Por Guilherme Diniz
Em 14 de abril de 1912, três esportistas da cidade de Santos (SP), Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior, fundaram um dos clubes mais emblemáticos e famosos do planeta: o Santos Futebol Clube. Antes de vestir o tradicional branco, o clube da Vila mais famosa do mundo utilizou, acredite se quiser, tricolor! O primeiro manto da equipe foi listrado em azul e branco com frisos dourados.
Depois de alguns meses, os dirigentes santistas perceberam que era bem difícil confeccionar uniformes nessas cores e decidiram estabelecer dois novos uniformes: o primeiro seria composto por camisa branca com listras verticais pretas, calções e meias brancas. O segundo, inteiramente branco. Com isso, o Santos passou a vestir o alvinegro a partir de 1913.
Mas, como o preto desbotava com o tempo e as frequentes lavagens, a equipe fez do então uniforme reserva o titular e a clássica camisa branca do Peixe virou o manto característico do esquadrão paulista. Nas décadas seguintes, o Santos fez da sua vestimenta branca conhecida no mundo inteiro graças ao brilho e talento do time dos anos 60, comandado por Pelé e Cia.
O clube é um dos poucos a não ousar em seus uniformes e quase sempre teve como padrão ora a camisa branca, ora a listrada em listras finas ou grossas. Na década de 90, a equipe foi na onda dos uniformes extravagantes da época e jogou algumas partidas com calções totalmente atípicos e bem inusitados como xadrez, cheio de estrelas e mesclado em preto e branco, o que dava combinações pra lá de estranhas ao conjunto de jogo do time. No final da primeira década dos anos 2000, o Santos lançou uma camisa azul escura em 2008 como terceiro uniforme, além de uma preta com listras cinzas em 2009 e uma toda preta em 2010, ambas alternativas ao branco e ao listrado.
Nas comemorações do centenário, o Santos resgatou o azul e lançou um terceiro uniforme todo nesta cor e que acabou se transformando na opção número 2 em vários dos jogos do time na temporada de 2012, fato que gerou algumas críticas por parte da diretoria e da torcida, que prefere ver seu glorioso alvinegro praiano com as cores que tão bem lhe vestem há mais de cem anos: o branco da paz e o preto da nobreza.
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