes ídolos do clube. Pepe é um dos atletas mais identificados com o Santos na história e sempre deixou clara sua paixão pelo clube alvinegro. Uma lenda incontestável. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Atacante: Coutinho – 86,8% dos votos

Foto: Gazeta Press / Colorização: ColouriseSG.

 

Período no clube: 1958-1967 e 1970

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 5 Taças Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), 4 Torneios Rio-SP (1959, 1963, 1964 e 1966) e 6 Campeonatos Paulistas (1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967).

Jogos: 457

Gols: 368

 

Não havia no mundo um centroavante melhor do que ele nos anos 1960. Com aquela técnica impecável? Ninguém. Capaz de aplicar dribles curtos e secos nos mais diferentes adversários e hostis lugares do campo? Ninguém. Com uma frieza assustadora na hora de concluir a gol? Ninguém. Com aquela precisão de chute? Ninguém. Ele era único. Dentro da área, dominava todos os fundamentos. Não jogava. Lecionava. Era o Professor. Em um dos mais lendários esquadrões de todos os tempos, foi titular. Se comunicava por telepatia com o maior jogador de todos os tempos. E, de tão bom, surgiu a lenda de que tinha que usar esparadrapo na munheca para não ser confundido com ninguém mais ninguém menos que Pelé. Só não brilhou mais por causa da tendência que tinha a engordar e as contusões causadas pelos zagueiros que tentavam de todas as maneiras e com todas as “ferramentas” pará-lo. 

Pelo alto, Coutinho também fazia estragos nas defesas rivais.

 

Coutinho foi um dos mais talentosos e prolíficos centroavantes da história do futebol brasileiro e mundial. Foi o parceiro ideal do Rei Pelé, com tabelinhas de tirar o fôlego e arrancar sorrisos de quem ama o esporte. Camisa 9 do Santos campeão de tudo, o “professor da grande área” conhecia tudo e mais um pouco sobre como se portar por ali. Seus gols e jogadas deveriam ser descritos em manuais a todos os jovens que um dia sonham em ser jogador de futebol e atuar no ataque. Era arte pura. Uma ode ao futebol ofensivo, à festa do gol, à alegria. Coutinho é o 3º maior artilheiro do Santos em todos os tempos. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Atacante: Neymar – 84,1% dos votos

Neymar explode após abrir o placar na decisão da Libertadores.

 

Período no clube: 2009-2013

Principais títulos pelo clube: 1 Copa Libertadores da América (2011), 1 Recopa Sul-Americana (2012), 1 Copa do Brasil (2010) e 3 Campeonatos Paulistas (2010, 2011 e 2012).

Jogos: 230

Gols: 138

 

Depois de Pelé e Robinho, Neymar se consagrou como o “terceiro raio” a cair sob a Vila Belmiro e também deixar rastros inesquecíveis. Com técnica apurada, arranques imparáveis, dribles desconcertantes, gols sublimes, tabelinhas irrepreensíveis e talento natural para decidir inúmeras partidas, o atacante virou um dos maiores ídolos da história do Santos e também uma das maiores revelações do futebol brasileiro em muitos anos. Depois de partidas impressionantes com apenas 17 anos de idade em 2010, o craque começou a ser assediado por inúmeros clubes do mundo, mas a diretoria santista e o pai de Neymar trabalharam de maneira árdua para manter a “joia” no país. O esforço deu certo, Neymar permaneceu até 2013 e ajudou o Santos a conquistar seis taças no período. Em sua estadia na Vila, Neymar marcou 138 gols em 230 jogos e se tornou o maior artilheiro do clube pós-Era Pelé. Depois disso, foi brilhar no Barcelona do trio MSN.

 

Atacante: Robinho – 53,8% dos votos

Período no clube: 2002-2005, 2010 e 2014-2015

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004), 1 Copa do Brasil (2010) e 2 Campeonatos Paulistas (2010 e 2015).

Jogos: 253

Gols: 111

 

Entre 2002 e 2005, o torcedor do Santos não via uma promessa brilhar tanto, jogar tanto, aprontar tanto como Robinho. O atacante franzino e abusado que acabou com o Corinthians em 2002 (e causa pesadelos no lateral Rogério até hoje) foi crescendo e, em 2004, teve seu canto do cisne com o segundo título brasileiro. Genial nos dribles, e, depois, com faro de artilheiro, Robinho foi ídolo e um dos mais queridos jogadores do Santos neste século XXI. Por causa dele que muitos garotos passaram a torcer pelo Santos naqueles anos 2000 e ele mesmo serviu como nome para uma era inesquecível do clube praiano – a Era Robinho. 

Robinho prepara o show na decisão de 2002

 

Robinho ergue a taça da Copa do Brasil de 2010.

 

Após ir para a Europa, o “Segundo Raio” voltou à Vila em 2010 para participar de incontáveis festas futebolísticas ao lado de uma molecada atrevida e boa de bola. Com seus dribles de sempre e passes preciosos, Robinho orquestrou Neymar, André, Ganso e Wesley nas conquistas do Paulista e da Copa do Brasil. Após a farra, o atacante voltou ao futebol europeu e não jogou no nível que sempre jogou com a camisa do Santos. O atacante voltou em 2014, levantou mais um troféu (o Paulista de 2015), e encerrou sua trajetória na Vila como um dos maiores ídolos do clube.

 

 

Técnico: Lula – 63,3% dos votos

Período no clube: 1952, 1954 e 1955-1966

Principais títulos pelo clube: 2 Mundiais Interclubes (1962 e 1963), 2 Copas Libertadores da América (1962 e 1963), 5 Taças Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), 4 Torneios Rio-SP (1959, 1963, 1964 e 1966) e 8 Campeonatos Paulistas (1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964 e 1965).

Jogos: 943

Vitórias: 619

Empates: 144

Derrotas: 180

Aproveitamento: 70,7%

 

Considerado um mero coadjuvante em meio a um time de estrelas, muitos diziam que Lula apenas distribuía os uniformes para os jogadores, afinal, todos eles sabiam muito bem o que fazer. Se ele apenas distribuía os uniformes, então fez isso muito bem de 1954 até 1966, pois ganhou 21 títulos oficiais com o Santos! O fato é que o treinador foi um dos mais talentosos do nosso futebol por saber reconhecer um grande craque e não ter medo de lançar jovens garotos no time principal. Foi assim que ele catapultou para o estrelato nomes como Pagão, Pepe, Coutinho, Pelé, Clodoaldo, Del Vecchio entre muitos e muitos outros. Lula não era adepto de estratégias mirabolantes ou táticas infalíveis, mas sim de ter o grupo em mãos e saber extrair o melhor de cada atleta. Todos tinham enorme admiração por ele e por isso o clima no Santos era tão bom mesmo com tantos craques, sem vaidades ou rusgas.

Lula, ao lado do goleiro Gylmar, no vestiário da Vila em 1962. Foto: ASSOPHIS.

 

Chamado de professor pelos jogadores, Lula foi uma figura pública muito famosa nos anos 1960, a ponto de nutrir uma amizade com o lendário pintor Pablo Picasso, de quem ganhou várias pinturas e desenhos como lembranças em suas muitas viagens com o Santos pelo mundo. Lula foi uma figura ímpar, com números jamais igualados ou superados – é impressionante o aproveitamento dele no comando do Peixe, com mais de 70%! E permanece assim na história do Santos e do futebol brasileiro.

 

 

Santos dos Sonhos do Imortais!

 

Goleiros: Gylmar e Rodolfo Rodríguez

Laterais-Direitos: Carlos Alberto Torres e Lima

Laterais-Esquerdos: Léo e Dalmo

Zagueiros: Mauro Ramos, Alex, Ramos Delgado e Calvet

Volantes: Clodoaldo, Zito e César Sampaio

Meias: Dorval, Araken Patusca, Mengálvio e Pita

Atacantes: Pelé, Coutinho, Pepe, Neymar e Robinho

Técnico: Lula

 

Time A – formação 1 – 4-2-4:

Gylmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Alex e Léo; Zito e Clodoaldo; Neymar, Coutinho, Pelé e Pepe.

Nosso time A é quase igual ao de vocês, mas alteramos o esquema tático para um 4-2-4, a fim de dar mais força ofensiva e ter uma linha de ataque devastadora com Neymar, Coutinho, Pelé e Pepe!

 

Time A – formação 2 – 4-3-3:

Gylmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Alex e Léo; Zito, Clodoaldo e Pelé; Robinho, Coutinho e Neymar.

 

Nessa variação do time 1, colocamos Robinho no lugar de Pepe para acomodar os “três raios” da Vila!

 

Time B – formação 1 – 4-4-2:

Rodolfo Rodríguez; Lima, Ramos Delgado, Calvet e Dalmo; César Sampaio, Mengálvio, Araken Patusca e Pita; Dorval e Pelé.

No time B, as novidades são Ramos Delgado, no miolo de zaga, César Sampaio como primeiro volante e Araken Patusca, em substituição a Giovanni, e Pita, no lugar de Diego, na armação.

 

Time B – formação 2 – 4-3-3:

Rodolfo Rodríguez; Lima, Ramos Delgado, Calvet e Dalmo; César Sampaio, Mengálvio e Araken Patusca; Dorval, Pelé e Robinho.

Nesta variação, Pelé entra para jogar ao lado de Robinho e Dorval no ataque.

 

Os escolhidos pelo Imortais ausentes nos times dos leitores e leitoras:

 

Zagueiro: Ramos Delgado

Período no clube: 1967-1972

Principais títulos pelo clube: 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968), 1 Recopa Sul-Americana (1968), 1 Recopa dos Campeões Mundiais (1968) e 3 Campeonatos Paulistas (1967, 1968 e 1969).

Jogos: 321

Gols: 1

 

Um dos mais talentosos zagueiros argentinos dos anos 1960 e 1970, Ramos Delgado chegou ao Santos para substituir o ídolo Mauro Ramos, que havia se aposentado em meados de 1967. E o xerife o fez com maestria participando ativamente das conquistas do Peixe naquele final de década. Firme na marcação, raçudo e com espírito de liderança, Ramos Delgado virou um dos mais queridos jogadores da torcida e inspiração para os jovens defensores do clube na época e nos anos posteriores. Chegou a ser capitão do Peixe entre 1968 e 1972.

 

Volante: César Sampaio

Período no clube: 1986-1991

Principais títulos pelo clube: nenhum

Jogos: 291

Gols: 9

 

Embora tenha jogado em um período de vacas magras do Santos, César Sampaio apresentou na Vila os primeiros indícios do futebol primoroso que marcaria sua carreira. Levado ao Peixe pelo ídolo Lima, Sampaio dominou o meio de campo do clube por seis anos e fez jogos marcantes. Além de roubar bolas e ser forte na marcação, o meio-campista ainda tinha técnica para sair jogando, dar assistências e marcar gols, o chamado “jogador moderno”. O craque jogou tanto que faturou a Bola de Ouro da revista Placar em 1990, além de receber suas primeiras convocações para a seleção brasileira – ele estaria no time vice-campeão do mundo em 1998. César Sampaio deixou o Santos em 1991 para jogar no Palmeiras, onde também virou ídolo e referência dos gloriosos tempos da Era Parmalat.

 

Meia: Araken Patusca

Período no clube: 1923-1929 e 1935-1937

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Paulista (1935).

Jogos: 196

Gols: 184

 

Simplesmente uma lenda do Santos e com um família inteira de futebolistas, Araken Patusca foi um dos primeiros grandes ídolos do clube e um dos mais prolíficos atacantes do Peixe em todos os tempos. Em sua primeira partida pelo Santos, com apenas 15 anos, marcou quatro gols em um alucinante empate de 5 a 5, mas só em 1923 que faria seu debute entre os profissionais. Em 1925, foi emprestado ao Paulistano para realizar uma excursão até a Europa e jogou ao lado de Friedenreich, ganhando da imprensa europeia o apelido de “O perigo”. Em 1927, Araken comandou o lendário ataque dos 100 gols no Campeonato Paulista, ao lado de Omar, Camarão, Feitiço, Siriri, Hugo e Evangelista. Foram exatos 100 gols em apenas 16 jogos, uma média absurda de 6,25 gols por jogo, a maior da história do torneio e maior em toda a história do futebol mundial! Mesmo assim, o time alvinegro não foi campeão e perdeu a taça para o Palestra Itália.

Araken era um jogador que criava jogadas de ataque e aparecia na frente para finalizar, exercendo as funções de um legítimo camisa 10 mesmo em uma época sem números nas vestimentas dos atletas. Foi de Araken o gol que sacramentou o primeiro título paulista do Santos, em 1935, no triunfo por 2 a 0 sobre o Corinthians em pleno Parque São Jorge. Por tudo o que representou ao Santos naqueles primeiros anos do clube, Araken merece um lugar neste Santos dos Sonhos do Imortais.

 

Meia: Pita

Período no clube: 1977-1984

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Paulista (1978).

Jogos: 408

Gols: 55

 

Após a aposentadoria de Pelé, foi o jovem Pita o primeiro craque a vestir com maestria e talento a camisa 10 do Peixe. Meia-direita de exímia técnica, visão de jogo e genial na criação de jogadas, ele formou ao lado de João Paulo, Juary e Nílton Batata o time chamado Meninos da Vila que venceu de maneira surpreendente o Campeonato Paulista de 1978. O talento de Pita com a bola veio de seus tempos como jogador de futebol de areia, onde aprendeu as técnicas de domínio de bola. Jogando muito, ficou no Santos até 1984 e ajudou o Peixe a alcançar a final do Campeonato Brasileiro de 1983, mas o Peixe acabou perdendo para o grande Flamengo de Zico. Após ser ídolo no alvinegro praiano, Pita foi negociado junto ao São Paulo e também foi muito querido no tricolor, onde venceu dois Paulistas e um Brasileiro. Pita venceu três Bolas de Prata na carreira – duas pelo Santos (1982 e 1983) e uma pelo São Paulo (1986).

 

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