Grandes feitos: Campeão da Copa do Brasil e Campeão Pernambucano em 2008. Foi o primeiro (e até hoje único) clube do Nordeste campeão da Copa do Brasil na história e faturou o primeiro grande título nacional do futebol nordestino depois de 20 anos.
Time-base: Magrão; Luisinho Netto (Diogo), Igor, Durval e Dutra; Daniel Paulista (Fábio Gomes / Éverton), Sandro Goiano (César), Romerito (Luciano Henrique) e Carlinhos Bala; Leandro Machado (Roger) e Enílton (Kássio). Técnico: Nelsinho Baptista.
“A Fábula do Leão da Ilha”
Por Guilherme Diniz
Existe uma região da cidade do Recife que causou sérios estragos a grandes clubes do Brasil no ano de 2008. Um estádio popularmente conhecido como Ilha do Retiro virou o alçapão mais temido do país naquela temporada. E não foi para menos. Por lá, um Leão feroz e imperdoável fez vítimas em todas as competições de futebol que disputou. Primeiro, no Campeonato Pernambucano, vencido sem complicações com goleadas e absolutismo perante os rivais domésticos. Depois, em uma competição tida como intocável, impossível para aquele ser rubro-negro: a Copa do Brasil. Ele quase venceu a primeira edição do torneio lá em 1989, mas sucumbiu. Quase 20 anos depois, eis que o Leão voltou para sanar seu apetite por títulos e a ânsia de uma torcida apaixonada, fervorosa, que transformou a Ilha do Retiro em uma Ilha de Lost. Quem ali chegava, ficava perdido para sempre – podia ser também La Bombonilha, em referência à lendária casa do Boca Juniors-ARG.
Na caminhada nacional, os primeiros relatos de sumiço vieram do Maranhão, quando o Imperatriz viajou até lá e não foi encontrado após levar de 4 a 1. Em seguida, as autoridades de Brasília receberam um chamado de que o Brasiliense também havia se perdido após uma goleada de 4 a 1. Todos ligaram o alerta, pegaram bússolas, mapas e se equiparam caso tivessem que ir até lá. De nada adiantou. Em abril, os paulistas do Palmeiras foram devorados pelo Leão e levaram os mesmos 4 a 1 das vítimas anteriores. Dias depois, os gaúchos do Internacional, tão tarimbados e experientes na época até que resistiram por um período, mas também ficaram à deriva naquele lugar maligno para forasteiros. Depois, foi a vez do Vasco da Gama se perder e agonizar na semana seguinte em casa, nos pênaltis. Ninguém sabia como proceder diante daquela situação. Será que ninguém iria conseguir derrotar aquela fera?
O último capítulo aconteceu em junho, quando o Corinthians foi com uma boa vantagem pensando que um empate seria o suficiente. Ledo engano. Nenhuma vantagem resistia à pressão do caldeirão. E, com dois golpes em três minutos, foram liquidados. Era a consagração definitiva do Leão da Ilha. Foi com esses contornos dignos de filme que o Sport Club do Recife levantou sua primeira Copa do Brasil em 2008 de maneira incontestável. Usando como nunca o fator casa. Colocando na roda os mais diversos rivais e as mais pesadas camisas. E dando ao Nordeste um título de grande porte do futebol brasileiro depois de 20 anos. É hora de relembrar.
Em busca do protagonismo
Após o título da Copa União de 1987 e o vice-campeonato na primeira edição da Copa do Brasil de 1989, o Sport buscou ao longo da década de 1990 uma consolidação no pelotão de frente do cenário futebolístico brasileiro. A equipe conseguiu formar bons times entre 1996 e 1998 – ano em que terminou na 7ª colocação do Brasileirão – mas sofreu duros golpes no início dos anos 2000, com o rebaixamento para a Série B em 2001 e retorno apenas em 2006, quando terminou na 2ª colocação, atrás do campeão Atlético-MG. O Leão conseguiu o acesso um ano após seu centenário e retomou, também em 2006, a coroa no estado. Em 2007, a equipe foi 14ª colocada no Brasileirão e bicampeã estadual. Para a temporada de 2008, a diretoria mudou algumas peças do elenco, mas manteve nomes como o goleiro Magrão, o zagueiro Durval, o atacante Carlinhos Bala (artilheiro do time no Brasileiro de 2007 com 13 gols) e o meia Romerito, campeão da Copa do Brasil de 2004 pelo Santo André e com o faro de gol apurado na época, além de ser muito importante no elo entre o meio de campo e ataque.
Houve mudança, também, na comissão técnica, com a saída de Geninho para a vinda de Nelsinho Baptista, que chegou marcado por ter sido o técnico do Corinthians durante 11 rodadas do Brasileirão de 2007 e não ter conseguido evitar o rebaixamento do Timão para a Série B. Mesmo com esse fator que certamente despertou desconfiança na torcida, Nelsinho tinha experiência de sobra. Ele foi o técnico do próprio Corinthians nos títulos do Campeonato Brasileiro de 1990, da Supercopa do Brasil de 1991 e do Paulistão de 1997; foi campeão paulista de 1998 pelo São Paulo e multicampeão pelo Verdy Kawasaki do Japão entre 1994 e 1995.
Nelsinho começou o planejamento em janeiro pensando nos principais torneios daquele primeiro semestre de 2008: o Campeonato Pernambucano e a Copa do Brasil, competição de tiro-curto e atalho para a Libertadores, que não era disputada pelo Sport desde 1988. O clube pernambucano não era nem de longe cotado para o título e o favoritismo ficava com o Palmeiras de Luxemburgo, do Inter de Fernandão e Nilmar, e do Vasco de Leandro Amaral e Edmundo – vale lembrar que na época os clubes brasileiros que disputavam a Libertadores não jogavam a Copa do Brasil.
Não ser candidato ao título era benéfico ao Sport, que poderia jogar sem preocupações e sabendo do histórico imprevisível que a Copa do Brasil tinha. Clubes como Criciúma, Juventude, Santo André e Paulista já haviam sido campeões superando os mais diversos favoritos. Portanto, sonhar não custava nada ao Leão. Ainda mais com um time aguerrido e a força da fanática torcida na Ilha do Retiro.
Os testes no Pernambucano
A temporada rubro-negra começou já em 12 de janeiro pelo Estadual e com goleada: 4 a 0 sobre o Salgueiro, em casa. Foi um bom prenúncio do que estava por vir. Nelsinho fez testes no time e aproveitou a fragilidade dos adversários para entrosar mais o elenco e prepará-lo para os jogos mais duros na Copa do Brasil. O treinador armou um time extremamente aplicado taticamente, com muita força física e que podia jogar de diferentes maneiras conforme a partida exigisse. Se o jogo era em casa, o time ia no 4-4-2 ou mesmo com três atacantes. Se o jogo fosse fora, ganhava mais proteção defensiva e conseguia atuar com três zagueiros. Nos seis jogos de janeiro, o Sport venceu quatro e empatou dois, com destaque para a dupla Romerito e Carlinhos Bala, que se entendiam demais no setor ofensivo. O camisa 10 podia surgir na área, tabelar e era presença constante nos cruzamentos realizados por Carlinhos, rápido, arisco e vivendo grande fase na carreira.
Em fevereiro, a boa fase continuou e teve apenas um tropeço – derrota por 1 a 0 para o Serrano, fora de casa – mas redenção com a goleada de 8 a 0 (a maior do campeonato) sobre o mesmo Serrano, em casa. Foi ainda naquele mês que o Leão iniciou sua trajetória na Copa do Brasil contra o Imperatriz-MA, no estádio Frei Epifânio, um campo mirrado, com pressão da torcida e todo clima complicado para o Sport. Mas o time pernambucano conseguiu segurar os maranhenses e abriu o placar com o capitão Durval. Um minuto depois, o Imperatriz empatou, mas Carlinhos Bala fez de pênalti no segundo tempo e voltou a deixar o Sport em vantagem. O Imperatriz empatou, e o resultado em 2 a 2 foi ótimo para o Sport, que poderia até empatar em 0 a 0 ou 1 a 1 para se classificar. Sem dar sopa para o azar, o time rubro-negro atropelou os maranhenses na volta: 4 a 1, gols de Luisinho Netto, Romerito, Igor e Reginaldo. Carlinhos Bala ainda perdeu um gol inacreditável, mas nem fez falta.
Campeão do primeiro turno do Pernambucano com nove vitórias, dois empates e apenas uma derrota em 12 jogos, além de 34 gols marcados (melhor ataque) e 11 sofridos, o Sport entrava no mês de março embalado e querendo o título estadual por antecipação para já ficar livre na Copa do Brasil. E foi isso mesmo que o Leão fez. Continuou fazendo bons jogos, bateu o rival Náutico em pleno estádio dos Aflitos por 1 a 0 (gol de Durval), sacramentou o título do segundo turno em abril (foram seis vitórias, três empates e uma derrota em dez jogos), após empate em 1 a 1 com o Serrano, em casa, e faturou o título pernambucano por antecipação. O time ainda completou tabela contra o Náutico, em casa, e empatou sem gols.
A taça de 2008 foi a terceira seguida do Sport no estadual. O Leão teve o melhor ataque (50 gols em 22 jogos), a melhor defesa (15 gols sofridos em 22 jogos, menos de um gol por jogo), mais vitórias (15) e menos derrotas (duas). De fato, o rubro-negro sobrava em Pernambuco! Mas faltava expandir essa dominância para o Brasil.
La Bombonilha!
Em abril, o Sport enfrentou o Brasiliense em mais uma etapa da Copa do Brasil. Jogando na Boca do Jacaré, em Taguatinga-DF, a equipe rubro-negra levou um gol logo no primeiro minuto de jogo, mas não se abateu e correu atrás da virada. O lateral Dutra, que voltava de lesão após mais de um mês parado, fez o primeiro em chute cruzado. No segundo tempo, Romerito manteve o faro artilheiro e decretou a vitória por 2 a 1. Na volta, em duelo marcado pelo aniversário do goleiro Magrão, Carlinhos Bala, Igor, Roger (que fez o primeiro gol dele com a camisa do Sport) e Enílton fizeram os gols da goleada de 4 a 1 que classificou o Sport para as oitavas de final. Pela frente, o primeiro grande adversário: o Palmeiras do técnico Luxemburgo e do goleiro Marcos.
No primeiro jogo, em São Paulo, o goleiro rubro-negro Magrão fez uma partidaça e evitou ao menos quatro gols do Verdão, garantindo o 0 a 0. Para a volta, no Recife, o atacante Kléber, do Palmeiras, disse em entrevista um dia antes do jogo que o Sport “não vai nos atacar. Acredito que o time deles jogará fechadinho na defesa, tentando os contragolpes. Estamos preparados”.
Coitado… Aquela declaração caiu como uma bomba no Sport, que iria responder “na Bala”, digo, com Carlinhos Bala! Logo aos 7’, Carlinhos Bala cobrou escanteio, Durval escorou e Romerito fez 1 a 0. O Palmeiras empatou, mas Carlinhos Bala escorou cruzamento da esquerda e Romerito fez mais um, aos 31’. O terceiro veio aos 42’, em nova jogada de Bala, que mandou a bola na área em cobrança de falta e Romerito deixou o dele mais uma vez. No segundo tempo, aos 19’, Romerito lançou Dutra na esquerda, e o lateral mandou uma bomba da entrada da área no canto do goleiro Marcos. Indefensável! E 4 a 1 para o Sport! Em uma Ilha do Retiro absolutamente lotada, o Sport fazia a terceira vítima pelo placar de 4 a 1. Quem é que não iria atacar mesmo? Pois é…
Após a terceira goleada na Ilha do Retiro, o Sport viu sua fama crescer ainda mais e seu estádio ganhar o apelido de “Ilha de Lost”, em alusão ao famoso seriado “Lost”, e “La Bombonilha”, por causa da pressão que causava nos adversários e a energética torcida, que inflamava os jogadores com um grito de guerra característico antes dos jogos:
“Pelo Sport nada?
Tudo!
Pelo Sport nada?
Tudo!
Então como é, como vai ser e como sempre será?
Cazá! Cazá! Cazá, cazá, cazá!
A turma é mesmo boa!
É mesmo da fuzarca!
Sport! Sport! Sport!”
“Pelo Sport nada?
Tudo!
Pelo Sport nada?
Tudo!
Então como é, como vai ser e como sempre será?
Cazá! Cazá! Cazá, cazá, cazá!
A turma é mesmo boa!
É mesmo da fuzarca!
Sport! Sport! Sport!”
Os atletas do Leão não escondiam que aquela força das arquibancadas ajudava demais e aumentava muito a confiança para vencer. E, já entre os oito melhores da Copa do Brasil, o Sport já podia acreditar no título. No entanto, o desafio seguinte seria ainda mais difícil: o Internacional, que vivia fase esplendorosa com os títulos recentes da Libertadores, do Mundial de Clubes, da Recopa Sul-Americana e que iria vencer inclusive a Copa Sul-Americana naquele ano de 2008. Com o goleiro Clemer, os meio-campistas Guiñazu e Alex e os atacantes Fernandão e Nilmar, o Colorado seria o desafio definitivo se o Sport quisesse ser campeão do Brasil. Era tudo ou nada.
Cada vez mais copeiro!
Nelsinho Baptista sempre ressaltava aos jogadores a importância de não levar mais de dois gols nas partidas fora de casa. E o Sport precisava levar isso a sério no duelo contra o Inter, no Beira-Rio tomado por 42 mil pessoas e muito frio naquele mês de maio de 2008 em Porto Alegre. Mas não seria apenas isso. Na madrugada antes do jogo, torcedores do Inter soltaram fogos de artifício em frente ao hotel onde o Sport estava hospedado, começando por volta das 1h e só parando depois das 4h. Os jogadores tiveram que se recompor ao longo do dia e conseguiram ir bem para o jogo. A equipe pernambucana jogou com três zagueiros, segurou a pressão e levou apenas um gol, no começo do segundo tempo. A vitória colorada por 1 a 0 manteve os planos de reviravolta do Sport para a partida no Recife.
Na volta, o grito de guerra da torcida mandou energia para embalar o time. E, logo aos 3’, Leandro Machado fez o primeiro gol do Leão. No entanto, Sidnei empatou para o Inter e os gaúchos foram para o intervalo como os primeiros a conseguir uma igualdade após os 45 minutos iniciais dentro da Ilha. Mas aquele conforto durou pouco. Jogando com muita pressão e três atacantes, o Sport encurralou o Inter em seu próprio campo e Roger fez o segundo, aos 16’.
Os pernambucanos abusavam da vontade e, em uma falta dura em cima de Bustos, Luciano Henrique foi expulso, deixando o time da casa com um a menos. A torcida ficou tensa, mas o rubro-negro foi valente e o zagueiro Durval fez o terceiro gol aos 33’, em cobrança de falta certeira: 3 a 1. Sport classificado! Faltavam apenas quatro jogos para o título! E, de novo, o Leão teria outra camisa tradicional pelo caminho: o Vasco da Gama, de Edmundo, Leandro Amaral e o experiente técnico Antônio Lopes.
Rugindo na Colina!
Contra o Vasco, o Sport começou jogando em casa pela primeira vez naquela Copa do Brasil. E, diante de 34 mil pessoas, o Leão teve que fazer um bom resultado para viajar até o Rio de Janeiro com tranquilidade e podendo pelo menos empatar. No primeiro tempo, após cruzamento de Luisinho Netto, Durval foi pra bola e vascaíno Jorge Luiz fez contra: 1 a 0. Quatro minutos depois, Daniel Paulista fez o segundo gol, seu primeiro com a camisa do Sport, e os 2 a 0 deixou o rubro-negro com a vantagem do empate e até de perder por um gol de diferença.
No Rio, mais uma vez os jogadores foram vítimas de um foguetório da torcida rival de madrugada, o que atrapalhou o sono dos jogadores do Sport. Na chegada ao estádio, pedras foram jogadas pela torcida do Vasco no ônibus da delegação rubro-negra e quebraram vidros, mas sem ferir ninguém. Para piorar, o vestiário destinado aos jogadores do clube pernambucano ficou trancado e eles não puderam fazer o aquecimento no gramado antes do jogo. Em campo, o Sport jogou no 3-5-2, apostando no contra-ataque e segurou o 0 a 0 no primeiro tempo. Mas, na segunda etapa, Leandro Amaral, aos 15’, fez o primeiro dos cariocas. E, já nos acréscimos, uma desatenção da defesa do Sport possibilitou ao atacante Edmundo marcar o gol que levou a partida para os pênaltis.
E a tradicional frase “herói no jogo, vilão nos pênaltis” voltou a prevalecer. Edmundo, o primeiro batedor vascaíno, mandou a bola nas arquibancadas e já aumentou a confiança do Sport. Na sequência, todos os cobradores foram convertendo seus chutes até Carlinhos Bala fazer o quinto gol, o da classificação e vitória por 5 a 4 do Sport. O Leão estava na final da Copa do Brasil! Era a chance de buscar a glória que escapou quase 20 anos atrás! De tentar um novo título nacional para o futebol Nordestino desde o Brasileirão de 1988 conquistado pelo Bahia. Assim como nas primeiras etapas do torneio, o Sport teria o privilégio de decidir em casa. Que oportunidade, que chance. Mas outra vez o adversário do Leão seria imenso: o Corinthians, que buscava uma grande glória meses depois de viver o rebaixamento para a segunda divisão do Brasileirão.
Artilheiro fora da final e revés
Um dos principais nomes do setor ofensivo do Sport naquela caminhada nacional e também na conquista do Pernambucano, Romerito acabou de fora da final da Copa do Brasil. O motivo foi a recusa do Goiás em aumentar o período de empréstimo do jogador ao clube rubro-negro. A notícia caiu como uma bomba e muitos temeram pela conquista, pois o camisa 10 vivia grande fase, era referência para o técnico Nelsinho Baptista e artilheiro da Copa do Brasil com seis gols. O jogador ficou furioso com a falta de bom senso da diretoria do Goiás e chorou em entrevista à TV Globo na época. “Eu tive que dar a volta por cima no Sport e, depois de conseguir conquistar o torcedor, tenho que sair do clube dessa forma e em um momento desses. É muito difícil”, comentou o meia, que estava esperançoso em conseguir a liberação conforme revelou algum tempo depois.
“O Nelsinho me disse que a gente ia chegar na final. E a gente tinha uma convicção muito grande. Nossa equipe era muito disciplinada. Era um conjunto, grupo fantástico… Encarava todas as equipes de igual para igual, tanto na Ilha como fora. Aquilo me deu a vontade ir (ao Goiás) conversar e tentar resolver as coisas porque, se a gente chegasse à final, queria muito jogar. E foi o que aconteceu. Fui a Goiânia, deixei tudo conversado, que, se a gente chegasse na final, eles me liberariam. […] Assim que a gente passou pelo Palmeiras (nas oitavas de final), ele (Nelsinho) me comunicou que ia falar com a diretoria e me liberou dois dias para eu ir a Goiânia conversar, já que, se por acaso a gente passasse pelo Internacional, que era o nosso próximo adversário, a gente iria à semifinal. O Sport reservou a passagem, fui a Goiânia, conversei com o presidente, com os diretores do clube, do Goiás na época, e ficou tudo acertado verbalmente que, se a gente chegasse na final, seria um contrato de três meses, com a cláusula de 11 dias, e com 11 dias voltaria para o Goiás, que eles me queriam de volta. Infelizmente, não aconteceu isso.” – Romerito, em entrevista à Sabrina Rocha, do Globoesporte.com, 12 de junho de 2018.
A saída de Romerito e sua mágoa motivaram o elenco pernambucano. Mas no duelo de ida contra o Corinthians, em um Morumbi com mais de 63 mil pessoas, o Sport levou dois gols no primeiro tempo e mais um na segunda etapa. O placar de 3 a 0 praticamente minava as esperanças do Leão, que teria que pelo menos repetir o placar e não levar gols na Ilha do Retiro. Mas, no final do jogo, Carlinhos Bala invadiu a área alvinegra e tocou para Enílton fazer o gol salvador, aos 45’. Com isso, bastariam dois gols na Ilha para a glória. Sem dúvida, aquele era o gol do título. A dose extra de entusiasmo que o Sport precisava para conquistar o Brasil, como frisou Carlinhos Bala após o duelo: “Se a gente jogar assim, como na etapa final, em Recife, não perdemos nem do Real Madrid. Tenho certeza de que foi o gol do título”.
A glória eterna
Um dia antes da final, enquanto os jogadores faziam um rachão na Ilha do Retiro, trabalhadores montavam o palco para a entrega das medalhas e da taça. Nelsinho Baptista disse aos jogadores “que ali só sobem os campeões para receber a medalha de ouro. Os vice-campeões são esquecidos. Eu quero subir ali, e vocês, não querem?”. Aquilo foi um dos combustíveis que o técnico utilizou para motivar os atletas. A final em casa seria um privilégio, justo no estádio onde eles tanto venceram e impuseram força perante os rivais. No dia do jogo, um painel com 200 mensagens de torcedores foi montado para compor a preleção. Nelsinho mostrou ainda um vídeo com os gols da campanha e o choro de Romerito, que foi até a Ilha do Retiro acompanhar a partida das tribunas, como um dos mais de 34 mil torcedores.
Quando a bola rolou, o Sport mostrou que, de fato, nenhum time no planeta poderia vencê-lo no caldeirão da Ilha do Retiro em 11 de junho de 2008. Após a tensão dos primeiros minutos, Nelsinho Baptista decidiu mexer na equipe rapidamente e sacou Kássio para a entrada de Enílton, mudando o esquema tático para o 4-3-3. Deu certo. Aos 34’, Luciano Henrique lançou Carlinhos Bala, que dominou no peito e fuzilou o goleiro Felipe para fazer 1 a 0. Poucos minutos depois, o Sport foi para o ataque novamente, Luciano Henrique chutou, Enílton atrapalhou o goleiro Felipe e o camisa 1 falhou feio: 2 a 0. Era o suficiente. Bastou controlar o jogo na segunda etapa, ir no embalo da torcida e soltar o grito: Sport campeão da Copa do Brasil de 2008.
Foi a coroação de uma campanha irrepreensível e incontestável de um time que foi absoluto em casa e jogou como legítimo copeiro. Foram 12 jogos, sete vitórias, dois empates, três derrotas, 24 gols marcados (média exata de dois gols por jogo) e 13 gols sofridos, além de fazer o artilheiro do torneio (Romerito, com seis gols). Aquele troféu foi, sem dúvida, o mais importante da história do Sport, pois foi um título sem contestações, com vitórias sobre clubes tradicionais do nosso futebol e triunfos categóricos, tudo graças a um grupo unido, raçudo e altamente competitivo, amparado por uma torcida que criou uma mística no caldeirão da Ilha do Retiro. Em La Bombonilha, o Sport venceu os seis jogos que disputou e teve uma média de 3,17 gols por jogo e apenas 0,67 contra.
“O time do Sport não tinha vaidade, desde Carlinhos Bala, Enílton, Leandro Machado lá na frente, e Daniel Paulista, Dutra, Durval, Luisinho (Netto) e Diogo. Todos os atletas envolvidos. Que se entregavam. A torcida do Sport gosta do jogador guerreiro, que se entrega no jogo. A gente tinha isso. O espírito de luta era muito grande”. – Romerito, em entrevista à Sabrina Rocha, do Globoesporte.com, 12 de junho de 2018.
Queda na Liberta e o fim do caldeirão
A temporada seguiu tranquila para o Sport, que só foi perder em casa em junho, para o Flamengo, por 2 a 1, pelo Brasileirão. A equipe pernambucana terminou na 11ª posição o torneio nacional e entrou em 2009 com foco total na Libertadores, mesmo sem alguns nomes de destaque em 2008 como Carlinhos Bala e Romerito. Na fase de grupos, a equipe foi bem e terminou na liderança do Grupo 1 com 13 pontos, quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota. Os pontos altos foram os triunfos sobre o Colo-Colo-CHI fora de casa (2 a 1) e em casa (2 a 1), sobre a então campeã LDU-EQU por 2 a 0, em casa, e também fora, por 3 a 2. Mas, por incrível que pareça, o carrasco dos rubro-negros naquela competição foi o Palmeiras, vítima de 2008. O alviverde estava no mesmo grupo dos pernambucanos e conseguiu vencer o Sport na Ilha do Retiro por 2 a 0 – que encerrou uma invencibilidade de nove meses e 20 jogos da equipe em casa – e empatar em 1 a 1 em São Paulo.
Nas oitavas de final, Sport e Palmeiras voltaram a se enfrentar, e, com uma vitória do Verdão por 1 a 0, em SP, e vitória do Sport também por 1 a 0, no Recife, a vaga foi decidida nos pênaltis. Na marca da cal, brilhou a estrela do goleiro Marcos, que defendeu três chutes e garantiu o placar de 3 a 1 ao Verdão. Foi o fim do sonho continental do Sport, que perdeu força e naquele mesmo ano de 2009 acabou rebaixado para a Série B. A equipe retornou à elite em 2012, mas caiu no mesmo ano, subiu em 2014 e permaneceu até 2018, quando caiu novamente.
Desde então, o clube busca uma nova safra de jogadores que consiga transformar a Ilha do Retiro no caldeirão que foi um dia e reconquistar um grande troféu nacional. Enquanto isso não acontece, a fanática torcida rubro-negra não se cansa de lembrar as fábulas do Leão da Ilha, que abocanhou tudo e todos e fez do Sport 2008 um esquadrão imortal.
Os personagens:
Magrão: um dos principais símbolos daquele Sport, o goleiro virou ídolo da torcida graças às suas defesas milagrosas, regularidade e enorme identificação com o clube rubro-negro. Jogou de 2005 até 2019 no Leão e disputou mais de 700 jogos com a camisa do Sport. Fundamental no título da Copa do Brasil, principalmente por suas defesas nos duelos contra o Palmeiras.
Luisinho Netto: apoiava muito bem o ataque e foi importante nos cruzamentos durante a campanha, além de marcar gols em chutes fortes de fora da área. Jogou apenas a temporada de 2008 no Sport, mas o suficiente para entrar na história do clube.
Diogo: embora tenha iniciado a carreira no meio de campo, Diogo se firmou como lateral-direito e atuou em vários jogos da campanha rubro-negra no Estadual e na Copa do Brasil. Não tinha o mesmo ímpeto ofensivo de Luisinho Netto, por isso, acabava preterido quando o técnico Nelsinho Baptista queria um time mais forte no ataque.
Igor: após boas passagens por Athletico-PR e Fluminense, o zagueiro chegou à Ilha do Retiro em 2007 e permaneceu até 2011. Fez uma grande dupla de zaga com Durval, disputou mais de 220 jogos pelo Leão e marcou alguns gols em jogadas aéreas.
Durval: capitão do Sport, o zagueiro foi outro grande nome daquela temporada vitoriosa e histórica da equipe pernambucana. Além de mostrar regularidade na zaga com muita entrega e bom poder de marcação sobre os rivais, o capitão ainda aparecia no ataque para marcar gols de cabeça e ainda em cobranças de falta. Foram 13 gols na temporada de 2008 e 63 jogos disputados, um dos líderes do time nos dois quesitos. Jogou de 2006 até 2009 no Sport, deixou a equipe para ser multicampeão no Santos e voltou ao Leão em 2014 até encerrar a carreira em 2018. Durval conquistou seis títulos estaduais, a Copa do Brasil e uma Copa do Nordeste pelo Sport, disputando mais de 450 jogos pelo clube.
Dutra: com uma vitalidade impressionante, o lateral se recuperou de uma lesão no decorrer da Copa do Brasil para voltar em grande estilo, marcando gols e como titular absoluto naquela conquista. Rápido e oportunista, Dutra jogou muito naquela trajetória e foi essencial no esquema tático do técnico Nelsinho. Disputou 54 jogos em 2008. Ficou no clube até 2011.
Daniel Paulista: muito técnico, tinha qualidade nos passes e foi importante na construção de jogadas daquele Sport campeão. Veio do rival Náutico, mas deixou de lado seu passado alvirrubro para virar um dos principais nomes da campanha vencedora. Muito identificado com o clube, virou técnico do próprio Sport após encerrar a carreira de jogador.
Fábio Gomes: atuava como volante e também lateral-esquerdo e ganhou espaço em alguns jogos da campanha vitoriosa do Leão. O título de 2008 foi o segundo de Fábio Gomes na Copa do Brasil, pois ele já havia vencido em 2005 com o Paulista de Jundiaí. Era forte na marcação e na proteção à zaga.
Éverton: volante revelado nas categorias de base do Sport, Éverton não tinha espaço no time titular, mas entrava no decorrer de algumas partidas e ajudava a manter a eficiência do meio de campo e na manutenção do placar principalmente no segundo tempo.
Sandro Goiano: experiente, era outro jogador importante na marcação do meio de campo e nos passes, além de dar combate e proteger a zaga rubro-negra. Veio após grande passagem pelo Grêmio entre 2005 e 2007, participando da lendária Batalha dos Aflitos, o que já dava grandes credenciais ao volante diante da torcida do Leão.
César: era a primeira escolha para a zaga quando Nelsinho jogava com três zagueiros, principalmente fora de casa. Era bom nas jogadas aéreas e às vezes aparecia no ataque para tentar gols de cabeça. Jogou no Sport até 2012.
Romerito: foi o grande responsável pelo sucesso do Sport naquele primeiro semestre de 2008. O camisa 10 jogou muito e chamou a responsabilidade para si nos mais difíceis jogos daquela campanha. Foi o artilheiro da Copa do Brasil com seis gols – marcou 15 na temporada e foi também o artilheiro do time -, deu passes, lançamentos e se entrosou plenamente com Carlinhos Bala. Uma pena que não pôde disputar as finais, mas ele foi tão campeão quanto seus companheiros. Muito querido na Ilha do Retiro.
Luciano Henrique: o meio-campista jogou de 2007 até 2009 no Sport e foi outro jogador de destaque no setor de criação do time. Com bons passes e sempre presente no setor ofensivo, supriu bem a ausência de Romerito nas finais ao anotar o gol do título na vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians.
Carlinhos Bala: revelado pelo Santa Cruz, o atacante já era bem conhecido no cenário nacional quando chegou ao Sport em 2007 por empréstimo (ele era jogador do Cruzeiro) para virar uma das principais armas de ataque do time. Jogando como segundo atacante e às vezes mais recuado, Bala marcava gols, dava passes, cobrava faltas, pênaltis e não dava sossego para nenhuma zaga rival. Bala marcou 12 gols em 64 jogos na temporada de 2008, um na final da Copa do Brasil e fez a alegria da torcida com sua irreverência e poder de decisão. Ganhou vários apelidos na época como Carlinhos Ballack e Rei de Pernambuco.
Leandro Machado: experiente, o atacante de 32 anos disputou a última temporada da carreira no Leão e foi muito importante para o sistema tático de Nelsinho Baptista. Ele não só marcava gols como abria espaços para Romerito e Carlinhos Bala aprontarem das suas. Machado marcou 10 gols na temporada.
Roger: revelado pela Ponte Preta, o atacante chegou em 2008, marcou 13 gols na temporada e foi o vice-artilheiro do time naquele ano, embora não tenha tido regularidade. Roger marcou dois gols na Copa do Brasil – um deles no difícil confronto contra o Inter. Deixou o Sport já no ano seguinte.
Enílton: seu gol no primeiro duelo decisivo contra o Corinthians foi o tento que recolocou o Sport na briga pelo título. Não tinha faro goleador, mas abria espaços para quem via de trás, principalmente Carlinhos Bala. Na finalíssima, foi ele quem tirou a visão do goleiro Felipe e ajudou no gol de Luciano Henrique.
Kassio: jovem revelado pelo Sport, ganhou algumas oportunidades como meia no esquema tático do técnico Nelsinho, mas não chegou a ser titular absoluto.
Nelsinho Baptista (Técnico): provou ter estrela ao conquistar mais um título nacional na carreira e construir um time copeiro ao extremo e simplesmente imbatível em casa. Com a força da torcida e muita união entre os jogadores, fechou o grupo em busca da glória na Copa do Brasil e conseguiu ao apostar no entrosamento da dupla Romerito e Carlinhos Bala, na experiência de Sandro Goiano e Leandro Machado, no capitão Durval e no goleiro Magrão. Foram 105 jogos pela equipe pernambucana entre 2008 e 2009, com 60 vitórias, 22 empates e 23 derrotas. Retornou ao Sport em 2018, mas teve desentendimentos com a diretoria e saiu naquele mesmo ano. O que ficou, mesmo, foi seu grande trabalho de 2008, eternamente na memória do torcedor rubro-negro.
Extras:
Veja os gols da goleada de 4 a 1 sobre o Palmeiras.
Veja os 3 a 1 sobre o Inter.
Veja os 2 a 0 sobre o Corinthians.
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Essa Equipe do Sport era aguerrida por demais. A garra desses caras eram contagiantes ao máximo. Poderia eternizar o Sport De 1987, Campeão da Copa União ao lado do Flamengo além do Fortaleza atual que foi Campeão da Copa do Nordeste, Semifinalista da Copa Do Brasil, 4° Lugar no Brasileirão e alcançou as oitavas da Libertadores? Parabéns pelo trabalho, embora seja enormemente arduo dar conta desse site praticamente sozinho
Bola aérea ainda resolve muita coisa nos 90 minutos. E isso o sport fez muito nessa copa do Brasil.
Belo texto! Sem dúvida um dos melhores já escritos sobre esse título. Parabéns! Tenho apenas alguns comentários adicionais que poderiam ser incluídos: algum jornal/revista da época, talvez o Lance, em um trocadilho com o nome Luxemburgo, disse que o Palmeiras iria para Recife fazer um “coletivo de luxa” para a final do Paulista contra a Ponte. Outra munição pro Sport, além da declaração de Kleber. Depois do jogo, ainda no campo, o goleiro Marcos, quando perguntado se a torcida do Sport tinha interferido no desempenho do palmeiras, respondeu algo como: “Com certeza! O que a a torcida do sport fez foi sensacional. Queria que o sport se classificasse para a libertadores e o boca viesse jogar aqui, para ver o que é pressão” (tem no youtube, numa entrada de Marcos pro sportscenter, da espn brasil) Daí veio a Labonbonilha. E queria registrar apenas 2 pequenas “correções”. Luciano Henrique era titular absoluto, o não era reserva de Romerito, como deu a entender em alguns pontos. LH era o craque do time! E a falta em que ele foi expulso contra o inter não foi violenta. De baixo para cima, foi falta, mas só com muito, mas muito rigor, merecia um amarelo. Mas o sr. Heber Roberto Lopes deu vermelho direto! E logo depois que o sport fez o 2º, para acabar qualquer chance de reação do leão da ilha. Mas aquele time não se deixava vencer nem mesmo pelos árbitros…
Mais um grande trabalho do Imortais! Aquele Sport fez história. Me chamava atenção a força que ele tinha na Ilha do Retiro!
Pergunta: dá considerar como imortal aquele Sport campeão do Campeonato Brasileiro (bagunçado) de 1987?
O Sport de 87 era muito difícil de ser batido, principalmente em casa. Lembra o de 2008. Tecnicamente não foram os melhores times que o Sport já teve, mas tinham uma garra e uma raça fora do comum. E aquele espírito vitorioso! Para o Sport e para o Nordeste, 87 será sempre imortal. O campeonato de 87 mudou o patamar do Sport completamente. Nos 20 anos anteriores o Sport tinha vencido 5 títulos estaduais. Nos 20 posteriores, foram 12, mais que os rivais somados. Nos 10 anteriores haviam sido 3 estaduais. Nos 10 posteriores, foram 6 títulos estaduais, mas que os rivais somados… Passou a ser hegemônico no estado. Além de ter vencido 3 Copas do Nordeste depois. A torcida, que sempre foi a maior em PE, se multiplicou de um jeito que hoje a maioria das pesquisas a coloca como maior que a do Bahia. Ou pelo menos equivalente. E também passou a ser maior que de santa e náutico somados, segundo todas as pesquisas em pernambuco. Além disso, o campeonato de 87 dá mídia gratuita ao clube até hoje, além de ser o título brasileiro mais conhecido de todos. Muita gente pode não saber “se” ou “quando” bahia, athletico e coritiba foram campeões, por exemplo. Mas o Sport, todos sabem!
Maravilhoso texto como sempre.
Talvez esse seja o melhor time já montado entre os nordestinos neste século, depois do título tiraram um pouco o pé no brasileiro, se não fizessem isso creio que teriam feito uma campanha bem melhor no mesmo.
Belo texto Guilherme! Lembro de ter pedido para imortalizar esse esquadrão histórico e ler esse texto foi como reviver toda a campanha do Sport na competição.
Exato. O time no brasileiro foi dosando para fazer uma campanha apenas segura. Jogou algumas partidas com time reserva, etc… Se precisasse ir mais longe, teria ido.
Ótimo texto Guilherme! Uma das melhores edições da Copa do Brasil com um dos melhores campeões do torneio.
Magrão, Carlinhos Bala, Romerito e Durval simplesmente lendas.
P.S: o Durval merece um texto aqui no blog
Muito obrigado pelos elogios, Gabriel! 🙂
Texto maravilhoso, Guilherme, meus parabéns !
Como rubro-negro que sou, é impossível esquecer da saga do Sport na Copa do Brasil de 2008. Foi, senão o melhor, um dos melhores times que o Sport já teve, e que merecia ser eternizado aqui no blog.
Obrigado pelos elogios! Esse Sport merecia demais um espaço por aqui. Imortal, com certeza! 🙂
Olá,Imortais. o Vitória,vice-campeão brasileiro de 1993 será imortalizado aqui no site?abraços e espero q me respondam
Provavelmente! 🙂
Não sei se para o futebol atual apostar em jogadas aéreas soa como futebol ultrapassado, mas que esse tipo de jogo ganha campeonato ganha. Vide o próprio sport de 2008. E a ilha que ainda é um grande caldeirão.