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Técnico Imortal – Vittorio Pozzo

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Nascimento: 02 de Março de 1886, em Turim, Itália. Faleceu em 21 de Dezembro de 1968 em Turim, Itália.

Times que treinou: Torino-ITA (1912-1922), Seleção Italiana (1912, 1924 e 1929-1948) e Milan-ITA (1924-1926).

Principais títulos: 2 Copas do Mundo (1934 e 1938), 1 Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de Berlim (1936) e 2 Copas Internacionais da Europa Central (1927-1930 e 1933-1935) pela Itália.

Principal título individual: Eleito para o Hall da Fama do Futebol Italiano (in memoriam): 2011

Eleito para a Seleção dos Sonhos da Itália do Imortais: 2020

 

 

“Il Vecchio Maestro”

Por Guilherme Diniz

Ele podia ser autoritário, mas ao mesmo tempo amigo e capaz de unir seu elenco rumo à vitória. Era também muito inteligente e capaz de surpreender os adversários utilizando táticas específicas e surpreendentes. Mas, acima de tudo, foi o maior vencedor da história da seleção italiana e dono de uma façanha única e até hoje inigualável: vencer duas Copas do Mundo de maneira consecutiva e um Ouro Olímpico. Vittorio Pozzo, um italiano icônico e eterno, transformou para sempre o futebol de seu país em vencedor, talentoso e temido por todos os adversários do planeta bola. Pozzo foi o técnico que por mais tempo ficou no comando da Squadra Azzurra (19 anos), teve um dos melhores aproveitamentos (superior a 65%) e ajudou a fundar o Torino Football Club, um dos mais tradicionais clubes da Itália. Mas nem tudo foi alegria em sua vida dedicada ao esporte. Pozzo perdeu parte de sua aura por compactuar com o regime fascista de Benito Mussolini e viu o estádio Delle Alpi, em Turim, receber outro nome (e não o seu) por causa disso. Em 1949, teve a ingrata tarefa de identificar os corpos dos jogadores que morreram no desastre de Superga, que matou todos os artistas de um dos maiores esquadrões de todos os tempos, o Grande Torino. Mesmo com esses capítulos tristes, Pozzo foi o responsável pela construção da mística italiana no futebol, por tornar grande uma seleção antes pequena e por impulsionar uma leva de amantes do Calcio. É hora de relembrar a carreira desse grande mestre da bola.

 

Cosmopolita

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O jovem Pozzo tinha em seu sangue desde cedo uma vontade de conhecer diversos países e ser um verdadeiro cosmopolita. Não quis saber de ser médico ou advogado (vontade de seus pais) e começou a se dedicar ao esporte. Praticou atletismo, estudou línguas na Suíça, passou também por França e Inglaterra e nesta se tornou um anglófilo ferrenho. Arriscou uma breve carreira de jogador de futebol no Grasshopper, da Suíça, mas não se deu bem. O negócio de Pozzo era mesmo ver e analisar o jogo que ainda era amador na Itália e em praticamente todos os países.

O Torino em 1906.
O Torino em 1906.

 

Em 1906, Pozzo estava de volta ao seu país e participou de um momento histórico: a fundação do Football Club Torino (hoje Torino Football Club), ao lado de Alfredo Dick e Hans Schoenbrod, criando um dos maiores rivais da Juventus no Calcio em uma história parecida com a que originou o Flamengo, no Brasil, pois o Torino era composto por dissidentes da Juve, como o ocorrido na equipe brasileira, que tinha dissidentes de outro clube, o Fluminense. Pozzo foi jogador do Torino entre 1906 e 1911, assumindo a partir de 1912 a função de técnico do clube. Nesse mesmo ano, o italiano foi convidado pela Federação de futebol do país para assumir o comando da equipe nacional que se preparava para a disputa dos Jogos Olímpicos de Estocolmo.

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Vittorio Pozzo aceitou de imediato e até se recusou a receber pela função, num exemplo de seu amor à pátria – mesmo com seu lado anglófilo. No entanto, a estreia do técnico não foi boa: derrota por 3 a 2 para a Finlândia, em um jogo apitado por ninguém mais ninguém menos que o lendário Hugo Meisl, uma das maiores autoridades futebolísticas da Europa no século XX e mentor do Wunderteam da Áustria. Vittorio Pozzo ainda comandou a seleção na vitória por 1 a 0 sobre a Suécia e na derrota por 5 a 1 para a Áustria de… Hugo Meisl. Depois de um desempenho tão ruim, Pozzo só voltaria ao comando da equipe em 1924.

 

Os estudos e o Metodo

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Entre 1912 e 1922, Pozzo treinou o Torino, mas não obteve sucesso nem títulos. Na I Guerra Mundial, foi tenente das tropas de montanha do exército italiano e fez da experiência militar um artifício de muita valia para sua carreira como técnico. Ele ia implantar em seus times a disciplina, a força de vontade e a entrega em campo. Depois de mais uma experiência fracassada no comando da Itália nas Olimpíadas de 1924, Pozzo teve um rápido momento de tristeza e passou a se dedicar mais ao emprego de jornalista no jornal “La Stampa”, de Turim, e atividades na multinacional Pirelli. Tempo depois, o italiano viu surgir uma leva de bons treinadores no continente e o nascimento de táticas revolucionárias para a época, como a pirâmide (2-3-5) e o WM (3-2-2-3) de Herbert Chapman.

E foi no esquema do treinador inglês do Arsenal, além da escola de Hugo Meisl, que Pozzo se inspirou para criar o seu próprio estilo de jogo: o Metodo, que tinha como foco a força do meio de campo e características de contra-ataques rápidos, que, segundo ele, eram perfeitas para o estilo de jogo dos italianos. O sistema era um 2-3-2-3 que privilegiava a defesa sem abrir mão da força ofensiva. Não é de se estranhar que até hoje o futebol no país tenha essa base. Em 1929, Pozzo recebeu de Leandro Arpinati, presidente da Federação Italiana na época, a terceira chance de comandar a Squadra Azzurra. Era a hora perfeita para pôr em prática tudo o que ele havia pensado e vivido nas décadas anteriores, ainda mais por não ter de seguir as ordens de um comitê técnico.

 

Construindo uma Squadra

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Vittorio Pozzo comandou a Itália novamente em 1º de dezembro de 1929 num amistoso contra Portugal e venceu por 6 a 1. O treinador rapidamente inovou no comando técnico com muita organização, disciplina e, posteriormente, a convocação dos chamados oriundi ao elenco principal. Esses oriundi eram jogadores estrangeiros, principalmente argentinos, que poderiam se naturalizar e jogar pela seleção. Muitos foram contra, mas Pozzo se defendeu ao dizer que “se eles podem morrer pela Itália, também podem jogar por ela”. O primeiro desafio do treinador foi a Copa Internacional, disputada por seleções da Europa Central. A Itália conseguiu o título com cinco vitórias, dois empates e apenas duas derrotas.

Na competição seguinte, a equipe não foi campeã, mas colecionou vitórias marcantes como um 2 a 1 pra cima da Áustria de Hugo Meisl, em fevereiro de 1931, com gols de Meazza e Orsi (este um dos já oriundi do elenco). Pozzo começava a preparar sua equipe para a Copa do Mundo de 1934, que seria disputada na Itália. Era a grande oportunidade de fazer história com um título mundial. E o treinador sabia que um resultado que não fosse o título poderia lhe trazer sérias consequências, principalmente pelo fato de o país ser comandado à época pelo fascista Benito Mussolini.

 

Vencer ou vencer

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Na Copa do Mundo de 1934, o ditador Benito Mussolini queria fazer do torneio uma vitrine mundial para promover de todas as maneiras possíveis seu “governo” e as qualidades do país. Para isso, Mussolini ordenou que a seleção dona da casa conquistasse o torneio com um singelo recado aos jogadores:

“Vencer ou arcar com as consequências”.

Depois do “delicado” recado, a Itália partiu em busca do título. A equipe passou pela Grécia nas eliminatórias e estreou na Copa de 1934 contra a fraca seleção dos Estados Unidos, goleando por 7 a 1 com três gols de Schiavio, dois de Orsi, um de Ferrari e um de Meazza. Em seguida, duelo acirrado contra a Espanha e empate em 1 a 1, com direito a atuação magistral do mítico goleiro espanhol Zamora, que pegou tudo e mais um pouco. No dia seguinte, uma nova partida foi marcada e a Itália venceu por 1 a 0, gol de Meazza logo no início do jogo. Nas semifinais, o duelo mais esperado, contra a Áustria. Debaixo de muita chuva e num campo pesadíssimo, os austríacos, mais técnicos e velozes, foram presas fáceis para a força dos jogadores italianos, que venceram por 1 a 0, gol de Guaita. Como esperado por Mussolini (e por Pozzo), a Azzurra estava na final.

A Itália da Copa de 1934: Meazza era o maestro no ataque e Monti o "cão de guarda" do meio de campo.
A Itália da Copa de 1934: Meazza era o maestro no ataque e Monti o “cão de guarda” do meio de campo. Note o “Metodo” de Pozzo no 2-3-2-3.

 

Mundo azul

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Na grande final da Copa, a Itália enfrentou a Tchecoslováquia no Estádio do Partido Nacional Fascista, em Roma. O jogo foi muito disputado e a Tchecoslováquia assustou os italianos ao abrir o placar, aos 71´, com Puc. Dez minutos depois, Orsi empatou. Ao término dos 90 minutos, o jogo foi para a prorrogação. Nela, Schiavio virou o placar e deu o inédito título mundial para a Itália. Vittorio Pozzo conquistava seu primeiro grande título e mostrava o poder do futebol italiano, mesmo ofuscado pela propaganda política que o técnico nem apoiava, nem era contra. No entanto, ele e seus jogadores fizeram as saudações fascistas antes de cada partida da Itália diante de Mussolini naquela Copa, ato que iria trazer a Pozzo consequências ideológicas décadas mais tarde.

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Grandes jogos e Ouro olímpico

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Depois da conquista do título, a Itália de Pozzo seguiu forte no futebol mundial e europeu. Em novembro de 1934, a equipe disputou um amistoso contra a Inglaterra, sempre prepotente e “dona do melhor futebol do mundo”. Como os italianos eram os campeões mundiais, a imprensa inglesa tratou a partida como a “verdadeira final da Copa do Mundo”. O jogo foi disputado em Highbury, na Inglaterra, e os ingleses abriram 3 a 0 só no primeiro tempo. No entanto, o genial Meazza marcou dois gols na segunda etapa e só não conseguiu levar a Itália à vitória por causa da violência que tomou conta do jogo, o que fez a partida ganhar o apelido de “A Batalha de Highbury”. Mesmo com a derrota, os torcedores italianos celebraram a bravura de seus campeões e lhes deram o apelido de “Leões de Highbury”.

Após a acirrada partida contra os ingleses, Pozzo conduziu sua equipe a mais um título da Copa Internacional, em 1935, com uma nova e importante vitória sobre a rival Áustria por 2 a 0 em Viena, com dois gols de Silvio Piola. Em 1936, Pozzo comandou o selecionado que disputou as Olimpíadas de Berlim. Era a chance de apagar de vez o passado negro em competições olímpicas. E o mestre apagou. Com um time muito bom e talentoso, Pozzo levou os garotos ao ouro derrotando, adivinhe só, a Áustria na final por 2 a 1. A conquista revelou a Pozzo novos jogadores que seriam úteis para o time principal como Foni, Rava e Locatelli, que partiram para a equipe da Itália na Copa do Mundo de 1938, na França.

 

Saideira antes da Guerra

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Mal sabiam os amantes do futebol que a Copa de 1938, na França, seria a última antes da II Guerra Mundial. A Europa “cheirava à pólvora”, literalmente, por conta da grande tensão que o continente vivia. Mesmo assim, a competição foi realizada e a Itália, reforçada pelo talento de Silvio Piola no ataque, estreou com vitória sobre a Noruega por 2 a 1, com gols de Ferraris e Piola. Em seguida, vitória sobre a França, dona da casa, por 3 a 1, com dois gols do mágico Piola e um de Colaussi. Na semifinal, o adversário seria o Brasil, que contava com Leônidas da Silva e Domingos da Guia. Porém, Leônidas não jogou e fez muita falta. A Itália venceu por 2 a 1, com um gol de Meazza e outro de Colaussi, e carimbou a vaga para a grande final.

Silvio Piola e Vittorio Pozzo: as estrelas da Itália no bicampeonato mundial.
Silvio Piola e Vittorio Pozzo: as estrelas da Itália no bicampeonato mundial.

 

O bicampeonato

Vittorio Pozzo, seus pupilos, e a taça Jules Rimet: único técnico bicampeão mundial. Foto: AFP / Colorização da foto: Daniel Farjoun.

 

A Itália encarou na final a forte seleção da Hungria. Os italianos abriram o placar com Colaussi aos 6´. Dois minutos depois, Titkos empatou. Piola, sempre ele, deixou a Azzurra em vantagem aos 19´. Colaussi ampliou aos 35´. No segundo tempo, Sarosi diminuiu para os húngaros, mas Piola fez mais um, garantiu o resultado de 4 a 2 e o bicampeonato mundial para a Itália. Era a consagração de Meazza e companhia como os melhores jogadores do planeta. Meazza foi novamente o garçom do time, atuando mais pelo meio, e servindo Piola e Colaussi de maneira perfeita, juntamente com outro grande meia-atacante, Ferrari. Em quatro jogos, a Itália marcou 11 gols, uma média de 2,8 gols por jogo. Além da Azzurra como um todo, outro que fazia história com o bicampeonato era o técnico Vittorio Pozzo, que se tornava o primeiro (e até hoje único) treinador a conquistar dois mundiais – e consecutivos. A Itália estava, de vez, na história do futebol.

A Itália da Copa de 1938: Piola dava mais mobilidade para o ataque e novos jogadores deixaram o que era bom ainda melhor.
A Itália da Copa de 1938: Piola dava mais mobilidade para o ataque e novos jogadores deixaram o que era bom ainda melhor.

 

Guerra e o fim do ciclo

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Após o Mundial, a Itália de Pozzo viu sua supremacia no futebol ser interrompida por conta da II Guerra Mundial, que impediu a realização das Copas de 1942 e 1946. Isso prejudicou demais o selecionado europeu, que poderia ter conquistado mais uma ou até duas Copas, pois uma nova geração de craques surgiu na década de 40 vestindo o grená do Torino, clube que o próprio Pozzo ajudou a fundar. Para se ter uma ideia, em um amistoso que a Azzurra disputou em 1947 contra a Hungria, com vitória italiana por 3 a 2, 10 dos 11 titulares eram do Torino. Em 1948, o passado de Pozzo com o regime fascista e as constantes brigas com a federação levaram-no a pedir demissão do cargo de treinador da seleção após uma derrota por 5 a 3 para a Dinamarca em outra Olimpíada, a de Londres, no mesmo estádio de Highbury onde o treinador comandou sua Azzurra na batalha contra os ingleses em 1934. Terminava ali o ciclo de 19 anos, 97 partidas, 65 vitórias, 17 empates e apenas 15 derrotas, aproveitamento superior a 65%.

 

Espectador de dramas

Vittorio Pozzo no funeral do Grande Torino: uma ferida que nenhuma Copa conseguiu cicatrizar.
Vittorio Pozzo no funeral do Grande Torino: uma ferida que nenhuma taça de Copa do Mundo conseguiu cicatrizar.

 

Após se aposentar da carreira de treinador, em 1948, Pozzo participou como figura direta e indireta de dois dramas coletivos. O primeiro foi em 1949, quando sentiu dor, incredulidade e emoção ao ter de reconhecer os corpos dos jogadores e dirigentes vítimas do acidente aéreo de Superga, que matou todos os craques do Torino, base da seleção italiana favoritíssima para a Copa de 1950 e com vários discípulos de Pozzo. Aquele foi um dos mais trágicos momentos da vida do ex-treinador, que via diante de seus olhos o fim de uma era de ouro do clube que ele ajudou a fundar e que jamais voltaria.

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Em 1950, Vittorio Pozzo foi ao Brasil como jornalista cobrir a Copa do Mundo. No Maracanã, ele viu outro momento dramático, mas como espectador: a derrota da seleção brasileira para o Uruguai, quando 200 mil pessoas choraram no Maracanazo. Depois do episódio, o ex-treinador começou a aparecer menos e ficar solitário por conta de suas convicções políticas de direita e as constantes citações sobre seu passado no fascismo.

 

O adeus do mestre

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Em 1968, mesmo ano em que a Itália conquistou seu primeiro título desde a era Pozzo (a Eurocopa), o ex-técnico faleceu em Turim, aos 82 anos. O Velho Mestre não teve o prazer de ver sua querida seleção conquistar novamente uma Copa, o que só ocorreria em 1982 e em 2006. No final dos anos 80, Pozzo poderia ter seu nome cravado ainda mais na história quando a cidade de Turim construía um estádio especialmente para a Copa do Mundo de 1990, na Itália, e especulavam que o novo templo do futebol do país poderia ser batizado com o nome de Vittorio Pozzo.

No entanto, a proposta foi recusada outra vez pela compactação do treinador com o regime fascista nos anos 30, e o estádio foi chamado de Delle Alpi. Esse episódio, porém, não impediu o treinador de ficar marcado para sempre como um dos mais brilhantes e vencedores técnicos do futebol mundial, mentor da mística da camisa azul da Itália e de toda uma filosofia de jogo. Ninguém jamais conseguiu igualar ou superar os feitos do “Velho Mestre”. Se equiparar a Vittorio Pozzo é mesmo bem difícil. Culpa do próprio mestre, que ousou em ser um imortal. E conseguiu.

 

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