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Esquadrão Imortal – Paulista 2005

Em pé: Rafael, Dema, Cristian e Réver. Agachados: Léo, André Leonel, Fábio Gomes, Juliano, Julinho, Márcio Mossoró e Lucas. Foto: Acervo Gazeta Press.

 

Grande feito: Campeão da Copa do Brasil de 2005. Conquistou o maior título da história do clube.

Time-base: Rafael; Lucas, Anderson (Réver), Dema e Julinho; Fábio Gomes, Cristian (Fábio Vidal), Márcio Mossoró e Juliano (Ricardinho); Léo (Amaral) e Finazzi (André Leonel / Jefferson / Abraão). Técnico: Vagner Mancini.

 

“Galo do Brasil!”

 

Por Guilherme Diniz

 

Pouca gente dava bola para aquele time do interior de São Paulo na Copa do Brasil de 2005. Muitos nem o conheciam, afinal, ele mudou de nome nos anos 1990 para Lousano Paulista, quando virou clube-empresa, depois virou Etti Jundiaí e conquistou o Campeonato Brasileiro da Série C, em 2001, até retornar às suas origens como Paulista em 2002. Em 2004, o clube começou a aparecer mais para o grande público quando alcançou a final do Campeonato Paulista daquele ano, mas perdeu para o São Caetano. Só que o vice estadual serviu como combustível para algo maior. Único. Inesquecível. Em 2005, o Paulista superou clubes como Botafogo, Internacional e Cruzeiro para chegar a uma inédita final na Copa do Brasil. O adversário era o Fluminense, embalado pelo título estadual e comandado por Abel Braga. Só que os paulistas não se importam com a tradição tricolor e venceram o primeiro jogo por 2 a 0, em casa. Na volta, em um lotado São Januário, o Galo da Japi segurou o empate sem gols que assegurou o título nacional para o time de Rafael, Réver, Cristian, Márcio Mossoró e o técnico Vagner Mancini. É hora de relembrar.

 

Por que não sonhar?

A festa andreense: histórico.

 

A Copa do Brasil sempre foi palco de grandes zebras, mas provavelmente a maior de todas aconteceu em 2004, quando o Santo André derrotou o Flamengo em pleno Maracanã por 2 a 0 e ficou com o título, algo simplesmente impressionante e que fez com que muitos clubes pudessem almejar o torneio de maneira mais real e não como um sonho impossível. E um desses clubes foi o Paulista de Jundiaí, principalmente após a ótima campanha no Campeonato Paulista de 2004, quando o time, comandado pelo ex-goleiro Zetti, foi superando os adversários pelo caminho – com direito a um 4 a 0 sobre o forte Santos da época – e passando pelo Palmeiras nas semifinais até encontrar o São Caetano na final, quando acabou perdendo os dois jogos – 3 a 1 e 2 a 0 – e ficou com o vice. 

São Caetano, de Muricy, foi campeão paulista em 2004.

 

Foto: Divulgação

 

A diretoria conseguiu manter boa parte da base e permaneceram no elenco para 2005 nomes como o lateral-direito Lucas, o zagueiro Danilo, o meio-campista Amaral e o meia-atacante Márcio Mossoró. Aliás, eram oito jogadores de até 24 anos na época: Rafael (goleiro), Lucas (lateral-direito), Fabio Gomes, Márcio Mossoró, Cristian, Amaral e Juliano (meias) e Léo (atacante), um elenco determinado que poderia render em um torneio de tiro-curto como a Copa do Brasil. 

 

“Nós tínhamos um time que, por nome, talvez você diga que não tinha nenhum conhecido. Não era um grupo de jogadores renomados, mas a gente tinha qualidade. E uma coisa que eu aprendi no futebol, com o passar dos anos, é que às vezes só a qualidade não basta: você tem que ter um time, um grupo onde você vai agregar sua qualidade com a do outro. E a chegada do (Vágner) Mancini foi fundamental, não que o Zetti não iria conseguir, mas ele tinha uma forma de trabalhar e não conhecia a casa tão bem como o Mancini”. – comentou Márcio Mossoró, em entrevista ao site O Gol (BR), 26 de agosto de 2020.

 

E, com a inspiração na conquista do Ramalhão em 2004, o Galo da Japi podia, sim, sonhar com o troféu principalmente pelo fato de alguns dos mais fortes times do país não disputarem o torneio na época, pois os clubes que estavam na Libertadores não jogavam a competição nacional. Com isso, o torneio não teve naquele ano equipes como São Paulo, Athletico-PR, Palmeiras e Santos.

 

Time cascudo

Márcio Mossoró, estrela do Paulista em 2005.

 

O primeiro adversário do Paulista na Copa do Brasil seria o Glória, de Vacaria, mas o time gaúcho desistiu da competição. Com isso, o Juventude foi convidado pela CBF para entrar no lugar da equipe sulista. Campeão em 1999, o alviverde seria um adversário complicado para o Galo da Japi, ainda mais por estar na Série A na época. No primeiro jogo, em casa, o Paulista pressionou bastante, mas só conseguiu a vitória no finalzinho, por 1 a 0, em gol de pênalti. Na volta, no Alfredo Jaconi, os paulistas poderiam empatar que a vaga estava garantida. Conseguiram: 1 a 1, resultado que colocou o time na segunda fase. Nela, o rival foi o Botafogo, que buscava sua reconstrução após retornar da Série B em 2002. Mais uma vez jogando em casa na primeira partida, o Paulista não se intimidou com o tradicional clube carioca e se impôs, com toques rápidos, organização e no embalo de Márcio Mossoró, muito habilidoso e responsável por abrir o placar do jogo em um golaço. Porém, o Botafogo empatou e o resultado em 1 a 1 deixou o confronto em aberto para a volta, no Maracanã.

Léo, outro destaque do time e que já havia jogado pelo Glorioso, fez valer a “lei do ex” e abriu o placar. O Botafogo empatou, mas Cristian, em cobrança de falta perfeita, fez 2 a 1. O Fogão empatou de novo e Rafael fez uma defesa espetacular aos 42’ do segundo tempo, feito que garantiu o empate em 2 a 2 e a classificação do Paulista graças ao critério do gol marcado fora ainda em vigor na época. Nas oitavas de final, a equipe de Vágner Mancini teve outro páreo complicado pela frente: o Internacional, comandado por Muricy Ramalho e que já tinha a base do time que viria a ser campeão da América e do mundo no ano seguinte com Índio, Edinho, Jorge Wágner e Fernandão.

Como de praxe, parte da imprensa gaúcha acreditava em uma goleada do Inter pra cima do desconhecido Paulista. Só que a equipe interiorana outra vez jogou bem e segurou a pressão colorada. Só no final do segundo tempo que Jorge Wágner, em cobrança de falta, fez o gol da vitória por 1 a 0 que deixou os gaúchos em vantagem. Na volta, no Jayme Cintra, o Paulista fez 1 a 0 com o estreante Juliano, substituto de Ricardinho, e o placar agregado de 1 a 1 levou a decisão da vaga para os pênaltis. Nela, o Paulista venceu por 4 a 2 e conseguiu a vaga nas quartas de final. Já era a melhor campanha do clube na história do torneio. Mas ainda tinha mais…

 

Paulisverpool!

Nas quartas, o Paulista encarou o Figueirense, que havia eliminado o Corinthians de Tevez, e repetiu o roteiro das oitavas: perdeu por 1 a 0 na ida, em Florianópolis, e venceu por 1 a 0 em casa. Nos pênaltis, o time de Mancini venceu por 3 a 1 e alcançou as semifinais. O rival nessa etapa foi o Cruzeiro, sempre um bicho-papão no torneio e que contava com o artilheiro Fred, que se tornou naquele ano o maior goleador em uma só edição de Copa do Brasil com 14 gols. Diferente das outras duas etapas, o Paulista começou a eliminatória jogando em casa e sabia que um bom resultado era fundamental para aguentar a pressão da volta no Mineirão. E, logo aos 5’, Cristian fez 1 a 0 para o time de Jundiaí. Três minutos depois, Fred empatou, e Márcio Mossoró deixou o time da casa em vantagem no começo da etapa complementar. Aos 40’, Jefferson fez 3 a 1 e deixou o Paulista com a vantagem de perder por um gol que ainda sim a vaga na final estava garantida. Foi uma festa tremenda na lotada casa do Galo!

Técnico Vágner Mancini nos céus: Paulista na final! Foto: MG Superesportes.

 

Na volta, o Mineirão recebeu mais de 35 mil pessoas e o Cruzeiro correspondeu à sua torcida abrindo o placar logo aos 7’, com Kelly. Aos 16’, o artilheiro Fred fez 2 a 0 e o placar dava a vaga ao time azul graças ao critério do gol fora. Para aumentar ainda mais a vantagem, Fred fez outro, aos 36’, e parecia mesmo que o Cruzeiro iria para mais uma final de Copa do Brasil. Com 3 a 0 no placar, o time da casa dava mostras de que iria golear e acabar com o sonho do Paulista. Porém, no intervalo, o técnico Vágner Mancini usou um acontecimento recente para inflar seus jogadores em busca da reação.

 

“Percebi que o time estava abatido, mas, no intervalo, mostramos a eles [jogadores] o caminho. Lembramos o exemplo do Milan, que também achava que o jogo já estava liquidado. Nós usamos o exemplo de superação do Liverpool”.

 

A frase do treinador, em entrevista ao SporTV na época, era uma alusão ao jogo que decidiu a Liga dos Campeões da UEFA daquela temporada entre Milan e Liverpool. Os italianos venciam os ingleses por 3 a 0 após o primeiro tempo e, na etapa complementar, os ingleses conseguiram um empate espetacular que levou o jogo para a prorrogação e, depois, para os pênaltis. Na marca da cal, o Liverpool venceu e conquistou o troféu continental no aclamado Milagre de Istambul. 

Usando como exemplo essa partida, Mancini conseguiu transformar o time do Paulista. Os jogadores entraram para a etapa final mais motivados e, com um minuto de jogo, uma cobrança de falta ensaiada na entrada da área deu esperança ao Paulista. Cristian bateu rasteiro, a barreira abriu e a bola foi parar no canto do goleiro Fábio. Três minutos depois, outra falta para o Paulista, praticamente no mesmo lugar. Cristian foi para a bola de novo, ele bateu direto, de novo rasteiro, a barreira abriu de novo e a bola foi ainda mais no cantinho do gol: 3 a 2. 

Foto: MG Superesportes.

 

Era o Milagre do Mineirão! E o Paulista ainda teve a chance do empate tempo depois, em boa jogada de contra-ataque com Márcio Mossoró, mas o meia-atacante do Galo foi derrubado por Ruy, que acabou expulso. Léo também ia fazendo um golaço perto do final do jogo, quando recebeu de Lucas, deu um chapéu no zagueiro e, quando foi tirar do goleiro, acabou bloqueado. O placar permaneceu 3 a 2, e, com o agregado de 5 a 4 para o Paulista, o clube alcançou a histórica final! 

 

A glória inesquecível

Léo deixou o seu na final. Foto: Fernando Santos / Folha Imagem.

 

Para ser campeão, o Paulista teria que derrotar na final o Fluminense, campeão carioca naquele ano, comandado por Abel Braga e que tinha nomes como o goleiro Kléber, os laterais Gabriel e Juan, o ídolo Marcão, o meia Fernando e os atacantes Tuta e Diego Souza. O Flu, pela camisa, era favorito, mas o Paulista tinha muita força jogando em casa. E, com a primeira partida em Jundiaí e sabendo que a volta não seria no Maracanã – interditado na época – a esperança do Galo da Japi era ainda maior. Com quase 15 mil pessoas no estádio Jayme Cintra, o Paulista liderou as ações ofensivas desde o início, mas o nervosismo impediu a abertura do placar no primeiro tempo. Furioso, Abel Braga não escondeu a frustração de ver seu time sem criação. Na etapa complementar, Márcio Mossoró provou a boa fase e abriu o placar com apenas dois minutos, ao ganhar na corrida de Radamés e chutar no ângulo do goleiro. 

O Paulista da final: time aproveitou as chances e liquidou o duelo em Jundiaí.

 

O Flu teve que atacar mais, só que faltava mais qualidade na frente para concluir as jogadas. Com isso, o Paulista aproveitou e fez 2 a 0 com Léo, após grande passe de Fábio Vidal. na comemoração, o jogador acabou levando o cartão amarelo e era baixa para a partida de volta. O Paulista se defendeu bem nos sete minutos finais e a vitória por 2 a 0 se transformou na primeira vez em que um time finalista conseguiu abrir mais de um gol de vantagem após o primeiro jogo na história das finais da Copa do Brasil na época!

A volta foi marcada para o dia 22 de junho de 2005, em São Januário, que recebeu um de seus maiores públicos no século XXI com 25 mil pessoas. O técnico Mancini, sem Léo, escalou quatro jogadores mais defensivos no meio de campo e avançou Mossoró para fazer dupla de ataque com André Leonel a fim de explorar os contra-ataques. A partida não teve a esperada pressão tricolor pelo fato de o Paulista se defender bem e o time carioca não ter lá muita qualidade na época. Sem qualquer criação, os cariocas não furaram a meta de Rafael e o placar de 0 a 0 selou o título do Paulista, o terceiro clube na história da Copa do Brasil a vencer o torneio jogando a segunda divisão do futebol nacional – assim como o Criciúma, em 1991, e o Santo André, em 2004. 

 

Foi ainda a 4ª vez que um clube carioca decidiu em casa o torneio e perdeu. A primeira foi em 1997, quando o Grêmio ficou com o título diante do Flamengo no Maracanã; depois, o Juventude fez a festa diante do Botafogo no Maracanã, em 1999; e em 2004, com o triunfo do Santo André sobre o Flamengo em 2004. “Lógico que entramos como uma zebra e fomos campeões como uma zebra, mas para a gente que trabalha e que conquista, sabemos que fomos superiores aos nossos adversários no confronto direto. Se passamos do Inter é porque fomos superiores ao Inter naquele jogo. Na Copa do Brasil fomos superiores a todas equipes que enfrentamos. É algo muito usado no futebol (zebra), mas quando conquista-se um título não é por acaso, mas com muito trabalho”, disse Mossoró, na mesma entrevista ao O Gol. Em 12 jogos, o Paulista venceu cinco, empatou quatro e perdeu três, com 14 gols marcados e 10 gols sofridos.

 

Eternos

Estádio Jayme Cintra e as arquibancadas com os dizeres do campeão: para sempre. Foto: Acervo / Prefeitura de Jundiaí.

 

Após o título, o Paulista acabou perdendo seus principais jogadores e não conseguiu o acesso à elite. Em 2006, disputou a Copa Libertadores e chegou a derrotar o poderoso River Plate na fase de grupos, mas a vaga nas oitavas de final não veio. O clube não conseguiu se manter competitivo e já em 2007 foi rebaixado para a Série C, até chegar ao fundo do poço com o rebaixamento à Série D em 2008, sem contar as quedas também no futebol paulista. Sem qualquer perspectiva, o clube vive das lembranças de anos marcantes e de um título histórico que colocou a cidade de Jundiaí, pelo menos por um ano, no mapa do futebol brasileiro.

 

Os personagens:

 

Rafael: revelado pelo clube, Rafael começou em 2001 a jogar pelo Galo e foi titular absoluto naquela temporada de ouro, a ponto de deixar Victor, goleiro que virou ídolo no Atlético-MG nos anos 2010. Muito seguro, mostrou personalidade e foi um dos destaques da equipe principalmente na reta final da conquista. Em 2006, foi jogar no futebol português.

Lucas: lateral que apoiava bem o ataque, era importante para a construção de jogadas ofensivas do time de Jundiaí e fez uma grande parceria com Mossoró e Léo pelo setor. 

Anderson: zagueirão com 1,93m de altura, jogou majoritariamente em clubes do interior de SP e viveu a melhor fase da carreira no Paulista. Capitão, liderou o setor defensivo da equipe e só ficou ausente do primeiro jogo da final, por causa do cartão que levou no duelo contra o Cruzeiro. Retornou na finalíssima em São Januário e ergueu a taça da Copa do Brasil. Após o Paulista, Anderson passou pelo Coritiba, Ponte Preta e Fortaleza, além de uma estadia no futebol japonês.

Réver: o zagueiro não foi titular absoluto, mas jogou bem quando entrou e acabaria tendo mais destaque anos depois com a camisa do Atlético-MG, pelo qual capitaneou o time campeão da Libertadores de 2013.

Dema: fez uma boa dupla de zaga ao lado de Anderson e também se impunha pela presença física e no jogo aéreo. Passou por Sertãozinho, Brasiliense, Juventude, Chapecoense e Grêmio.

Julinho: outra cria das bases, o lateral começou a carreira em 2000, passou pelo Corinthians e pelo Sport e retornou ao clube em 2005 para assumir a lateral-esquerda do time. Após o título, fou jogar no Coritiba.

Fábio Gomes: com passagem pelo Palmeiras campeão brasileiro da Série B de 2003, o volante chegou ao Paulista em 2004 e jogou até 2007 no Galo da Japi. Polivalente, podia atuar também mais aberto, como lateral, e se destacava pela força na marcação e nos passes. Em 2008, foi campeão mais uma vez da Copa do brasil, dessa vez pelo Sport.

Cristian: meio-campista com muita personalidade, visão de jogo e de faro artilheiro, Cristian foi um dos principais nomes do time campeão naquele ano e artilheiro da equipe com quatro gols em 11 jogos. Se movimentava bastante e levava perigo nas investidas ao ataque, além de ser letal em bolas paradas – como bem soube o Cruzeiro… Após o título, foi jogar no Athletico-PR, mas se destacou mesmo pelo Flamengo, onde ganhou o Carioca de 2008, e no Corinthians, onde viveu a melhor fase da carreira e venceu quatro títulos – entre eles outra Copa do Brasil, em 2009.

Fábio Vidal: com a boa fase de Julinho, não foi titular absoluto, mas entrou em alguns jogos e ajudou nas jogadas de ataque e também na proteção pelo lado esquerdo.

Márcio Mossoró: foi o “bola de ouro” daquela Copa do Brasil pelo desempenho marcante que teve. Driblador, decisivo e autor de belas jogadas, era o responsável por furar as zagas rivais e iniciar jogadas de ataque. Sempre se movimentando, podia atuar mais recuado, como um 10, ou mesmo segundo atacante. Fez um dos gols da vitória sobre o Flu que deixou o Paulista mais perto do título. Cobiçado por vários clubes após o título, foi jogar no Internacional, passou pelo futebol português e outros clubes da Europa.

Juliano: o meia entrou na vaga de Ricardinho em momento crucial da campanha e brilhou ao marcar o gol da vitória sobre o Internacional que manteve o Paulista vivo na disputa. Um dos mais jovens do elenco, disputou 25 jogos naquela temporada e foi jogar no Athletico-PR após a conquista.

Ricardinho: o meia vinha fazendo uma grande Copa do Brasil, mas acabou sondado pelo Internacional e deixou o clube antes da final. Curiosamente foi o seu reserva, Juliano, o autor do gol da vitória por 1 a 0 sobre o próprio colorado que levou a partida das oitavas de final para os pênaltis, nos quais o Paulista saiu vitorioso. Ricardinho jogou também no Palmeiras, no Botafogo e em clubes do futebol português.

Léo: viveu grande fase naquele ano de 2005 e foi outro atleta fundamental para a conquista do Paulista. Rápido, criativo e com bom senso de colocação, Léo Aro marcou gols decisivos e formou uma dupla inesquecível ao lado de Mossoró. Após sua passagem por Jundiaí, não conseguiu repetir o bom futebol.

Amaral: o meio-campista dava muita força ao setor do Paulista e se destacava pelos passes e pelas roubadas de bola. Após o título, foi jogar no Vasco, onde faturou o Campeonato Brasileiro da Série B de 2009.

Finazzi: um dos veteranos do elenco, o atacante pouco fez na campanha do título e saiu antes mesmo da final após desentendimentos com o técnico Mancini. Foi um dos maiores “ciganos” do futebol brasileiro, com passagens por 36 clubes diferentes (!) na carreira.

André Leonel: não foi titular absoluto, mas entrou em algumas partidas, incluindo a final contra o Fluminense, atuando como atacante mais fixo dentro da área. Passou por dezenas de clubes do futebol brasileiro.

Jefferson: com passagens pelo futebol finlandês, russo e suíço, o atacante chegou ao Paulista em 2005 e permaneceu até 2006. Fez um gol importantíssimo no duelo contra o Cruzeiro, em Jundiaí, que deu uma ótima vantagem ao Galo da Japi para a partida da volta, no Mineirão.

Abraão: mais uam cria das bases, foi um dos mais utilizados pelo técnico Mancini como alternativa para as etapas complementares das partidas – oito dos 12 jogos.

Vagner Mancini (Técnico): ex-jogador do próprio Paulista, Mancini começou naquele exato ano de 2005 sua trajetória como treinador e o fez da melhor maneira possível. Sabendo aproveitar ao máximo os jovens do elenco e construindo um time muito competitivo e destemido, o técnico conduziu o Paulista a um título impressionante da Copa do Brasil e aproveitou como nunca a oportunidade de fazer história. Depois de brilhar pela equipe de Jundiaí, foi trabalhar no futebol árabe e retornou ao Brasil em 2008, passando a trabalhar em vários clubes, mas sem conseguir o sucesso que teve em 2005 – seus melhores trabalhos foram no Vitória, pelo qual venceu dois estaduais (2008 e 2016), pelo Ceará (campeão estadual de 2011) e Chapecoense (campeão estadual de 2017).

 

 

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