in

Copa do Mundo de 2030 em seis países: a Insanidade da FIFA

Foto: Divulgação / FIFA.

 

Por Guilherme Diniz

 

Imaginávamos a Copa do Mundo de 2030 como um evento único. A Copa dos 100 anos, a celebração do maior espetáculo futebolístico da Terra. Imaginávamos como sede o Uruguai, talvez em conjunto com a Argentina, sua vizinha, justamente os países que decidiram a primeira Copa lá em 1930. Seria espetacular! Mas, neste dia 04 de outubro de 2023, recebemos a notícia de que a Copa do Mundo de 2030, a do centenário, a tão esperada, será realizada no Uruguai, na Argentina, no Paraguai (!), na Espanha (!!), em Portugal (!!!) e no Marrocos (!!!!). Parece aula de geografia, parece piada, pegadinha, mas não é. SEIS PAÍSES. As partidas de abertura serão na América do Sul e os outros jogos na Europa e na África. Se a próxima Copa, de 2026, já será preocupante com seus três países-sedes e 48 seleções, a de 2030 soa como um filme de terror. 

Claro que os dirigentes tratam o evento como algo “inovador”, “único”, como disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino:

 

“Num mundo dividido, a Fifa e o futebol estão a unir-se. O Conselho da Fifa concordou por unanimidade em comemorar o centenário da Copa do Mundo, cuja primeira edição foi disputada no Uruguai em 1930, da forma mais adequada. Como resultado, uma celebração acontecerá na América do Sul e três países sul-americanos – Uruguai, Argentina e Paraguai – organizarão uma partida cada na Copa do Mundo 2030. A primeira dessas três partidas será, obviamente, disputada no estádio onde tudo começou, no mítico Estádio Centenário de Montevidéu, justamente para comemorar a edição centenária da Copa do Mundo”.

 

Aham… “Quanta poesia”… Imagine a logística de um evento com seis países-sedes? As viagens dos jogadores? O ajuste no já insano calendário? E a duração dessa Copa? Três meses? Dois meses? Um mês e meio? A Copa do Mundo passou por necessários ajustes ao longo das décadas. Chegou ao seu melhor nível com os 32 países e um país-sede. Estava consolidada. Amada. Agora, ninguém consegue imaginar o futuro do torneio mais querido do amante do futebol. Torcemos para que essa ideia maluca e insana seja revista. Torcemos para que as confederações pressionem a FIFA para que seja reduzida a quantidade de países-sedes. E torcemos para que não destruam esse patrimônio da história que é a Copa do Mundo. Imagine o que Jules Rimet pensaria disso? Não queremos nem pensar… E, infelizmente, hoje, o que falta a esses dirigentes e pessoas no poder é pensar. 🙁

Comentários encerrados

Um Comentário

  1. FIFA está doidinha para fazer uma Copa na Arábia Saudita e quer fazer isso o quanto antes. E esse quanto antes pode ser já logo em 2034, pois em 2014 foi na América do Sul, 2018 foi na Europa, 2022 foi na Ásia, 2026 vai ser na América do Norte inteira e em 2030 será, numa lapada só, na África, Europa e América do Sul.

    Seguindo o rodízio de continentes, em 2034 sobrou Ásia e Oceania.

Craque Imortal – Cubillas

Craque Imortal – Roberto Carlos