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Esquadrão Imortal – Fluminense 1983-1985

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Em pé: Aldo, Paulo Victor, Duílio, Ricardo Gomes, Jandir e Branco. Agachados: Romerito, Delei, Washington, Assis e Tato.

 

Grandes feitos: Campeão Brasileiro (1984) e Tricampeão Carioca (1983, 1984 e 1985). Acabou com a hegemonia do Flamengo em território nacional e estadual.

Time base: Paulo Vítor; Aldo (Getúlio), Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Jandir, Delei (Leomir) e Romerito; Assis, Washington e Tato (Paulinho). Técnico: Carlos Alberto Parreira.

Nos embalos do Casal 20

Por Guilherme Diniz

 

Depois da Máquina Tricolor que encantou o Brasil e a Europa na metade da década de 1970, o Fluminense voltou a repetir a dose vencedora exatamente uma década depois. A grande diferença, porém, foi que o time montado pelo tricolor das Laranjeiras apostava mais na força do conjunto e nos jovens ao invés de estrelas consagradas. Com o talento estonteante de Delei, Branco e Ricardo Gomes, um sistema defensivo muito forte e uma linha de frente irresistível com Romerito, Washington e Assis, o Fluminense marcou época de 1983 até 1985 ao conquistar o tricampeonato carioca e o Campeonato Brasileiro de 1984, com direito a baile no poderoso Corinthians de Sócrates em pleno Morumbi. A torcida tricolor, que viu o principal rival (Flamengo) vibrar sem parar no começo dos anos 80 riu à toa depois do auge do time de Zico. Os tempos haviam mudado. A moda era o “Casal 20” Washington e Assis. O Imortais relembra agora os feitos e títulos daquele grande e inesquecível Fluminense.

 

Para voltar a ser protagonista

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Assis e Washington: Casal 20 fez história nas Laranjeiras.

 

Em 1983, o Rio de Janeiro (e o Brasil) tinha apenas um rei: o Flamengo, que esbanjava categoria, futebol arte e beleza em campo com seus craques fabulosos, atuações magníficas e capaz de arrastar mais de 100 mil pessoas ao Maracanã com uma facilidade incrível. Afinal, ver Leandro, Júnior, Mozer, Adílio, Andrade, Zico e Nunes era o maior espetáculo do país naqueles tempos. Isso, claro, incomodava demais os outros times do Rio, inclusive o Fluminense, que não celebrava um título desde 1980, ano em que venceu o Campeonato Carioca. A equipe já não era mais a mesma de 1980, tendo apenas Delei como remanescente daquele período. Precisando de reforços e nomes de peso para poder voltar aos bons tempos, o tricolor trouxe nomes que mudariam para sempre o destino da equipe: os meio-campistas Leomir e Jandir, o ponta-esquerda Tato e o lateral-esquerdo Branco. Vieram também o zagueiro Duílio, e a grande contratação da equipe na temporada: os atacantes Washington e Assis, vindos do Atlético-PR. A dupla tinha acabado de conquistar o campeonato paranaense pelo Furacão, mas ainda não tinha o reconhecimento nacional por jogar longe do eixo Rio-SP. Os atacantes já eram conhecidos como “Casal 20”, em alusão a um seriado de TV muito famoso na época, criado pelo romancista Sidney Sheldon. Mal sabia a torcida tricolor que aquele “casal” iria trazer muitas glórias para o Flu já em 1983.

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Superando o favorito

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Mesmo sem Zico, que após o título do Campeonato Brasileiro foi jogar na Udinese (ITA), o Flamengo era o grande favorito ao caneco do Carioca em 1983. Na época, os estaduais eram disputados no segundo semestre, após o Nacional, diferente de hoje. O Flu, que tinha feito uma campanha ruim no torneio, queria dar a volta por cima. Comandado pelo técnico José Luís Carboni, o tricolor venceu a Taça Guanabara e se garantiu no triangular final (disputado em turno único) do Estadual, ao lado do Flamengo, campeão da Taça Rio, e do Bangu, que somou o maior número de pontos no torneio. O Fluminense empatou o primeiro jogo contra o Bangu em 1 a 1 e foi para o tudo ou nada contra o Flamengo. O jogo ficou 0 a 0 até os minutos finais quando o atacante Assis deu a primeira mostra que seria o maior terror dos rubro-negros na década.

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Perto dos 45´do segundo tempo, e o empate sem gols no placar, a torcida do Flamengo já cantava a eliminação do rival e o possível título, que poderia vir com uma simples vitória sobre o Bangu. Foi então que Delei deu um passe magistral para Assis, que conduziu a bola até a área do Flamengo, chutou e a redonda passou entre as pernas de Raul: Fluminense 1×0 Flamengo. A massa tricolor explodiu de alegria. E Assis entrava de maneira instantânea no rol dos imortais do tricolor. No jogo seguinte, o Flu teve que torcer “de leve” para o Bangu não vencer o Flamengo, pois aí teria que ocorrer uma partida desempate entre alvirrubros e tricolores. Mas não foi necessário, pois o Flamengo venceu, garantindo o título do Flu. Assis foi o artilheiro da equipe no torneio com 11 gols e ajudava a colocar fim no jejum de conquistas. Começava ali a celebração de uma nova fase nas Laranjeiras.

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Meta: Campeonato Brasileiro

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Campeão estadual, o Fluminense começou o ano de 1984 tendo o Brasileiro como principal objetivo. A equipe sabia que a missão seria duríssima pelo fato de outras grandes equipes estarem no páreo como Corinthians, Grêmio, Flamengo e Vasco. O Flu manteve a ótima base do ano anterior e ainda se reforçou com a contratação da maior estrela do futebol paraguaio na década de 80: o meia Romerito, vindo do New York Cosmos (EUA) por Cr$ 800 milhões. O técnico Carboni deixou o clube durante o campeonato e foi substituído por Carlos Alberto Parreira, que melhorou ainda mais o padrão de jogo do Flu, com mais pegada no meio de campo, defesa cada vez mais plena e forte e o ataque com mais liberdade e mais criatividade, graças a Romerito. O Flu estava pronto para a batalha.

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O Brasileiro de 1984 foi inchado, com 40 clubes divididos em oito chaves de cinco equipes cada. Com partidas de ida e volta, três de cada grupo e quatro com o melhor índice técnico disputariam a segunda fase. O Fluminense, mesmo tendo iniciado a disputa sem Paulo Victor e Ricardo Gomes, com a seleção brasileira no pré-olímpico, conseguiu a classificação com cinco vitórias, dois empates e apenas uma derrota em oito jogos. Em uma nova fase de grupos, o Flu fez uma melhor campanha e foi líder, com três vitórias, dois empates e apenas uma derrota em seis jogos. Os destaques foram as vitórias sobre o São Paulo, no Morumbi, por 2 a 0 (gols de Washington e Rogério), e o 3 a 0 sobre o Goiás, no Maracanã (gols de Leomir, Assis e Washington).

O Flu de 1984: meio de campo talentoso e ataque iluminado garantiram o título nacional.
O Flu de 1984: meio de campo talentoso e ataque iluminado garantiram o título nacional.

 

Embalado para a reta final

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Já com Parreira no comando, o Fluminense seguiu embalado na terceira fase, no Grupo A, ao lado de Portuguesa, Operário e Santo André. A equipe aproveitou a fragilidade dos adversários e ficou invicta, com quatro vitórias e dois empates em seis jogos.

 

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Depois de tantas fases de grupos, a hora da verdade chegou no mês de abril, com as quartas de final. O Flu encarou o Coritiba, que começava a montar a equipe histórica que venceria o Brasileiro de 1985. No primeiro jogo, em Curitiba, empate em 2 a 2, com os gols do Flu marcados por Washington e Romerito. Na volta, no Maracanã, o Fluminense deu um de seus maiores shows ao aplicar 5 a 0 nos paranaenses, com gols de Washington (2), Assis, Renê e Romerito. A goleada serviu para inspirar o Flu no seu maior desafio: o Corinthians, de Sócrates.

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Baile tricolor

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O Fluminense teve que encarar a Fiel torcida e o ótimo time do Corinthians da “Democracia Corintiana” na semifinal do Brasileiro de 1984. O técnico Parreira armou um esquema tático impecável para o primeiro jogo, no Morumbi, onde o tricolor usou e abusou da coletividade do grupo e no contra ataque em velocidade. Com isso, a equipe neutralizou com muita personalidade as principais jogadas do rival e venceu por categóricos 2 a 0, gols de Assis e Tato. O Corinthians teria que vencer por três gols de diferença, no Maracanã, se quisesse ir para a final. Com mais de 118 mil pessoas, o Timão não conseguiu furar a sólida zaga tricolor, e o empate sem gols garantiu o tricolor na final do Campeonato. O adversário, quem diria, seria um rival “doméstico”: o Vasco da Gama.

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Romerito garante o Brasil tricolor!

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Embalado, com uma zaga impecável, um meio de campo pegador, e um ataque letal, o Fluminense era o favorito na final do Campeonato Brasileiro de 1984, contra o Vasco de Roberto Dinamite e Arturzinho. No primeiro jogo, no Maracanã, o tricolor foi superior ao rival na maior parte do jogo e venceu por 1 a 0, gol de Romerito aos 23´do primeiro tempo.

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Com a vantagem do empate para a partida de volta, novamente no Maracanã, o Flu usou a mesma tática das semifinais, contra o Corinthians, e segurou o empate sem gols. O Fluminense vencia seu segundo título nacional na história, o primeiro desde o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970. A campanha foi memorável: 26 jogos, 15 vitórias, 9 empates, 2 derrotas, 37 gols a favor e apenas 13 contra, com saldo positivo de 24 gols.

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Era a consagração de uma equipe talentosa, técnica e que primava pelo trabalho em grupo, pela tática e pelos gols de Assis, Washington e do recente ídolo Romerito. O Brasil, depois de ter virado rubro-negro por três anos quase seguidos, ganhava novas cores: verde, branco e grená.

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Ano perfeito

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Depois da conquista do Brasileiro, o tricolor fez várias excursões pelo mundo, participou de torneios amistosos e teve como baixa o técnico Carlos Alberto Parreira, que partiu para o futebol árabe, dando lugar a Luís Henrique. O treinador ficou pouco no cargo, e deu lugar ao ídolo Carlos Alberto Torres, ex-lateral do Flu que integrou a Máquina Tricolor da década de 70. No comando da equipe, que manteve a base campeã nacional, o “Capitão do Tri” levou o Flu a mais uma decisão de Carioca, que foi disputada novamente num triangular de turno único, contra Flamengo e Vasco. No primeiro jogo, o Flu bateu o “freguês” Vasco por 2 a 0, gols de Romerito e Paulinho. No segundo e decisivo jogo, contra o Flamengo, uma vitória daria o título ao tricolor. E, novamente, o filme de 1983 se repetiu, com Assis marcando um gol nos minutos finais do jogo, garantindo o 1 a 0 e o bicampeonato estadual ao tricolor.

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Era a coroação de um ano perfeito, que colocou o Fluminense no topo do futebol nacional e um dos poucos clubes que venceram em uma mesma temporada um título brasileiro e um estadual. A torcida estava em festa. E as brincadeiras sobre os rivais foram as maiores possíveis, incluindo a famosa frase em alusão ao ídolo Assis, carrasco dos rubro-negros:

“Recordar é viver, Assis acabou com você.”

 

 

 

Hegemonia do Rei do Rio

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Depois de dois anos maravilhosos, parecia que 1985 não seria bom para o Flu. A equipe foi mal no Campeonato Brasileiro, não passou da primeira fase da Libertadores e ainda perdeu Assis e Aldo por contusões bem na reta final do Campeonato Carioca. Será que o time passaria em branco a temporada? Claro que não!  Depois de vencer a Taça Guanabara, o Flu foi para o triangular final ao lado do Flamengo (sempre ele…) e do Bangu, que vivia grande fase após o vice-campeonato brasileiro daquele ano. No primeiro jogo, o Flu empatou em 1 a 1 com o Flamengo, e viu o Bangu vencer o rubro-negro por 2 a 1. A decisão seria mesmo entre Fluminense e Bangu, no Maracanã. Quem vencesse, ficaria com o título. A final foi repleta de hostilidade, muitas faltas e pressão. Parecia que tudo e todos estavam contra o tricampeonato do Fluminense.

Mas Romerito e Paulinho marcaram os tentos da vitória por 2 a 1, que garantiu o marcante tricampeonato do clube no Rio, o primeiro da era Maracanã. O Flu chegava ao auge com mais um caneco estadual, deixava o rival Flamengo novamente sem um título e celebrava a terceira estrela no peito (cada estrela no escudo do Flu simboliza um tricampeonato estadual. Os outros dois foram em 1917, 1918 e 1919 e 1936, 1937 e 1938). De quebra, o tricolor aumentava ainda mais o status de “Rei do Rio”, com 27 conquistas. Porém, junto com aquela glória, viria o fim daquele grande time.

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Um tricolor para guardar no coração

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Depois do título Brasileiro e do tricampeonato estadual, o Fluminense voltou a cair no ostracismo e nas “vacas magras”. A equipe voltaria a conquistar o Carioca apenas 10 anos depois, em 1995, no histórico gol de barriga de Renato Gaúcho em cima do Flamengo, que celebrava seu centenário. O time ainda viveria dramas impensáveis de 1996 até 1999, com rebaixamentos e crises sem precedentes, mas se reergueu a partir de 2007 e voltou a figurar entre os titãs do futebol brasileiro, lugar que o Fluminense sempre pertenceu. O inesquecível esquadrão supercampeão dos anos 80 é um eterno xodó da torcida tricolor por devolver a alegria ao clube, por fazer os rivais fregueses (incluindo o poderoso Flamengo), e por ter consolidado a imortalidade de Ricardo Gomes, Branco, Delei, Romerito, Washington e Assis, figuras emblemáticas de um time imortal.

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Os personagens:

Paulo Vítor: um dos maiores goleiros da história do Fluminense, Paulo Vítor é dono da média mais baixa de gols sofridos de um goleiro do tricolor nos Campeonatos Brasileiros e o segundo menos vazado do Flu, com 179 partidas sem levar gols. Carismático, Paulo Vítor é o segundo goleiro que mais vestiu a camisa tricolor, atrás apenas de Castilho, com 358 jogos disputados de 1981 até 1988.

Aldo: ótimo lateral direito do tricolor nas conquistas de 1983 a 1985. Muito eficiente na marcação, Aldo foi fundamental no Brasileiro de 1984 e nos estaduais de 1983 e 1984. Teve uma contusão em 1985 e ficou de fora do tricampeonato.

Getúlio: marcou época no Atlético-MG e no São Paulo, na década de 70, antes de ir para o Fluminense, em 1984. Atuou algumas vezes na seleção e só não foi mais utilizado porque tinha que concorrer com Aldo, em grande fase. Mesmo assim, foi fundamental no tricampeonato carioca de 1985.

Duílio: seguro, ótimo no posicionamento e um muro na zaga, Duílio fez uma das melhores duplas de zaga da história do Fluminense ao lado de Ricardo Gomes, de 1983 até 1985. Talentoso, Duílio fez da retaguarda tricolor quase intransponível nas conquistas do tricampeonato carioca e do Brasileiro de 1984. Foi ídolo no clube carioca.

Ricardo Gomes: uma das maiores revelações das categorias de base do tricolor, Ricardo Gomes vestiu apenas uma camisa no período em que esteve no futebol brasileiro, de 1982 até 1988: a do Fluminense. Dono de atuações impecáveis, leal, seguro e também muito técnico, Gomes brilhou, também, pela seleção brasileira, e só ficou de fora do grupo que venceu a Copa do Mundo de 1994 por uma contusão. Depois de brilhar no Flu, o zagueiro fez história no Benfica, de Portugal, no PSG (quando jogou ao lado de Raí) e novamente no Benfica, quando encerrou a carreira, em 1996. Hoje, é técnico de futebol e se recupera de um grave AVC que sofreu em 2011.

Branco: no coração da torcida brasileira pelo golaço de falta que fez contra a Holanda, na Copa do Mundo de 1994, tento crucial para a caminhada do Brasil rumo ao tetracampeonato mundial, Branco já morava no coração da torcida tricolor muito antes, pela sua imensa identificação com o clube e atuações de gala na década de 80. Lateral-esquerdo, Branco voou pelo tricolor e fez uma parceria memorável com o ponta-esquerda Tato, infernizando as zagas rivais com muita técnica e chutes poderosos. Foi um dos grandes craques nas conquistas dos Cariocas e do Brasileiro de 1984. Ídolo e gigante no Fluminense.

Jandir: foi o “Dunga” do tricolor, pela raça, eficiência na marcação e na proteção à zaga. Foi um dos grandes no meio de campo tricolor até o final da década de 80, tendo participado ativamente dos títulos estaduais e do Brasileiro de 1984.

Delei: outro revelado pelo tricolor, Delei é um dos maiores meio-campistas que o Fluminense já teve. Armava jogadas fabulosas para o “Casal 20” destruir as zagas rivais. Foi dele o passe memorável para o gol de Assis na final do Carioca de 1983, que marcou o início das façanhas daquele timaço. Técnico e com muito espírito de equipe, Delei é um ídolo imortal do tricolor. Craque.

Leomir: muito versátil, podendo jogar como volante, meia e até lateral-direito, Leomir foi o coringa que o Flu precisava em diversos jogos na conquista do tricampeonato carioca e do Brasileiro de 1984. Jogou seis anos nas Laranjeiras.

Romerito: maior nome do futebol paraguaio na década de 80, Romerito chegou como estrela ao Flu em 1984. E não decepcionou. Muito habilidoso, com uma visão de jogo fantástica, raçudo e goleador, o meia entrou para a história por ser o autor do gol que deu ao Flu o título do Brasileiro de 1984, ganhando o apelido de “Dom Romero”. Virou ídolo eterno do Fluminense e até hoje figura nas arquibancadas ou na sede social do tricolor.

Assis: ao lado de Washington, fez a mais emblemática dupla de atacantes do Fluminense, que ganhou o apelido de “Casal 20”. Tinha técnica apurada, futebol simples, dribles desconcertantes, oportunismo e eficiência no jogo aéreo. Por marcar tantos gols no Flamengo, sendo dois que valeram os títulos cariocas de 1983 e 1984, fica fácil entender por que o atacante é um dos maiores ídolos da história do clube. Imortal do tricolor.

Washington: do alto de seus 1,88m de altura, Washington causava o terror nos adversários com uma impulsão formidável e cabeçadas letais. Ao lado de Assis, fez a dupla “Casal 20”, que virou sinônimo de gols, títulos e terror para os flamenguistas. Marcou 118 gols em 311 jogos pelo tricolor, inclusive alguns golaços, como um de voleio (ou seria uma meia bicicleta?) contra o… Flamengo.

Tato: jogou no Goiânia, Coritiba e Inter antes de virar ídolo e conhecido em todo país pelo Fluminense. Por enfrentar uma concorrência ferrenha com Paulinho, Tato teve que jogar muito pelo tricolor na ponta-esquerda, marcando gols, dando passes, e fazendo jogadas magistrais com Branco, Romerito, Assis e Washington. Estrela no tricampeonato carioca e no Brasileiro de 1984, Tato só teve uma decepção na carreira: as poucas chances na seleção brasileira no período, fato, porém, que a torcida tricolor nem ligou… Muito querido no Flu.

Paulinho: ficou conhecido como Paulinho Carioca e também foi revelado pelas categorias de base do tricolor. Ponta-esquerda muito habilidoso e goleador, Paulinho sofreu com a concorrência de Tato, mas teve seu destaque em 1985, quando ajudou o Flu a conquistar o tricampeonato carioca, ao marcar um dos gols da vitória sobre o Bangu por 2 a 1.

Carlos Alberto Parreira (Técnico): a história de Parreira e do Fluminense se confundem, praticamente. O treinador sempre teve passagens emblemáticas pelo time das Laranjeiras, com títulos históricos e marcantes. Embora o Flu tenha tido vários técnicos de 1983 até 1985 (Cláudio Garcia, Carboni, Luiz Henrique, Carlos Alberto Torres, Pastoriza e Nelsinho Rosa), foi Parreira o responsável pelo mais importante deles: o Brasileiro de 1984, quando soube usar todas as qualidades, técnicas e habilidades dos jogadores e dar ao tricolor um título inesquecível.

 

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Comentários encerrados

9 Comentários

  1. Os jogadores que formaram este Super-esquadrão de 1983 – 1985 é um dos maiores times da História do Fluminense. O time de !975 – 1976, a máquina, apesar ser um time perfeito, não foi vitorioso como o referido time da década de 80. Acho que todos os jogadores deste time de 1983 – 1985 deveria todos ser consagrados como ídolos de todos os tempos. Eles têm méritos para isto. Dá saudades em quem viu este time jogar.

  2. Me lembro daquele time (83/85) como hoje! Não tinha TV em minha cidade, apenas a Rádio Globo (Rio). Assistia o panorama esportivo das 22:00 à 00:00 hs.
    Hoje vejo alguns atletas atuais do Fluminense, exigindo que a torcida o reconheçam como ídolos, sem terem feitos 1/5 de um daqueles jogadores maravilhosos como o Jandir, Branco, Ricardo, Aldo, Paulo Vitor, Delei, Tato, Paulinho, Duílio, Assis e Washington, Romerito, Leomir, Vica, Renê, Renato, etc…
    Me lembro de uma história que ví na revista PLACAR sobre a final do brasileiro de 1984:
    O massagista do vasco eterno Pai Santana, foi na floresta da Barra da Tijuca e lá fez uma oferenda, para PRENDER AS PERNAS do Assis e do Washington no primeiro jogo da final em que o Flu ganhou de 1 x 0 (GOL DE ROMERITO).
    Perguntaram a ele sobre, e o mesmo respondeu que deveria ter prendido a perna do Romerito também, mas que para o segundo jogo, todos os jogadores do Flu, estaria com as PERNAS PRESAS. O jogo terminou em 0 x 0 (Flu campeão).
    Então o repórter exclamou: Pai Santana prendeu as pernas dos jogadores do Fluminense mas se esqueceu de soltar as dos jogadores do Vasco.

  3. Excelente postagem. Senti falta só de uma referência inicial ao Cláudio Garcia, técnico antes do Carbone. E também ao célebre Paulinho, sombra de Tato na ponta-esquerda e campeão mundial junior (sub-20) em 1983. Quanto ao comentário acima, o Ricardo Lopes foi reserva do Paulo Vítor por mais tempo e antes do Ricardo Cruz.

  4. Excelente postagem. Senti falta só de uma referência inicial ao Cláudio Garcia, técnico antes do Carbone. E também ao célebre Paulinho, sombra de Tato na ponta-esquerda e campeão mundial junior (sub-20) em 1983. Quanto ao comentário acima, o Ricardo Lopes foi reserva do Paulo Vítor por mais tempo e antes do Ricardo Cruz.

  5. Timaço Realmente , Faltou só a Libertadores pra esse time que foi mais vitorioso que a máquina de 1975-1976 , mas acho o time de 2009-2012 , mais vitorioso , não melhor , alias site podia botar o flu de 2009-2012. E uma dica de jogão inesquecivel , cruzeiro 2 x 3 fluminense em 2009 , foi nesse jogo que o fluminense virou o time de guerreiros e arrancou para escapar do descenco e pros titulos .

Craque Imortal – Neeskens

Jogos Eternos – Ajax 2×0 Internazionale 1972