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Time dos Sonhos do Corinthians

 

Por Guilherme Diniz

 

A Fiel torcida sempre foi exigente. Para ser ídolo do Corinthians é preciso garra, paixão e amor à camisa. Por isso, não é qualquer jogador que consegue ter a honra de entrar na lista dos maiores de um clube com mais de 110 anos de história. E esta eleição do Corinthians dos Sonhos provou isso. Personagens de grandes períodos do clube e símbolos de eras marcaram presença entre os 22 convocados. Embora muitos e importantes craques do passado tenham ficado de fora, todos tiveram votação expressiva, mas a história recente e os títulos em profusão do século XXI pesaram. Vamos ver como ficou esse timaço!

 

Os convocados pelos leitores e leitoras:

 

Goleiros: Cássio e Ronaldo Giovanelli 

Laterais-Direitos: Zé Maria e Alessandro 

Laterais-Esquerdos: Wladimir e Fábio Santos

Zagueiros: Gamarra, Chicão, Domingos da Guia e Gil

Volantes: Rincón, Paulinho, Sócrates e Vampeta

Meias: Rivellino, Marcelinho Carioca e Neto 

Atacantes: Ronaldo, Emerson Sheik, Edílson, Carlos Tevez e Casagrande.

Técnico: Tite.

 

Esquema tático escolhido pelos leitores e leitoras: 4-4-2

 

Como o craque Sócrates foi super votado tanto para volante quanto para meia, ele abriu uma vaga extra para volante (Vampeta) e o direito de estar no time A independente de sua posição.

 

Time A – formação – 4-4-2:

Cássio; Zé Maria, Gamarra, Chicão e Wladimir; Rincón, Sócrates, Marcelinho Carioca e Rivellino; Ronaldo e Emerson Sheik. 

O time principal possui ídolos dos mais vertiginosos períodos de glórias do Timão. No gol, Cássio, simplesmente absoluto na meta do clube desde 2012 e herói dos títulos daquele ano e das taças conquistadas também entre 2013 e 2019. O sistema defensivo é composto pelos laterais Zé Maria e Wladimir, unanimidades, monstros sagrados e símbolos do fim do jejum de 1977 e da reviravolta nos anos 1980, e pelos zagueiros Gamarra (capitão do título nacional de 1998, o primeiro do esquadrão Todo Poderoso) e Chicão, que passou pelos apuros da Série B em 2008 e fez parte de toda a recuperação impressionante rumo à conquista do mundo em 2012. Mas é o meio de campo a grande arma desse time: Rincón e Sócrates cuidam da proteção à zaga e também ajudam na criação com suas categorias únicas. Mais à frente estão Marcelinho, o “pé de anjo” símbolo dos anos 1990, e Rivellino, simplesmente uma lenda, craque, inspiração de ninguém mais ninguém menos que Maradona. E, no ataque, Ronaldo e Emerson Sheik, expoentes da volta por cima, que começou com o Fenômeno e sua participação não só em títulos como no crescimento do clube fora dos gramados, e Sheik, autor dos gols da vitória por 2 a 0 sobre o Boca que deu ao Timão sua primeira (e invicta!) Libertadores. Para comandar essa turma? Tite, claro, o técnico mais vencedor da história do Corinthians. 

 

Time B – formação – 4-4-2: 

Ronaldo Giovanelli; Alessandro, Domingos da Guia, Gil e Fábio Santos; Vampeta, Paulinho, Edílson e Neto; Carlos Tevez e Casagrande. 

Nesse outro Corinthians dos Sonhos, temos Ronaldo Giovanelli no gol e todo seu simbolismo dos anos 1990. Os laterais são os campeões do mundo Alessandro e Fábio Santos e a zaga é formada por Domingos da Guia, imortal do futebol brasileiro e presente no Timão lá dos anos 1940, e Gil, ídolo da torcida na década de 2010. No meio, Vampeta, xodó do time do final dos anos 1990, e Paulinho, um dos principais nomes do esquadrão campeão da América e do mundo em 2012, são os responsáveis pela marcação, enquanto Edílson, o capetinha que causa pesadelos em Karembeu até hoje, e Neto, baita de um camisa 10 do time campeão brasileiro em 1990, atuam mais avançados, fazendo com que esse Corinthians jogue praticamente num 4-3-3. No ataque, Carlos Tevez, Bola de Ouro da revista Placar e principal craque do título brasileiro de 2005, e Casagrande, goleador do Timão bicampeão paulista de 1982/1983, são os responsáveis pelos gols.

 

Os escolhidos pelos leitores e leitoras OBS: os dados sobre jogos e gols são do site Meu Timão.

 

Goleiro: Cássio – 78,2% dos votos

Período no clube: 2012-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2012), 1 Copa Libertadores da América (2012), 1 Recopa Sul-Americana (2013), 2 Campeonatos Brasileiros (2015 e 2017) e 4 Campeonatos Paulistas (2013, 2017, 2018 e 2019).

Jogos: 682

 

Ele chegou em 2012 e inicialmente era reserva. Mas, quando assumiu a titularidade do Timão, se transformou em pouquíssimo tempo em ídolo, milagreiro e para muitos no maior goleiro da história do Corinthians. E isso não é exagero nenhum. Tudo começou no mata-mata da Libertadores, naquela defesa no chute de Diego Souza, do Vasco, que mudou o destino do Corinthians na competição. Depois, mais um punhado de defesas para garantir a sonhada taça, invicta. Mas foi no Mundial de Clubes da FIFA que Cássio cravou de vez seu lugar entre os Imortais quando parou de todas as maneiras o ataque do Chelsea-ING com defesas que beiravam o absurdo.

A defesa no Mundial: para os livros, para a história. Foto: AE.

 

Nos anos seguintes, o camisa 12 manteve a regularidade e ajudou o alvinegro a vencer dois Brasileiros, Recopa Sul-Americana e Paulistas liderando o time como capitão e ganhando até vaga na seleção brasileira. Enorme (tem 1,96m de altura) e forte nos momentos decisivos, o Gigante é um patrimônio do Timão. Sua votação – mais de 78% dos votos – justifica a idolatria que a Fiel tem pelo goleiro.

 

Goleiro: Ronaldo Giovanelli – 37% dos votos

Período no clube: 1988-1998

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (1990), 1 Copa do Brasil (1995), 1 Supercopa do Brasil (1991) e 3 Campeonatos Paulistas (1988, 1995 e 1997).

Jogos: 602

 

Com reflexos apurados, ótimo senso de colocação e extremamente identificado com a torcida do Corinthians, Ronaldo Giovanelli marcou época no time alvinegro com atuações inesquecíveis e muita personalidade. Era polêmico, falastrão e não levava desaforo para casa. Com 602 jogos disputados, Giovanelli é o 3º jogador que mais vestiu a camisa do Corinthians na história e um dos seis goleiros menos vazados do clube (0,95 gol por jogo). Só não teve chances maiores na seleção brasileira por causa do temperamento e das brigas que arrumava dentro e fora de campo. Jogou 10 anos no Timão e é um ídolo do clube até hoje.

 

Lateral-Direito: Zé Maria – 82,9% dos votos

Período no clube: 1970-1983

Principais títulos pelo clube: 4 Campeonatos Paulistas (1977, 1979, 1982 e 1983).

Jogos: 599

Gols: 17

 

Com um fôlego privilegiado, muita força física e capitão do Timão no histórico fim do jejum de 1977, o Super Zé é até hoje o maior lateral-direito da história do clube e um dos principais em sua posição no futebol brasileiro nos anos 1970 e 1980. A devoção do craque era tão grande que ele dizia que “no Corinthians eu jogo até de graça”. Zé Maria chegou ao Timão em 1970, logo após integrar o elenco da seleção campeã do mundo em 1970 como atleta da Portuguesa. Dali em diante foram mais de 10 anos de grandes jogos, muita regularidade e os títulos Paulistas de 1977, 1979, 1982 e 1983, além do vice-campeonato brasileiro de 1976, ano da Invasão Corintiana ao Maracanã. Zé Maria é o 4º com mais jogos na história do Corinthians: 599 partidas.

 

Lateral-Direito: Alessandro – 56,6% dos votos

Período no clube: 2008-2013

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2012), 1 Copa Libertadores da América (2012), 1 Recopa Sul-Americana (2013), 1 Campeonato Brasileiro (2011), 1 Copa do Brasil (2009), 2 Campeonatos Paulistas (2009 e 2013) e 1 Campeonato Brasileiro – Série B (2008).

Jogos: 258

Gols: 4

 

Um dos maiores símbolos do time no final da década de 2000 e início da década de 2010 e remanescente dos difíceis tempos de Série B, Alessandro se mostrou um leão na lateral-direita do Corinthians. Raçudo, muito bom na marcação e no apoio ao ataque, o lateral teve o privilégio de ser o homem a levantar pela primeira vez a tão sonhada taça da Copa Libertadores pelo Corinthians. Foi titular, também, nas conquistas de 2009 (Paulista e Copa do Brasil) e de 2011 (Brasileiro, já como capitão escolhido por Tite). É parte integrante da história alvinegra e um dos mais vencedores atletas do clube. Virou dirigente do próprio Timão em 2014.

 

 

Lateral-Esquerdo: Wladimir – 72,3% dos votos

Período no clube: 1970 a 1985 e 1987

Principais títulos pelo clube: 4 Campeonatos Paulistas (1977, 1979, 1982 e 1983).

Jogos: 805

Gols: 32

 

Ninguém vestiu mais a camisa do Corinthians do que ele. Ninguém permaneceu tanto tempo. Ninguém disputou mais jogos de Campeonato Brasileiro pelo Timão (268 jogos) do que ele. E ninguém foi tão impecável na lateral-esquerda como ele. Wladimir é outra unanimidade que sempre integrou as eleições de times dos sonhos do Corinthians. Cria das categorias de base, ganhou sua primeira chance no time titular em 1972 e se firmou de vez em 1973. Em 1977, ano do fim do jejum, seria dele o gol do título contra a Ponte, mas um zagueiro tirou a bola em cima da linha até Basílio acabar com o suplício. Nos anos 1980, ao lado de Sócrates e Casagrande, foi um dos expoentes da Democracia Corintiana e voltou a brilhar em novos tempos de glórias. Se aposentou em 1987 atuando como zagueiro.

 

Lateral-Esquerdo: Fábio Santos – 42,8% dos votos

Período no clube: 2011-2015 e 2020-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2012), 1 Copa Libertadores da América (2012), 1 Recopa Sul-Americana (2013), 2 Campeonatos Brasileiros (2011 e 2015) e 1 Campeonato Paulista (2013).

Jogos: 364

Gols: 30

 

O lateral chegou em 2011 para ser reserva de Roberto Carlos, mas conseguiu a titularidade naquele mesmo ano com muita regularidade no apoio ao ataque e sem cometer desníveis na proteção à zaga, garantindo a segurança ao sistema defensivo do Timão no período. Viveu grande fase entre 2012 e 2013, ajudando o alvinegro nas conquistas da Libertadores, do Mundial e da Recopa. Por disputar mais de 360 jogos pelo clube e ser um dos laterais mais regulares do clube nos últimos anos, Fábio Santos ganhou a preferência dos torcedores e foi bem votado – mais de 42% dos votos – deixando para trás nomes como Oreco, Kléber e Sylvinho.

 

 

Zagueiro: Gamarra – 87,5% dos votos

Período no clube: 1998-1999

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (1998) e 1 Campeonato Paulista (1999).

Jogos: 80

Gols: 7

 

Imagine um dos maiores zagueiros da história do futebol sul-americano chegar ao seu time justamente no auge da carreira? Pois foi esse presente que o corintiano ganhou em 1998, quando Carlos Gamarra desembarcou em São Paulo para comandar um dos maiores esquadrões alvinegros de todos os tempos: o time campeão brasileiro de 1998. Com uma eficiência monstruosa, desarmes precisos e exemplo de fair play por quase não cometer faltas, o paraguaio ditou o ritmo do sistema defensivo do Timão de Luxemburgo naquele ano mágico e capitaneou o Corinthians rumo ao caneco brasileiro na final contra o Cruzeiro

Para se ter uma ideia do talento do zagueiro na época, Gamarra passou a Copa do Mundo de 1998 sem cometer uma falta sequer (!) nem levar cartões (!!), ajudando a seleção do Paraguai a alcançar as oitavas de final (e ser eliminada apenas no Gol de Ouro para a anfitriã França). As atuações do craque colocaram ele no All-Star Team do Mundial – e isso tudo após enfrentar nomes como Jay-Jay Okocha, Raúl González, Hristo Stoichkov, Thierry Henry e David Trezeguet! Tá bom para você!? Gamarra ficou muito pouco no Parque São Jorge, mas o suficiente para ser eleito um dos maiores defensores da história do Corinthians e líder nesta votação com 87,5% dos votos. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Zagueiro: Chicão – 66,4% dos votos

Período no clube: 2008-2013

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2012), 1 Copa Libertadores da América (2012), 1 Recopa Sul-Americana (2013), 1 Campeonato Brasileiro (2011), 1 Copa do Brasil (2009), 2 Campeonatos Paulistas (2009 e 2013) e 1 Campeonato Brasileiro – Série B (2008).

Jogos: 247

Gols: 42

 

Outro símbolo do renascimento corintiano, Chicão foi a voz do time e capitão até meados de 2011, quando caiu de rendimento e frequentou o banco de reservas. Depois das adversidades, mostrou força de vontade, voltou a jogar bem e fez uma dupla perfeita com Leandro Castán na Libertadores. É, ao lado de Alessandro, um dos remanescentes da série B. Foi a pura garra pela equipe na Liberta e autor de importantes gols em cobranças de faltas e pênaltis, além de tentos surgidos após subidas ao ataque. Muito querido pela torcida por sua garra e determinação, marcou época e se notabilizou como um dos defensores com mais gols pelo Corinthians na história: 42.

 

Zagueiro: Domingos da Guia – 42,3% dos votos

Período no clube: 1944-1947

Principais títulos pelo clube: nenhum

Jogos: 117

Gols: 0

 

Aos 32 anos, veterano e consagrado, Domingos da Guia chegou ao Corinthians já sem a velocidade de antes, mas ainda ostentava a categoria que tanto marcou sua carreira. No Timão, o zagueiro não conquistou títulos, mas pôde encher os olhos dos torcedores com habilidade e grandes jogos. Depois de quatro anos no clube paulista e 117 partidas disputadas, Domingos da Guia conseguiu marcar seu nome na história do clube como um dos maiores de todos os tempos do Timão. Capitão e líder do time naquela época, Domingos integrou ainda a seleção paulista e continuou sendo chamado para a seleção brasileira. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Zagueiro: Gil – 25% dos votos

Período no clube: 2013-2016 e 2019-atual

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (2015), 1 Recopa Sul-Americana (2013) e 1 Campeonato Paulista (2013).

Jogos: 432

Gols: 19

 

Com um futebol eficiente e simples, Gil ganhou de vez a confiança da torcida do Corinthians entre 2013 e 2015, quando fez partidas memoráveis e se tornou um dos principais defensores do país, principalmente por seu desempenho na conquista do Brasileirão de 2015. Com 1,93m de altura, Gil dominou o sistema defensivo do Timão no período e colaborou para o baixíssimo número de gols sofridos do time. Após deixar o clube para jogar no futebol chinês, retornou em 2019 com a mesma regularidade de sempre. Muito querido pela Fiel, foi um dos quatro zagueiros mais votados deste time dos sonhos, superando várias lendas do passado.

 

 

Volante: Rincón – 54,3% dos votos

Período no clube: 1997-2000 e 2004

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2000), 2 Campeonatos Brasileiros (1998 e 1999) e 1 Campeonato Paulista (1999).

Jogos: 158

Gols: 11

 

Impunha medo nos adversários pela presença física, mas também pela extrema qualidade. Fruto da geração de ouro do futebol colombiano que revelou ele, Valderrama, Asprilla e Córdoba, Rincón foi um dos maiores volantes da história do Timão. Seguro, eficiente e com muita elegância, disputou 158 partidas pelo alvinegro. Tinha respeito do estrelado elenco do Timão naquele final de década e conseguia controlar os nervos e as brigas por ser o capitão. Ao lado de Vampeta, Marcelinho e Ricardinho, formou provavelmente o melhor meio de campo da história do Corinthians. Rincón levantou a taça do primeiro título mundial do Timão, em 2000, e, após deixar o clube naquele ano, retornou para uma breve passagem em 2004, aos 37 anos, antes de encerrar a carreira como estrangeiro que mais vestiu a camisa do Corinthians na história: 158 jogos. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

 

Volante / Meia: Sócrates – 45,1% dos votos (volante) e 58,6% dos votos (meia)

Período no clube: 1978-1984

Principais títulos pelo clube: 3 Campeonatos Paulistas (1979, 1982 e 1983).

Jogos: 298

Gols: 172

 

Pode um jogador de futebol ser tão intelectual? Pode um jogador de futebol ser médico? Pode um jogador de futebol ser politizado? Pode, se este jogador for Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, ou, simplesmente, Sócrates, o 9º maior artilheiro do Corinthians na história com 172 gols. O craque do meio de campo que encheu o mundo de magia com passes precisos, toques de calcanhar fabulosos e uma elegância que não se via desde os tempos de Didi foi absoluto, marcante e histórico. Sua presença, seu estilo e sua liderança foram de magnitudes enormes tanto no Brasil quanto no planeta bola.

Engajado no movimento das Diretas Já na década de 1980, líder da Democracia Corintiana e capitão da seleção brasileira que encantou o mundo na Copa de 1982, Sócrates foi singular. Foi ídolo. Foi notório. Foi eterno. E um craque imortal do Corinthians. O Doutor foi amplamente votado tanto como Volante quanto como Meia, por isso, está neste time dos sonhos e abriu uma vaga extra no meio de campo. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Volante: Paulinho – 46,3% dos votos

Período no clube: 2010-2013 e 2022-2023

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2012), 1 Copa Libertadores da América (2012), 1 Campeonato Brasileiro (2011) e 1 Campeonato Paulista (2013).

Jogos: 206

Gols: 40

 

Chegou em 2010 ao Corinthians para entrar na história como um dos mais destacados atletas do clube no vertiginoso período 2011-2013. Exímio volante, mas que chega bem ao ataque como elemento surpresa e marcando gols, Paulinho consolidou seu status de gigante no Corinthians principalmente na campanha da Libertadores de 2012, no gol espírita contra o Vasco, o do “PQPaulinho!”. 

 

Virou ídolo, jogou muito e cresceu ainda mais nos momentos que o Corinthians mais precisou de seu futebol. Foi simplesmente perfeito. Começou a ser convocado para a seleção e fez grandes jogos na campanha do título da Copa das Confederações de 2013. Deixou o Timão em 2013 para jogar no futebol inglês. Retornou em 2022, mas sem o brilho de antes.

 

Volante: Vampeta – 42,4% dos votos

Período no clube: 1998-2000, 2002-2003 e 2007-2008

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2000), 2 Campeonatos Brasileiros (1998 e 1999), 1 Copa do Brasil (2002), 1 Torneio Rio-SP (2002) e 2 Campeonatos Paulistas (1999 e 2003).

Jogos: 268

Gols: 17 

 

A mistura de “vampiro” com “capeta” poderia ser também de eficiência e raça. Marcos André Santos foi um monstro, ao lado de Rincón, no meio de campo do Todo Poderoso Timão de 1998-2000. Além das qualidades em campo (passes precisos que deixavam os companheiros na cara do gol, marcação plena nos rivais, grande senso de colocação e visão de jogo privilegiada), era polêmico e adorava tirar sarro dos rivais, principalmente do São Paulo, cujo apelido “bambi” foi de sua autoria e é utilizado até hoje pelos corintianos. É um dos maiores ídolos da Fiel. Na seleção, esteve no grupo que trouxe o penta em 2002. A cambalhota no Palácio do Planalto na volta da delegação verde-amarela, em frente ao presidente da República, com a camisa do Corinthians é uma de suas mais hilárias obras. Mesmo com passagens por vários clubes, foi sempre no Corinthians onde apresentou seu melhor futebol, inclusive em sua segunda passagem, entre 2002-2003, faturando mais títulos marcantes.

 

 

Meia: Rivellino – 87,2% dos votos

Período no clube: 1965-1974

Principais títulos pelo clube: 1 Torneio Rio-SP (1966).

Jogos: 474

Gols: 144

 

Ele foi a inspiração de ninguém mais ninguém menos que Diego Armando Maradona. Ele meteu uma bola entre as pernas de Franz Beckenbauer. Ele foi um dos principais craques da maior seleção brasileira de todos os tempos, a de 1970, do tri. E ídolo incontestável do Corinthians, mas imensamente injustiçado por nunca ter conquistado um grande título com a camisa alvinegra e por causa da conturbada final do Paulistão de 1974 contra o Palmeiras (leia mais clicando aqui). Roberto Rivellino, mesmo tendo vivido a época mais amarga da história do Timão, virou o “Reizinho do Parque” e deu aulas de futebol nos mais diversos campos do planeta, sempre com dribles curtos irresistíveis, criando o drible do elástico e dando chutes poderosos com sua incrível perna esquerda, que fez a torcida mexicana o apelidar de “patada atômica”.

Ademir da Guia e Rivellino: gênios que marcaram a história do Derby Paulista.

 

Rivellino foi um dos maiores craques do futebol brasileiro nas décadas de 1960 e 1970, e também um dos maiores do futebol mundial em grande parte dos anos 1970, rivalizando com Beckenbauer e Cruyff o posto de melhor do mundo, após a aposentadoria de Pelé. Rivellino é o 9º jogador com mais jogos pelo Corinthians na história (474). Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Meia: Marcelinho Carioca – 86,9% dos votos

Período no clube: 1994-1997, 1998-2001 e 2006

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2000), 2 Campeonatos Brasileiros (1998 e 1999), 1 Copa do Brasil (1995) e 4 Campeonatos Paulistas (1995, 1997, 1999 e 2001).

Jogos: 433

Gols: 206

 

Cria do Flamengo, ele chegou meio a contragosto em São Paulo. No entanto, a sintonia entre ele e a camisa do Corinthians foi praticamente instantânea. Marcelinho virou o “Carioca” e um dos xodós da Fiel por suas atuações magistrais, passes precisos, enorme visão de jogo e declarações cheias de paixão que contagiaram a torcida. O meia marcou diversos gols, muitos decisivos, e foi um dos mais letais cobradores de faltas e pênaltis do Brasil nos anos 1990. O Pé de Anjo (ele calçava chuteiras tamanho 36) era a referência no meio campo do time campeão da Copa do Brasil (ele marcou gols nos dois jogos das finais contra o Grêmio) e do Paulista de 1995 (de novo com gols de Marcelinho nos dois jogos contra o Palmeiras, um deles em cobrança de falta épica) e do esquadrão multicampeão entre 1998-2000. 

Embora tenha ficado com parte de sua imagem arranhada após perder o pênalti derradeiro nas semifinais da Libertadores de 2000, Marcelinho está para sempre no coração dos torcedores, tamanha sua identificação com o time. Pela seleção, disputou apenas 3 partidas, marcando 2 gols. Ele é o 5º maior artilheiro da história do Timão com 206 gols.

 

Meia: Neto – 67,9% dos votos

Período no clube: 1989-1993 e 1996-1997

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (1990), 1 Supercopa do Brasil (1991) e 1 Campeonato Paulista (1997).

Jogos: 228

Gols: 80

 

Camisa 10, craque, letal nas bolas paradas, falastrão, polêmico, quase sempre fora de forma… Neto tinha de tudo um pouco em seus tempos de jogador, mas uma coisa era sempre ressaltada e visível: sua qualidade com a bola nos pés. O meia decidia jogos com a precisão de um craque fora do comum, visão de jogo formidável, lançamentos precisos e uma perna esquerda maravilhosa. Neto foi, sem dúvida, o grande astro do Corinthians na campanha do título brasileiro de 1990 e principal responsável pela conquista inédita. Muito identificado com a torcida e com o clube, o meia disputou mais de 220 jogos pelo Corinthians e marcou 80 gols.

Teve poucas passagens pela seleção brasileira e poderia ter sido levado para a Copa do Mundo de 1990 não fosse a teimosia do técnico Sebastião Lazaroni. Hoje, é um dos mais famosos comentaristas esportivos (e do Corinthians!) do Brasil. Um baita de um ídolo diga-se de passage!

 

 

Atacante: Ronaldo – 51,8% dos votos

Período no clube: 2009-2011

Principais títulos pelo clube: 1 Copa do Brasil (2009) e 1 Campeonato Paulista (2009).

Jogos: 69

Gols: 35

 

Um dos maiores atacantes de todos os tempos, Ronaldo foi um divisor de águas para sempre no time paulista. O craque chegou em dezembro de 2008, justamente no fim do ano do calvário da Série B, para criar um novo modelo de gestão de patrocínios em que ele e o clube ganhariam dinheiro e muita visibilidade. Resultado disso foram os contratos milionários que o Corinthians firmou e várias campanhas de marketing para explorar a imagem do Fenômeno no time. Ronaldo estreou pelo Corinthians contra o Itumbiara, na Copa do Brasil, mas pouco fez. A estreia definitiva foi contra o Palmeiras, em clássico válido pelo Campeonato Paulista.

O Timão perdia por 1 a 0 até os minutos finais de jogo quando, aos 47´do segundo tempo, Ronaldo aproveitou um escanteio e cabeceou para o fundo do gol do Palmeiras, marcando seu primeiro gol com a camisa do Corinthians. O delírio foi geral e o jogador até derrubou o alambrado do estádio na comemoração com a torcida. Era a deixa para que ele, mesmo acima do peso e jogando apenas algumas partidas, virasse ídolo da Fiel.

Em 2009, o craque foi fundamental na conquista do Paulistão, com direito a um golaço por cobertura na final contra o Santos. Tempo depois, veio a Copa do Brasil, com Ronaldo anotando um dos gols no primeiro jogo da final contra o Internacional. Em 2010, ano do centenário do Timão, a expectativa era por glórias e pelo título da Libertadores, mas o Timão não levantou troféus, apenas conquistas fora dos gramados, com o Corinthians sendo o clube mais valioso e divulgado no Brasil naquele ano, graças principalmente a imagem de Ronaldo, que elevou o clube a um patamar jamais imaginado pelo mais otimista presidente ou diretor de marketing. Ronaldo mostrou que era, também, um Fenômeno quando o assunto era visibilidade e contratos de publicidade. O craque foi, sem dúvida, um dos mais importantes atletas da história do Corinthians. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Atacante: Emerson Sheik – 47,9% dos votos

Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

 

Período no clube: 2011-2015 e 2018

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2012), 1 Copa Libertadores da América (2012), 1 Campeonato Brasileiro (2011), 1 Recopa Sul-Americana (2013) e 1 Campeonato Paulista (2013).

Jogos: 177

Gols: 28

 

Ele nunca foi um goleador nato, longe disso. Mas foi o “cara” das decisões no período de ouro do Corinthians entre 2011-2012. Sheik marcou gols importantes no Brasileiro de 2011 e foi muito, mas muito importante na conquista inédita da Libertadores em 2012. Seu golaço contra o Santos, na semifinal, o passe para o gol de Romarinho, no primeiro jogo da final contra o Boca, e os dois gols que deram a América ao Corinthians, na segunda partida, reforçaram ainda mais o status de ídolo da torcida. Marrento e habilidoso, Emerson foi decisivo. E libertador. Está para sempre no coração da torcida. E prova disso foi sua eleição neste time dos sonhos.

 

Atacante: Edílson – 46,7% dos votos

Período no clube: 1997-2000

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2000), 2 Campeonatos Brasileiros (1998 e 1999) e 1 Campeonato Paulista (1999).

Jogos: 164

Gols: 55

 

O capetinha foi um dos mais decisivos atacantes do Corinthians naquele final de anos 1990 e provou isso com seus gols e partidas sensacionais. Endiabrado, aplicava dribles e mais dribles nos adversários e sempre ia em busca do gol. Suas jogadas e provocações, principalmente contra Real Madrid e Palmeiras, respectivamente, estão para sempre na memória dos corintianos. Saiu brigado da equipe em 2000, depois da eliminação para o Palmeiras na Libertadores, mas isso em nada apagou seu passado de glórias pelo alvinegro. Em 1998, na final do Brasileiro, abriu o placar da vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro que garantiu o título e ainda sua premiação como melhor jogador do campeonato, faturando a Bola de Ouro da revista Placar. No ano seguinte, pelo Paulistão, fez gol nos 3 a 0 sobre o Palmeiras no primeiro jogo da final e outro nos 2 a 2 que garantiram o troféu, além de protagonizar o clássico mais quente da história, o das embaixadinhas.

O “rolinho” de Edílson em Karembeu: histórico para a Fiel.

 

E, em 2000, foi o principal jogador no eletrizante empate em 2 a 2 com o Real Madrid, no Morumbi, pelo Mundial de Clubes da FIFA, com direito a um golaço após o corintiano passar a bola entre as pernas do francês Karembeu. Em 2002, o atacante ainda esteve no grupo da seleção que faturou a Copa do Mundo da Coreia do Sul e Japão.  

 

Atacante: Carlos Tevez – 41,7% dos votos

Período no clube: 2005-2006

Principais títulos pelo clube: 1 Campeonato Brasileiro (2005).

Jogos: 78

Gols: 46

 

A parceria com a famigerada MSI não foi um sucesso como esperado, mas a maior herança que ela deixou ao Corinthians foi vinda de Carlos Tevez, em 2005, ao Timão. Já consagrado por seus títulos e grandes jogos no Boca Juniors campeão de tudo no começo dos anos 2000, Tevez incorporou como poucos a garra e raça que o corintiano sempre adorou. Foi um ídolo instantâneo, tomou para si o protagonismo como jogador mais badalado no futebol brasileiro na época e capitaneou o alvinegro rumo ao título brasileiro de 2005. Sua apresentação de gala nos 7 a 1 sobre o Santos está como um dos mais perfeitos jogos de um atleta com a camisa do Timão na história. A identificação com a torcida catapultou o argentino ao rol de ídolos do clube. Ele anotou 20 gols na campanha do título nacional e foi o Bola de Ouro da revista Placar. Após o fiasco na Libertadores de 2006 e inúmeros problemas entre diretoria e a MSI, o argentino foi jogar no futebol inglês.

 

Atacante: Casagrande – 39% dos votos

Período no clube: 1980-1986 e 1994

Principais títulos pelo clube: 2 Campeonatos Paulistas (1982 e 1983).

Jogos: 256

Gols: 103

 

Revelado pelo Corinthians, o Casão foi um dos destaques do time bicampeão paulista em 1982 e 1983 e um dos principais atacantes do futebol brasileiro na década de 1980. Raçudo, oportunista e artilheiro, era um perigo constante para os adversários com sua imponência física (1,91m de altura) e boa colocação. Super entrosado com Sócrates, fez uma parceria memorável com o Doutor tanto dentro quanto fora de campo, participando ativamente do movimento da Democracia Corintiana. Na conquista do Paulista de 1982, marcou notáveis 28 gols. Casagrande brilhou tanto que foi convocado para a Copa do Mundo de 1986 e jogou em vários clubes do futebol europeu, com destaque para seu período no Torino no começo dos anos 1990. Retornou brevemente ao Timão em 1994 e superou a marca dos 100 gols com a camisa alvinegra.

 

 

Técnico: Tite – 83,3% dos votos

Período no clube: 2004-2005, 2010-2013 e 2015-2016

Principais títulos pelo clube: 1 Mundial de Clubes da FIFA (2012), 1 Copa Libertadores da América (2012), 2 Campeonatos Brasileiros (2011 e 2015), 1 Recopa Sul-Americana (2013) e 1 Campeonato Paulista (2013).

 

Criticado, chamado de retranqueiro, conhecido pelos “titenismos”… Podem falar o que for, mas Tite é um dos maiores treinadores da história do Corinthians (nesta eleição, considerado o maior) e o responsável por dar ao clube a primeira e sonhada Copa Libertadores. Mostrou ser perito em táticas e em como formar uma equipe fortíssima em campo, com um sistema defensivo formidável, um grupo fechado, focado e cheio de garra. O título de Campeão Brasileiro em 2011 foi a primeira redenção do treinador, que viveu o pesadelo chamado Tolima naquele mesmo ano. Já as conquistas da Libertadores e do Mundial de 2012 colocaram Tite definitivamente no rol dos grandes treinadores do país.

Após uma rápida saída, voltou em grande estilo para ser campeão brasileiro em 2015 – com direito a uma histórica goleada de 6 a 1 sobre o São Paulo no segundo turno – e, em seguida, assumir o comando da Seleção Brasileira. Como ele mesmo diz: “Puro merecimento”. E foi mesmo. Tite comandou o Corinthians em 378 jogos, com 196 vitórias, 110 empates e 72 derrotas, aproveitamento de 61,5%.

 

 

Corinthians dos Sonhos do Imortais!

 

Os convocados:

 

Goleiros: Cássio e Gylmar dos Santos Neves

Laterais-Direitos: Zé Maria e Alessandro

Laterais-Esquerdos: Wladimir e Oreco

Zagueiros: Gamarra, Roberto Belangero, Domingos da Guia e Del Debbio

Volantes: Rincón, Sócrates, Paulinho e Vampeta

Meias: Rivellino, Marcelinho Carioca e Neto 

Atacantes: Ronaldo, Cláudio, Luizinho, Carlos Tevez e Casagrande.

Técnico: Tite.

 

Time A – Formação: 4-1-2-3

Cássio; Zé Maria, Gamarra, Roberto Belangero e Wladimir; Rincón; Sócrates e Rivellino; Cláudio, Ronaldo e Luizinho. 

A equipe principal do Corinthians dos Sonhos do Imortais tem 3 pontuais mudanças com o intuito de valorizar ídolos dos anos 1950 do Timão, década de extrema importância para o clube e que teve o esquadrão mais devastador da história alvinegra. Na zaga entrou Roberto Belangero, o Professor, lendário craque do esquadrão campeão paulista em 1951, 1952 e 1954 e capaz de atuar não só na zaga, mas também na lateral e no meio de campo, com características de marcação. No ataque, Ronaldo ganhou a companhia de Cláudio, o Gerente, simplesmente o maior artilheiro da história do Corinthians, e Luizinho, o Pequeno Polegar, um dos recordistas em jogos pelo clube e craque que jogava como meia, ponta e atacante. Imagine esse trio de ataque muito bem servido por Rincón, Sócrates e Rivellino? Vixe!

 

Time B – Formação: 4-4-2

Gylmar dos Santos Neves; Alessandro, Domingos da Guia, Del Debbio e Oreco; Vampeta, Paulinho, Neto e Marcelinho Carioca; Carlos Tevez e Casagrande.

Outra vez grandes nomes do passado ganharam vez nesse Timão dos Sonhos. No gol, Gylmar dos Santos Neves, lendário arqueiro bicampeão mundial pela seleção brasileira nas Copas de 1958 e 1962 e que despontou de vez para o futebol exatamente defendendo a meta corintiana nos anos 1950. No sistema defensivo, além de Alessandro e Domingos da Guia, entram Del Debbio, zagueiro dono de oito títulos estaduais pelo Timão, e Oreco, lateral-esquerdo de puro talento e que desfilou suas virtudes pelo Corinthians no final dos anos 1950 e até metade dos anos 1960. No meio e no ataque os nomes já eleitos pelos leitores e leitoras: Vampeta e Paulinho como volantes, Neto e Marcelinho na armação e Carlos Tevez e Casagrande no ataque. 

 

Os escolhidos pelo Imortais ausentes no time dos leitores e leitoras:

 

Goleiro: Gylmar dos Santos Neves

 

Período no clube: 1951-1961

Principais títulos pelo clube: 3 Campeonatos Paulistas (1951, 1952 e 1954) e 2 Torneios Rio-SP (1953 e 1954).

Jogos: 395

 

Um dos maiores goleiros da história do futebol despontou para a fama e o sucesso exatamente no Corinthians do começo dos anos 1950. Depois de superar um péssimo início, Gylmar fechou a meta alvinegra, fez partidas exuberantes e virou ídolo no clube, na Seleção Brasileira e, mais tarde, no Santos de Pelé. Venceu títulos e foi um dos principais responsáveis pelo histórico título paulista do IV Centenário da cidade de São Paulo, a ponto de ganhar uma faixa com os dizeres: “Supremo guardião do campeão do centenário”. Leia mais sobre ele clicando aqui!

 

Zagueiro: Roberto Belangero

Período no clube: 1947-1960

Principais títulos pelo clube: 3 Campeonatos Paulistas (1951, 1952 e 1954) e 3 Torneios Rio-SP (1950, 1953 e 1954).

Jogos: 451

Gols: 22

 

Foi um dos mais completos, técnicos, imponentes e virtuosos meio-campistas da história do Corinthians e ídolo incontestável do clube. Dominava a bola como poucos, ajudava o ataque com a mesma precisão que desarmava os rivais, tinha visão plena de jogo e podia jogar como volante, lateral e zagueiro (esta última a sua função neste time dos sonhos). Jogou de 1947 até 1960 no Timão, disputou 451 jogos e marcou 22 gols com a camisa do clube. Só não foi titular do Brasil campeão da Copa do Mundo de 1958 por causa de uma contusão (Zito, do Santos, jogou em seu lugar). Nilton Santos, craque imortal do futebol brasileiro, disse certa vez: “Roberto foi um dos jogadores que eu vi bater mais bonito na bola”. Encerrou a carreira no futebol argentino, mas morou para sempre (e ainda mora) no coração da Fiel.

 

Zagueiro: Del Debbio

Período no clube: 1922-1931 e 1937-1939

Principais títulos pelo clube: 8 Campeonatos Paulistas (1922, 1923, 1924, 1928, 1929, 1930, 1937 e 1939).

Jogos: 215

Gols: 2

 

Presente na primeira era de ouro do Corinthians, os anos 1920, Del Debbio foi um dos maiores zagueiros da história do clube e formou, ao lado do goleiro Tuffy e do zagueiro Grané, um lendário trio defensivo que transformou o Timão no esquadrão mais eficiente na defesa naquela época e conseguindo brecar os ataques dos rivais em tempos de esquemas táticos totalmente ofensivos (2-3-5). Muito eficiente na marcação e na cobertura da grande área, Del Debbio faturou oito campeonatos estaduais – sendo dois tris, em 1922/1923/1924 e 1928/1929/1930. No último deles, em 1939, era técnico do time quando teve que jogar uma partida emergencial contra o Ypiranga, por isso, entrou na lista dos jogadores campeões e também conta o título como treinador! Del Debbio ainda faturou os Paulistas de 1938 e 1941 treinando o Timão.

 

Lateral-Esquerdo: Oreco

Período no clube: 1957-1965

Principais títulos pelo clube: nenhum

Jogos: 409

Gols: 3

 

Embora nunca tenha vencido um título no Timão – ele chegou justamente após a fase de ouro do esquadrão do IV Centenário – Oreco foi um dos mais talentosos laterais-esquerdos da história do Corinthians e vinha com a experiência vencedora de seus tempos de Internacional. Foi campeão do mundo em 1958 pela seleção brasileira como reserva de Nilton Santos. Habilidoso e raçudo, ganhou simpatia da torcida por suas atuações memoráveis e imensa categoria com a bola nos pés.

 

Atacante: Luizinho

Período no clube: 1948-1967

Principais títulos pelo clube: 3 Campeonatos Paulistas (1951, 1952 e 1954) e 3 Torneios Rio-SP (1950, 1953 e 1954).

Jogos: 606

Gols: 175

 

Cria do Corinthians, o Pequeno Polegar (media 1,64m de altura) foi outro a se consagrar na história do clube com seu futebol catimbeiro, técnico, abusado, repleto de dribles e, claro, gols. Era um xodó da torcida não só por causa de todo esse repertório, mas também por marcar vários gols nos clássicos contra o Palmeiras (foram 20 gols). É o 2º jogador que mais vestiu a camisa alvinegra na história com 606 jogos, além de ter feito 175 gols pelo clube entre 1948 e 1967.

 

Atacante: Cláudio

Período no clube: 1945-1957

Principais títulos pelo clube: 3 Campeonatos Paulistas (1951, 1952 e 1954) e 3 Torneios Rio-SP (1950, 1953 e 1954).

Jogos: 550

Gols: 305

 

Identificado ao extremo com o clube e capitão do lendário Timão dos anos 1950, Cláudio é um mito no Parque São Jorge. O Gerente jogou 12 anos no Corinthians, disputou 550 partidas e marcou 305 gols, números que fizeram dele o maior artilheiro da história do clube e o 7º jogador que mais vestiu o manto alvinegro. Foi o cérebro do time naquele período de ouro e infernizava as defesas rivais com seus cruzamentos e passes pela ponta-direita, além dos gols e das cobranças de falta perfeitas. Não se cansou de dar gols e mais gols para o artilheiro Baltazar se transformar no “Cabecinha de Ouro”. É o maior artilheiro do Corinthians, também, nos duelos contra o rival Palmeiras: 21 gols marcados.

 

Leia muito mais sobre o Corinthians clicando aqui!

 

 

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Comentários encerrados

5 Comentários

  1. Ótima postagem, como sempre.

    Só não tem como concordar com a inclusão de Tevez no lugar de Baltazar (maior centroavante da história do clube, disparado!)… rsrss

    Forte abraço!

    OBS: também senti falta de Amilcar Barbuy e Juninho Fonseca, pelo menos como opções para votação.

  2. Imortais mais coerente, discordo de algumas ausências também na sua, mas no da galera, como podem deixar de fora o maior artilheiro da história.. A trindade Corinthiana (Cláudio, Luisinho e Baltazar), NENHUM jogador do time dos anos 50 aliás!!..Neco nem perto de ser eleito (anos 30 ninguém viu né). Mas a resenha dessas listas é que é o legal, ninguém nunca vai concordar 100% com tudo. Parabéns

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