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Esquadrão Imortal – Milan 2002-2005

Milan 2002-2005
Em pé: Maldini, Dida, Shevchenko, Seedorf, Cafu e Nesta. Agachados: Kaká, Costacurta, Gattuso, Pirlo e Inzaghi.
 

Grandes feitos: Campeão da Liga dos Campeões da UEFA (2002-2003), Campeão da Supercopa da UEFA (2003), Campeão do Campeonato Italiano (2003-2004), Campeão da Copa da Itália (2002-2003) e Campeão da Supercopa da Itália (2004). Foi o vencedor da primeira (e até hoje única) final italiana da história da Liga dos Campeões da UEFA.

Time-base: Dida (Abbiati); Costacurta (Cafu / Roque Júnior / Simic), Nesta (Stam / Laursen), Maldini e Kaladze (Serginho / Pancaro); Gattuso (Brocchi), Pirlo (Redondo) e Seedorf; Rui Costa (Ambrosini / Rivaldo / Tomasson); Inzaghi (Kaká / Crespo) e Shevchenko. Técnico: Carlo Ancelotti.

 

“O despertar rossonero”

Por Guilherme Diniz

Fim de jogo em Atenas. Com uma atuação histórica e incontestável, o AC Milan bate o Barcelona-ESP por 4 a 0 e conquista sua quinta Liga dos Campeões da UEFA, em 18 de maio de 1994. Foi o apogeu do time comandado por Fabio Capello e que também representou o fim de um período vertiginoso e inesquecível do esquadrão de Milão, que venceu tudo e mais um pouco entre 1987 e 1994. Mas, depois do auge, sempre vem a recessão e os tempos de vacas magras. Mesmo com George Weah e vários outros jogadores surgindo após o penta continental, o Milan sumiu do cenário europeu após ser vice-campeão da Liga, em 1995, e só levantou dois títulos nacionais, em 1996 e 1999, e teve que ver equipes como Juventus, Roma, Lazio, Parma e Internazionale fazerem a festa e ganharem páginas e mais páginas nos cadernos esportivos da Itália e do continente. Só que o Milan sempre foi o Milan e nunca gostou de ficar por muito tempo sem erguer títulos portentosos. Já no século XXI, o clube rossonero iniciou na temporada 2002-2003 mais uma era de glórias que só iria terminar em 2007, e, assim como no final dos anos 80, o clube teve dois esquadrões distintos que entraram para a história e para os sonhos de seus fanáticos torcedores.

Entre 2002 e 2005, o Milan virou um dos times mais fortes e mais competitivos do planeta e venceu quase todos os títulos que disputou (só faltou o Mundial Interclubes). A hegemonia da equipe só não foi maior por culpa de um iluminado La Coruña, em 2004, e de um sobrenatural Liverpool, em 2005. Foram tempos de eficiência defensiva com o paredão Dida no gol e a soberba dupla de zaga formada por Maldini e Nesta, um meio de campo telepático com Gattuso, Pirlo, Seedorf e Rui Costa e um ataque que teve a genialidade e plenitude de Shevchenko, devastador com a bola nos pés e artilheiro máximo do time. Com as entradas pontuais de Kaká, Cafu, Stam, Ambrosini e outros, o Milan de Carlo Ancelotti chegou ao topo e voltou a atazanar os rivais com um futebol eficiente e com traços artísticos em algumas ocasiões. Tempo depois, entre 2006 e 2007, o time colecionou mais algumas taças e se vingou de antigos algozes como o Imortaisrelembrou aqui. Agora, é hora de relembrar como foi esse “despertar”.

 

Os nomes certos para o equilíbrio

Carlo Ancelotti, técnico do Milan em mais uma era de ouro.
Carlo Ancelotti, técnico do Milan em mais uma era de ouro.
 

Vivendo uma escassez de grandes títulos internacionais desde 1994, o Milan começou a trabalhar para contornar aquela situação na temporada 2001-2002. O clube trouxe o técnico Carlo Ancelotti, velho conhecido da torcida por ter sido um dos titulares do timaço bicampeão europeu e mundial no final dos anos 80 (leia mais clicando aqui), e gastou alguns milhões com as vindas de Andrea Pirlo (ex-Internazionale), Rui Costa (ex-Fiorentina), Filippo Inzaghi (ex-Juventus), Martin Laursen (ex-Parma) e Cristian Brocchi (ex-Internazionale), a fim de montar um time que pudesse ter, principalmente, equilíbrio tático e controle das ações no meio de campo e nos contra-ataques, máximas que Ancelotti sempre tratou como prioridades.

A equipe não levantou taças naquele período, mas fez uma boa campanha na Copa da UEFA e chegou até as semifinais após despachar CSKA Sofia-BUL, Sporting-POR, Roda JC-HOL e Hapoel Tel Aviv-ISR até ser eliminado pelo forte Borussia Dortmund-ALE de Lehmann, Heinrich, Reuter, Rosicky, Metzelder e Amoroso e perder de 4 a 0 na ida, em Dortmund, e vencer por apenas 3 a 1 na volta.

Inzaghi e Shevchenko, matadores de Milão.
Inzaghi e Shevchenko, matadores de Milão.
 

No Campeonato Italiano, a equipe terminou na 4ª colocação e ficou com uma das vagas para a Liga dos Campeões de 2002-2003, com destaque para as vitórias sobre Fiorentina (5 a 2, em casa, com dois gols de Shevchenko), Internazionale (4 a 2, com mando da Inter), Parma (3 a 1, em casa) e Lazio (2 a 0, em casa). Inzaghi e Shevchenko mostraram sintonia e foram os artilheiros do time na temporada com 16 e 17 gols, respectivamente.

Mesmo com as críticas que recebeu de Silvio Berlusconi, o chefão do clube, por causa de um certo exagero defensivo, o técnico Ancelotti começou a ganhar a confiança de todos após algumas mudanças táticas que seriam pontuais no time. Ele recuou Pirlo no meio de campo, deixou Rui Costa como um legítimo armador, deu liberdade total para Inzaghi e Shevchenko serem os pensantes do ataque e trouxe de volta o goleiro Dida para a temporada 2002-2003, que recuperou seu lugar no time após uma contusão de Abbiati contra o Slovan Liberec-RCH, na fase preliminar da Liga dos Campeões, em agosto de 2002. Com as chegadas de Seedorf (ex-Internazionale), Alessandro Nesta (ex-Lazio) e Rivaldo (ex-Barcelona), o Milan estava nitidamente mais forte. E pronto para retomar o lugar que sempre gostou de ficar: o topo.

 

Prontos para a competição

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Feita a arquitetura e já com um time titular definido, Ancelotti começou a temporada disposto a ir o mais longe possível em todas as competições que tivesse pela frente. No Campeonato Italiano, a equipe perdeu apenas dois dos 15 jogos que fez no segundo semestre de 2002 e derrotou adversários diretos na briga pelo Scudetto como Inter (1 a 0), Parma (2 a 1) e Roma (1 a 0). No mesmo período, o time de Milão teve compromissos pela Liga dos Campeões e até que se saiu bem. Na fase preliminar, contra o já citado Slovan Liberec, vitória por 1 a 0, em casa, e derrota por 2 a 1, fora, que classificou a equipe para a etapa de grupos graças ao gol marcado fora de casa. No Grupo G, ao lado de La Coruña-ESP, Bayern München-ALE e Lens-FRA, o Milan mostrou força, venceu quatro e perdeu apenas dois dos seis jogos que disputou, se classificando em primeiro lugar. Os triunfos vieram sobre o Lens (2 a 1, em casa, com dois gols de Inzaghi), La Coruña (4 a 0, fora de casa, com três gols de Inzaghi e um de Seedorf) e Bayern (2 a 1, fora, com dois gols de Inzaghi, e 2 a 1, em casa, com gols de Inzaghi e Serginho).

Em novembro, a equipe começou a segunda fase de grupos ao lado de Real Madrid-ESP, Borussia Dortmund-ALE e Lokomotiv Moscow-RUS. Os adversários eram bem complicados, mas a trupe de Carlo Ancelotti foi quase impecável e venceu quatro dos seis jogos que disputou, com destaque para as vitórias sobre o Real Madrid (1 a 0, em casa, gol de Shevchenko) e Borussia (1 a 0, fora, com gol de Inzaghi). A equipe foi mais uma vez líder e se classificou para o mata-mata, que seria abraçado totalmente pelos rossoneros muito pelo fato de o Campeonato Italiano ter se afunilado por causa dos quatro empates que a equipe acumulou entre fevereiro e março e as cinco derrotas nos oito compromissos finais do torneio. O Milan terminou a competição na terceira posição, 11 pontos atrás da campeã Juventus. Terceiro foi, também, a posição de Inzaghi na artilharia, com 17 gols marcados. Os dois melhores momentos milanistas no returno foram as vitórias sobre a Juventus (2 a 1, em casa, com gols de Shevchenko e Inzaghi) e Inter (1 a 0, gol de Inzaghi).

 

Nas finais!

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Em busca da decisão da Liga, o Milan encarou o velho conhecido Ajax-HOL nas quartas de final. No primeiro duelo, em Amsterdã, Ancelotti armou um grande ferrolho para conter os avanços de Rafael van der Vaart, Pienaar e Ibrahimovic e saiu da Holanda com um precioso 0 a 0. Na volta, em um San Siro tomado por mais de 76 mil pessoas, o Milan abriu o placar com Inzaghi, aos 30´, mas viu Litmanen empatar no começo do segundo tempo. Dois minutos depois, Shevchenko deixou os italianos mais uma vez na frente do placar até que Pienaar empatou. Nos acréscimos, Tomasson, que tinha entrado naquele segundo tempo, fez 3 a 2 após escorar uma bola de Inzaghi e colocou o Milan na semifinal com muito sufoco e sorte.

No último desafio antes da decisão, os rossoneros tiveram um duelo doméstico contra a rival Inter, que tinha grandes nomes como Toldo, Córdoba, Zanetti, Crespo, Fabio Cannavaro e Recoba. Como dividiam o mesmo estádio, ambas as equipes jogariam no mesmo local, mas com os mandos de campo diferentes. O primeiro jogo teve mando do Milan e a partida terminou empatada sem gols. No segundo encontro, com mando da Inter, qualquer empate com gols daria a classificação ao Milan, algo que preocupava muito a equipe nerazurri. E o temor aumentou nos acréscimos do primeiro tempo, quando Shevchenko abriu o placar para o Milan. Na segunda etapa, Martins empatou, mas o Milan se segurou e conseguiu a sonhada vaga na final. O dilema da torcida foi o que comemorar mais: a volta a uma decisão europeia ou eliminar a grande rival!

Totti e Ambrosini, no primeiro jogo da final da Copa da Itália de 2002-2003.
Totti e Ambrosini, no primeiro jogo da final da Copa da Itália de 2002-2003.
 

Paralelo à disputa da Liga, a equipe rossonera também chegou à final de outra competição de mata-mata: a Copa da Itália, torneio que sempre foi o calcanhar de Aquiles do time de Milão. Após superar o Ancona nas oitavas, o Milan eliminou o Chievo, nas quartas, após empate em 0 a 0 e vitória por 5 a 2, fora de casa, e o Perugia, na semifinal, após empate sem gols e vitória por 2 a 1, em casa, com gols de Tomasson e Nesta. Como parte do “aquecimento” para a decisão europeia, a equipe rossonera enfrentou a Roma no primeiro jogo da final da copa nacional e goleou por 4 a 1 em pleno Estádio Olímpico, com dois gols de Serginho, um de Ambrosini e outro de Shevchenko. O detalhe é que a vitória veio de virada e com todos os gols anotados no segundo tempo (!), em uma ótima atuação coletiva da equipe mesmo com vários titulares descansando. Aquele resultado foi um claro exemplo da força do grupo que Ancelotti tinha em mãos, afinal, poucos técnicos no mundo podiam deixar de lado Gattuso, Pirlo, Seedorf, Maldini e Nesta e colocar em campo substitutos como Redondo, Ambrosini, Rivaldo, Laursen e Roque Júnior.

 

Na Europa mando eu!

Maldini e Del Piero, no primeiro duelo de italianos em uma final de Liga dos Campeões.
Maldini e Del Piero disputam a bola no primeiro duelo de italianos em uma final de Liga dos Campeões.
 

A grande decisão da Liga dos Campeões de 2002-2003 teve, pela primeira vez em sua história, dois times italianos na briga pelo título. De um lado, o Milan, seu grupo forte e embalado e sedento para encerrar um incômodo jejum de quase dez anos sem títulos continentais. Do outro, uma fortíssima Juventus, também com um elenco equilibrado e nomes de peso como Buffon, Thuram, Ferrara, Camoranesi, Davids, Zambrotta, Trezeguet e Del Piero. O único desfalque importante da partida era Pavel Nedved, suspenso, que enfraqueceria muito o meio de campo da Velha Senhora. Em um Old Trafford com mais de 63 mil pessoas, muitos temiam que o defensivismo do futebol italiano imperasse e o zero não saísse do placar. E, por incrível que pareça, foi exatamente isso que aconteceu. Foram muitas faltas, muita tensão e nada de gols. Dida e Buffon, vivendo fases esplendorosas, não deixaram Del Piero, Trezeguet, Inzaghi e Shevchenko aprontarem das suas nem nos 90 minutos nem nos 30 minutos da prorrogação. Ou seja, a decisão foi para os pênaltis.

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Nos tiros diretos, ambos os goleiros tinham fama de bons pegadores e Dida confirmou logo de cara ao defender o chute de Trezeguet. Serginho fez o primeiro do Milan e Birindelli anotou o primeiro da Juve. Seedorf e Kaladze desperdiçaram os dois tiros seguintes do Milan por culpa de Buffon, que defendeu ambos. Zalayeta e Montero ficaram com “inveja” e caíram nas garras de Dida, que defendeu as duas cobranças (vale lembrar que os goleiros se adiantaram bastante em alguns chutes, mas não foram advertidos pelo árbitro). Del Piero e Nesta marcaram para seus times e coube a Shevchenko, do Milan, encerrar as cobranças. Se ele fizesse, o Milan seria hexacampeão europeu. O ucraniano chutou para um lado, Buffon foi para o outro, e a festa foi em vermelho e preto na Inglaterra!

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Se na Itália a Juventus era a dona do pedaço e maior vencedora de títulos (incluindo o daquela temporada), na Europa, o Milan mostrava quem era o dominante. Pela sexta vez, o continente era rossonero. Mais do que o título, valia a honra e a glória de ter sido o vencedor do primeiro (e até hoje único) duelo entre italianos na mais prestigiada competição de clubes do mundo. Se havia uma maneira de se encerrar um jejum, aquela com certeza era a melhor!

O Milan campeão europeu: meio de campo criativo e ataque forte impulsionaram o time ao caneco.
O Milan campeão europeu: meio de campo criativo e ataque forte impulsionaram o time ao caneco.
 

Campeões, supercampeões e craques em alta

Inzaghi, Maldini e Gattuso celebram a Copa da Itália de 2003.
Inzaghi, Maldini e Gattuso celebram a Copa da Itália de 2003.
 

Dois dias após a glória europeia, o Milan voltou a entrar em campo, dessa vez na partida de volta da final da Copa da Itália. Com a vantagem de 4 a 1 no placar agregado, os rossoneros mandaram vários reservas para o jogo e mesmo assim conseguiram empatar em 2 a 2 mesmo após estar perdendo por 2 a 0. Os gols foram marcados por Rivaldo e Inzaghi e o Milan levantou o troféu nacional após incríveis 26 anos (a última Copa da Itália do time havia sido conquistada na temporada 1976-1977). No total da temporada, o clube de Milão disputou 61 jogos, venceu 32, empatou 15, perdeu 14, marcou 97 gols e sofreu apenas 54. Inzaghi foi o artilheiro da equipe com 30 gols em 49 jogos, a temporada mais prolífica do atacante pelo Milan e também a com maior número de gols em sua carreira. Outro que se destacou foi Rui Costa, fundamental na criação de jogadas da equipe e maior “garçom” da Liga dos Campeões daquela temporada com cinco assistências.

Para a temporada 2003-2004, a equipe se desfez de alguns jogadores que não estavam sendo muito aproveitados, tais como Roque Júnior e Rivaldo, mas manteve a base vencedora e trouxe dois novos brasileiros: o lateral-direito Cafu e o jovem meia Kaká, que se destacou atuando pelo São Paulo-BRA. Em agosto de 2003, a equipe foi até o Stade Louis II para a disputa da Supercopa da UEFA, contra o Porto-POR de José Mourinho, Deco, Maniche, Derlei, Costinha e Ricardo Carvalho (time já relembrado aqui no Imortais), e venceu por 1 a 0, gol de Shevchenko.

Badalados, os jogadores do Milan mostrariam naquela temporada que formavam um time muito coeso e fortíssimo no meio de campo, ainda mais com a rápida adaptação de Kaká e a fase magnífica de Shevchenko no ataque. No gol, Dida também estava em ótima forma e foi até indicado ao prêmio Ballon d´Or da revista France Football naquele ano de 2003, algo marcante se pensarmos na pouca tradição dos goleiros brasileiros em solo europeu (Dida foi o primeiro arqueiro brasileiro a aparecer entre os indicados da tradicional premiação).

Kaká e Shevchenko, ídolos do Milan e símbolos de uma geração.
Kaká e Shevchenko: ídolos do Milan e símbolos de uma geração.
 

Entre setembro e dezembro, o Milan não deixou os adversários crescerem na disputa do Campeonato Italiano e provou que queria de volta a coroa, também, em casa. A equipe ficou invicta até a 12ª rodada, sapecou a rival Inter por 3 a 1 (gols de Kaká, Inzaghi e Shevchenko) e fez grandes partidas que aliavam equilíbrio defensivo e ofensivo. Na Liga dos Campeões, o time passou sem grandes sustos em primeiro lugar na fase de grupos após três vitórias, um empate e duas derrotas, deixando para trás Celta de Vigo-ESP, Club Brugge-BEL e Ajax-HOL. A única decepção em 2003 foi na final do Mundial Interclubes, em Tóquio (JAP), contra o Boca Juniors-ARG de Carlos Bianchi. Após 1 a 1 no tempo normal, o time italiano foi muito displicente nas cobranças de pênaltis e converteu apenas um dos tiros que efetuou. O Boca venceu por 3 a 1 e levantou seu terceiro caneco intercontinental.

 

O incontestável Scudetto…

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Em 2004, o Milan voltou suas atenções para o Campeonato Italiano e para a reta final da Liga dos Campeões. Na competição nacional, o time não deixou a Roma chegar perto e foi logo vencendo a loba por 2 a 1 em pleno estádio Olímpico com dois gols de Shevchenko. No turno, os rossoneros perderam apenas um jogo (2 a 1, para a Udinese, em casa), assumiram a liderança absoluta na 18ª rodada e não a largaram mais. No returno, a equipe se mostrou quase imbatível e venceu os principais rivais em jogos alucinantes. A Inter foi derrotada por 3 a 2, em fevereiro, com gols de Tomasson, Kaká e Seedorf. Na capital, os rossoneros venceram a Lazio por 1 a 0, gol de Ambrosini. Em Turim, triunfo por 3 a 1 sobre a Juventus, com dois gols de Seedorf e um de Shevchenko.

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Em Milão, no dia 02 de maio, o 1 a 0 sobre a Roma (gol de Shevchenko) diante de 76 mil pessoas no San Siro selou a conquista com duas rodadas de antecipação. O Milan venceu seu 17º Scudetto com uma campanha brilhante: 82 pontos (11 a mais que a Roma), 25 vitórias, sete empates, duas derrotas, 65 gols marcados e apenas 24 sofridos em 34 jogos. Shevchenko, com 24 gols, foi o artilheiro do ano e também o vencedor do Ballon d´Or da revista France Football. Tomasson, com 12, e Kaká, com 10, foram os outros artilheiros rossoneros no Calcio.

 

… E as inexplicáveis derrotas

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Aquele Milan voava em campo e parecia não ter rivais, mas nas duas competições de mata-mata que disputou, o time caiu de maneira vexatória e inexplicável. Na Liga dos Campeões, após eliminar o Sparta Praga-RCH com um 4 a 1 em casa, após 0 a 0 fora, a equipe enfrentou o Deportivo La Coruña-ESP nas quartas de final e aplicou sonoros 4 a 1 no primeiro jogo, em Milão. Mas, na volta, o time tão badalado e com uma zaga tão elogiada levou de 4 a 0 dos espanhóis e deu adeus ao sonho do heptacampeonato europeu. Aquele Deportivo era um grande time (leia mais clicando aqui), mas ninguém conseguia entender como o Milan de Dida, Maldini, Cafu, Nesta, Gattuso, Pirlo, Kaká e Shevchenko tinha conseguido levar tantos gols em um momento tão importante como aquele.

O pior é que aquele era o segundo tropeço “gritante” da equipe na temporada. Segundo? Isso mesmo! Dois meses antes, em fevereiro, a equipe foi até Roma enfrentar a Lazio pela segunda partida das semifinais da Copa da Itália e também levou de 4 a 0, resultado que eliminou os rossoneros da competição. As duas acachapantes derrotas mostraram que aquele Milan não era imbatível e tinha problemas defensivos mesmo com Maldini e Nesta no miolo de zaga.

O Milan de 2004: com a chegada de Kaká, Ancelotti deixou Inzaghi no banco só para acomodar o brasileiro, Rui Costa e Shevchenko.
O Milan de 2004: com a chegada de Kaká, Ancelotti deixou Inzaghi no banco só para acomodar o brasileiro, Rui Costa e Shevchenko.
 

Quando enfrentava times velozes, os italianos sofriam e não conseguiam se recuperar a tempo, e, pela esquerda, não havia um jogador bom o suficiente para conter os avanços de atacantes habilidosos – por isso que a maioria dos times abusava nos ataques pela esquerda da zaga rossonera. O título nacional serviu como consolo para os tropeços sofríveis na Copa da Itália e na Liga dos Campeões. Para a temporada 2004-2005, a equipe conseguiu manter mais uma vez sua base e trouxe mais duas estrelas: o defensor Jaap Stam (ex-Lazio) e o atacante Hernán Crespo (ex-Chelsea), a fim de apagar de vez os tropeços de outrora e mostrar que ainda era, sim, o principal time da Europa.

 

Em busca de mais uma final

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Entrosados, os jogadores do Milan sabiam das qualidades de cada companheiro e a maneira como cada um atuava. Os erros da temporada passada precisavam ser corrigidos e uma amostra daquela mudança de mentalidade veio em agosto, na vitória por 3 a 0 sobre a Lazio na decisão da Supercopa da Itália, com três gols de Shevchenko. O triunfo embalou o time para a sequência de compromissos, que incluía duelos complicados contra Barcelona-ESP, Celtic-ESC e Shakhtar Donetsk-UCR, pela Liga dos Campeões, e os rivais de sempre no Campeonato Italiano. Em casa, os rossoneros fizeram bons jogos, perderam apenas um dos 19 jogos iniciais e emendaram oito vitórias seguidas no returno (incluindo uma vitória por 1 a 0 sobre a Inter, com gol de Kaká, e um 2 a 0 sobre a Roma, fora, com gols de Crespo e Pirlo), mas a Juventus foi mais consistente e acabou ficando com a liderança e o título (que seria revogado tempo depois por causa do escândalo de manipulação de resultados).

LEIA TAMBÉM – Time dos Sonhos do Milan

Na Liga, o Milan se classificou em primeiro lugar no Grupo F ao vencer quatro jogos, empatar um e perder apenas um (para o Barcelona, fora, por 2 a 1). O time italiano venceu o Shakhtar, fora, por 1 a 0 (gol de Seedorf), Celtic, em casa, por 3 a 1 (gols de Shevchenko, Inzaghi e Pirlo), Barcelona, em casa, por 1 a 0 (gol de Shevchenko) e o Shakhtar, em casa, por 4 a 0 (dois gols de Kaká e dois de Crespo). Mas foi na fase de mata-mata que a equipe voou. Nas oitavas, duas vitórias sobre Manchester United-ING, ambas por 1 a 0, com ambos os gols marcados por Crespo. Nas quartas de final, a rival Inter voltou ao caminho dos rossoneros e, no primeiro duelo, Stam e o carrasco Shevchenko fizeram os gols da vitória por 2 a 0 que deu uma larga vantagem ao Milan para o confronto de volta.

Nele, Shevchenko, de novo, fez 1 a 0 para o Milan, aos 30´do primeiro tempo, e praticamente selou a vaga rossonera para a semifinal. Mas, no segundo tempo, a bagunça da torcida da Inter com seus sinalizadores (com um deles atingindo o goleiro Dida) provocou o final do jogo e fez a UEFA decretar o Milan vencedor pelo placar de 3 a 0, além de o clube nerazurri ser punido e ter que atuar em casa com os portões fechados em seus próximos quatro jogos válidos por competições europeias.

A bagunça pirotécnica da torcida da Inter encerrou antes do tempo o segundo duelo entre os rivais de Milão na Liga. Melhor para o Milan.
A bagunça pirotécnica da torcida da Inter encerrou antes do tempo o segundo duelo entre os rivais de Milão na Liga. Melhor para o Milan.
 

Na semifinal, Shevchenko e Tomasson fizeram os gols da vitória por 2 a 0 sobre o PSV-HOL, em casa, no duelo de ida. Na volta, Park e Cocu abriram 2 a 0 para os holandeses e deixaram o Milan perto da eliminação. Nos acréscimos, a sorte voltou a sorrir para os italianos quando Ambrosini fez um gol salvador que sacramentou a vaga mesmo com o gol de Cocu anotado um minuto depois. O 3 a 3 no agregado classificou o Milan graças ao golzinho salvador fora de casa. Era hora de tentar o sétimo título europeu.

 

Do vareio ao imponderável

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Em Istambul (TUR), o Milan teve pela frente uma equipe que também vinha embalada por derrotar um rival doméstico no mata-mata: o Liverpool-ING, que tinha tirado o Chelsea na semifinal com uma vitória por 1 a 0 no duelo de volta, em Anfield Road. O time italiano era franco favorito e ganhava todas as apostas mesmo tendo pela frente um clube cheio de tradição e com uma camisa pesadíssima. E, após os primeiros 45 minutos, tudo levava a crer que o Milan seria, pela sétima vez, campeão da Europa. Com gols de Maldini e Crespo (2), o time rossonero abriu incríveis 3 a 0 e simplesmente desfilou suas virtudes em campo. O Liverpool parecia atordoado e não esboçava reação alguma. Levando em consideração que os italianos sempre gostaram de golear em finais europeias (vide as finais de 1969, 1989 e 1994), parecia barbada um novo placar dilatado dos milanistas.

Mas, no segundo tempo, o Liverpool iniciou uma das mais fantásticas reações da história da Liga dos Campeões e também do futebol e conseguiu empatar um jogo praticamente perdido. Após a prorrogação, os pênaltis consagraram o goleiro Dudek e o Liverpool venceu por 3 a 2, conquistando sua quinta Liga dos Campeões. Aquele jogo já foi relembrado aqui no blog e inspirou, inclusive, a criação da seção “Jogos Eternos”. Leia mais sobre ele clicando aqui.

 

O Milan de 2005: um esquadrão espetacular, mas que caiu inexplicavelmente na final da UCL.
 
O Milan de 2005: outro timaço, mas que caiu inexplicavelmente na decisão da Liga.

 

O descanso para as vinganças

Cristiano Ronaldo (à dir.) pede a bola para Nesta, em 2007: o Milan só iria devolver depois de faturar o hepta da Liga.
Cristiano Ronaldo (à dir.), do Manchester United, pede a bola para Nesta, em 2007: o Milan só iria devolver depois de faturar o hepta da Liga.
 

A derrota continental da maneira como aconteceu atordoou os jogadores do Milan. A equipe passou mais uma temporada em branco, foi eliminada nas semifinais da Liga dos Campeões de 2005-2006 para o Barcelona de Ronaldinho com uma derrota por 1 a 0 em pleno San Siro e ainda sofreu pesadas consequências com o escândalo de manipulação de resultados que assolou o futebol italiano em 2006. Mesmo com tudo isso e a saída de Shevchenko, em 2006, o time renasceu mais uma vez e voltou ao topo da Europa – e do mundo – na temporada 2006-2007 com grandes façanhas e um futebol tão brilhante como o apresentado pelo time de 2002 até 2005 (leia mais clicando aqui!).

Ainda hoje a torcida rossonera tem dúvidas sobre qual time foi melhor: o que venceu tudo menos o Mundial Interclubes ou o que venceu a Europa e o mundo, menos os títulos nacionais. Para encerrar a discussão, os fanáticos preferem pensar naquele Milan como um todo, de 2002 até 2007, período repleto de glórias, goleadas inesquecíveis, surras pra cima da rival Inter e diversos gritos de “é campeão” ecoados pelas bandas do San Siro. O fato é que ambos os times foram representativos e distintos, com o Milan de 2002-2005 tendo o peso de ter devolvido o clube à grande mídia, catapultado o surgimento de dezenas de milhares de novos torcedores pelo mundo (principalmente jovens e garotos que só escolhiam o Milan no Winning Eleven) e vencido os títulos que venceu com uma legião de craques. Um esquadrão imortal.

 

Os personagens:

Dida: frio como gelo, Dida foi o paredão do Milan por muitos anos e o grande herói na conquista da Liga dos Campeões de 2003, quando defendeu três pênaltis. No auge da forma, o goleiro foi titular absoluto e sempre teve a confiança do técnico Ancelotti. Disputou 302 jogos pelo clube e foi eleito o goleiro do ano na Série A em 2004. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Abbiati: era o titular do time até se contundir e perder a vaga para Dida. Regular, nunca foi uma estrela, mas sempre mostrou fidelidade ao clube e cumpriu com as obrigações quando exigido.

Costacurta: participou de várias eras de ouro do time de Milão e conquistou invejáveis 5 Ligas dos Campeões, além de vários outros títulos no período que jogou no clube – de 1986 até 2007. Já não tinha o vigor físico de antes naqueles anos de 2002 até 2005, mas jogou em várias partidas como zagueiro ou mesmo lateral-direito. Tinha muita garra, ótima inteligência tática e muita força na marcação.

Cafu: com o fôlego de menino que sempre teve, o lateral brasileiro já era um craque consagrado quando chegou ao clube de Milão e apresentou um ótimo futebol nos anos que atuou como titular. Disputou 166 jogos pelo clube. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Roque Júnior: foi uma das peças de reposição do técnico Ancelotti e atuava como titular quando Maldini ou Nesta não podiam jogar ou quando eram poupados. Firme na marcação e no jogo aéreo, foi bem e não comprometeu.

Simic: o croata jogou de 2002 até 2008 no Milan e foi um dos jogadores mais versáteis do elenco, podendo atuar como zagueiro, lateral ou até líbero. Foi presença constante, também, na Seleção Croata, pela qual disputou 100 jogos e marcou três gols.

Nesta: sem contusões graves, Alessandro Nesta pôde, enfim, mostrar toda a sua qualidade na zaga do Milan com ótimas atuações e até alguns gols. Ao lado de Maldini, fez uma dupla dos sonhos para o torcedor e esbanjou segurança, senso de colocação e enorme visão de jogo, um exemplo vivo do defensor moderno. Disputou 326 jogos pelo Milan na carreira e marcou 10 gols, entre 2002 e 2012. Leia mais sobre ele clicando aqui!

Stam: o zagueirão de mais de 1,90m ficou pouco tempo no Milan e forçou o técnico Ancelotti a deslocar Maldini para a lateral-esquerda só para acomodar o holandês no miolo de zaga ao lado de Nesta. A mudança surtiu resultado e o time quase venceu a Liga dos Campeões de 2004-2005, mas foi vítima do “sobrenatural de Istambul”. Stam jogou de 2004 até 2006 em Milão.

Laursen: zagueiro dinamarquês muito eficiente no jogo aéreo e no toque de bola, Martin Laursen foi titular em várias partidas do Milan na temporada 2001-2002, mas perdeu espaço na equipe com a chegada de Nesta. Mesmo assim, foi bem nas vezes que atuou.

Maldini: eterno capitão e símbolo do Milan, Maldini dispensa grandes apresentações. Portanto, não há necessidade de dizer muito sobre ele neste trecho. Leia mais sobre essa lenda clicando aqui.

Kaladze: o jogador da Geórgia foi um dos principais jogadores do elenco milanista entre 2001 e 2010 e atuou em várias posições, com destaque para a zaga e na lateral-esquerda. Forte na marcação e nos passes, foi titular em várias ocasiões. Disputou mais de duas centenas de jogos pelo clube.

Serginho: lateral-esquerdo habilidoso e muito eficiente, foi outro que teve enorme destaque no Milan por muitos anos (jogou no clube de 1999 até 2008). Com um fôlego impressionante, tinha presença constante no ataque e atuava muitas vezes como um falso ponta-esquerda. Dava várias assistências para os companheiros e foi muito querido pela torcida, principalmente em 2001, quando marcou um gol e deu três assistências no histórico 6 a 0 sobre a Internazionale, em 11 de maio.

Pancaro: lateral-esquerdo, jogou no Milan de 2003 até 2005, mas não teve a regularidade que apresentou na Lazio do final dos anos 90. Deixou o clube já em 2005 para jogar na Fiorentina.

Gattuso: um leão no meio de campo, Gattuso era eficiente quando preciso e “bruto” quando os adversários tinham a bola. Símbolo da raça da equipe, o italiano colecionou títulos no Milan e foi ídolo no período que atuou no clube – entre 1999 e 2012.

Brocchi: o meio-campista foi outra importante peça de reposição para o técnico Ancelotti entre 2001 e 2008. Não foi titular absoluto, mas fez boas partidas e cumpriu seu papel.

Pirlo: quando Rui Costa era o meia, Pirlo pensava nas ações um pouco mais atrás e articulava muitas das jogadas que resultariam em gols. Após a saída do português, foi ele quem assumiu o papel de maestro do time e se consolidou como um dos mais inteligentes meias do futebol mundial. Especialista em bolas paradas e em lançamentos, Pirlo se fez conhecido no Milan e venceu os principais títulos possíveis que disputou. Uma lenda. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Redondo: um dos mais completos volantes da história do futebol mundial, o argentino chegou ao Milan já consagrado, mas não conseguiu exibir o futebol dos tempos de Real Madrid por causa de graves contusões que o forçaram a encerrar a carreira. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Seedorf: outro craque que dispensa comentários. Inteligente, com físico privilegiado, incansável, habilidoso… Enfim, Seedorf foi um gigante no meio de campo do Milan por longos anos e colecionou títulos assim como já havia colecionado no Ajax e no Real Madrid. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Rui Costa: o português foi o camisa 10 do Milan entre 2001 e 2006 e o principal maestro do time nos anos de títulos nacionais e da Liga de 2003. Com ótima visão de jogo, passes sensacionais e dribles desconcertantes, ele tinha prazer em deixar um companheiro na cara do gol. Disputou 192 jogos pelo clube e marcou 11 gols. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Ambrosini: muito identificado com o Milan, Ambrosini jogou por mais de uma década em Milão e foi um dos principais jogadores do meio de campo rossonero. Habilidoso, forte no desarme e nas jogadas aéreas, disputou mais de 300 partidas pelo clube.

Rivaldo: o craque brasileiro teve alguns momentos de brilho com a camisa rossonera, mas não foi o infernal meia que encantou plateias pelo Palmeiras e pelo Barcelona. Mesmo assim, arrancou aplausos dos milanistas. Leia mais sobre ele clicando aqui.

Tomasson: o dinamarquês foi o primeiro atacante na lista de suplentes de Ancelotti e fez gols importantes naquela era. Rápido e oportunista, conseguiu algum destaque nas vezes que jogou como titular ou quando entrou no decorrer das partidas. Pelo Milan, disputou mais de 110 jogos e marcou pouco mais de 30 gols.

Inzaghi: outro xodó da torcida, Inzaghi foi o par perfeito para Shevchenko naqueles anos de ouro. O atacante marcou dezenas de gols, mostrou excelente oportunismo e infernizou as zagas rivais com sua mania de jogar no limite da linha de impedimento. Essencial para o time naqueles anos 2000. Disputou 300 jogos e marcou 126 gols pelo clube.

Kaká: muitos acharam que o jovem iria demorar para se adaptar à Itália, mas bastou uma temporada para que Kaká virasse titular absoluto e o xodó da torcida. Com gols, arrancadas fulminantes e preciosas assistências, o meia se tornou um dos maiores jogadores do clube na história principalmente pelo seu desempenho na temporada 2006-2007. Viveu o auge da carreira com as cores rossoneras. Santa sorte do Milan! Leia mais sobre ele clicando aqui.

Crespo: jogou apenas a temporada 2004-2005 pelo clube por empréstimo e conseguiu cravar seu espaço com gols decisivos e o sempre clássico senso de posicionamento. Disputou 40 jogos e marcou 18 gols, dois na final da Liga dos Campeões daquela época.

Shevchenko: outro que dispensa comentários neste trecho. Sheva foi um mito rossonero, o maior terror da Internazionale e um dos maiores artilheiros de toda a história do clube. No Milan de 2002-2005, era Shevchenko e mais 10 (com todo respeito a Maldini…). Leia mais sobre ele clicando aqui.

Carlo Ancelotti (Técnico): após alguns trabalhos sem grande destaque na Reggiana, no Parma e na Juventus, Ancelotti chegou ao Milan com a vantagem de ter sido um brilhante jogador na era mais fantástica do clube, mas também com a responsabilidade de devolver o time rossonero ao topo da Europa. E ele fez tudo isso e muito mais. Ancelotti criou uma equipe forte em todos os setores do campo, teve, talvez, o mais consistente meio de campo do planeta e venceu praticamente tudo o que disputou (campeonato e copa nacional, supercopa nacional e continental, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes). De 2001 até 2009, o Milan de Ancelotti bateu de frente com todas as equipes do mundo e fez história, assim como o próprio treinador. Ídolo incontestável.

MALDINI 9

 

 

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Comentários encerrados

17 Comentários

  1. se stamm tivesse vindo antes não teria perdido o jogo contra o la coruna a defesa era mt lento Kaká jogou mt na final de 2005 sofreu a falta que originou o primeiro gol teve participação no segundo e deu uma linda assistência pra crespo sem falar na assistência que ele deu no gol do sheva que foi mt mal anulado era pra ter sido 4 a 0 no primeiro tempo a falta que Kaká faz jogando infelizmente as lesões acabaram com sua condição física só ver o RObben com 32 anos e uma velocidade incrível e o Kaká perdeu a arrancada com 29 anos

  2. O Milan tinha um super time mesmo! embora eu torcer para a Inter na Itália, dava gosto de ver o time milanista jogar, craques como (Dida, Cafú, Maldini,Nesta ,Pirlo, Seedorf, Kaka, Schevchenko e Inzaghi.

  3. Faz o esquadrão imortal da Inter de Milão no período em que o Mourinho a treinou. Ou então naquele jogo lendário contra o barcelona em que o Mourinho trancou o time e teve jogador expulso e tudo mais.

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