in

10 Maiores Finais do Mundial de Clubes

 

Por Guilherme Diniz

 

Ele rende estrelas reluzentes nos escudos dos clubes (da América do Sul). Vencê-lo é o ápice, a maior glória possível e o sonho de qualquer torcedor. Afinal, dizer “meu time é campeão do mundo” é forte, de estufar o peito. Porém, lá na Europa, eles nunca deram muita bola, já boicotaram a competição várias vezes e só deram um pouquinho mais de atenção quando a FIFA passou a administrar o torneio. Falando nela, em outubro de 2017, a entidade máxima do futebol oficializou, com anos de atraso, o Mundial Interclubes (ou Copa Intercontinental) como “Mundial” – se bem que, até hoje, muitos mimizentos não “reconhecem” o torneio (oh, que dó!).

Com mais de meio século de história, um dos mais conturbados torneios de clubes do planeta possui muitas histórias, reuniu o que de melhor o futebol já produziu e teve jogos espetaculares. É hora de conhecer os maiores, em ordem cronológica.

 

Benfica-POR 2×5 Santos-BRA 1962

 

Ficha do jogo

Data: 11 de outubro de 1962

Local: Estádio da Luz, Lisboa, Portugal

Juiz: Pierre Schwinte (FRA)

Público: 73.000 pessoas

Os Times:

Sport Lisboa e Benfica: Costa Pereira; Humberto, Raul e Cruz; Domiciano Cavém e Jacinto; José Augusto, Santana, Eusébio, Coluna e Simões. Técnico: Fernando Riera.

Santos Futebol Clube: Gylmar; Olavo, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Lima, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.

Gols: Pelé-SAN, aos 17’ e aos 26’ do 1º T; Coutinho-SAN, aos 3’, Pelé-SAN, aos 20’, Pepe-SAN, aos 32’, Eusébio-BEN, aos 41’ e Santana-BEN, aos 44’ do 2ºT.

 

Todos em Lisboa eram unânimes: a final do Mundial de Clubes de 1962 seria decidida em três jogos. Motivo? É que após a vitória santista por 3 a 2 sobre o Benfica, no Maracanã, o segundo duelo estava marcado para a capital portuguesa. E, como os encarnados acreditavam na vitória do time lisboeta, haveria um terceiro duelo para desempatar o confronto, conforme previsto pelas regras do torneio na época. Até ingressos antecipados eram comercializados. Mais do que isso, o time brasileiro não havia jogado bem no primeiro jogo, enquanto o Benfica fez uma boa partida e jogaria com força máxima em sua casa. Muitos diziam que a vitória dos águias seria de goleada. Mas se esqueceram de que do outro lado havia Pelé, Coutinho, Pepe e companhia nada limitada. 

 

O Estádio da Luz, um dos mais icônicos do futebol mundial, foi palco naquele dia 11 de outubro de 1962 de um dos jogos mais sensacionais de todos os tempos. Não foi apenas um jogo. Foi uma apresentação de gala de um dos maiores esquadrões do século XX. Para muitos, a maior apresentação da história do Santos Futebol Clube. Um jogo que confirmou ainda mais a majestade de Pelé, o Rei, autor de três gols da goleada de 5 a 2 do Santos. Isso porque o alvinegro praiano abriu 5 a 0 e “relaxou” quando podia, já no final da partida. Ao apito do árbitro, aplausos portugueses aos brasileiros. Invasão de campo para ver se aqueles jogadores eram mesmo de carne e osso. E reconhecimento pleno da supremacia de um time único, artístico, goleador. Leia mais clicando aqui!

 

Estudiantes-ARG 2×1 Milan-ITA 1969

O “El Gráfico”, da Argentina, tratou o episódio como o mais negro da história do futebol no país.

 

Ficha do jogo

Data: 22 de outubro de 1969

Local: La Bombonera, Buenos Aires, Argentina.

Juiz: Domingo Massaro (CHI)

Público: 45.000 pessoas

Os Times:

Club Estudiantes de La Plata: Alberto Poletti; Eduardo Luján Manera, Ramón Aguirre Suárez, Raúl Madero e Oscar Malbernat; Carlos Bilardo (Juan Echecopar, aos 8’ do 2º T), Daniel Romero e Néstor Togneri, Marcos Conigliaro, Juan Taverna e Juan Ramón Verón. Técnico: Osvaldo  Zubeldía.

Associazione Calcio Milan: Fabio Cudicini; Angelo Anquilletti, Saul Malatrasi (Aldo Maldera, aos 8’ do 2º T), Roberto Rosato e Karl-Heinz Schnellinger; Giovanni Lodetti, Romano Fogli e Gianni Rivera; Angelo Sormani, Néstor Combín e Pierino Prati (Giorgio Rognoni, aos 37’ do 1º T). Técnico: Nereo Rocco.

Gols: Rivera-MIL, aos 30’, Conigliaro-EST, aos 43’, e Aguirre Suárez-EST, aos 44’ do 1ºT.

Expulsões: Aguirre Suárez-EST, aos 24’, e Manera-EST, aos 40’ do 2º T.

 

Este jogo está aqui por “vias tortas”. Depois do Milan vencer por 3 a 0 o Estudiantes em San Siro, a equipe italiana garantiu uma enorme vantagem para a partida de volta do Mundial de 1969. O duelo seguinte é marcado para o dia 22 de outubro, em La Bombonera. Chega o dia do jogo. Grande expectativa para um bom jogo de futebol. Do lado italiano, craques e Gianni Rivera no auge. Do outro, o atual campeão mundial com um escrete de jogadores bastante unido e difícil de se enfrentar. Porém, tudo estava diferente naquela noite. Não havia “fair play” ou cantos de entusiasmo. Havia ira, fervor. La Bombonera estava sob uma nuvem de guerra. Ela, por si só, já amedronta qualquer adversário. Lotada, com 45 mil pessoas, mais ainda.

Quando resolveu jogar futebol, o Estudiantes fez dois gols em menos de dois minutos. Por que não jogar assim até o final?

 

Em campo, os vestidos em alvirrubro do Estudiantes pareciam prontos para uma luta. Ao invés de apertos de mãos, chutes na bola em direção aos italianos que simplesmente se aqueciam do outro lado. Ao invés de ajudar um adversário no chão, cotoveladas, chutes. Ao invés de suor, sangue. Olho inchado (!). Nariz quebrado (!!). Café quente arremessado (!!!). Concussão cerebral (!!!!). Jogo de futebol? Não. Pura barbárie. Naquela noite, La Bombonera foi palco de uma das (ou seria a maior?) mais selvagens partidas da história do esporte. Foi uma vergonha. Um escândalo que correu o mundo. Nem a imprensa argentina perdoou. Nem o militarismo em vigor na época perdoou. Virou caso de polícia. Com presos. Suspensos. E até um banido por toda a vida do futebol.

Rivera carrega a bandeira da Argentina na entrada do Milan em La Bombonera: nem assim a torcida pegou leve. Foto: Magliarossonera.

 

Aliás, que futebol? Sim, porque o que todos viram naquele dia foi brutalidade, pancadaria e o mais claro exemplo de como o ser humano pode ser tão irracional em determinados casos. Mas, como punição mor a tanta selvageria, o Estudiantes não foi campeão. O Milan, com bravura, resistência e muito equilíbrio, conquistou seu primeiro título mundial com a vitória no placar agregado, num dos triunfos mais celebrados e que o torcedor rossonero se orgulha. Foi a vitória sobre o anti-futebol em uma das páginas mais deploráveis do futebol mundial. Leia mais clicando aqui!

 

Flamengo-BRA 3×0 Liverpool-ING – Final de 1981

Nunes vibra: em 1981, o Flamengo destroçou o Liverpool e protagonizou o primeiro dos muitos grandes jogos da nova era do Mundial.

 

Ficha do jogo

Data: 13 de dezembro de 1981

Local: Estádio Nacional, Tóquio, Japão

Juiz: Rúbio Vasquez (MEX)

Público: 62.000

Os Times:

Clube de Regatas do Flamengo: Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Lico e Nunes. Técnico: Paulo César Carpegiani.

Liverpool Football Club: Grobbelaar; Neal, R. Kennedy, Lawrenson e Thompson; Hansen, Dalglish e Lee; Johnston, Souness e McDermott (Johnson). Técnico: Bob Paisley.

Gols: Nunes-FLA aos 13´e aos 41´e Adílio-FLA aos 34´do 1º T.

 

Os esnobes ingleses pensavam que já eram campeões do mundo. Eles eram os maiores copeiros da Europa naquele final de anos 1970 e início dos anos 1980. Tinham acabado de levantar mais uma Liga dos Campeões da UEFA – a terceira em apenas cinco anos – sobre o todo poderoso Real Madrid-ESP. Mas eles não sabiam o que lhes esperava do outro lado. Era um time brasileiro que podia muito bem vestir uma camisa verde e amarela. Mas usava o rubro-negro. No entanto, naquele dia 13 de dezembro de 1981, usou o branco, para refletir melhor os sublimes raios de sol que temperavam o frio de Tóquio. Frio que os brasileiros do Clube de Regatas do Flamengo nem sentiram. Estavam quentes. Sedentos pela vitória e para fazer história. Nunca os japoneses viram algo parecido com aquilo. Um. Dois. Três gols. Em apenas 45 minutos. Futebol arte. Toque de bola preciso. Time fechado em bloco que não oferecia chance alguma para um rival sem criatividade e burocrático. Dribles desconcertantes. E um Zico imortal.

Zico, Andrade e Júnior após a conquista do Mundial, em 1981.

 

A primeira conquista mundial do Flamengo foi digna de filme. Muitos dizem que aquela foi a maior partida da história do clube em termos técnicos e, claro, históricos. Não é de se duvidar que sim. A autoridade imposta em campo foi do início ao fim. Uma superioridade tão grande que Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Júnior, Andrade, Adílio, Tita, Zico, Lico e Nunes tiveram a audácia de apenas tocar a bola no segundo tempo e esperar o tempo passar. Eles não queriam humilhar ainda mais aqueles ingleses pernas de pau. Sim, eles eram pernas de pau se compararmos um a um com os craques do Flamengo em campo naquele dia. Dava até dó. Uma seleção versus um simples time. Deu no que deu. E o Brasil voltava a ter um time campeão do mundo pela primeira vez desde o Santos de Pelé. Leia mais clicando aqui!

 

Juventus-ITA 2×2 Argentinos Juniors-ARG – Final de 1985

Platini, à direita, no jogo de sua Juventus contra o Argentinos Juniors, em 1985.

 

Ficha do jogo

Data: 08 de dezembro de 1985

Local: Estádio Nacional, Tóquio, Japão

Juiz: Volker Roth (ALE)

Público: 62.000 pessoas

Os Times:

Juventus Football Club: Tacconi; Favero, Brio, Scirea (Pioli) e Cabrini; Massimo Mauro (Briaschi), Bonini, Manfredonia e Platini; Michael Laudrup e Serena. Técnico: Giovanni Trapattoni.

Asociación Atlética Argentinos Juniors: Vidallé; Villalba, Pavoni, Olguín e Domenech; Commisso (Corsi), Batista e Videla; Castro, Borghi e Ereros (Juan José López). Técnico: José Yudica.

Gols: Ereros-ARJ, aos 10’, Platini-JUV, pênalti, aos 18’, Castro-ARJ, aos 30’, e Laudrup-JUV, aos 37’ do 2º T. Nos pênaltis, Juventus 4×2 Argentinos Juniors.

 

Pouco menos de dois meses depois da conquista da América, o Argentinos Juniors viajou até Tóquio, no Japão, para a disputa do Mundial de 1985. Com a mesma base e o time que todo torcedor argentino conhecia, o Bicho chegava à disputa em condições iguais diante de um esquadrão fortíssimo e multicampeão: a Juventus de Scirea, Cabrini, Bonini, Platini e Michael Laudrup, campeã da Liga dos Campeões da UEFA e copeira ao extremo com o técnico Giovanni Trapattoni. E, para o bem do futebol, o estádio Nacional viu, naquele dia 08 de dezembro de 1985, uma das melhores e mais vistosas partidas interclubes da história – e considerada por muitos como a melhor final do Mundial entre 1980 e 2004, período em que ele foi disputado em solo japonês.

A bola foi tratada com extrema elegância e jogadas plásticas foram vistas de baciada pelos mais de 60 mil torcedores no estádio e por milhões ao redor do planeta. A temida e favorita Juventus suava para recuperar a bola diante de um adversário argentino que não batia e não fazia corpo mole. Longe disso: jogava o puro futebol. Prova disso foi o primeiro gol do jogo, marcado por Ereros, aos 10´do segundo tempo, com um toque por cobertura após ótima triangulação do ataque. O golaço obrigou a Juventus a atacar e a Velha Senhora empatou com Platini, de pênalti, oito minutos depois. Sem se abater, o Argentinos seguiu ofensivo e marcou mais um lindo gol, com Castro, aos 30´, num chutaço praticamente sem ângulo. Mas a Juventus era boa demais, e Michael Laudrup empatou sete minutos depois, driblando o goleiro Vidallé e chutando também sem ângulo.

Com o fim do tempo regulamentar, a partida foi para a prorrogação, mas o placar permaneceu mesmo em 2 a 2. Era o equilíbrio puro e a prova de que aquele jogo não poderia ter um só vencedor. Seria uma judiação ver Juventus ou Argentinos com o vice-campeonato. Mas, como no futebol não existe compaixão, a equipe italiana venceu, nos pênaltis, por 4 a 2, e ficou com seu primeiro título mundial. Ao final da decisão, o mundo inteiro aplaudiu a atuação do Argentinos Juniors, que mostrou um futebol primoroso. Leia mais clicando aqui!

Nacional-URU 2×2 PSV-HOL – Final de 1988

Romário e De León durante a final.

 

Ficha do jogo

Data: 11 de dezembro de 1988

Local: Estádio Nacional, Tóquio, Japão

Juiz: Jesús Díaz (COL)

Público: 62.000 pessoas

Os Times:

Club Nacional de Football: Jorge Seré; Tony Gómez, Hugo De León, Daniel Revélez e José Pintos; Ostolaza, Lemos e Cardaccio (Morán); Vargas (Carreño), Juan Carlos de Lima e William Castro. Técnico: Roberto Fleitas.

Philips Sport Vereniging: Van Breukelen; Gerets, Koeman, Koot e Heintze (Gillhaus); Ellerman, Van Aerle e Vanenburg (Valckx); Lerby, Romário e Kieft. Técnico: Guus Hiddink.

Gols: Ostolaza-NAC, aos 7’ do 1º T; Romário-PSV, aos 30’ do 2º T; Koeman-PSV, pênalti, aos 110’, e Ostolaza-NAC, aos 119’ da prorrogação. Nos pênaltis, Nacional 7×6 PSV.

 

Um mês e quinze dias depois da final da Libertadores de 1988, o Nacional foi para o Estádio Nacional de Tóquio sabendo bem dos seus pontos fortes. Só havia um problema: o adversário que esperava o clube uruguaio tinha um time melhorado, em comparação com o que ganhara o título continental. Afinal de contas, no PSV campeão europeu em maio de 1988 já estava gente como o goleiro Hans van Breukelen, o zagueiro-líbero Ronald Koeman, o meio-campista/lateral Hubertus “Berry” van Aerle, o ponta-de-lança Gerald Vanenburg, o atacante Wim Kieft, todos também campeões europeus de seleções com a Holanda em junho daquele ano. Como se faltasse experiência na defesa dos Boeren, estava o belga Eric Gerets, 34 anos, fundamental na lateral-direita do time treinado por Guus Hiddink. E, acima de tudo, o grande reforço daquele PSV tinha chegado em outubro, após fabulosa participação no torneio olímpico de futebol em Seul: Romário, já titular absoluto no ataque.

Entre a garra do Nacional e a experiência cheia de técnica do PSV, dava para esperar um grande jogo no Estádio Nacional de Tóquio, naquele 11 de dezembro de 1988 ensolarado na capital japonesa. E ele veio: foi uma das mais emocionantes decisões da história do Mundial Interclubes. O time uruguaio começou sendo paciente na defesa quando o PSV tinha a posse de bola. Era esperar uma chance, nos contra-ataques. E ela não demorou: já aos sete minutos da etapa inicial, Ostolaza se credenciou a ser o herói da decisão. Daniel Revelez cobrou escanteio da direita, Van Breukelen saiu mal do gol, e o meio-campista uruguaio entrou livre, perto da segunda trave, para fazer 1 a 0 e comemorar com a “barra” do Bolso atrás do gol.

Jorge Seré: atuação de gala na decisão por pênaltis. Photo by Masahide Tomikoshi/TOMIKOSHI PHOTOGRAPHY.

 

Se pegar um time melhorado vindo de Eindhoven era um tremendo desafio, o Nacional passou a maior parte daquele tempo normal superando-o brilhantemente: ficou bem mais confiante após o gol, teve velocidade no primeiro tempo, criou chances. Porém, mesmo firme na defesa, o Nacional deu uma chance valiosa ao PSV, aos 30 minutos do segundo tempo, já mais cansado, cedendo um lateral perto da área, na direita. Vanenburg cobrou forte, mandando a bola para a área. Seré saiu do gol, socou a bola fracamente, e a redonda parou nos pés de quem? Romário. O destino você já deve imaginar… Rede: 1 a 1. Romário saiu correndo para comemorar abraçando Guus Hiddink. E a final entre PSV e Nacional iria para a prorrogação.

Se o tempo normal já fora empolgante, a prorrogação seria para fazer qualquer torcedor cardíaco do Bolso (e até em Eindhoven, embora um pouco menos) pegar o remédio mais próximo. As bolas altas sempre eram escoradas pelos meio-campistas, levando as chances de parte a parte. O Nacional exemplificou isso logo aos cinco minutos do tempo extra: após desvio, William Castro pegou a bola livre na esquerda, chegou à área e finalizou cruzado, rente à trave de Van Breukelen.

Se a equipe sul-americana perdera sua chance, o PSV não perderia a dele para virar o jogo. Já na segunda parte da prorrogação, aos cinco minutos, lançamento pelo alto, e Héctor Morán foi dividir a bola na área com Hans Gillhaus. O meia-atacante holandês caiu na área. A disputa nem fora tão faltosa, mas convenceu o juiz colombiano Jesús Díaz Palacios: pênalti. Se Romário concluindo as jogadas era garantia para o time da Philips, Ronald Koeman nas bolas paradas também tranquilizava a torcida. Bingo: Koeman cobrou o penal, bola no meio, Seré na direita, 2 a 1.

Era para ser o título mundial que configuraria a “quádrupla coroa” do PSV em 1988, após as três conquistas de 1987-1988 (campeonato e copa holandeses, e Liga dos Campeões da UEFA). Mas qual era o maior trunfo do Nacional, acima da técnica de Cardaccio, da velocidade de Vargas, da experiência de Hugo De León? A garra personificada em Santiago Ostolaza. A garra que o levou a tentar algo num escanteio, no último dos 120 minutos de bola rolando. O zagueiro Adick Koot ainda tentou tirar a bola em cima da linha, mas o juiz não se enganou. Transmitindo o jogo para o Brasil, na TV Bandeirantes, direto do estádio, Jota Júnior confirmou: “Entrou, sim”. Ostolaza fizera o milagre: 2 a 2. Os pênaltis definiriam o campeão mundial de 1988 num angustiante 7 a 6 a favor do Nacional, tricampeão mundial assim como o rival Peñarol. Leia mais clicando aqui! 

 

Milan-ITA 3×0 Olimpia-PAR – Final de 1990

Gullit, do Milan, levanta a taça de 1990.

 

Ficha do jogo

Data: 09 de dezembro de 1990

Local: Estádio Nacional, Tóquio, Japão

Juiz: José Roberto Wright (BRA)

Público: 60.228 pessoas

Os Times:

Associazione Calcio Milan: Pazzagli; Tassotti, Baresi, Costacurta e Maldini (Filippo Galli), Carbone, Rijkaard, Donadoni (Gaudenzi)e Stroppa; Van Basten e Gullit. Técnico: Arrigo Sacchi.

Club Olimpia: Ever Almeida; Cáceres, Ramírez (Chamas), Suárez e Fernández; Balbuena, Jara (Cristóbal Cubilla), Guasch e Monzón; Amarilla e Samaniego. Técnico: Luis Cubilla.

Gols: Rijkaard-MIL, aos 43’ do 1º T; Stroppa-MIL, aos 17’, e Rijkaard-MIL, aos 20’ do 2ºT

 

Em dezembro de 1990, o Olimpia viajou ao Japão para a disputa do Mundial de Clubes contra o campeão europeu. E, para azar dos paraguaios, ele era simplesmente o Milan de Sacchi, um dos maiores esquadrões de todos os tempos, que encantava o mundo desde 1988 e era o campeão mundial na época. Sem qualquer chance, o Olimpia não conseguiu impor sua velocidade e poder de fogo ofensivo e foi presa fácil para os italianos, que venceram por 3 a 0, com dois gols de Rijkaard e um de Stroppa. 

O alento para os paraguaios foi não ter levado gols de Van Basten e Gullit, que jogaram os 90 minutos e não venceram Ever Almeida! Espere um momento… O passe sensacional para o primeiro gol foi de Gullit… E o segundo aconteceu após o Van Basten escapar de dois defensores, invadir a área, deixar o goleiro Almeida no chão e chutar no pé da trave, para Stroppa completar… E o terceiro veio após Van Basten chutar por cobertura de fora da área, o goleiro Almeida só olhar a bola bater na trave e Rijkaard aparecer para empurrar pro gol, de peixinho. É, retiro o que eu disse… Foi mais um baile rossonero. Leia mais clicando aqui!

 

São Paulo-BRA 2×1 Barcelona-ESP – Final de 1992 

 

Ficha do jogo

Data: 13 de dezembro de 1992

Local: Estádio Nacional, Tóquio, Japão

Juiz: Juan Carlos Loustau (ARG)

Público: 60.000

Os Times:

São Paulo Futebol Clube: Zetti; Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Toninho Cerezo (Dinho), Pintado, Cafu e Raí; Müller e Palhinha. Técnico: Telê Santana.

Futbol Club Barcelona: Zubizarreta; Ferrer, Ronald Koeman e Eusébio; Amor, Bakero (Goikoetxea), Guardiola e Witschge; Michael Laudrup; Beguiristain (Nadal) e Stoichkov. Técnico: Johan Cruyff.

Gols: Stoichkov-BAR aos 12′, e Raí-SPO aos 27´do 1º T; Raí-SPO, aos 34´do 2º T.

 

Dream Team. Campeão da Europa. Comandado por um dos maiores expoentes do “Futebol Total”. Em campo, apenas craques. Era utopia pensar em uma derrota daqueles imbatíveis vestidos em azul e grená. Era. Do outro lado, estava uma equipe vestida de branco, com duas faixas em vermelho e preto pronta para dar show. Talvez o maior show que aquele clube jamais havia dado na partida mais importante de sua curta história de vida. No segundo tempo, o placar mostrava 2 a 1. Mas poderia ser 4 a 1. Ou 5 a 2. Aqueles brasileiros eram irresistíveis. Raí era mesmo de carne e osso? Telê Santana era deste mundo? O Dream Team (?) perdia a chance de ser campeão mundial. Foi atropelado. Não era Ferrari. Era o São Paulo FC. O estádio Nacional de Tóquio, no Japão, começaria a viver naquela linda e ensolarada tarde de 13 de dezembro de 1992 uma hegemonia histórica do tricolor comandado por Telê. 

Em 1992, Raí cobrou essa falta aí. E o São Paulo foi campeão mundial pela primeira vez.

 

Foram dois anos e dois títulos mundiais conquistados com um futebol vistoso e técnico aliado a doses fora do comum de sorte e do Sobrenatural de Almeida, personagem criado por outro tricolor, mas do Rio, Nélson Rodrigues. Em cima do badalado Barcelona, o São Paulo venceu de virada a final do Mundial Interclubes de 1992 e conquistou, pela primeira vez, o mundo. Não contente, o time voltou ao Japão um ano depois e faturou outro caneco, em outra história também marcante. Mas o triunfo de 1993 não foi tão exuberante, artístico e imortal quanto o de 1992, quando dois homens mostraram que haviam nascido para brilhar vestindo o branco, vermelho e preto do São Paulo: Raí e Telê Santana. Leia mais clicando aqui!

 

São Paulo-BRA 3×2 Milan-ITA – Final de 1993

 

Ficha do jogo

Data: 12 de dezembro de 1993

Local: Estádio Nacional, em Tóquio, Japão

Juiz: Joël Quiniou (FRA)

Público: 52.275 pessoas

São Paulo Futebol Clube: Zetti; Cafu, Válber, Ronaldão e André Luiz; Doriva, Dinho, Toninho Cerezo e Leonardo; Palhinha (Juninho, aos 19’ do 2º T) e Müller. Técnico: Telê Santana.

Associazione Calcio Milan: Rossi; Panucci, Costacurta, Baresi e Maldini; Albertini (Orlando, aos 34’ do 2º T), Desailly, Donadoni e Massaro; Raducioiu (Tassotti, aos 34’ do 2º T) e Papin. Técnico: Fabio Capello.

Gols: Palhinha-SPO, aos 19’ do 1º T; Massaro-MIL, aos 3’, Toninho Cerezo-SPO, aos 14’, Papin-MIL, aos 36’, e Müller-SPO, aos 41’ do 2º T.

 

“Esse gol é pra você…”. Pergunte a qualquer torcedor são-paulino qual é o final dessa frase. Ele vai inflar o peito e dizer: “palhaço!”. Mas, calma, não é nada ofensivo. É a frase de um desabafo. De Müller. O atacante que passou mais de 85 minutos da final do Mundial Interclubes de 1993 sob ostracismo. Preso. Ele não conseguia criar e driblar como de costume. Motivo? Baresi e Costacurta, zagueiros daquele Milan poderoso, dificílimo de ser batido. Müller ficava lá, cercado, enquanto Cafu, Leonardo, Cerezo, Palhinha e, depois, Juninho, criavam jogadas plásticas de gol. Foram dois. Era pouco. O Milan também fez dois. Müller queria seu momento. Ele precisava apenas de uma bola. Faltando quatro minutos para o fim, ela veio. Dos pés do grande nome daquela final, Cerezo. Mas ela veio quadrada. Sem destino. Baresi não alcançou. Rossi também não. Costacurta muito menos. Mas Müller não perdeu a esperança. De costas, ele tocou meio que de calcanhar. E a bola entrou no gol. O atacante extravasou. Foi em direção a Costacurta, que havia discutido com ele minutos antes, e lançou a pérola. O zagueiro colocou as mãos na cabeça. Maldini berrou como quem não acreditava. Sim, o São Paulo estava na frente pela terceira vez naquele jogo alucinante, tático, técnico, único. 

Antes lateral, Leonardo (à direita) foi deslocado para o meio de campo e foi um grande camisa 10 naquele jogo. Foto: Arquivo / São Paulo FC

 

A festa tricolor. Foto: Fabio Salles/Estadão.

 

O Japão viu uma das mais eletrizantes decisões de Mundial da história. O jogo com maior número de gols do torneio na Era-Tóquio. Viu a 97ª apresentação (!) do São Paulo na temporada. E o desfecho épico de um time histórico. Bicampeão mundial. Consecutivo. O primeiro clube brasileiro desde o Santos de Pelé a conseguir tal façanha. E, desde então, o único sul-americano a levantar duas taças intercontinentais de maneira consecutiva. Leia mais clicando aqui!

 

Real Madrid-ESP 2×1 Vasco-BRA – Final de 1998

 

Ficha do jogo

Data: 1º de dezembro de 1998

Local: Estádio Nacional, Tóquio, Japão.

Juiz: Mario Sánchez (CHI)

Público: 51.514 pessoas

Real Madrid Club de Fútbol: Illgner; Panucci, Sanchís, Hierro, Sanz e Roberto Carlos; Redondo, Seedorf e Sávio (Suker, aos 45’ do 2º T); Mijatovic (Jarni, aos 41’ do 2º T) e Raúl. Técnico: Guus Hiddink.

Club de Regatas Vasco da Gama: Carlos Germano; Vágner (Vítor, aos 36’ do 2ºT), Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho (Guilherme, aos 41’ do 2º T), Nasa, Juninho Pernambucano e Ramón (Válber, aos 44’ do 2º T); Luizão e Donizete. Técnico: Antônio Lopes.

Gols: Nasa-VAS, contra, aos 25’ do 1º T; Juninho Pernambucano-VAS, aos 11’ e Raúl-RMD, aos 38’ do 2º T.

 

As manhãs de dezembro ofereceram lembranças inexoráveis aos torcedores brasileiros que acompanharam o futebol na década de 1990. Uma vez por ano, o ritual se repetia: acordar cedo e ligar a televisão para ver um time do país bater de frente contra um badalado europeu. Se era o seu clube de coração, a insônia acompanhava a madrugada anterior. Independentemente disso, o hábito de se assistir a uma equipe do país buscando o Mundial Interclubes não dependia das cores para as quais você torcia. E assim foi com São Paulo, com Grêmio, com Cruzeiro, com Palmeiras. E com o Vasco, que pôde medir forças contra o Real Madrid no Estádio Nacional de Tóquio, em 1° de dezembro de 1998.

Luizão e Roberto Carlos disputam a bola durante a decisão. Foto: Masahide Tomikoshi/TOMIKOSHI PHOTOGRAPHY.

 

Uma partida intensa, na qual os cruzmaltinos fizeram uma ótima apresentação, digna do timaço que tinha. Jogadas trabalhadas. Dribles desconcertantes de Felipe pela esquerda. Gols que não saíram por centímetros, pelas defesas do goleiro Illgner ou por Sanz na fatídica bola tirada em cima da linha. O título não veio por detalhes. E por Raúl, um jovem que tornou-se carrasco naquele triunfo por 2 a 1, definido apenas nos minutos finais e justamente quando o Vasco mandava no jogo e já poderia estar vencendo por uns 3 a 1. É, vá entender o futebol… Leia mais clicando aqui!

 

Barcelona-ESP 4×0 Santos-BRA – Final de 2011

 

Ficha do jogo

Data: 18 de dezembro de 2011

Local: International Stadium Yokohama, em Yokohama, Japão.

Público: 68.166 pessoas

Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)

Santos Futebol Clube: Rafael; Bruno Rodrigo, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Henrique, Danilo (Elano, aos 30’ do 1º T) e Paulo Henrique Ganso (Ibson, aos 38’ do 2º T); Borges (Alan Kardec, aos 33’ do 2º T) e Neymar. Técnico: Muricy Ramalho.

Futbol Club Barcelona: Víctor Valdés; Puyol (Fontàs, aos 39’ do 2º T), Piqué (Mascherano, aos 10’ do 2º T) e Abidal; Sergio Busquets, Xavi e Iniesta; Daniel Alves, Fàbregas e Thiago (Pedro, aos 33’ do 2º T); Messi. Técnico: Josep Guardiola.

Gols: Messi-BAR, aos 17’, Xavi-BAR, aos 23’ e Fàbregas-BAR, aos 44’ do 1º T; Messi-BAR, aos 37’ do 2º T.

 

O assunto dominava os programas futebolísticos desde a consumação dos campeões da Libertadores e da Liga dos Campeões da UEFA. A expectativa era gigantesca. E, quando ficou definida a final, aí que todos ficaram em polvorosa. No dia 18 de dezembro de 2011, iria acontecer o tão esperado duelo entre o Barcelona de Guardiola e o Santos de Neymar na final do Mundial de Clubes da FIFA. Muitos acreditavam em um duelo parelho, cheio de alternativas, times jogando para frente e o confronto entre o brasileiro sensação daquele ano (Neymar) contra o argentino Lionel Messi, em fase esplendorosa. Só que, quando a bola rolou, tudo mudou. Ou melhor, aconteceu o óbvio. O Barcelona tomou para si a bola e não devolveu mais ao adversário. A redonda só circulou por um lado do campo. E, em apenas 45 minutos, foi construído o seguro placar de 3 a 0 dos catalães com requintes de crueldade. 

O Santos simplesmente não viu a bola. Bem, viu a todo momento, mas longe de seus pés. Nem três zagueiros foram suficientes para frear o rival. Neymar? Bem marcado, não conseguia criar nem tabelar com seu parceiro, Paulo Henrique Ganso. O clube que desde os tempos de Pelé ficou marcado como o de maior pontaria do planeta nem sequer teve como mirar. No segundo tempo, a intensidade voraz dos catalães diminuiu e eles fizeram apenas mais um gol. Talvez por respeito, não explicitar tanto suas qualidades, embora nem precisasse. Não foi apenas um título. Apenas uma vitória. Foi a maior partida do maior esquadrão deste século. Um jogo aplastante. O que Xavi, Iniesta, Fàbregas, Messi, Thiago, Daniel Alves e companhia fizeram foi um recital de futebol. Os jogadores alvinegros reconheceram após o jogo que eles “aprenderam como o futebol é jogado”. Em determinado momento, o Barça teve 76% de posse de bola. Terminou com 71%. Até o técnico blaugrana Pep Guardiola ficou estupefato com o que seu time fez naquela noite no Japão, dia no ocidente. O apogeu de um dos maiores esquadrões de todos os tempos. Leia mais clicando aqui!

 

Menções Honrosas

 

Real Madrid-ESP x Peñarol-URU – Final de 1960

Gento e Di Stéfano posam com a taça do primeiro Mundial: note que o clube jogou com uma camisa especial, utilizando o brasão da UEFA, representando o continente na decisão.

 

A primeira final da história dos Mundiais reuniu dois esquadrões emblemáticos e que dominaram seus continentes. O Real ficou com a taça após segurar um empate sem gols em Montevidéu e sapecar os uruguaios na Espanha com uma goleada de 5 a 1, com dois gols de Puskás, um de Di Stéfano, um de Herrera e outro de Paco Gento.

 

Santos-BRA x Milan-ITA – Final de 1963

Amarildo e Pelé: no duelo de brasileiros no Mundial de 1963, melhor para o Rei.

 

Um confronto bastante cultuado, brasileiros e italianos tiveram que disputar três jogos para decidir o campeão. No primeiro, em Milão, o time da casa venceu por 4 a 2. No segundo, no Maracanã, vitória santista por 4 a 2. Na partida desempate, também no Maraca, o Santos venceu por 1 a 0, gol de Dalmo, e ficou com o bicampeonato.

 

Estudiantes-ARG x Manchester United-ING – Final de 1968

Outro jogo “selvagem” dos argentinos, que venceram os ingleses por 1 a 0, em La Bombonera, e seguraram um empate em 1 a 1 na Inglaterra para ficar com a taça. A partida em Old Trafford foi repleta de confusão, brigas e botinadas, iniciando a aversão dos europeus ao torneio a partir dali.

 

Bayern München-ALE x Cruzeiro-BRA – Final de 1976

Dois timaços, Bayern e Cruzeiro fizeram jogos marcantes naquele ano. No primeiro, debaixo de neve em Munique, o Bayern venceu por 2 a 0. Na volta, no Mineirão, os alemães seguraram o 0 a 0 e levantaram o troféu pela primeira vez.

 

Grêmio-BRA x Hamburgo-ALE – Final de 1983

Os alemães fizeram pouco caso do time brasileiro e entraram com muita soberba. Em campo, Renato Portaluppi mostrou quem ele era e do que o Grêmio era capaz. Com dois gols dele, o tricolor venceu por 2 a 1 e ficou com o caneco.

 

Estrela Vermelha-IUG x Colo-Colo-CHI – Final de 1991

Um dos mais emblemáticos esquadrões dos anos 1990 deu um show pra cima dos chilenos do Colo-Colo. Com dois gols de Jugovic e um de Pancev, o Estrela venceu por 3 a 0 e selou uma temporada inesquecível em sua história. Naquele time, ainda tinham nomes como Mihajlovic, Belodedici e Savicevic.

 

Boca Juniors-ARG x Real Madrid-ESP – Final de 2000

Palermo chuta: Boca venceu o Real na final de 2000.

 

O Real era tão forte quanto o time campeão mundial em 1998, mas o Boca tinha Riquelme em sua plenitude. Com o maestro jogando o fino, os xeneizes venceram por 2 a 1, gols de Palermo, e ficaram com um troféu que não vinha desde 1977.

 

São Paulo-BRA x Liverpool-ING – Final de 2005

Um jogo angustiante e que certamente levou muito são-paulino ao hospital. O tricolor abriu o placar no primeiro tempo, em gol de Mineiro, e destroçou a invencibilidade de mais de 1000 minutos dos ingleses sem levar gols. Só que, a partir dali, só deu Liverpool, que pressionou, pressionou, teve três gols anulados, mas esbarrou nas atuações monumentais de Lugano, do próprio Mineiro e do goleiro Rogério Ceni, que fez a maior defesa da vida em uma cobrança de falta de Gerrard. 

 

Internacional-BRA x Barcelona-ESP – Final de 2006

Os catalães eram favoritos ao extremo por causa de Ronaldinho e de toda badalação do time desde 2004. Porém, a equipe parou na forte defesa colorada e nos heróis Fernandão e Iarley, que jogaram muito. O gol do título foi de Adriano Gabiru, após jogada de Iarley.

 

Milan x Boca Juniors – Final de 2007

 

Para coroar uma temporada irrepreensível, Kaká comandou o Milan no show pra cima do Boca na decisão de 2007: 4 a 2, com um gol dele, dois de Inzaghi e um de Nesta. Na ocasião, o rossonero se tornou o primeiro clube tetracampeão mundial e primeiro a vencer o torneio em todos os formatos de disputa: jogos de ida e volta, jogo único no Japão e organizado pela FIFA.

 

Barcelona-ESP x Estudiantes-ARG – Final de 2009

O título esteve nas mãos dos argentinos até os 44’ do segundo tempo, quando Pedro empatou e levou o duelo para a prorrogação. Nela, Messi, de peito, virou o jogo e confirmou o Sextuple do Barça em 2009: Mundial, Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol, Copa do Rei, Supercopa da Espanha e Supercopa da UEFA.

 

Corinthians-BRA x Chelsea-ING – Final de 2012

Com defesas espetaculares, Cássio fechou o gol do Timão, que soube encontrar o momento certo para atacar e pressionar o time europeu. No segundo tempo, em jogada bem construída, o alvinegro fez 1 a 0 com gol de Paolo Guerrero, e enlouqueceu a massa corintiana, que invadiu Yokohama para empurrar o Timão rumo ao título.

 

Real Madrid-ESP x Kashima Antlers-JAP – Final 2016

Com sete taças, o Real é o maior campeão mundial.

 

Um jogo que parecia fácil para o Real foi bem disputado e emocionante. Benzema abriu o placar aos 9’, mas Shibasaki virou para os japoneses. Cristiano Ronaldo, de pênalti, empatou e levou o duelo para a prorrogação. No tempo extra, CR7 fez mais dois gols e selou a vitória por 4 a 2 dos merengues, até hoje os maiores campeões da história com 8 conquistas.

 

Real Madrid-ESP x Al-Hilal-ARS – Final de 2022

Um espetáculo, com gols bonitos, jogo limpo e, pasme, nenhum cartão! Muitos pensaram que o Real iria dar show. Bem, ele deu, mas o Al-Hilal também jogou bola e proporcionou um grande jogo no Marrocos. Depois de abrir 2 a 0 com facilidade – gols de Vinícius Júnior e Valverde, o Real levou um gol ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Benzema aumentou e Valverde fez 4 a 1. O Al-Hilal descontou e Vinícius Júnior fez 5 a 2. Mas os árabes fizeram mais um gol e Marega quase diminuiu ainda mais minutos depois. O quase foi o último suspiro. O placar de 5 a 3 deu a taça ao Real e fez do jogo a final com maior número de gols da história dos Mundiais, superando os 5 a 2 do Santos sobre o Benfica em 1962.

 

Leia mais sobre o Mundial de Clubes clicando aqui!

 

 

Licença Creative Commons
O trabalho Imortais do Futebol – textos do blog de Imortais do Futebol foi licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição – NãoComercial – SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em imortaisdofutebol.com.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença.

Após o Natal, é dia de Boxing Day na Premier League

Esquadrão Imortal – Atlético-MG 2021