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Esquadrão Imortal – Cruzeiro 1975-1976

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Em pé: Darci Menezes, Piazza, Morais, Nelinho, Vanderlei e Raul. Agachados: Eduardo, Zé Carlos, Palhinha, Jairzinho e Joãozinho.
 

Grandes feitos: Campeão da Copa Libertadores da América em 1976 e Campeão Mineiro em 1975.

Time-base: Raul; Nelinho, Moraes, Darci Menezes e Vanderlei; Zé Carlos, Eduardo (Roberto Batata) e Piazza; Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira.

 

“América pintada de azul”

Por Guilherme Diniz

O Cruzeiro encantou o Brasil no final da década de 60 com as apresentações mágicas de Tostão, Piazza e Dirceu Lopes. O time foi um dos únicos (senão o único!) a colocar o Santos de Pelé na roda quando conquistou a Taça Brasil de 1966 com uma apresentação histórica. Depois daquela conquista, a torcida do time azul ficou com o grito de campeão preso na garganta por duas vezes seguidas no Campeonato Brasileiro de 1974 e 1975. Os cruzeirenses não queriam mais saber de Campeonato Mineiro, afinal, o time dominava o estado naquele começo de década de 70. Eles queriam um título de peso que honrasse a tradição e mística do Cruzeiro e sentiam certa inveja do maior rival, o Atlético-MG, por causa do título brasileiro conquistado pelo Galo em 1971. Mas nem o mais fanático torcedor poderia imaginar que em 1976 o Cruzeiro venceria um título que até então só havia sido conquistado pelo Santos: a Copa Libertadores da América. Com uma campanha recheada de gols e apresentações memoráveis, o time de Piazza, Joãozinho, Palhinha, Raul e Jairzinho trouxe a mais importante competição das Américas para o Brasil depois de 13 anos. Ninguém podia com aquele timaço que envolvia o adversário e contava com muita habilidade, velocidade e técnica. Somente o Bayern München, base da seleção da Alemanha campeã do mundo em 1974, conseguiu bater de frente com o Cruzeiro naquele ano de 1976. Mas a torcida nem ligou: a conquista da América foi demais. É hora de relembrar.

Sempre nas cabeças

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O Cruzeiro, mesmo depois da perda de Tostão, continuou forte no cenário futebolístico nacional e conquistou quatro Campeonatos Mineiro consecutivos em 1972, 1973, 1974 e 1975. O sucesso em Minas refletiu, também, no Brasil. O time chegou ao quadrangular final do Campeonato Brasileiro de 1973 e conseguiu a terceira posição. Em 1974, o time azul foi ainda mais longe e conseguiu o vice-campeonato nacional, perdendo para o Vasco de Roberto Dinamite (e de uma contestadíssima arbitragem) o jogo extra do quadrangular final. Era preciso começar tudo de novo.

 

O ano da afirmação

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Depois de mais um título mineiro em 1975 o Cruzeiro entrou com tudo novamente no Campeonato Brasileiro. O time não era mais treinado por Hilton Chaves e passou a ter no comando Zezé Moreira, irmão do lendário técnico da seleção brasileira da Copa de 1962, Aymoré Moreira. Na primeira fase da competição, o time mineiro ficou invicto ao vencer cinco e empatar outras cinco partidas. Na segunda fase, o time ficou na segunda posição em um grupo de 10 equipes, atrás apenas do Fluminense. Foram seis vitórias, três empates e apenas uma derrota. Na terceira fase (isso mesmo, terceira…) Piazza e companhia ficaram novamente na segunda posição do grupo, com o Fluminense na liderança. O Cruzeiro venceu três jogos, empatou dois e perdeu outros dois. O time garantiu a classificação para as semifinais, decididas em jogo único, e enfrentou o surpreendente Santa Cruz. O jogo foi disputado no Arruda, em Recife, pelo fato de o Santa possuir melhor campanha que o Cruzeiro.

O time pernambucano abriu o placar aos 32´com Fumanchu, de pênalti. Pouco antes do intervalo, Zé Carlos empatou. No começo do segundo tempo, Palhinha virou o jogo para o Cruzeiro. Aos 73´, o Santa Cruz empatou de novo de pênalti com Fumanchu. O time pernambucano dava uma canseira danada ao Cruzeiro e mostrava que queria mesmo ir para a final naquela que era (e ainda é) a melhor campanha da história do clube tricolor na história do Campeonato Brasileiro. Mas, no finalzinho do jogo, quando todos achavam que o placar não iria se alterar, Palhinha, em posição duvidosa, marcou o gol que colocou o Cruzeiro na final: 3 a 2. O Arruda se calou. O time mineiro, contra um estádio inteiro, vencia, de virada, e se garantia em mais uma final de Campeonato.

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Amargo vice

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O Cruzeiro teve pela frente na decisão do Campeonato Brasileiro de 1975 o Internacional de Falcão, Carpegiani, Figueroa e o goleiro Manga. Como tinha melhor campanha que o time mineiro, o Inter teve a vantagem de decidir em casa o título, no Beira Rio lotado. O jogo, como não poderia deixar de ser, foi muito disputado. O Cruzeiro tinha as suas feras em campo como Nelinho, Raul, Piazza, Zé Carlos, Palhinha e Joãozinho. Mas, em um jogo tão pegado, quem brilhou foi a zaga colorada. Manga pegou tudo e mais um pouco naquele jogo (inclusive um cruzamento de Nelinho com apenas uma mão) e Figueroa teve de usar todas as suas armas (todas mesmo!) para parar o veloz ataque cruzeirense, principalmente o incrivelmente ágil Joãozinho. “Don Elías” foi ainda mais preciso no lance que decidiu a partida.

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O craque marcou, de cabeça, o gol do título colorado em um lance emblemático, em que um único feixe de luz do sol iluminou exatamente a cabeça do zagueirão, fazendo com que o gol ficasse conhecido como o “gol iluminado”. O Inter, pela primeira vez em sua história, era campeão nacional. E o Cruzeiro, pela segunda vez seguida, era vice-campeão. A perda do título doeu muito nos jogadores do time mineiro pelo fato de a equipe ser ótima e contar com muitas estrelas, mas que não foram capazes de reverter a desvantagem de jogar fora de casa e das atuações esplêndidas de Figueroa e Manga.

 

A peça que faltava para o mais saboroso dos títulos

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O Cruzeiro começou o ano de 1976 sob as lembranças do aniversário de 10 anos de sua então maior conquista na história: a Taça Brasil de 1966. O time poderia superar aquela conquista justamente uma década depois se vencesse a Copa Libertadores da América. Para deixar um time bom ainda melhor, o Cruzeiro trouxe de volta ao Brasil naquela temporada o craque Jairzinho, que estava na França. O “Furacão da Copa” de 1970 não tinha mais o mesmo vigor de seis anos atrás, claro, mas ainda causava sérios estragos nas defesas dos adversários, além de impor medo e respeito. Com a chegada do craque, o Cruzeiro era um dos grandes favoritos ao título continental.

 

Vingança épica

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O Cruzeiro estreou na competição contra seu algoz do ano anterior, o Internacional. O Mineirão estava lotado e o Cruzeiro ávido por vingança. Foi então que o time mineiro protagonizou a partida mais eletrizante da história do Mineirão em um jogaço: Cruzeiro 5×4 Internacional. Nove gols! O time, desde o início, teve o controle da partida e venceu mesmo sem Palhinha, expulso no começo do segundo tempo e autor de dois gols no começo do jogo (Joãozinho, duas vezes, e Nelinho marcaram os outros gols do time azul). O estádio foi ao delírio e a torcida vibrou como nunca. Era um bom presságio do que viria pela frente.

 

Sem rivais

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Depois da vitória épica sobre o Inter, o Cruzeiro continuou a sapecar os rivais na primeira fase da Liberta. O time ainda venceu, em casa, o Olimpia (PAR) por 4 a 1 e o Sportivo Luqueño (PAR) pelo mesmo placar. Nos jogos fora de casa, vitória sobre o mesmo Sportivo por 3 a 1; 2 a 0 sobre o Internacional em pleno Beira Rio e empate em 2 a 2 contra o Olimpia. O time se classificou líder, com cinco vitórias e um empate em seis jogos, marcou 20 gols e sofreu 9. Era hora da fase final.

 

Shows e uma tragédia

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O Cruzeiro foi para o grupo 1 do triangular final da Libertadores ao lado de LDU (EQU) e Alianza Lima (PER). No primeiro jogo, contra a LDU, em Quito, vitória azul por 3 a 1. Na partida seguinte, nova vitória: 4 a 0 no Alianza Lima, lá no Peru. Tudo era as mil maravilhas até que uma notícia chocou os jogadores e torcedores. O ótimo ponta Roberto Batata, louco de saudades da família, morreu em um acidente de carro na rodovia Fernão Dias quando ia de encontro da mulher e do filho na cidade de Três Corações, no interior de Minas. A morte do jogador foi um trauma para todos. Mas foi nessa adversidade que o time se uniu ainda mais e partiu em busca do título em homenagem a Batata. Na partida seguinte após o acidente, contra o Alianza Lima, no Mineirão, o Cruzeiro fez 7 a 1 nos peruanos e dedicou a vitória a Batata. O número de gols foi o mesmo número da camisa do jogador. O time azul confirmou sua classificação para a final da Libertadores no mesmo Mineirão, quando venceu a LDU por 4 a 1. Com 18 gols marcados e quatro vitórias em quatro partidas, o Cruzeiro estava tinindo. Mas era hora de ainda mais concentração para encarar os argentinos do River Plate.

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Batalhas

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O Cruzeiro fez o primeiro jogo da final da Copa Libertadores de 1976 em casa. O River Plate tinha um esquadrão de respeito com o ótimo goleiro Fillol (que seria campeão do mundo pela Argentina em 1978), o zagueiro Perfumo, o meia Sabella e os atacantes González, Luque e Más. Porém, o time mineiro não ligou para a banca dos argentinos e deu show: 4 a 1, com três gols apenas no primeiro tempo. Palhinha, Eduardo e Jairzinho mostraram toda a habilidade brasileira e garantiram a vantagem do empate para a partida de volta (na época não existia o critério de gols marcados). Em Buenos Aires, o River fez valer o mando de campo (e a sempre “muy amiga” arbitragem latina) e venceu por 2 a 1, forçando um terceiro jogo.

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Campeão!!!!

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O jogo decisivo foi em campo neutro, no estádio Nacional, no Chile. Ambas as equipes estavam desfalcadas de algumas estrelas (Jairzinho, Perfumo e Fillol não jogaram) e precisavam vencer para ficar com o título. O Cruzeiro começou melhor, dominou o primeiro tempo, e abriu 2 a 0, com gols de Nelinho e Eduardo. Mas do outro lado estava o River Plate, que arrancou o empate com gols de Más e Urquiza. Faltando menos de cinco minutos para o fim do jogo, falta para o Cruzeiro. Os argentinos esperavam uma bomba de Nelinho, mas foi aí que o elemento surpresa acabou com a partida: Joãozinho bateu e fez o gol do título: 3 a 2.

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O Cruzeiro conquistava a sua primeira Libertadores de maneira histórica, e era, ainda, o primeiro time mineiro a levar a competição. Acabava ali a hegemonia do Santos em ser o único a ter a cobiçada taça em sua galeria de troféus. Era a consagração e a justiça feita para um time montado para marcar gols, dar show e cansar o adversário com uma velocidade incrível. A partir daquele dia, o Cruzeiro também podia mostrar para todo mundo a Libertadores da América.

Jogando praticamente num 4-2-4, o Cruzeiro de 1976 era puramente ofensivo. E talentoso ao extremo.
Jogando praticamente num 4-2-4, o Cruzeiro de 1976 era puramente ofensivo. E talentoso ao extremo.
 

 

Treinando para o Mundial

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O Cruzeiro fez muita festa com a conquista da América e nem ligou para o Campeonato Mineiro (vencido pelo Atlético-MG) e para o Campeonato Brasileiro (ficou novamente com o Internacional). O time queria se preparar para a disputa do Mundial Interclubes contra o poderoso Bayern München, que acabava de conquistar a terceira Liga dos Campeões da UEFA consecutiva e igualar o feito do Ajax de Cruyff no começo da década de 70. Os alemães tinham um time dos sonhos que era simplesmente a base da Alemanha campeã do mundo em 1974. O Cruzeiro sabia que os jogos (na época eram duas partidas, uma na casa de cada time) seriam absurdamente difíceis, mas era preciso concentração e confiança para derrotar o esquadrão vermelho de Munique.

 

Fim do sonho

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O Cruzeiro viajou até a Alemanha para encarar o poderoso Bayern. Os alemães tinham Beckenbauer, Gerd Müller e Sepp Maier. Debaixo de neve, o time mineiro não conseguiu aplicar seu futebol e perdeu por 2 a 0, gols de Müller e Kappellmann. Na volta, os alemães seguraram a pressão dos cruzeirenses no Mineirão abarrotado de gente (mais de 120 mil pessoas!), e o empate em 0 a 0 garantiu o primeiro título mundial do time alemão. Ali, começaria um hiato tremendo para o clube azul, que só voltaria a brilhar na década de 90.

 

Saudades de um timaço

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A perda do título Mundial para o Bayern foi dolorida, mas a derrota na final da Libertadores de 1977, para o Boca Juniors (ARG), nos pênaltis, foi ainda mais doída pelo fato de o time perder a chance de comemorar o bicampeonato e igualar o feito do Santos de Pelé. Acabava ali um período de ouro da história do Cruzeiro, que teria que assistir a ascensão do rival Atlético-MG nos anos seguintes (o alvinegro dominou o Campeonato Mineiro com um hexacampeonato e foi vice-campeão brasileiro em 1977 e 1980). O time azul voltaria a brilhar somente na década de 90, quando começou uma hegemonia no estado sem igual e deixou o Galo há anos-luz de distância no quesito títulos. A equipe abocanhou várias taças, mas passou longe do brilho e da magia do timaço de Raul, Nelinho, Joãozinho, Palhinha, Piazza e Jairzinho. Um Cruzeiro mais do que imortal.

Os personagens:

Raul: chamava a atenção não só pela camisa amarela (fora do padrão para a época), mas também pela segurança, calma e liderança embaixo da trave. Foi referência máxima no gol do Cruzeiro na época com defesas maravilhosas e reflexos de puro primor. Venceu outra Libertadores alguns anos depois, dessa vez defendendo o Flamengo de Zico. É um dos jogadores mais vitoriosos da história do futebol brasileiro.

Nelinho: batia na bola como ninguém e tinha um chute poderosíssimo que fazia com que a bola fizesse curvas impressionantes. Sua força era tão grande que uma vez chutou uma bola para fora do Mineirão. Estrela na lateral direita do time, Nelinho integrou a seleção brasileira, dois anos depois do título da Libertadores, na Copa do Mundo de 1978.

Moraes: como o time era muito ofensivo, Moraes e seu companheiro de zaga, Darci Menezes, sofria demais com os avanços dos adversários. Como não era brilhante como as estrelas do time, era as vezes criticado, mas foi essencial quando preciso ao jogar sem preciosismo e tirando a bola do jeito que desse.

Darci Menezes: outro que jogava o simples e na base da vontade. Sofria com os atacantes adversários e com os espaços que o time dava, mas também ajudou muito na conquista da Libertadores.

Vanderlei: na outra lateral do time, na esquerda, Vanderlei era preciso na marcação e no apoio à zaga. Não tinha a mesma eficiência que Nelinho no ataque, mas era eficiente quando tinha a bola e ajudava no toque de bola. Ficou manchado em 1977, quando perdeu seu pênalti na final da Libertadores.

Piazza: eterno craque do Cruzeiro, Piazza era perfeito tanto na zaga quanto no meio de campo. Um dos titulares na conquista do tricampeonato mundial do Brasil em 1970, Piazza era o capitão do time azul e foi um dos responsáveis pelo sucesso do time na Libertadores, esbanjando experiência, talento e garra. É um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro.

Zé Carlos: era um carrapato e fez história no Cruzeiro pela eficiência e regularidade. É o jogador com maior número de partidas na história do clube (633 jogos) e foi peça essencial na conquista da Libertadores de 1976. Ídolo da raposa.

Eduardo: coube ao ponta de lança Eduardo suprir a ausência trágica de Batata no ataque do Cruzeiro. E ele exerceu mais do que bem sua função. Se movimentava bastante, era rápido, confundia os adversários e ainda marcava gols. Foi decisivo na reta final da Libertadores e encarnou o espírito vencedor do time mineiro.

Roberto Batata: cria do Cruzeiro, Batata parecia ter “mais de dois pulmões” pela velocidade e fôlego que apresentava como ponta do time. Era titular absoluto quando sua morte trágica no andamento da Libertadores pegou todo mundo de surpresa. Sem dúvida alguma, a conquista da América pelo Cruzeiro naquele ano de 1976 foi a mais bela homenagem ao jogador, eternamente lembrado pelos torcedores.

Jairzinho: um dos maiores craques da história do futebol mundial, Jairzinho levou a magia e a arte ao Cruzeiro em 1976. Com o craque em campo, a Raposa entupiu ainda mais os adversários de gols e protagonizou partidas memoráveis. O Furacão mostrou muito talento mesmo sem ter o fôlego de antes com arranques e jogadas fatais em pequenos espaços do campo. Mesmo em pouco tempo de Cruzeiro, entrou para sempre na história do time como ídolo. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Palhinha: antes do talentoso atacante Palhinha da década de 90, que conquistou inúmeros títulos no São Paulo, o futebol brasileiro teve outro Palhinha, ainda mais genial e preciso com a bola nos pés. Viveu no Cruzeiro seu melhor momento na carreira com muita rapidez, dribles, finalizações certeiras e muitos gols. Era comum ele abrir espaços na zaga adversária para a chegada de Nelinho. Foi ídolo na Raposa.

Joãozinho: um demônio quando o assunto era drible. Joãozinho fazia os zagueiros sentarem, literalmente, com tantas fintas que aplicava. Arisco e rápido, deu um trabalho imenso para Figueroa na decisão do Brasileiro de 1975 e nos duelos da Libertadores de 1976. Além dos dribles, o craque ainda lançava bolas preciosas na área e era bom, também, em cobranças de falta. Que o diga o River Plate, vítima do gol de Joãozinho que deu o título da Libertadores de 1976 ao time mineiro.

Zezé Moreira (Técnico): além de ter um irmão famoso, Zezé Moreira era famoso, também, por saber extrair o melhor de cada jogador. Muito inteligente e adepto do futebol ofensivo, o treinador conseguiu transformar o Cruzeiro num dos times mais letais da história do futebol brasileiro pela quantidade de gols que fazia. Tamanha eficiência resultou no cobiçado título da Libertadores de 1976, que veio de maneira memorável e com apenas uma derrota. É querido para sempre no clube e um ídolo. Fez história.

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Comentários encerrados

17 Comentários

      • Obrigado pela resposta imortais. Eu quis dizer matéria na minha pergunta kkkkkkkkkk, quando percebi não dava mais para refazer hehehe. E gosto muito do milan que você citou. Obrigado.

        • Ah tá! Hahaha Ah, tenho várias… Difícil escolher uma só! Mas alguns textos aqui são especiais pela quantidade de informações e tamanho como do Real 2014-2018, Alex Ferguson, Telê, os 7 a 1, os da Itália, Flu 2007-2012, o Milagre de Istambul e vários jogos eternos! Obrigado pelo prestígio! 😀

  1. Você poderia fazer a história do esquadrão do cruzeiro que foi campeão da copa do brasil 1996, campeão da libertadores 1997, e vice do brasileirão 1998.

  2. Este time do cruzeiro de 1976 era um timaço! Tecnicamente, superior ao Inter daquela época que era também outro timaço. Jogadores como Nelinho, Jairzinho, Joãozinho, Palhinha, nunca mais! Alguém aí, falou que a unica diferença dos jogadores daquela época para os de hoje era o glamour! Meu amigo, os jogadores de hoje não servem nem para limpar as chuteiras dos jogadores daquela época! Nós formos para o time do Inter de 1975/76, onde no mundo de hoje tem um Paulo Roberto Falcão, um Carpeggiani, isto para só ficarmos no time do Inter daquela época. Naquele tempo ainda tinha Rivelino e Zico. Um Messi hoje ( já em fim de carreira) , não joga e jamais jogou o que um Rivelino e um Zico jogavam e jogaram! O futebol como tudo,o cinema, as artes, a musica, empobreceu horrores! O cruzeiro daquela época só perdeu para o Bayern Munich num campo nevado horrível e para um time que era a base da seleção alemã daquela época, um time que tinha Beckenbauer, Sepp Mayer e Gerd Muller. Um time há oitocentos milhões de anos-luz da medíocre seleção alemã que aplicou sete a zero no Brasil. Sinal dos tempos!

  3. Falar q o Zé Carlos era só um carrapato é muuito pouco. Tostão nas suas colunas o coloca no nivel do Kroos. Foi o 1º 2º volante do Brasil e tinha raiva qnd errava mais de 3 passes por jogo. O Cruzeiro não jogava num 424, mas num 4222. Foi o 1º time a usar isso, retirando o centroavante e colocando o 2º volante, Palhinha era o ponta de lança.

  4. Wandércio em 04 de abril de 2015

    fui naquele jogo memorável no Mineirão contra o Bayer, não vencemos mas ficou na lembrança, ser Cruzeirense é conviver com a alegria

    “CRUZEIRO ESPORTE CLUBE” SEMPRE……….

  5. e eu que acompanhei todas essas hisórias ao vivo e no mineirão, quanta saudades daquele time!!!!mas hoje não está mto diferente não, só não temos mais o glamuor daquela época, mas daqui a alguns anos esse vai ser inequecivel ttbem….

Craque Imortal – Rivera

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