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Manchester City x Manchester United: Dérbi de Manchester

Por Guilherme Diniz

A rixa: ambos dividem a paixão dos torcedores da cidade de Manchester, com os azuis na parte sul e leste e os vermelhos nos lados norte e oeste. Com uma distância de apenas 6,4 km entre seus estádios, são inimigos que nunca se suportaram ao longo das décadas e, na virada do milênio, viram a rivalidade antes tida como local ganhar o mundo graças à ascensão do City e seus títulos em profusão. Se antes o United se gabava por ter quase todos os torneios possíveis e glórias inalcançáveis para os Citizens, os azuis conseguiram impor um desconforto que jamais os Red Devils poderiam imaginar. Com isso, o dérbi deixou de ser apenas de Manchester e ganhou os holofotes do mundo do futebol.

Quando começou: no dia 12 de novembro de 1881, na vitória do então Newton Heath (United) sobre o St. Mark’s (City) por 3 a 0.

Maior artilheiro: Wayne Rooney (Manchester United): 11 gols

Quem mais venceu: Manchester United – 79 vitórias (até agosto / 2024). O Manchester City venceu 61. Foram 54 empates.

Maiores goleadas: Manchester United 1×6 Manchester City, 23 de janeiro de 1926

Manchester United 1×6 Manchester City, 23 de outubro de 2011

Manchester United 0x5 Manchester City, 12 de fevereiro de 1955

Manchester United 5×0 Manchester City, 10 de novembro de 1994

Manchester United 5×1 Manchester City, 03 de outubro de 1891

Por mais que o United tenha construído uma história repleta de conquistas e grandes feitos, nunca o time de Old Trafford conseguiu construir uma imensa vantagem sobre o rival como acontece em outros duelos regionais. Mesmo em seus tempos áureos, a equipe vermelha teve problemas quando enfrentou o City, que precisou esperar mais de um século para alcançar parte dos feitos do rival e passar a figurar no primeiro escalão de clubes da Inglaterra. Dos primeiros jogos tranquilos lá no século XIX até os duelos cheios de rixa no século XX e em todo este novato século XXI, Citizens e Red Devils construíram um jogo de equilíbrio, surpresas e goleadas. É hora de conhecer mais sobre esse clássico.

Dupla de destaque

O Manchester United foi fundado em 1878 ainda sob o nome de Newton Heath e, dois anos depois, viu nascer o St. Mark’s, formado por membros da igreja homônima da cidade com o intuito humanitário de acabar com o alcoolismo e violência na região de East Manchester ao promover atividades esportivas, entre elas o futebol. A primeira partida entre a dupla aconteceu em 1881, na casa do St.Mark’s, e terminou com vitória do Newton Heath por 3 a 0. Naquela época, ainda não havia qualquer rixa entre os dois, mas ambos demonstraram que queriam ser os maiores da cidade quando passaram a se revezar nas conquistas da Copa de Manchester, que ficou com o Newton nos anos de 1886, 1888, 1889, 1890, 1893 e 1902, enquanto o agora chamado Ardwick, por ter se mudado para a região de mesmo nome e para o campo de Hyde Road em 1887, venceu os torneios de 1891, 1892, 1901, 1903 e 1904. 

Nesse período, os clubes conseguiram suas promoções aos torneios de acesso do futebol inglês e o primeiro encontro na Second Division ocorreu em 1894-1895, com vitória do Newton por 5 a 2 sobre o rival, em Hyde Road, casa do Ardwick. Foi em 1891 que aconteceu o primeiro grande jogo entre a dupla, válido pela primeira fase de classificação da Copa da Inglaterra. O Newton venceu o Ardwick por 5 a 1 e seguiu adiante na competição até cair diante do Blackpool. Nos anos 1900, a dupla mudou de nome e virou em definitivo Manchester United e Manchester City, que passaram a duelar na primeira divisão inglesa a partir de 1906, após jogos restritos à segunda divisão. O primeiro jogo na First Division terminou com vitória do City por 3 a 0, em casa, enquanto o duelo do returno terminou empatado em 1 a 1 em Bank Street (antiga casa do United). 

Em 1905, um escândalo de corrução no futebol inglês abalou o Manchester City, quando Billy Meredith ofereceu dinheiro a um rival do Aston Villa para que a equipe azul e grená perdesse o último jogo do campeonato para beneficiar os Citizens. Com isso, o técnico e o gerente do City foram banidos do futebol, além de 17 atletas do clube serem afastados do esporte por mais de um ano, entre eles Meredith, que acabou indo para o Manchester United após sua suspensão, juntamente com Jimmy Bannister, Herbert Burgess e Sandy Turnbull. 

Billy Meredith vestiu a camisa dos dois clubes de Manchester (Photo by Popperfoto/Getty Images)

Curiosamente, o quarteto foi fundamental para dar ao United seu primeiro título nacional, em 1908. Mesmo com essas mudanças de lado, isso foi muito comum nos clubes até meados dos anos 1940, que tinham até o apoio conjunto dos torcedores de Manchester, que apoiavam cada equipe em uma semana, como se ambos jogassem pela cidade e não por si. Porém, após a 2ª Guerra Mundial, a pacificidade iria acabar.

Enfim, rivais

Uma escalação do City em 1955-1956. Em pé: D. Ewing, Ken Barnes, Bert Trautmann, W. Leivers, Roy Paul e Roy Little. Sentados: Billy Spurdle, J. Hayes, R. Johnstone, J. Dyson e R. Clarke.

Entre os anos 1920 e 1940, o City permaneceu mais tempo na primeira divisão (17 temporadas) do que o United (11 temporadas), e foram campeões em 1937, com o United na seca total. E, em 1926, o City despachou o United na semifinal da Copa da Inglaterra com uma vitória por 3 a 0 – na final em Wembley, a equipe acabou perdendo para outro time de Manchester, o Bolton. Porém, nos anos 1950, o Manchester United viveu tempos de ouro com seu esquadrão conhecido como Busby Babes e emendou várias conquistas nacionais, além de quase chegar à final da Copa dos Campeões da Europa no período. 

Em pé: Duncan Edwards, Bill Foulkes, Mark Jones, Ray Wood, Eddie Colman e David Pegg; Sentados: John Berry, Billy Whelan, Roger Byrne, Tommy Taylor e Dennis Viollet.

Mas, em 1955, o City conseguiu derrotar o rival em uma das etapas da Copa da Inglaterra e eliminou o United com uma vitória por 2 a 0. Semanas depois, a equipe visitou o United pelo Campeonato Inglês e enfiou um 5 a 0 na equipe de Busby, na primeira grande goleada do City na casa do rival. Uma curiosidade é que a maior série invicta do City no clássico foi exatamente na década de 1950: 9 jogos, entre 19 de janeiro de 1952 e 03 de setembro de 1955. Em 1956, no entanto, a dupla fez a final da Supercopa da Inglaterra e o United deu o troco: vitória por 1 a 0, gol de Dennis Viollet, e primeiro título decidido por um Dérbi de Manchester na história. Outro fato em destaque é que o técnico do United na época, Matt Busby, foi jogador do City nos anos 1920 e 1930, vencendo pelos azuis a Copa da Inglaterra de 1934.

O fator Denis Law

Foto: Colorsport.

No final dos anos 1950, o Manchester United queria contratar um ótimo atacante que gastava a bola no Huddersfield: um tal de Denis Law. Porém, o clube de Busby não conseguiu o atacante, que acabaria se transferindo em 1960 para o Manchester City, onde marcou muitos gols, mas não teve perspectivas de títulos. Após uma breve ida ao Torino-ITA, ele retornou a Manchester para vestir a camisa do United, onde virou um dos maiores artilheiros da história do clube e ajudou a rebaixar o City na temporada 1962-1963, ao marcar o gol do empate em 1 a 1 na 33ª rodada que prejudicou demais os azuis, que foram para a degola no final do torneio.

Após anos de glórias, Matt Busby se aposentou do comando do United, as estrelas do time minguaram e Denis Law também começou a cair de produção. Após novas contusões e poucos gols, o escocês foi colocado à venda e acabou acertando seu retorno ao Manchester City, em 1973. Ele deixou o United após 11 anos, 237 gols e uma enorme idolatria. Sem ele, o United foi presa fácil para os rivais na temporada 1973-1974 e quis o destino que o último duelo dos Red Devils no campeonato fosse contra o City, em Old Trafford. E, para piorar, se o United perdesse, ele corria sério risco de ser rebaixado. 

Denis Law (segundo, à esquerda), no fatídico jogo em que marcou contra seu ex-clube. Foto: Getty Images.

Faltando nove minutos para o fim do jogo, Denis Law recebeu uma bola na grande área e, de calcanhar, marcou o gol. Ele simplesmente ficou atônito. Sabia que tinha decretado o rebaixamento de seu querido ex-clube. Law não comemorou. Foi andando até o meio de campo de cabeça baixa, envergonhado. Mas era o trabalho dele. Ele admitiu: 

“Eu raramente me senti tão deprimido como naquele fim de semana. Após passar 19 anos da minha vida dando tudo para marcar gols, eu finalmente marcava um que gostaria de não ter marcado”. 

Também pudera. Imagine ele, tão querido pela torcida a ponto de ser chamado de Rei, ter que enfrentar seu ex-clube justamente com a camisa de um rival local e ainda marcar um gol que doeu na alma e dilacerou o coração de todo torcedor do United? Foi talvez umas das poucas vezes na história do futebol (seria a primeira?) que um jogador foi consolado pelos colegas após marcar um gol.

Foto: Getty Images.

O City venceu por 1 a 0, mas foram os resultados já confirmados da rodada que rebaixaram o time de Old Trafford após 37 anos. Os torcedores começaram a invadir o gramado indignados com a queda consumada e o árbitro decidiu encerrar o duelo quatro minutos após o gol de Law – o escocês foi substituído logo após o gol – e seis minutos antes do fim do tempo regulamentar. Foi o último jogo de campeonato da carreira do craque. Justamente no palco onde ele mais vibrou e mais fez a alegria de torcedores. Ele anotou 12 gols em 29 jogos pelo City naquela temporada.

Rixas e domínio vermelho

Antes do fator Denis Law, City e United fizeram um dérbi quente em dezembro de 1970, quando os azuis bateram o rival em pleno Old Trafford por 4 a 1 e George Best, dos Red Devils, fez uma falta duríssima em Glyn Pardoe, que quase fez com que o jogador tivesse que amputar a perna. Ele ficou dois anos sem jogar e, quando retornou, jogou bem pouco até se aposentar, em 1976. 

Foi a partir dos anos 1970 e começo de anos 1980 que as torcidas de ambos os clubes começaram a nutrir mais rixas entre si diante dos acontecimentos nos últimos anos. Os azuis passaram a dizer que o United “não era um clube verdadeiro de Manchester por não jogar na região central da cidade” e ter sua torcida globalizada ou “torcedores de plástico”, que só vão ao estádio quando o time está bem, enquanto a do City é mais local e fiel. 

Sir Alex Ferguson e seus “brinquedinhos” de 1999.

Mas o clássico viveu uma discrepância enorme a partir do final dos anos 1980 e em toda a década de 1990, quando o Manchester United, sob o comando de Alex Ferguson, ficou impressionantes 13 anos e 16 jogos sem perder para o rival, sendo 8 vitórias seguidas entre 1993 e 2000. Foi nesse período que o United passou a dominar a era moderna do Campeonato Inglês e se transformou no maior campeão da Premier League, além de levantar títulos continentais e ser o primeiro clube inglês campeão do mundo, em 1999. Pesou demais a fase tenebrosa do City, que chegou a disputar a terceira divisão exatamente em 1998-1999.

Mesmo assim, o City jogava o máximo que conseguia contra o rival e, em 1996, quase eliminou o United da Copa da Inglaterra, vendendo caro uma derrota por 2 a 1. Só em 2002 que a seca de vitórias do City acabou, quando os azuis venceram o United por 3 a 1 no último dérbi disputado em Maine Road e a primeira vitória dos Citizens desde os 5 a 1 de 1989.

Keane x Haaland

Na temporada 1997-1998, um fato envolvendo dois jogadores dos clubes seria um retrato dos tempos de ira que estavam por vir no novo milênio. Em um clássico pela Premier League daquele ano, Roy Keane, do United, sofreu uma séria lesão nos ligamentos do joelho após tentar desarmar Alfie Haaland, pai de Erling Haaland. Keane se deu mal no lance e, enquanto se contorcia de dor, Haaland criticou o irlandês por tentar fingir lesão e escapar de um possível cartão. Keane ouviu os desaforos do rival e guardou consigo para o troco. 

Até que, quatro anos depois, em 2001, eis que Keane foi para uma dividida contra Haaland em outro dérbi e acertou em cheio o joelho do rival, que nem a bola tinha mais. Keane foi expulso direto, admitiu que a falta foi premeditada e acabou punido pela FA com cinco jogos de suspensão e multa de 150 mil libras. 

“Eu esperei o suficiente. Eu bati nele com força. A bola estava lá (eu acho). Pegue isso, seu #%$@. E nunca fique comigo zombando de ferimentos falsos”, disse Keane em sua autobiografia, em 2002. 

Alfie Haaland acabou se aposentando naquele ano de 2001 e muitos disseram que foi por causa da falta sofrida por Roy Keane. Mas na verdade o norueguês pendurou as chuteiras por conta de dores no outro joelho, o esquerdo, que já atrapalhavam bastante seu desempenho em campo.

A virada de jogo

No final dos anos 2000, o City mudou de vez sua história ao ser comprado em 2008 pelo Abu Dhabi United Group, que passou a investir no clube de maneira colossal e os azuis começaram a flertar com as glórias, embora o técnico Alex Ferguson dissesse na época que o City só era um vizinho barulhento. “Por vezes temos um vizinho barulhento e somos forçados a viver assim. Não podemos fazer nada quanto a isso e eles continuam a fazer barulho”. É, mas esse barulho começou a incomodar bastante os Red Devils, em especial na temporada 2008-2009, quando Tevez deixou o United para jogar no City, provocou o ex-clube e causou a ira de Ferguson, que foi com tudo para o primeiro dérbi da temporada, em Old Trafford, tido com um dos mais emocionantes da história. 

Rooney fez 1 a 0 logo aos 2′, mas Barry empatou. Fletcher fez 2 a 1 no começo do segundo tempo, Bellamy empatou de novo e Fletcher fez 3 a 2. Aos 90′, Bellamy empatou, mas Owen, aos 90’+6′, fez o gol da vitória por 4 a 3 que levou à loucura o estádio vermelho e fez até Ferguson dançar de alegria! A vitória foi também uma espécie de troco pela derrota na época anterior, quando o City venceu o United dentro de Old Trafford por 2 a 1 e quebrou um jejum de 34 anos sem vencer no campo rival, além de triunfar bem no jogo que marcou a homenagem dos 50 anos do Acidente Aéreo de Munique.

Owen faz a festa na virada épica do United.

Mas o troco dos azuis veio já na temporada 2010-2011, quando o City eliminou o United na semifinal da Copa da Inglaterra com uma vitória por 1 a 0 em Wembley, gol de Yaya Touré. O City venceu a competição naquele ano e acabou com um jejum de 35 anos sem grandes títulos. Outro jogo que valeu por um título para os azuis foi o massacre de 6 a 1 do City em pleno Old Trafford, em 23 de outubro de 2011, a maior goleada da história do clássico e mesmo placar que o City aplicou no rival lá em 1926. Os gols foram de Balotelli (2), Dzeko (2), Agüero e David Silva. 

Em 2011, Rooney, maior artilheiro do clássico, marcou um golaço de bicicleta na vitória do United por 2 a 1, pela Premier League. Foto: AFP

Em 2011-2012, a equipe azul viveu seu momento de reviravolta ao levantar o título da Premier League no dramático Manchester City 3×2 Queens Park Rangers, decidido no último minuto graças ao lendário gol de Agüero. Naquela insana última rodada, só a vitória dava o título ao City, que empatava o jogo até os acréscimos da segunda etapa quando conseguiu a vitória e tirou a taça das mãos do rival, o United, que esperava o apito final para celebrar o título, mas teve que engolir a seco o grito. A partir dali, o City entrou em um período de glórias e o United em queda vertiginosa, que começou após a aposentadoria de Alex Ferguson. 

Embora tenha vencido uma Liga Europa da UEFA em 2016-2017 com José Mourinho e a Copa da Inglaterra de 2016, desde 2013 que os Red Devils não levantam a Premier League. Por outro lado, o City acumula taças e mais taças, incluindo 7 Premier Leagues, uma Liga dos Campeões da UEFA, um Mundial de Clubes da FIFA, 6 Copas da Liga Inglesa, uma Supercopa da UEFA e 3 Copas da Inglaterra. Na temporada 2022-2023, o City conseguiu igualar uma façanha que apenas o rival tinha na Inglaterra: a Tríplice Coroa. Desde 1999 que os Red Devils se gabavam pelos troféus da UCL, da Premier League e da Copa da Inglaterra em uma só temporada. Pois o City foi buscar um a um. 

Nos dias seguintes à conquista da Premier League – que teve uma histórica vitória de 6 a 3 do City pra cima do United, com três gols de Erling Haaland (filho de Alfie, para o desespero de Roy Keane!) e três de Phil Foden -, os azuis entraram em campo no belo e lotado Wembley para a final da Copa da Inglaterra do dia 03 de junho de 2023. Mais do que a final, era o primeiro clássico de Manchester que valia taça na tradicionalíssima competição inglesa e a chance de aumentar ainda mais a frustração dos Red Devils, tão encostados no protagonismo da cidade e que tanto sofreram diante do City no final dos anos 2010 e boa parte do início dos anos 2020. 

Gündogan marcou gols decisivos na reta final da temporada – dois na final da FA Cup!

E, com apenas 12 segundos (!) de jogo, o City abriu o placar em um lindo chute de Gündogan de fora da área que desmoronou toda e qualquer tática que o United pretendia para aquela decisão. Bruno Fernandes até empatou em cobrança de pênalti, aos 33’, mas Gündogan fez mais um no começo do segundo tempo e o placar de 2 a 1 deu o título ao City. A festa do lado azul em Wembley foi gigantesca, ainda mais em campo, com os jogadores em êxtase por mais um troféu e um passo a mais em busca do Treble. Dias depois, veio a UCL em cima da Internazionale e a consolidação do Treble, o segundo para a cidade de Manchester, única em toda a Europa a ter dois clubes com um Treble em suas galerias e que simbolizou a grandeza que o clássico ganhou na virada do milênio. 

Imagem: Reach Sport Shop.
Na final da FA Cup de 2024, United conseguiu dar o troco no rival e levantou o troféu! Foto: Lapresse

Na temporada 2023-2024, a dupla mais uma vez decidiu a Copa da Inglaterra e o United conseguiu a revanche pra cima do rival: vitória por 2 a 1, mesmo placar da decisão de 2023, resultado que deu a 13ª FA Cup aos Red Devils. Embora fosse favorito após levantar sua 4ª Premier League consecutiva, o City pecou demais nas finalizações e nos erros defensivos, além de ver um rival com muita vontade de erguer uma taça que não vinha desde 2016. Um clássico à altura dos duelos cheios de emoções que vemos há mais de 100 anos.

Curiosidades:

  • O Manchester United possui vantagem em praticamente todos os torneios em disputa em relação ao City, que só tem mais troféus em uma competição: a Copa da Liga Inglesa, com 8 taças para os azuis e 6 para os vermelhos;
  • O Manchester United já teve 4 jogadores vencedores do Ballon d’Or: Denis Law (1964), Bobby Charlton (1966), George Best (1968) e Cristiano Ronaldo (2008). O City só chegou perto em 2023, quando Erling Haaland ficou em 2º lugar;
  • O United já teve 7 artilheiros do Campeonato Inglês, enquanto o City teve 5 artilheiros;
  • Entre março de 1968 e abril de 1972, o City venceu cinco jogos seguidos na casa do United, todos válidos pelo Campeonato Inglês. É um recorde do clube azul. Já o United venceu quatro jogos seguidos no antigo Maine Road entre novembro de 1993 e novembro de 2000, todos válidos pela Premier League. Esse hiato foi por causa dos rebaixamentos do City, que acabaram reduzindo o número de dérbis na década de 1990;
  • A transferência de Tevez para o City em 2009 foi como um divisor de águas na outrora amistosa troca de jogadores entre os clubes. Desde então, apenas Hargreaves deixou um time para jogar no outro: em 2011, quando saiu do United para atuar no City. Antes, 37 jogadores haviam jogado no United e no City sem grandes polêmicas;
  • O inglês Ernest Mangnall foi o único técnico a dirigir os dois rivais: ele treinou o United entre 1903 e 1912 e o City entre 1912 e 1924;
  • Ryan Giggs é o jogador que mais disputou o dérbi de Manchester na história: 37 jogos;
  • Apenas 8 jogadores anotaram tripletas em dérbis. Entre eles, destaque para Erling Haaland e Phil Foden, que conseguiram a marca em um só jogo: nos 6 a 3 do City sobre o United, com três gols de cada jogador. O jogo Manchester City 6×3 Manchester United de 2022 foi o clássico com maior número de gols da história do dérbi.

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