Grandes feitos: Bicampeã do Mundo em 1958 e 1962.
Time-base: Gylmar; Djalma Santos (De Sordi), Orlando (Zózimo), Bellini (Mauro Ramos) e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé (Altafini / Amarildo) e Zagallo. Técnicos: Vicente Feola (1958) e Aymoré Moreira (1962).
“A(s) taça(s) do mundo é nossa!”
Por Guilherme Diniz
Em 1938, o Brasil bateu na trave e não conseguiu ir à final da Copa. Em 1950, perdeu o título mais ganho de sua história, em casa, no Maracanã lotado, para o Uruguai. Já em 1958, preparado como nunca estivera antes, com jogadores fenomenais e uma dupla que jamais perdeu jogando junta com a camisa amarela (Garrincha e Pelé), o Brasil conquistou seu primeiro título mundial, na Europa, sendo a primeira (e por muito tempo a única) seleção a vencer uma Copa fora de seu continente. Na Copa seguinte, a seleção foi até o Chile e venceu novamente a Copa, sem Pelé, mas com Garrincha carregando o Brasil nas costas, literalmente. O time verde e amarelo era o melhor do mundo, de novo. E foi assim por longos anos. As conquistas mostraram ao planeta quem eram os reinventores do futebol. Malícia, arte, beleza, dribles e gols, muitos gols. Dava gosto ver o Brasil jogar. Até os rivais se rendiam à genialidade de um time que reunia Gylmar no gol (considerado por muitos o melhor goleiro que o Brasil já teve), os “Santos” das laterais, Nilton e Djalma, o miolo de zaga seguro com Orlando e Bellini, em 1958, e Zózimo e Mauro, em 1962, além do meio campo e do ataque formidáveis, com Didi, Zito, Zagallo, Garrincha, Vavá e ele, Pelé, ainda garoto, mas estrondoso com a bola nos pés. Foram quatro anos mágicos para o país do futebol. É hora de relembrar as conquistas da primeira era de ouro do nosso futebol.
Planejamento é tudo
De 1930 até 1954, o Brasil colecionava fracassos em Copas. O time conseguia reunir bons nomes, jogadores com muito talento, mas quando chegava na hora da decisão, algo dava errado e o time sucumbia. Outro fator determinante era a total falta de planejamento e preparação da CBD, a Confederação Brasileira de Desportos, que comandava o futebol nacional. Para acabar com isso, a entidade decidiu organizar tudo previamente, para que o Brasil não passasse sufoco e se saísse bem no Mundial da Suécia. No começo de 1958, Vicente Feola foi nomeado treinador e tratou de ajudar a pôr ordem na casa. Uma de suas medidas foi implantar uma série de coisas que não poderiam ser feitas pelos jogadores antes e durante a Copa, como não fumar em público trajando o uniforme da seleção, por exemplo, ou falar com a imprensa fora dos locais permitidos. Tudo em prol da organização. Deu certo, e o grupo foi um dos mais disciplinados e unidos que o Brasil já formou. Após a escolha dos convocados, e da insistência de Feola em levar o menino Pelé, de apenas 17 anos, o Brasil estava pronto para a Copa.
Boa estreia
Com suas principais estrelas no banco, como Pelé e Garrincha, o Brasil passou bem pela Áustria na estreia da Copa, ao vencer por 3 a 0. Os gols foram de Altafini (2) e Nilton Santos. O lateral-esquerdo brasileiro, contrariando as orientações de Feola, começava a mostrar sua ótima vocação ofensiva ao ir constantemente à linha de fundo. Um fato curioso é que, nesse jogo, Feola teria dito para Santos: “volta, volta!”. Após o gol, ele disse: “muito bom, muito bom!”.
Nada de gols
Contra a Inglaterra, o Brasil, mesmo com a entrada de Vavá no lugar de Dida no ataque, não conseguiu marcar e a partida terminou empatada sem gols. Após o frustrante empate, um grupo de jogadores teria conversado com o técnico Feola exigindo a escalação de Pelé e Garrincha. O fato nunca foi confirmado, mas no jogo contra a URSS os dois entraram em campo. E o Brasil deu show. Com dois gols de Vavá, o Brasil venceu por 2 a 0, mas o placar não refletiu o que foi o jogo. A seleção só não goleou de maneira impiedosa os soviéticos porque na meta deles havia o maior goleiro de todos os tempos: Lev Yashin, o “Aranha Negra”. O goleirão salvou gols incríveis e “garantiu” a magra derrota placar para a seleção europeia. A vitória encheu o Brasil de moral: hora das quartas de final.
Parada dura
Novamente contra uma seleção britânica, o Brasil suou, mas dessa vez marcou um golzinho salvador, e venceu País de Gales por 1 a 0, num golaço de Pelé, que chapelou o zagueirão adversário e estufou a rede: histórico! O mundo conhecia o menino que faria história muito em breve. O resultado premiou a seleção brasileira, que atacou o tempo todo e não desistiu nenhum minuto.
Show de gols
Na semifinal, o Brasil encarou a máquina de fazer gols da França, que tinha a dupla Fontaine (artilheiro daquela Copa com 13 gols, recorde até hoje em uma só edição de mundial) e Kopa. Mas a seleção não se intimidou e venceu com categoria. Vavá abriu o placar aos 2´, mas Fontaine empatou. Didi fez o dele, aos 39´. No segundo tempo Pelé deu show, e marcou três gols, aos 8´, 19´e 31´. Fontaine ainda descontou aos 38´: 5 a 2 para o Brasil. A seleção estava pela segunda vez na história na final.
O filme inverso
O Brasil decidiu contra a dona da casa, a Suécia, a Copa de 1958. E um fato curioso aconteceu dias antes da final. A FIFA teve que realizar um sorteio para definir quem iria jogar com o seu uniforme principal, pois ambas as equipes vestiam camisas amarelas. A anfitriã saiu vencedora e iria vestir seu manto número 1. Com isso, o roupeiro da seleção brasileira, Francisco de Assis, teve de procurar um jogo de camisas azuis e bordar os logos da CBD – que estavam nas camisas amarelas – na nova roupagem.
Supersticiosos, os brasileiros temiam por uma nova derrota como em 1950. Mas Paulo Machado de Carvalho, líder da delegação canarinho no Mundial, tratou de burlar aquele pessimismo. Entusiasta nato, Carvalho ganhou fama pelos discursos que inflamavam jogadores e os enchiam de esperança. Nos vestiários, ele chegou com as camisas azuis dizendo: “Turma, o Brasil vai jogar de azul, que é a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida”. Foi o suficiente para o temor ir embora e os jogadores se inflarem rumo ao título inédito.
Outro show e a conquista do mundo
Logo no começo do jogo, a Suécia abriu o placar, aos 4´. Era a primeira vez que a seleção saía atrás do marcador. Didi, gênio do meio campo brasileiro, teve toda a calma ao pegar a bola, caminhar com tranquilidade até o círculo central, e dizer, segundo o folclore da bola: “vamos encher esses gringos!”. E o Brasil encheu. Vavá, aos 9´ e aos 32´, virou o jogo e deixou o Brasil com a vantagem ao final do primeiro tempo. No segundo, um show. Pelé, aos 10´ (outra pintura do menino-rei, chapelando o zagueiro, num de seus gols mais emblemáticos), e Zagallo, aos 23´, fizeram 4 a 1. A Suécia ainda diminuiu aos 35´, mas Pelé marcou o quinto, de cabeça. Assim que saiu o gol, o juiz apitou o final do jogo: o Brasil, pela primeira vez em sua história, era campeão mundial de futebol. A euforia tomou conta de todos os jogadores, e as imagens de Pelé chorando como um bebê e do capitão brasileiro Bellini erguendo para os céus a taça ficaram marcadas para sempre. A seleção desfilou com uma bandeira da Suécia pelo gramado, e recebeu ovacionados aplausos: todos saudavam os melhores do mundo.
Festa absurda
A volta dos jogadores ao Brasil foi estrondosa. Os atletas só conseguiram dormir 43 horas após o embarque, tamanha comoção e afazeres festivos que eles tiveram que participar. Na festa, surgiu a famosa música: “A taça do mundo é nossa, com brasileiro, não há quem possa…” uma marchinha que embalaria a todos para o próximo compromisso, quatro anos depois.
Base mantida para o Bi
Antes da Copa de 1962, a seleção ainda venceu grandes jogos, como os disputados contra a Argentina pela Copa Roca. A CBD manteve a base de ouro que conquistou o título na Suécia, o mesmo planejamento eficaz e só mudou o técnico: saiu Feola, com problemas de saúde, e entrou Aymoré Moreira. Com um time ainda mais forte, experiente, e sem o complexo vira-lata de antes, o Brasil era favorito absoluto ao título.
Problemas no início
Depois de 12 anos, a Copa do Mundo era disputada novamente na América do Sul, dessa vez no Chile. O Brasil estreou contra a seleção do México, e, sentindo demais o peso da estreia, venceu por apenas 2 a 0. E jogando muito mal. Os gols foram de Zagallo e Pelé. Na segunda partida, um empate sem gols contra a Tchecoslováquia que teve sabor de derrota: com uma distensão na perna, Pelé se contundiu e ficou fora da Copa. E agora, quem poderia ser a estrela do time no ataque, marcar gols, construir obras primas e ser a referência no restante do mundial? Oras, Garrincha!
Classificação, no sufoco
Sem Pelé, e com Amarildo no lugar do Rei, o Brasil penou para vencer a Espanha de Gento e do craque Puskás, que se naturalizara espanhol. O substituto Amarildo foi quem marcou os dois gols que decretaram a vitória de virada do Brasil por 2 a 1. O resultado classificou a seleção e eliminou a Espanha, que de fúria não teve nada naquele mundial…
Baile
Nas quartas de final, o Brasil encontrou a velha conhecida Inglaterra. A seleção deu show, Garrincha jogou muito, driblou inúmeros ingleses, e ajudou com seus dois gols (o outro foi de Vavá) a dar a vitória ao Brasil por 3 a 1. Um fato curioso naquele jogo foi a invasão de um cãozinho no campo, que conseguiu driblar ninguém mais ninguém menos que Garrincha, em uma das cenas mais divertidas das Copas.
Mais um show de Garrincha
Nas semifinais, o Brasil enfrentou a valente seleção do Chile, dona da casa. O jogo foi dominado desde o início pelo Brasil, que abriu 2 a 0 com dois gols de Garrincha. No final do primeiro tempo, o Chile descontou. No comecinho do segundo, Vavá fez o terceiro do Brasil, mas Sánchez diminuiu, de pênalti. Aos 33´, Vavá marcou mais um e deu a vitória por 4 a 2 à seleção. Perto do final do jogo, porém, um drama: Garrincha deu um chute em um jogador chileno e foi expulso. Como o Brasil jogaria a final sem ele?
Falta de provas garante craque na decisão
O tribunal da FIFA analisou o caso da expulsão de Garrincha na semifinal contra o Chile. No relatório breve e sem detalhes do juiz peruano Arturo Yamazaki, constava que ele não havia visto o chute de Garrincha no adversário. Os jogadores do Chile que o alertaram, e Arturo foi consultar o bandeirinha uruguaio Esteban Marino, que confirmou o chute. Marino foi convocado a depor, mas ninguém o achou, já que ele tinha ido viajar a Montevidéu. Por falta de provas, a FIFA apenas advertiu Garrincha, e o craque pôde jogar a final. Dizem que a tal viagem foi patrocinada pela CBD. Mas isso faz parte do eterno folclore do futebol…
Mundo verde e amarelo
Na decisão, o Brasil encontrava novamente a Tchecoslováquia. Por ironia do destino, Garrincha, que não deveria ter jogado, estava com 38 graus de febre, e teve uma atuação discreta. Os nomes do jogo foram Vavá, matador nato, Zito, e Amarildo, que deixou mais um, mostrando estar mesmo abençoado por Pelé. Como em 58, o Brasil começou perdendo, mas virou, fez 3 a 1, e conquistou o bicampeonato mundial de futebol. A seleção se igualava ao Uruguai e a Itália como bicampeã mundial, e ficava mais próxima da posse definitiva da Taça Jules Rimet. O zagueiro Mauro levantou aos céus novamente a taça, imortalizando de vez o gesto de Bellini realizado quatro anos antes. Ninguém podia com o Brasil. Ninguém podia com Garrincha. Éramos “bons no samba, e bom no couro”.
Hiato até 1970 e o fim
O Brasil relaxou e não repetiu a eficiência na Copa de 1966. A seleção foi eliminada precocemente na primeira fase e só voltaria a brilhar em 1970, no México. Era o fim de uma geração magnífica e que entrou para a história como uma das melhores do esporte. Foi ela que colocou o país no mapa do futebol, mostrando que o Brasil era, sim, muito bom com a bola nos pés. E que consagrou os esquemas 4-2-4, que virara marca da Hungria de 1954, e o 4-3-3, com Zagallo recuando para o meio de campo. E, claro, que mostrou ao mundo que Pelé, Garrincha, Gylmar, Didi e Nilton Santos eram de carne e osso. Um time imortal.
Os personagens:
Gylmar: foi o goleiro mais vitorioso da história do futebol brasileiro, e também considerado o melhor de todos. Seguro, com extrema agilidade e reflexo, fez 94 jogos pela seleção e disputou três Copas: 1958, 1962 e 1966. Leia mais sobre ele clicando aqui.
Djalma Santos: na Copa de 1958, jogou apenas a final, no lugar do titular De Sordi, contundido. Foi o bastante para ser eleito o melhor daquele mundial. Djalma Santos foi um dos maiores laterais direitos da história do futebol mundial, e disputou 98 jogos pelo Brasil, além de jogar quatro Copas, em 1954, 1958, 1962 e 1966. Leia mais sobre ele clicando aqui.
De Sordi: exímio marcador e com boa presença na cobertura ao ataque, De Sordi foi titular absoluto do Brasil na Copa de 1958, ficando de fora apenas da final. Foi ídolo no São Paulo, onde jogou mais de 500 partidas.
Orlando: foi, ao lado de Bellini, a segurança da zaga na Copa de 1958. Leal e regular, foi fundamental na conquista da primeira Copa pelo Brasil.
Zózimo: um dos grandes zagueiros de seu tempo, Zózimo construiu sua carreira no Bangu, e só conquistou títulos pela seleção: justamente as Copas de 1958 (reserva) e 1962 (titularíssimo).
Bellini: entrou para a história ao ser o primeiro capitão a levantar aos céus da Taça Jules Rimet, num gesto que seria copiado por todos a partir de então. Elegante fora de campo, Bellini se transformava dentro dos gramados com muita raça, vigor e valentia. Foi o soberano na zaga brasileira em 1958.
Mauro Ramos: era o pilar da zaga do grande Santos da década de 60, e depois de muita insistência, brilhou também no Brasil. Capitão em 1962, imortalizou o gesto de Bellini erguendo a Jules Rimet.
Nilton Santos: um dos maiores laterais esquerdos da história, Nilton Santos foi um dos primeiros a avançar até a linha de fundo e marcar gols, não ficando apenas na defesa e na cobertura. Dono da posição no bicampeonato mundial do Brasil, ganhou o apelido de “Enciclopédia do Futebol”, devido ao seu arsenal de jogadas, sua visão de jogo e sua classe em campo. Um mito. Leia mais sobre ele clicando aqui.
Zito: era o motorzinho do meio de campo do Brasil, ao lado de Zagallo. Fez história não só no Brasil, mas também no Santos da década de 60. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Didi: um dos maiores meias do futebol nacional, Didi foi o gênio do meio de campo brasileiro na conquista das duas Copas do Mundo de 1958 e 1962. Era o maestro do time e foi fundamental para acalmar o time na decisão da Copa de 1958, após o primeiro gol da Suécia. Leia mais sobre ele clicando aqui.
Zagallo: o “velho lobo” era jovem e cheio de fôlego nessa época, ganhando o apelido de “formiguinha”, por seu esforço tremendo no meio de campo. Marcou gols importantes, como na final da Copa de 1958. Foi um dos símbolos da geração bicampeã mundial. Leia mais sobre ele clicando aqui.
Garrincha: o maior ponta direita do futebol brasileiro carregou a seleção nas costas na Copa de 1962, após a contusão de Pelé. Seus dribles, jogadas, passes e gols deram o bicampeonato ao Brasil, e o imortalizou como um dos maiores da história do futebol. Foi gênio. Leia mais sobre ele clicando aqui.
Pelé: o rei ainda era menino quando deixou o mundo de boca aberta na Copa de 1958. Seus golaços e jogadas logo o credenciaram como o melhor de seu tempo, o que seria confirmado na década de 60. O gol que marcou em plena final da Copa na Suécia, após chapelar o zagueiro adversário, é um dos mais bonitos de todos os tempos. E obra de quem foi Rei do Futebol no século XX. Leia mais sobre ele clicando aqui.
Altafini: conhecido no Brasil como Mazzola, pela semelhança física com o genial Valentino Mazzola, o “brasileiro Mazzola” começou titular na Copa de 1958, fez gols contra a Áustria, jogou contra a Inglaterra, mas não teve como concorrer com Pelé no ataque brasileiro. Quando o Rei entrou em campo, Altafini só jogou contra País de Gales, no lugar de Vavá. Brilhou no futebol italiano, principalmente no Milan.
Amarildo: teve a ingrata tarefa de substituir Pelé na Copa de 1962. E não comprometeu. O atacante jogou muito, marcou gols importantíssimos e ficou conhecido como “Possesso”. Foi fundamental na conquista do bicampeonato.
Vavá: o peito de aço é um dos quatro (os outros são Pelé, Breitner e Zidane) a marcar gols em duas finais de copas. O “Peito de Aço”, como ficou conhecido, foi um dos maiores centroavantes da história, e tinha um faro absurdo para fazer gols. Foi peça mais do que importante nas duas Copas ganhas pelo Brasil em 1958 e 1962. Leia mais sobre ele clicando aqui.
Vicente Feola (Técnico 1958-1961): um dos responsáveis pela organização da seleção na Copa de 1958, Feola foi símbolo do São Paulo, onde conquistou muitos títulos na década de 40. Tinha o estilo bonachão, e era muito amigo dos jogadores. Implantou o 4-2-4 que foi sucesso no primeiro título brasileiro.
Aymoré Moreira (1961-1962): substituiu Feola no comando da seleção na Copa de 1962 e não comprometeu. Manteve o padrão de jogo do time, soube administrar a perda de Pelé logo na primeira fase, e trouxe o bicampeonato mundial para o país.
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Tinham a mesma base, porém jogavam de formas muito diferentes. Em 58 tínhamos uma defesa solidíssima (revés de 4 gols em 6 jogos, nas duas últimas partidas do mundial), um ataque inspirado (16 gols) e safra renovada (Pelé a maior joia). Era um 4-2-4 que alternava o desenho em cada fase do jogo. Já em 62, o Brasil tinha nos cruzamentos sua melhor arma ofensiva (pelo menos 9 dos 14 gols foram em jogadas assim), e uma defesa um pouquinho menos segura (tomou 5 gols em 4 partidas diferentes), além de se organizar claramente em um 4-3-3. Em resumo: 58 foi melhor, mas em 62 o Mané arrebentou.
Mais alguém notou um aparelho mega moderno para 1962 ao que parece tirando uma foto da taça, na foto em que o zagueiro Mauro levanta a taça, antes do hiato. Sinistro, parece um celular, tipo um Motorola V3. Haha
Acho difícil alguém de fora não gostar da seleção brasileira de futebol. Esteja ela em qualquer momento que estiver.
Fui um ser humano previlegiado de ver Gilmar dos Santos Neves jogar na vargea santista, onde nesse time o Vila Haydem F.C, o craque do time era o meia esquerda Geraldo dos Santos Neves irmão do Gilmar dos Santos Neves, enfim quem viu esses verdadeiros jogadores de futebol jogar hoje so nos resta chorar de muita saudades, pobre futebol mundial que se joga hoje……..Guerra