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Grandes revelações da história da Copinha

 

Por Guilherme Diniz

 

Disputada desde 1969, a Copa São Paulo de Futebol Júnior é o mais tradicional torneio de futebol de base do Brasil. Com grandes campeões ao longo de sua história, a competição é uma vitrine para os jovens craques mostrarem seu talento ao grande público. E, claro, já vimos grandes estrelas despontarem no torneio. Vamos conferir a seguir alguns dos principais!

 

1972 – Falcão, Internacional

Antes de virar o rei do Beira-Rio, Falcão, com apenas 18 anos, ajudou o clube colorado a alcançar a final da Copa SP de 1972. Jogando ao lado de outro futuro craque, Jair, também multicampeão pelo Inter e campeão da Libertadores e do mundo pelo Peñarol em 1982, Falcão fez grandes jogos e garantiu de vez seu lugar no time profissional do Inter após a competição. O Inter, porém, foi derrotado na final pelo Nacional-SP. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

1972 – Toninho Cerezo, Atlético-MG

O meio-campista que brilhou em diversos clubes do mundo e na seleção jogou a Copinha de 1972 e ajudou o Galo a alcançar as quartas de final. Com suas passadas largas, grande visão de jogo e técnica irrepreensível, Toninho se transformou em um craque fora de série. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

1973 – Carlos Alberto Pintinho, Fluminense

Um dos mais talentosos meio-campistas do futebol brasileiro nos anos 1970 e membro da Máquina Tricolor, Pintinho já havia estreado pelo Flu em 1972 antes de jogar a Copinha de 1973. Comandado pelo técnico e ídolo Pinheiro, o tricolor foi campeão daquele ano ao derrotar o Corinthians na final por 2 a 0.

 

1974 – Jair, Internacional

Jair foi vice-campeão da Copinha ao lado de Falcão em 1972, mas em 1974 foi o principal protagonista do título colorado de 1974, quando o clube gaúcho bateu a Portuguesa na final por 2 a 1. A partir dali, o meia virou um dos grandes nomes do Inter naqueles anos 1970.

 

1977 – Édson, Ponte Preta

Depois de jogar na Ponte, Édson brilhou pelo Timão.

 

Lateral-direito muito eficiente nos cruzamento e no apoio ao ataque, despontou na Ponte Preta e brilhou na Copinha daquele ano. Ajudou a equipe de Campinas a alcançar a final, mas a Macaca acabou perdendo a decisão para o Fluminense por 2 a 1. Édson jogou nos profissionais da Ponte até 1983, quando foi para o Corinthians e viveu o ápice da carreira, sendo convocado para a Copa do Mundo de 1986, na qual começou como titular até se contundir e dar lugar a Josimar.

 

1981 – Casagrande, Corinthians

Foto: Frank Geyer.

 

O centroavante grandalhão que brilhou no time da Democracia foi o artilheiro da Copinha com 5 gols e cravou de vez seu espaço entre os profissionais a partir dali. Com grande senso de colocação, perito no jogo áereo e grande finalizador, Casagrande aproveitou muito bem a vitrine da Copinha para catapultar sua carreira.

 

1981 e 1982 – Chicão, Ponte Preta

Atacante trombador e decisivo, foi um dos destaques da campanha do inédito título da Ponte na Copinha de 1981, quando a Macaca derrotou o São Paulo na final por 1 a 0. O goleador jogou na equipe alvinegra até 1986 e foi medalhista olímpico em 1984 pela seleção brasileira, quando a equipe canarinho ficou com a prata. Ele anotou mais de 100 gols pela Ponte Preta na carreira. Em 1982, Chicão marcou os dois gols da vitória da Macaca por 2 a 1 sobre o Santos que valeu o bicampeonato da Copinha. Uma curiosidade é que a edição de 1982 foi disputada também em 1981, com a final realizada em dezembro. Com isso, a Ponte Preta é até hoje o único clube com dois troféus em uma só temporada.

 

1983 – Raí, Botafogo-SP

Antes de brilhar pelo São Paulo e pelo PSG, o meia Raí despontou vestindo as cores do Botafogo de Ribeirão Preto e com a fama de ser o irmão de Sócrates, na época vivendo o auge da carreira no Corinthians e capitão da seleção. Perto de completar 18 anos na época, Raí foi um dos principais nomes do time até a decisão, quando o clube paulista acabou derrotado pelo Atlético-MG. Raí jogou no Botafogo até 1987, quando se transferiu para o São Paulo e virou um dos maiores ídolos da história do clube. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

1984 – Marcelo Djian, Corinthians

O zagueiro campeão brasileiro em 1990 pelo Timão despontou naquele ano na Copinha vestindo o manto alvinegro. Ja demonstrando a técnica e grande senso de posicionamento que seriam suas características, Djian, de 18 anos, ajudou o clube do Parque São Jorge a chegar à final, quando acabou derrotado pelo Santos. 

 

1985 – Gil Baiano, Guarani

O lateral-direito que brilhou no Bragantino dos anos 1990 e em vários clubes posteriormente fez seu debute no Guarani vice-campeão da Copinha de 1985. Muito bom na parte ofensiva e com um canhão na perna-direita, foi um dos principais nomes do alviverde naquele ano.

 

1986 – César Sampaio, Santos

Volante muito técnico e ótimo nos passes, César Sampaio despontou no Santos em 1986 e ajudou o Peixe a alcançar as oitavas de final da edição daquele ano. Ele seguiu no clube até o começo dos anos 1990, ganhou uma Bola de Ouro na premiação da revista Placar e se transferiu para o futebol japonês. Anos depois, brilhou no Palmeiras campeão da Libertadores de 1999 e foi titular do Brasil na Copa do Mundo de 1998.

 

1986 – André Cruz, Ponte Preta

Um dos zagueiros mais técnicos dos anos 1980 e 1990 e prejudicado pelo excesso de lesões, André Cruz despontou na Ponte vice-campeã da Copinha de 1986, quando perdeu a final para o Fluminense. Medalhista de prata nas Olimpíadas de 1988 pela seleção, André Cruz fez carreira no futebol europeu e também figurou pela seleção principal em 33 oportunidades.

 

1988 – Cafu, São Paulo

O capitão do penta começou o futebol vestindo a camisa do São Paulo e, em 1988, disputou a Copinha pelo tricolor. Embora o time paulista não tenha chegado à final, ele ganhou vaga no time principal tempo depois para, nos anos 1990 e 2000, se transformar em um dos maiores laterais-direitos do planeta. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

1990 – Djalminha, Marcelinho Carioca e Júnior Baiano, Flamengo

Driblador, mestre nas bolas paradas e craque nato, Djalminha foi um dos destaques do grande Flamengo campeão da Copinha de 1990. Com 8 gols, o meia foi o artilheiro da competição e brilhou ao lado de outras pratas da casa do rubro-negro como Marcelinho Carioca, o “Pé de Anjo” que foi ídolo do Corinthians e um dos principais meias do futebol brasileiro dos anos 1990; Júnior Baiano, zagueirão que se destacou naqueles anos 1990 por vários clubes e autor do gol do título da Copinha; Piá, lateral-esquerdo muito habilidoso, e os meio-campistas Fábio Augusto e Fabinho. Para muitos, o Flamengo de 1990 foi o maior time da história da Copinha. Leia mais sobre Djalminha clicando aqui!

 

1991 – Dener e Sinval, Portuguesa

Prodígio e arrebatador, Dener foi um dos maiores craques da história da Copinha e talvez um dos mais marcantes de toda a competição. O que ele jogou naquela campanha do título da Lusa foi algo inesquecível. Suas arrancadas, dribles e gols ficaram para sempre na memória do torcedor. Uma pena que sua carreira tenha acabado tão precocemente, após um grave acidente de carro que lhe tirou a vida em 1994. Além dele, a Portuguesa campeã de 1991 teve em Sinval a referência de gols, afinal, o atacante foi o artilheiro da competição com 12 gols. Ele brilhou nos anos seguintes pelo Botafogo campeão da Copa Conmebol de 1993.

 

1991 – Danrlei, Grêmio

O goleiro ídolo da torcida tricolor nos anos 1990 foi o camisa 1 do Grêmio vice-campeão da Copinha de 1991, quando o time gaúcho perdeu para a Lusa de Dener por 4 a 0. A “revanche” do goleiro veio em 1996, quando o Grêmio derrotou a mesma Portuguesa na final do Brasileirão e ficou com o título nacional. 

 

1992 – Rivaldo, Santa Cruz

Um dos maiores meias da história do futebol nos anos 1990 e 2000, Rivaldo despontou nas categorias de base do Santa Cruz e jogou a Copinha de 1992. O tricolor foi eliminado nas quartas de final, mas os bons jogos do craque pelo Santa fizeram com que ele fosse contratado pelo Mogi Mirim naquele mesmo ano junto com os colegas Válber e Leto. Na sequência, teve uma breve passagem pelo Corinthians e, em 1994, brilhou no Palmeiras campeão brasileiro. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

1992 – Valdir Bigode, Vasco

Artilheiro marcante para as torcidas do Vasco e do Atlético-MG, Valdir foi o principal goleador da Copinha de 1992, com 8 gols, e o destaque do título vascaíno naquele ano. Ele foi para o time principal do Vasco na sequência e ajudou o Gigante da Colina a faturar o tricampeonato estadual em 1992, 1993 e 1994. Anos depois, venceu mais títulos no Galo, em especial a Copa Conmebol de 1997.

 

1993 – Rogério Ceni, São Paulo

O M1to tricolor e maior goleiro-artilheiro de todos os tempos figurou no elenco do São Paulo na campanha do título de 1993, quando o time do Morumbi bateu o Corinthians por 4 a 3. Na sequência, Rogério foi paciente, esperou a saída de Zetti e virou titular do São Paulo na segunda metade dos anos 1990 para só sair como a maior lenda da história do clube. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

1993 – Dida, Vitória

O “Muro de Gelo” despontou no futebol naquele ano vestindo o manto do Vitória na Copinha. Mesmo sem disputar a final, o goleirão foi para o time principal e ajudou o rubro-negro a alcançar uma inédita final de Campeonato Brasileiro, quando o Vitória acabou perdendo para o Palmeiras da Parmalat. Na sequência, Dida foi jogar no Cruzeiro e catapultou sua carreira como um dos maiores na posição em todo mundo nos anos 1990 e 2000. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

1993 – Marques, Corinthians

Foto: Acervo / Gazeta Press.

 

Atacante rápido e oportunista, Marques foi um dos artilheiros do Corinthians na campanha do vice-campeonato de 1993. Ele anotou dois gols na final, mas o título acabou ficando com o São Paulo. Ele foi para o time principal do Timão e ajudou o clube a vencer a Copa do Brasil de 1995 e o Paulista do mesmo ano. Nos anos seguintes, foi ídolo do Atlético-MG.

 

1993 – Jardel, Vasco

Um dos maiores cabeceadores da história do futebol brasileiro e artilheiro implacável, Jardel foi artilheiro da Copinha de 1993 com 8 gols e comprovou a grande fase que vivia na época. Após um período no cruzmaltino, foi jogar no Grêmio, onde virou ídolo e campeão da Libertadores de 1995. Após ir para o futebol europeu, virou uma “máquina de golos” no Porto supercampeão português da época. 

 

1993 – Jamelli, São Paulo

O meia-atacante despontou no tricolor campeão da Copinha de 1993 com uma atuação de gala na decisão contra o Corinthians, vencida pelo São Paulo por 4 a 3. Jamelli anotou três gols naquele jogo e foi o herói da primeira conquista do time no torneio. No mesmo ano, ganhou espaço no time de Telê Santana e fez algumas aparições na temporada. No ano seguinte, já com 20 anos, foi o artilheiro da Copinha com 9 gols. Em 1995, se transferiu para o Santos e ajudou o time da Vila a alcançar o vice-campeonato brasileiro.

 

1994 – Luizão, Guarani

Um dos principais artilheiros do Brasil nos anos 1990 e 2000, Luizão começou no Guarani a mostrar seu faro goleador e ajudou o Bugre a vencer a Copinha de 1994 diante do São Paulo. No mesmo ano, foi jogar na equipe principal do time campineiro e ajudou o Guarani a alcançar as semifinais do Brasileirão ao fazer uma dupla inesquecível ao lado de Amoroso.

 

1995 – Sylvinho, Corinthians

O lateral-esquerdo despontou na campanha do título da Copinha conquistado pelo Timão em 1995 e foi direto para a equipe principal. Muito rápido, com grande visão de jogo e ótimo nos cruzamentos, ganhou vários títulos no clube até ir jogar na Europa, onde se destacou no Arsenal e principalmente no Barcelona.

 

1996 – Evanílson, América-MG

Foi o lateral-direito titular do Coelho campeão da Copinha de 1996, ao vencer o Cruzeiro por 2 a 1. Rápido e perito nos passes, jogou no clube mineiro até 1998, quando teve uma rápida passagem pelo Cruzeiro e foi atuar no Borussia Dortmund-ALE, pelo qual faturou o título alemão de 2001-2002.

 

1997 – Deco, Corinthians

Foto: Acervo/Gazeta Press

 

O meia luso-brasileiro que foi ídolo no Porto, no Barcelona e no Fluminense começou sua trajetória no Corinthians, onde se projetou para o futebol naquele ano de 1997, quando o Timão foi vice-campeão do torneio. Após a Copinha, Deco teve uma rápida passagem pelo CSA até ir para o Benfica-POR e, em 1999, ao Porto, onde começou a fazer história com títulos, grandes atuações e partidas exuberantes.

 

1998 – Ronaldinho Gaúcho, Grêmio

Já tido com uma sensação pela seleção sub-17, Ronaldinho jogou a Copinha de 1998 pelo Grêmio, mas o craque que seria melhor do mundo por duas vezes nos anos 2000 e um dos meias mais espetaculares de todos os tempos era a única estrela daquele tricolor. O time gaúcho caiu ainda na primeira fase e nem sequer foi para a fase final. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

1998 – Fábio Júnior, Cruzeiro

O atacante foi artilheiro da Copinha daquele ano com 9 gols e, mesmo sem o título, garantiu seu espaço no time principal da Raposa e foi referência do clube na conquista do Campeonato Mineiro daquele ano. Chegou a ser contratado pela Roma, mas sua melhor fase foi mesmo no Cruzeiro.

 

2000 – Júlio Baptista e Fábio Simplício, São Paulo

 

A dupla foi crucial para o título tricolor em 2000, que encerrou um longo jejum do São Paulo na competição. Júlio foi a força do ataque, com chutes poderosos, gols e grande senso de colocação. Já Fábio era o principal nome do meio de campo, dando proteção ao setor defensivo e distribuindo o jogo. Ambos brilharam no São Paulo naquele começo de anos 2000 e, depois, tiveram espaço no futebol europeu. 

 

2001 – Kaká, São Paulo

Antes de aparecer para o Brasil na final do Torneio Rio-SP daquele ano, quando ajudou o São Paulo a vencer o Botafogo, Kaká foi um dos nomes do time na campanha do vice-campeonato da Copinha de 2001. Atuando bem avançado, quase como atacante, ele não era titular absoluto, mas entrava em quase todos os jogos. Depois daquele torneio e do Rio-SP, a carreira do craque explodiu e ele virou um dos melhores do planeta e último brasileiro a ser eleito o Melhor do Mundo pela FIFA, em 2007. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

2002 – Robinho e Diego, Santos

O Peixe foi eliminado precocemente, nas oitavas de final, mas o franzino atacante Robinho foi eleito o melhor jogador daquela Copinha. Meses depois, foi para o time principal do Santos e brilhou na conquista do título brasileiro em cima do Corinthians. Além dele, o meia Diego também deu seus primeiros passos no Peixe naquele ano e virou um dos mais talentosos meias do futebol brasileiro nos anos 2000 e 2010.

 

2003 – Vágner Love, Palmeiras

O Verdão, até aquele ano, não tinha a Copinha em sua galeria. Mas a torcida quase celebrou o título em 2003 graças aos gols de Vágner Love, principal atacante do time naquela campanha que terminou com o vice-campeonato após derrota para o Santo André. No mesmo ano, Love foi incorporado ao elenco principal e ajudou o Palmeiras a sair do fundo do poço e conquistar a Série B do Brasileirão.

 

2003 – Richarlyson, Santo André

O polivalente jogador que marcou época no São Paulo e no Atlético-MG já havia vencido o Paulistão de 2002 pelo Ituano quando foi jogar no Santo André. Em 2003, ajudou o time a vencer a Copinha e, anos depois, foi jogar no São Paulo, onde faturou três Brasileiros e um Mundial de Clubes da FIFA.

 

2003 – Fred, América-MG

O artilheiro que foi ídolo no Fluminense e um dos principais goleadores dos anos 2000 e 2010 chamou a atenção de todos na Copinha de 2003 ao marcar o gol mais rápido da história do torneio e do futebol: 3,14s, quando o time mineiro deu a saída e Fred chutou do meio de campo para abrir o placar. Ele ganhou inclusive uma placa do Guinness Book pelo feito! Tempo depois, o goleador ganhou fama no Cruzeiro, no Lyon, foi para a Copa do Mundo de 2006 e colecionou títulos no Fluminense.

 

2004 – Jô, Corinthians

Grande nome da história do Atlético-MG e do próprio Corinthians, o atacante Jô foi uma das estrelas do Timão campeão da Copinha de 2004, quando o time venceu o São Paulo por 2 a 0 na final. Além dele, brilharam naquele ano o goleiro Júlio César, o lateral Fininho e o meia Rosinei.

 

2004 – Diego Tardelli, São Paulo

À época tido como garoto-problema, Tardelli teve altos e baixos pelo São Paulo, mas tinha muito talento com a bola nos pés. Foi para o time principal após o vice-campeonato da Copinha e ajudou o São Paulo na conquista da Libertadores de 2005, marcando um gol na final. Anos depois, brilhou no Atlético-MG.

 

2006 – Alexandre Pato, Internacional

O atacante foi um estouro naquele ano ao estrear pelo time profissional do Inter com apenas 17 anos e acabando com o Palmeiras em um jogo do Brasileirão. Antes, ajudou o Inter a alcançar as oitavas de final da Copinha demonstrando a técnica e habilidade que lhe foram características por algum tempo. Se tivesse tido mais interesse na carreira, certamente teria sido um dos melhores do mundo nos anos 2000 e 2010.

 

2007 – Breno, São Paulo

O zagueiro foi o melhor jogador da Copinha de 2007, mesmo com o tricolor ficando com o vice-campeonato diante do Cruzeiro. Com uma segurança impressionante no miolo defensivo e habilidade para sair jogando, foi direto para o time profissional a pedido de Muricy Ramalho e referência na campanha do título brasileiro do São Paulo em 2007, ano em que o tricolor registrou a menor quantidade de gols sofridos da história dos pontos corridos: apenas 19 gols em 38 jogos. Número obtido graças, claro, ao talento do zagueirão.

 

2007 – Guilherme, Cruzeiro

Com 7 gols, foi um dos artilheiros do Cruzeiro na campanha do primeiro título da Raposa na Copinha. Habilidoso e rápido, jogou no clube até 2008, quando acabou indo para o futebol europeu. Anos depois, foi multicampeão pelo Atlético-MG.

 

2008 – Neymar e Paulo Henrique Ganso, Santos

A dupla que ajudou o Peixe a colecionar títulos entre 2010 e 2013 incrivelmente não venceu a Copinha naquele ano de 2008 – a equipe alvinegra foi eliminada nas quartas de final. Mesmo assim, todos perceberam que o Peixe tinha dois talentos prontos para brilharem nos anos seguintes. Ganso, inclusive, foi eleito o melhor jogador da competição. 

 

2009 – Santos, Athletico Paranaense

O goleiro frio que ganharia vários títulos pelo Furacão despontou naquele ano de 2009, quando ajudou o time de Curitiba a alcançar a final da Copinha. Mesmo com a derrota para o Corinthians, Santos foi para os profissionais e, tempo depois, venceu duas Copas Sul-Americanas e quatro Campeonatos Paranaenses pelo Furacão, além de uma Libertadores e uma Copa do Brasil pelo Flamengo e o Ouro Olímpico pela seleção em 2020.

 

2010 – Casemiro e Lucas Moura, São Paulo

Campeão da Copinha de 2010, o São Paulo sobrou na competição daquele ano graças ao timaço que formou e, claro, às joias Casemiro, dono do meio de campo do time e que tempo depois virou uma lenda do Real Madrid, e Lucas Moura, que na época era conhecido como Marcelinho por conta da semelhança com Marcelinho Carioca. Lucas foi o melhor jogador do torneio e naquele ano apresentou aos rivais seu cartão de visitas inconfundível: velocidade, arrancadas fulminantes e golaços – ele marcou 5 gols naquela Copinha. Em 2012, ajudou o São Paulo a conquistar o título da Copa Sul-Americana e, na sequência, também foi fazer carreira na Europa.

 

2011 – Alisson, Internacional

O goleiro que virou titular da seleção brasileira e grande nome do Liverpool campeão da Liga dos Campeões da UEFA de 2018-2019 e da Premier League de 2019-2020 brilhou no Internacional de 2011, que alcançou as quartas de final. Ele ficou até 2016 no Colorado até ir jogar no futebol europeu.

 

2012 – Marquinhos, Corinthians

Foto: © Daniel Augusto Jr. / Fotoarena

 

Campeão da Copinha de 2012 pelo Timão, Marquinhos tinha apenas 18 anos quando despontou para o futebol naquele ano. Muito talentoso, não ficou muito no Corinthians e rapidamente foi vendido para o futebol europeu, onde permanece até hoje.

 

2014 – Guilherme Arana, Corinthians

O lateral-esquerdo bicampeão brasileiro pelo Timão em 2015 e 2017 e multicampeão pelo Atlético-MG em 2021 começou em 2014 a brilhar no futebol. Embora o Corinthians tenha perdido a final da Copinha daquele ano para o Santos, Arana foi um dos principais nomes do time e rapidamente subiu para a equipe principal, onde fez história, faturou títulos e se transformou em um dos principais laterais do futebol brasileiro.

 

2015 – Gabriel Jesus, Palmeiras

Foto: César Greco

 

Com 17 anos, anotou 5 gols e foi um dos destaques do Palmeiras na Copinha de 2015, mas ainda sim não conseguiu o título. No mesmo ano, Jesus conseguiu seu espaço no time principal e ajudou o Palmeiras a levantar a Copa do Brasil e, no ano seguinte, o Brasileirão.

 

2016 – Lucas Paquetá, Flamengo

Foi o principal nome do Fla na campanha do título da Copinha de 2016, levantada após vitória nos pênaltis sobre o Corinthians na final. Com grande visão de jogo e passes precisos, fez uma parceria memorável com Felipe Vizeu, eleito melhor jogador da Copinha daquele ano. Tempo depois, Paquetá foi jogar no futebol europeu.

 

2017 – Vinícius Júnior, Flamengo

Com apenas 16 anos, o “malvadeza” tirou os adversários para dançar na Copinha de 2017 e, mesmo sem título, despertou o interesse do Real Madrid, que levou o atacante para a Espanha já em 2018.

 

2019 – Antony, São Paulo

Melhor jogador da Copinha de 2019, autor de quatro gols e seis assistências, Antony comandou o tricolor na campanha do 4º título do São Paulo. Na final, o atacante deixou o dele no empate em 2 a 2 contra o Vasco. Nos pênaltis, o tricolor venceu por 3 a 1 e foi campeão.

 

2019 – Gabriel Martinelli, Ituano

Em apenas quatro jogos, Martinelli marcou seis gols e foi um dos artilheiros da Copinha daquele ano vestindo a camisa do Ituano. No mesmo ano, foi contratado pelo Arsenal e desde então brilha no clube londrino.

 

2022 – Endrick, Palmeiras

Demorou, mas quando o Verdão venceu a Copinha, o fez com classe e com o talento de Endrick, autor de 6 gols e jogadas espetaculares ao longo da competição. Na final, ele deixou o dele na goleada de 4 a 0 sobre o Santos. Em 2023, foi a referência do time na arrancada que valeu o título brasileiro.

 

2022 – John Kennedy, Fluminense

 

Antes de se tornar o herói da conquista da Libertadores de 2023 do Flu, Kennedy foi um dos destaques do time carioca na Copinha de 2022. Autor de 5 gols, o atacante fez grandes jogos e mostrou que tinha enorme potencial, algo confirmado já no ano seguinte. 

 

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