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Esquadrão Imortal – Internacional 1975-1976

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Em pé: Manga, Cláudio, Figueroa, Vacaría, Marinho Peres e Falcão. Agachados: Valdomiro, Jair, Dario, Caçapava e Lula.

 

Grandes feitos: Bicampeão Brasileiro em 1975 e 1976 e Bicampeão Gaúcho em 1975 e 1976.

Time base: Manga; Cláudio, Figueroa, Hermínio (Marinho Perez) e Vacaría; Paulo César Carpegiani (Batista), Caçapava e Falcão; Valdomiro (Jair), Flávio (Dario) e Lula (Escurinho). Técnico: Rubens Minelli.

“O Brasil é vermelho”

Por Guilherme Diniz

Elegância, técnica, agilidade, precisão, raça, força, arte. Essas eram apenas algumas das muitas qualidades do melhor Internacional de todos os tempos, o Inter de Falcão e Figueroa. O time gaúcho foi simplesmente absoluto por dois anos no Brasil, conquistando dois Campeonatos Brasileiros e dois Campeonatos Gaúchos, que sacramentaram o octacampeonato consecutivo do colorado. O que o Inter fez em apenas dois anos no Brasil foram obras que os deuses do futebol aplaudem sempre quando mencionadas. As apresentações daquele time no Beira-Rio sempre lotado e praticamente recém-inaugurado (em 1969) eram magníficas. Como não se lembrar da tabelinha de cabeça entre Escurinho e Falcão que resultou no gol da vitória, de virada, sobre o Atlético-MG em 1976? Como não se lembrar do “gol iluminado” de Figueroa na decisão do Brasileiro de 1975? Como não se lembrar daquele Inter calando o Maracanã ao derrotar a temida Máquina Tricolor do Fluminense, de Rivellino, Carlos Alberto Torres e Paulo César Caju? É, não tem como ficar avesso ao rever tanta qualidade em um time que deixou o rival Grêmio louco de inveja: Falcão e companhia jogavam muita bola. É hora de recordar.

 

Prévia da era dourada

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Em 1969, o Internacional inaugurou seu tão sonhado estádio, o Beira-Rio. A nova casa simbolizava o início de uma nova era, que se confirmaria muito em breve. O time naquele mesmo ano vencia o campeonato gaúcho e colocava fim à hegemonia do rival Grêmio, que vencia o torneio havia sete anos seguidos. Ali, começava uma nova era, a do Inter, que perduraria até 1976. Mas aquela mudança ganharia proporções ainda maiores com a chegada do técnico Rubens Minelli, no final de 1973. Quando chegou ao Inter, Minelli gostou muito do ambiente e do elenco que a equipe vermelha tinha. Um meio-campista jovem e que transbordava talento (Falcão) havia acabado de subir das categorias de base e se mostrava impecável tanto na marcação quanto no apoio ao ataque.

No gol, a diretoria contratou o experiente e magnífico goleiro Manga e, para o ataque, o ponteiro Lula. Na zaga, um chileno conhecido por Figueroa fincava residência com uma soberania plena. No meio e no ataque, Carpegiani, Caçapava e Valdomiro comandavam as ações. Com esses e outros expoentes, o Internacional “daria trabalho” nas palavras do próprio Minelli, que começou a montar uma equipe fortíssima e que seria pioneira em vários quesitos. Em primeiro lugar, Minelli acabaria com o futebol retranqueiro do time e faria com que seus jogadores se impusessem em campo com força física, marcação no campo dos adversários e, acima de tudo, a consciência de que era preciso atacar e defender de maneira plena e correta, aura da polivalência que tanto Minelli pregava:

“Sou favorável à polivalência. O jogador especialista só seria titular se fosse um jogador fabuloso. Caso contrário, eu o trocaria por alguém que trabalhasse pelo todo”.Rubens Minelli, em entrevista à revista Placar de 15 de abril de 1988 e reproduzida no livro Banho de Bola, de Roberto Assaf.

Além de tudo isso, começava a ficar clara a preferência de Minelli por jogadores altos, com mais de 1,75m, e fortes, com o intuito de facilitar os esquemas de marcação incisiva e a ofensividade em campo. A mão do técnico começou a surtir efeito já em 1974, quando o Inter foi campeão gaúcho com 18 vitórias em 18 jogos, 43 gols marcados e apenas dois sofridos. Uma enormidade mesmo se tratando de um campeonato estadual. Hexacampeão dentro de casa, era hora de o Inter expandir suas qualidades para o Brasil.

 

O início do show

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Em 1975, o Inter já tinha um esquadrão de respeito. Com uma zaga técnica e ao mesmo tempo raçuda (Figueroa e Hermínio), um meio de campo formidável (Falcão, Carpegiani e Caçapava) e um ataque com o goleador Flávio e o ponta Lula, o Inter tinha um padrão de jogo brasileiro com o toque refinado do futebol europeu da época, que vivia seu auge com o título da Alemanha na Copa de 1974 e o futebol total da Holanda, vice-campeã. O técnico Rubens Minelli, um dos maiores do futebol brasileiro, fazia seu time jogar sempre com eficiência e para frente, nunca com preciosismos desnecessários ou firulas. Se tinha que driblar, que fosse em direção ao gol. Se tinha que marcar, que fosse bem feito ou até de maneira dura. O importante era a eficiência e a vitória. E foi o que o Inter fez. No campeonato gaúcho, mais um título, em cima do rival Grêmio. Era o heptacampeonato, fazendo o Inter igualar o feito do tricolor da década de 60. Mas o melhor ainda estava por vir: o Campeonato Brasileiro.

Caminhada rumo ao título inédito

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Sempre confuso, com regulamentos mirabolantes e uma enxurrada de times, o Campeonato Brasileiro tinha em 1975 uma primeira fase com quatro grupos, dois com 10 times e dois com 11. O Inter caiu no grupo D, sendo o líder e um dos classificados, com 8 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota em 11 jogos, sofrendo apenas 5 gols, reflexo da qualidade de Figueroa e do goleirão Manga. Na segunda fase, dois grupos com 10 times cada classificariam os seis melhores de cada um. O Inter foi novamente o líder, com 5 vitórias, 4 empates e 1 derrota em 10 jogos, sofrendo 4 gols. Na terceira (!) fase, mais dois grupos com 8 times cada, classificando os dois melhores de cada um para as semifinais. Dessa vez, o Inter foi o segundo colocado, ficando atrás do surpreendente Santa Cruz. Em sete jogos, os colorados venceram 4, empataram 2 e perderam 1. O tricolor de Pernambuco teve uma vitória a mais. O Inter estava classificado. Mas teria que enfrentar o líder do grupo A: o Fluminense.

Calando o Maracanã

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As semifinais seriam disputadas em partida única, com o time de melhor campanha tendo como única vantagem jogar em casa. O Fluminense levou mais de 97 mil pessoas ao Maracanã e tinha convicção de que iria para a final, tamanha a qualidade de seus jogadores, orquestrados por Rivellino. Mas eles não contavam com outro maestro do lado colorado, Falcão, tão bom quanto Riva. O Inter não se intimidou, apostou no equilíbrio e venceu o Flu por 2 a 0, gols de Lula e Carpegiani. A vaga para a final estava carimbada. E a Máquina Tricolor via o esquadrão vermelho acabar com a sua magia.

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Decisão iluminada

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Dono de melhor campanha que o rival da final, o Cruzeiro, o Internacional decidiu em sua casa o Brasileiro de 1975. O jogo, como não poderia deixar de ser, foi muito disputado. O Cruzeiro tinha feras em campo como Nelinho, Raul Plassmann, Piazza, Zé Carlos, Palhinha e Joãozinho. Em um jogo tão pegado, quem brilhou foi a zaga colorada. Manga pegou tudo e mais um pouco naquele jogo (inclusive um cruzamento de Nelinho com apenas uma mão) e Figueroa teve de usar todas as suas armas (todas mesmo!) para parar o veloz ataque cruzeirense. “Don Elías” foi ainda mais preciso no lance que decidiu a partida.

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O craque marcou, de cabeça, o gol do título colorado em um lance emblemático, em que um único feixe de luz do sol iluminou exatamente a cabeça do zagueirão, fazendo com que o gol ficasse conhecido como o “gol iluminado”. O Inter, pela primeira vez em sua história, era campeão nacional. Era, também, o primeiro clube gaúcho campeão brasileiro, deixando o rival Grêmio ainda mais raivoso. O artilheiro da competição foi o goleador colorado Flávio, com 16 gols.

 

Confronto histórico

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No começo de 1976, o Internacional disputou a Copa Libertadores da América. O time gaúcho caiu no mesmo grupo que o Cruzeiro, rival da decisão do Brasileiro de 1975. E a estreia do colorado foi exatamente contra os azuis, no Mineirão. O time mineiro estava ávido por vingança e tinha o reforço de Jairzinho, o furacão da Copa de 70. Com a experiência do craque, aliada a fome de vencer do time, o Cruzeiro protagonizou um embate histórico, tido como o maior jogo da história do Mineirão: Cruzeiro 5×4 Internacional. Nove gols! O Inter jogou muito, mas o Cruzeiro também, e a vitória ficou com os donos da casa, que no final seriam os campeões da América. O Inter foi eliminado logo na primeira fase da competição e deu adeus ao sonho do primeiro título continental (que viria muitos, muitos anos depois).

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Feito para a história

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O fracasso na Copa Libertadores não abalou o Inter. O time estava determinado a superar o feito do rival Grêmio no Campeonato Gaúcho e vencer um incrível octacampeonato. E foi o que o colorado fez. O time derrotou exatamente o rival tricolor por 2 a 0 na grande decisão, com gols de Lula e Dario, o Dadá Maravilha, recém-chegado ao time. O Inter conquistava a supremacia no estado com mais um título estadual e deixava o rival atrás, também, no quesito recordes de conquistas consecutivas. O que poderia ser melhor para o torcedor colorado? Claro, um bicampeonato nacional.

O Inter de Minelli: Falcão era o grande maestro do time, que ainda contava com muita força pelas pontas e na zaga.
O Inter de Minelli: Falcão era o grande maestro do time, que ainda contava com muita força pelas pontas e na zaga.

 

Dominando o país

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Com ainda mais times que o ano anterior (54), o Campeonato Brasileiro de 1976 manteve a fórmula de disputa, com apenas algumas alterações. O Inter foi novamente soberano na primeira fase, com 7 vitórias e 1 derrota em 8 jogos, ficando na primeira posição. Na segunda fase, o time não perdeu, vencendo 4 jogos e empatando 1. Na terceira fase, seis vitórias e duas derrotas em oito jogos levaram o time, em primeiro lugar, às semifinais da competição.

 

Tabelinha garante a vaga na final

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O Inter jogou em casa contra o bom Atlético-MG a semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976. Sob forte calor de 39 graus, o time gaúcho saiu perdendo por 1 a 0. Batista empatou para o colorado. No segundo tempo, quando a partida estava quase indo para a prorrogação, Falcão e Escurinho fizeram uma tabelinha de cabeça extraordinária na entrada da área do Galo, com Falcão completando para o fundo do gol no último minuto de jogo: Internacional 2×1 Atlético-MG. O colorado estava na final. Quando todos achavam que ela seria contra a Máquina de Rivellino, eis que o Corinthians derrota o Flu nos pênaltis em pleno Maracanã e se garante na decisão.

Os reis do Brasil

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Novamente em casa, o Internacional não teve problemas em faturar seu segundo título nacional, contra o Corinthians. O time paulista jogava mais na base da raça e da emoção do que com a técnica. Sem a presença maciça de sua torcida como na Invasão do Maracanã, o time alvinegro não conseguiu ser valente como antes e perdeu para os reis do futebol no país na época: 2 a 0, gols de Dario e Valdomiro. O Internacional era bicampeão brasileiro, e coroava seu futebol eficiente, brilhante e técnico, além de colocar Falcão, Figueroa, Manga e Carpegiani no mais alto patamar dos grandes do futebol brasileiro e até mundial (no caso de Falcão e Figueroa). Infelizmente, aquele seria o último grande momento de um time magistral.

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O fim de uma era

Em 1977, o Inter sucumbiu na tentativa do eneacampeonato gaúcho ao perder para o Grêmio. Para piorar, foi eliminado da Libertadores novamente pelo Cruzeiro. No Brasileiro, não conseguiu repetir o sucesso dos anos anteriores e caiu na segunda fase. Sem Figueroa, que voltou ao futebol chileno, o time perdeu a referência na zaga, e saídas de outros jogadores culminaram com o fim do brilho do time. Apenas em 1979 o Inter voltaria a brilhar, com a conquista do inédito e até hoje insuperável título de campeão brasileiro invicto. Porém, aquele time não teve o brilhantismo que Falcão e Figueroa proporcionaram aos torcedores colorados em 1975 e 1976. Com títulos históricos, apresentações épicas e gols fabulosos, é fácil entender porque aquele time vermelho é o melhor da história do Inter, mesmo duelando com os vencedores da Libertadores em 2006 e 2010 e do Mundial em 2006. A grande diferença entre os times que colocaram o Inter no mapa da bola no mundo e o Inter de 1975/1976 está em quatro nomes: Manga, Figueroa, Falcão e Rubens Minelli. Pronto. Discussão encerrada. E imortalidade garantida.

Os personagens:

Manga: mito no gol do Botafogo na década de 60, Manga chegou consagrado ao Internacional em 1974. Aos 37 anos, o goleiro deu conta do recado com atuações sempre seguras e memoráveis, além da habitual frieza em momentos decisivos. Foi um dos melhores em campo na final do Brasileiro de 1975, em que parou o Cruzeiro. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Cláudio: ótimo no apoio, Cláudio foi soberano na lateral direita do Inter super campeão. Se não tivesse se contundido no joelho, poderia ter sido um dos maiores laterais do futebol brasileiro. Mesmo assim, marcou seu nome na história e no coração do torcedor colorado.

Figueroa: vencedor de inúmeros títulos individuais, Figueroa foi o maior jogador da história do futebol chileno e um dos maiores zagueiros da história do futebol mundial. Era elegante, eficiente e técnico com a bola nos pés. Sem ela, era um leão e não dava espaços para os atacantes, chegando na maioria das vezes duramente. Sua frase marcante é: “a área é a minha casa, só entra quem eu quero”. E foram bem poucos. É um ídolo inesquecível do torcedor do Inter. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Hermínio: viril e de presença física, Hermínio formou um paredão com Figueroa no grande Inter, fazendo a zaga do time ser a menos vazada por um bom tempo no futebol nacional.

Marinho Perez: experiente e ótimo jogado de decisões, Marinho Perez chegou em 1976 para ocupar o lugar de Hermínio. Logo se entrosou com Figueroa e deixou o bom ainda melhor.

Vacaría: era a outra parte de Lula, criando um entrosamento memorável na ponta esquerda do time. Era exímio apoiador no ataque e muito bom tecnicamente.

Caçapava: era o outro leão do time, mas no meio de campo. Caçapava marcava demais para os meias brilharem no ataque do Inter. Foi peça fundamental nas conquistas do Brasileiro e do Gaúcho.

Falcão: o “Puro-Sangue”, apelido que ganhou da torcida, foi o maior jogador da história do Internacional e um dos maiores meias do futebol mundial no século XX. Tinha uma visão de jogo plena, ótimo passe, perfeito na armação e ótimo no drible, no chute e na finalização. Foram mais de 390 jogos pelo Inter, três Campeonatos Brasileiros e cinco Campeonatos Gaúchos. Saiu do time em 1980 para virar o “Rei de Roma“. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Paulo César Carpegiani: o hoje técnico de futebol foi, também, dono de muita técnica dentro de campo. Fez uma dupla inesquecível com Falcão e brilhou muito no meio e no ataque do time vermelho. Fez um dos gols que calaram o Maracanã em 1975, na vitória sobre o Fluminense, pelas semifinais do Brasileiro.

Batista: volante, Batista ajudava Caçapava na marcação e liberava espaço para Falcão e Carpegiani brilharem. Foi essencial na campanha do bicampeonato nacional.

Valdomiro: ponta-direita, Valdomiro é o atleta que mais vezes vestiu a camisa do Inter na história: 711 vezes. Marcou quase 200 gols na carreira e era um dos maiores garçons do time. Foi ídolo e o único a vencer genuinamente o octacampeonato gaúcho (1969-1976), além do tri brasileiro (1975/1976/1979).

Jair: foi um grande coringa na campanha de 1975 e começou a ganhar mais espaço no time a partir de 1976. Era muito técnico, cobrava faltas como ninguém e dava preciosos lançamentos. Ganhou o apelido de “Príncipe Jajá”.

Flávio: já era veterano quando chegou ao Inter. Mesmo assim, foi o artilheiro do Brasileiro de 1975 e um dos destaques da equipe na campanha vitoriosa. Sabia todos os atalhos do campo.

Dario: o folclórico “artilheiro maravilha” foi artilheiro do time no Brasileiro de 1976 e essencial na conquista do bi, além de ajudar no octacampeonato gaúcho.

Lula: brilhou no Fluminense na década de 60 e início da de 70 antes de brilhar, também, no Inter. Era o grande driblador do time e muito polêmico fora dos gramados. Ganhou quase tudo nos quatro anos em que jogou no colorado.

Escurinho: cheio de habilidade e exímio cabeceador, Escurinho marcou época no ataque do Inter de 1970 até 1977. Fez a tabelinha magistral com Falcão que resultou no gol da classificação para a final do Brasileiro de 1976. Fez mais de 105 gols pelo Inter.

Rubens Minelli (Técnico): foi por muitos anos o único técnico tricampeão brasileiro consecutivo, em 1975/1976 (Inter) e 1977 (São Paulo), até ser igualado por Muricy Ramalho, que venceu o tri com o São Paulo em 2006/2007/2008. Estrategista e ótimo em armar equipes raçudas e aguerridas, Minelli foi um mito no Beira Rio. Possui números de dar inveja a muito técnico: 146 vitórias, 41 empates e 21 derrotas, 448 gols marcados e 120 sofridos. Coisa de gênio… Leia mais sobre ele clicando aqui.

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Extras:

Tabelinha magnífica

Veja os gols da vitória que colocou o Inter na final do Brasileiro de 1976. A tabelinha de Falcão e Escurinho vale ser revista incontáveis vezes…

 

Bicampeão nacional

Veja os gols da vitória do Inter por 2 a 0 sobre o Corinthians, que deu o bicampeonato brasileiro ao clube gaúcho.

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