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Esquadrão Imortal – Corinthians 2011-2012

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Em pé: Leandro Castán, Chicão, Danilo, Alessandro, Ralf e Cássio. Agachados: Emerson Sheik, Paulinho, Alex, Fábio Santos e Jorge Henrique.

 

Grandes feitos: Campeão do Mundial de Clubes da FIFA (2012), Campeão Invicto da Copa Libertadores da América (2012) e Campeão Brasileiro (2011). Conquistou a taça mais almejada da centenária história do Sport Club Corinthians Paulista.

Time base: Cássio (Júlio César); Alessandro, Chicão, Leandro Castán (Paulo André) e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex (Paolo Guerrero); Emerson Sheik (Liédson) e Jorge Henrique (Willian). Técnico: Tite. Talismãs: Adriano e Romarinho.

“O Corinthians Libertador da América”

Por Guilherme Diniz

Foram décadas de gozação, infindáveis brincadeiras, charges, textos, correntes na internet e vídeos. O Corinthians sempre era motivo de chacota quando o assunto Copa Libertadores surgia. Era, pois a partir do apito final do juiz colombiano Wilmar Roldán na noite do dia 04 de julho de 2012, dia da Independência Americana, o Corinthians enterrava de maneira gloriosa, inquestionável e histórica as gozações e piadas sobre a falta do título continental. Com uma equipe dona de um dos melhores sistemas defensivos da história da competição, perfeita na marcação e com talismãs decisivos (não é mesmo, Romarinho e Sheik?), o Timão conquistou de maneira invicta sua primeira Libertadores. O título veio com muito, mas muito estilo, após superar adversários duríssimos como Vasco, Santos e o todo poderoso e temido Boca Juniors na final. Detalhe: todos os rivais derrotados eram campeões da América, o que deu ainda mais valor à conquista corintiana. O caneco colocou o time paulista no seleto grupo de campeões da América, que sempre figuram entre os favoritos no JET X Código Bônus, e confirmou a volta por cima de um time que viveu o limbo nos anos de 2007 e 2008, com o rebaixamento para a série B do Campeonato Brasileiro. E por falar em Brasileiro, foi vencendo a competição, em 2011, que o Corinthians pôde disputar a Libertadores. Lá, tudo começou. Ou foi na derrota para o Tolima? É hora de relembrar.

 

Imponderável FC

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Ronaldo (centro) não acredita: seu time estava eliminado na pré-Libertadores.

 

Depois de passar o ano do centenário em branco, com conquistas apenas fora de campo (marca mais lembrada, caixa “gordo” e início do sonho do estádio próprio), o Corinthians apostava muito na Libertadores de 2011. O time começaria a competição na fase preliminar, antes da fase de grupos, por conta da colocação obtida no Campeonato Brasileiro de 2010. O adversário seria o inexpressivo Tolima, da Colômbia. Ainda com as estrelas Ronaldo e Roberto Carlos, o time comandado por Tite foi com muita confiança e nem sequer imaginava uma derrota ou eliminação. Até chegarem os jogos…

Na primeira partida, no Pacaembu, um 0 a 0 horrível, obrigando o time a vencer ou empatar com gols na cidade de Ibagué (COL). Lá, o imponderável aconteceu. O time não se encontrou, levou dois gols, e perdeu por 2 a 0. De maneira vexatória, o Corinthians era eliminado da Libertadores antes mesmo de ela começar. Foi a deixa para uma enxurrada de críticas e a quase demissão do técnico Tite. Porém, a diretoria bancou o treinador, viu a saída de Ronaldo (se aposentou) e Roberto Carlos (foi para a Rússia) e tratou de recomeçar o trabalho. De reforços, destaque para Emerson, ex-Flu, e Adriano, que chegou como estrela, mas logo se mostrou uma tremenda cilada (contusões, excesso de peso e polêmicas).

 

Mais um drama

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Depois da queda na pré-Libertadores, o Corinthians teve apenas o Campeonato Paulista como objetivo no primeiro semestre. O time fez uma boa campanha, baseada na boa fase de Liédson e Willian, eliminou Oeste e Palmeiras no mata-mata e chegou à decisão, contra o Santos. No primeiro jogo, empate sem gols. Na finalíssima, na Vila Belmiro, Arouca e Neymar marcaram os gols do Santos (um deles com uma falha grotesca de Júlio César), que venceu o Timão por 2 a 1 e ficou com o título paulista. O time sofria o segundo baque em apenas cinco meses. O que restava? Apenas o Campeonato Brasileiro. Será que a equipe seria capaz de fazer uma boa campanha e conquistar ao menos uma vaga na Libertadores?

 

O início arrasador

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Abalado, mas de cabeça erguida, o Corinthians começou o Campeonato Brasileiro com tudo. A equipe estreou vencendo o Grêmio, em pleno Olímpico, por 2 a 1, e deu início a conquista do penta com o pé direito. Na sequência, vitória por 2 a 1 sobre o Coritiba, empate em 1 a 1 com o Flamengo e as incríveis sete vitórias consecutivas: 2 a 0 no Fluminense, goleada histórica de 5 a 0 sobre o São Paulo (com frangaço de Rogério Ceni), 1 a 0 no Bahia, 2 a 1 no Vasco, 1 a 0 no Atlético-GO, 1 a 0 no Internacional e 2 a 0 no Botafogo.

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Deu ruim pro goleirão…

 

Os resultados positivos, o melhor início de uma equipe na era dos pontos corridos, e a invencibilidade de 10 jogos colocava o time alvinegro como um dos fortes candidatos ao título. Mas a equipe começaria a alternar o bom momento com períodos de baixa produtividade, a começar pelas derrotas para Cruzeiro (1 a 0, em casa) e 3 a 2 para o Avaí, fora. O time ficou seis jogos sem vencer e viu a liderança começar a ser ameaçada pelos cariocas Flamengo e Vasco, e pelo São Paulo. Até que, na 17ª rodada, a equipe mostrou que estava com sorte de campeão.

 

Virada de campeão

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No jogo contra o Atlético-MG, em Minas, parecia que a equipe ia seguir no calvário. O Galo abriu 2 a 0 e parecia ter liquidado a fatura. Parecia. O Timão mostrou garra, virou para 3 a 2 e voltou a sorrir na competição. A vitória, porém, não embalou a equipe, que perdeu para o Figueirense, em casa, por 2 a 0, e para o Palmeiras por 2 a 1. Na sequência, vitória suada sobre o Grêmio por 3 a 2, derrota para o Coritiba por 1 a 0 e vitória sobre o Flamengo por 2 a 1 com gol salvador de Liedson.

 

Crise e a volta por cima

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Depois da vitória sobre o Flamengo, o Corinthians perdeu para o Fluminense, por 1 a 0, e para o Santos por 3 a 1. Ali, Tite viveria a maior crise na caminhada do penta. O treinador barrou o então capitão Chicão, colocou o culto Paulo André e conseguiu a confiança do elenco na base da conversa e da união. O time enfrentaria o São Paulo, no Morumbi, pela 25ª rodada. Uma derrota seria terrível para o Timão, que havia perdido a liderança para o Vasco. O tricolor queria a vingança da goleada do primeiro turno e foi com tudo, mas o Corinthians se armou defensivamente e não deixou o São Paulo criar, o que garantiu o 0 a 0 no placar. O resultado foi como uma vitória para os alvinegros, que seguiram unidos e fortes para o título.

 

Altos, baixos e a vitória épica

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Após o empate com o São Paulo, o Corinthians continuou alternando bons e maus momentos. Venceu o Bahia, em casa, por 1 a 0, empatou com o Vasco, no Rio, em 2 a 2, venceu o Atlético-GO por 3 a 0, perdeu do Botafogo, em casa, por 2 a 0 e venceu o Cruzeiro, em Minas, por 1 a 0. Faltavam apenas oito rodadas e o título parecia que ficaria mesmo com Corinthians ou Vasco, com o Fluminense correndo por fora. Nas rodadas seguintes, o Timão empatou em 1 a 1 com o Internacional, em Porto Alegre, em um gol de falta de Alex no finalzinho do jogo, mas perdeu a liderança para o Vasco. Felizmente, por apenas uma rodada. Na 32ª, vitória por 2 a 1 contra o Avaí. Na seguinte, derrota inesperada para o lanterna América-MG por 2 a 1 e novamente o susto de perder o topo da tabela. Mas aquele seria o último tropeço da equipe.

O time venceu o Atlético-PR por 2 a 1, bateu o Ceará por 1 a 0 e venceu o Atlético-MG por 2 a 1 em um dos jogos mais memoráveis da competição, quando conseguiu a vitória no final do jogo, em um gol salvador do mais desacreditado jogador do elenco: Adriano, que mandou uma bomba de perna esquerda que relembrou os tempos áureos do atacante. O Pacaembu fez a festa. Faltavam apenas dois jogos para o grito de “é campeão”.

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Adriano marcou um gol histórico contra o Galo!

 

Penta!

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O Corinthians quase gritou “é campeão” na penúltima rodada, após a vitória sobre o Figueirense por 1 a 0, em Florianópolis, mas o Vasco conseguiu a vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense (em um frango do goleiro Diego Cavalieri, digamos, suspeito…) e forçou a decisão para a rodada derradeira. O adversário seria o eterno rival Palmeiras, no dia 04 de dezembro de 2011, mesma data em que o ídolo corintiano Sócrates faleceu. O jogo teve muitas homenagens e o time entrou focado em garantir o título para o Doutor. Jogando pelo empate, o Corinthians mesclou garra, coração e determinação num só objetivo. O jogo foi pegado, com brigas e provocações, e sem gols. O 0 a 0 garantiu o pentacampeonato nacional ao time alvinegro e coroou o trabalho tático extremamente eficiente do técnico Tite, além da união do grupo e da superação das muitas adversidades na temporada. A Fiel estava feliz. E com certeza, lá de cima, o Doutor Sócrates também. O Corinthians poderia reconstruir o sonho de ser campeão da América.

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Hora da verdade

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Campeão nacional, com a base mantida e o foco total na Libertadores, o Corinthians começou o ano de 2012 com a competição continental como objetivo mais do que principal. O time estreou em fevereiro, fora de casa, contra o Deportivo Táchira (VEN). O time saiu atrás no placar, mas a sorte começou a sorrir quando o volante Ralf, nos acréscimos, marcou o gol salvador que deu o primeiro ponto para o Corinthians na competição. Na sequência, vitória por 2 a 0 em casa contra o Nacional, do Paraguai, com gols de Jorge Henrique e Danilo.

Para fechar o turno do grupo, o time encarou o Cruz Azul, no México. Mesmo fora de casa, os comandados de Tite não sentiram a pressão, partiram para cima, e o resultado de 0 a 0 ficou barato para os mexicanos. No returno, a vitória sobre o Cruz Azul, enfim, veio: 1 a 0, gol de Danilo. No quinto e decisivo jogo, o Corinthians visitou o Nacional (PAR) e garantiu a classificação com a vitória por 3 a 1 (gols de Jorge Henrique, Emerson e Élton). Para encerrar a campanha da primeira fase, uma goleada incontestável por 6 a 0 sobre o Táchira, com gols de Danilo, Paulinho, Jorge Henrique, Emerson, Douglas e Liedson, num claro exemplo da força do conjunto do Corinthians, onde qualquer jogador poderia fazer gol. O time não tinha estrelas, mas tinha um selecionado fortíssimo. Era hora dos mata-matas.

 

Goleiro “novo”

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O Corinthians teve uma grande novidade para o início das oitavas de final da Libertadores. Depois de o goleiro Júlio César falhar bisonhamente na derrota por 3 a 2 para a Ponte Preta, que custou a eliminação da equipe no Campeonato Paulista, o técnico Tite promoveu a entrada do grandalhão e desconhecido Cássio, revelado pelo Grêmio e que tinha passagens apagadas pelo futebol europeu (por ter poucas chances). O jogador fez sua estreia na competição em uma fogueira, contra os equatorianos do Emelec, no Equador. O time latino vinha embalado por conseguir uma classificação heroica ao eliminar duas potências do continente: Flamengo (BRA) e Olimpia (PAR). Diante de um adversário que jogava mais na base da empolgação do que na da qualidade técnica, o Corinthians resistiu, Cássio foi muito bem e o time brasileiro arrancou um ótimo 0 a 0. Na volta, no Pacaembu, vitória fácil por 3 a 0 (gols de Fábio Santos, Paulinho e Alex) e vaga nas quartas de final. O próximo adversário seria uma pedreira: o Vasco (BRA).

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Sorte de campeão!

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Vasco e Corinthians fizeram o primeiro duelo pelas quartas de final em São Januário, debaixo de muita chuva e de um lamaçal tremendo. O jogo foi sofrível e muito ruim, com o Corinthians garantindo o 0 a 0. Na volta, o Pacaembu estava lotado, a Fiel confiante e todos tinham a certeza de que o jogo seria muito disputado. E foi. As equipes tentavam a todo o custo o gol, mas esbarravam na falta de pontaria e nos goleiros. Até que, no segundo tempo, dois lances definiram a partida. No primeiro, o capitão Alessandro errou no meio de campo e a bola sobrou para Diego Souza. O jogador do Vasco avançou, sozinho, em direção ao gol. O Pacaembu emudeceu.

Se o time carioca fizesse, o Corinthians teria que fazer dois gols já no final da partida, o que seria pouco provável. Mas o time paulista mostrou novamente que a sorte estava ao seu lado. Diego Souza tremeu, chutou torto, a bola resvalou no dedo de Cássio e foi para fora. A torcida vibrou como se fosse um gol. Já a do Vasco não acreditava no que tinha acontecido. Aquele era o lance capital do jogo. O time carioca tinha que ter matado a partida. Mas não o fez. Aos 42´, escanteio para o Corinthians e Paulinho cabeceou para garantir o suado 1 a 0 que colocou o Corinthians, depois de 12 anos, em uma semifinal de Libertadores. Muita festa! Mas o time teria mais um desafio imenso: encarar o badalado Santos de Neymar, então campeão da América.

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Clássico do século

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Corinthians e Santos transformaram uma rivalidade que fora amena no século passado na mais acentuada do estado a partir dos anos 2000, principalmente depois da final do Campeonato Brasileiro de 2002, vencido pelo Santos de Diego e Robinho sobre o Timão. Os alvinegros, sempre se “pegando” em duelos decisivos e mata-matas de tirar o fôlego, faziam pela primeira vez na história uma semifinal de Libertadores. O Santos, então campeão e com Neymar, Ganso, Arouca, Adriano e Edu Dracena, era o favorito e vinha embalado após eliminar o temido Vélez Sarsfield, da Argentina, nos pênaltis. Já o Corinthians sabia que o jogo que iria decidir tudo era o primeiro, na Vila Belmiro. Um resultado positivo na casa do adversário deixaria tudo mais fácil.

Os comandados de Tite apostavam na força do conjunto, na melhor defesa da competição (que havia sofrido apenas dois gols) e nos talismãs Emerson e Danilo. O jogo na Vila teve de tudo: provocações, gritos de guerra, falta de energia e muita catimba. Mas quem deu as cartas foi o Corinthians. A equipe começou com tudo e marcou logo aos 28´, com Emerson, num golaço. A Fiel foi ao delírio e o Corinthians jogou como sempre: marcando muito, sem dar espaços, e anulando Neymar, que foi ofuscado pelos ótimos Ralf e Paulinho. A única derrota foi a perda de Emerson, expulso. Mas a vitória deixou o time do Parque São Jorge a um empate da tão sonhada final.

 

Neymar? Não conhecemos…

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No Pacaembu, a Fiel torcida fez sua parte com muitas luzes, mosaico e fogos. O time contou com ela durante o jogo inteiro. O Santos, precisando de um gol, atacou mais e teve o controle do primeiro tempo. A equipe praiana abriu o placar em um gol chorado de Neymar, aos 39´. O tento não abalou a torcida, muito menos o Corinthians, que se acalmou, colocou a bola no chão e saiu em busca do empate. No segundo tempo, como de costume, a equipe começou sufocando o Santos até fazer com Danilo, aos 2´, o gol de empate que garantiu o time na inédita final. Os torcedores choraram de emoção: o Corinthians, pela primeira vez, era finalista da Libertadores. Quem seria o adversário? Simplesmente o maior terror dos clubes brasileiros: o Boca Juniors. Sobre Neymar? Ficou “no bolso” de Ralf e Paulinho…

O Timão da Libertadores: mesmo sem um centroavante de ofício, a equipe criava oportunidades de gol não só com Emerson e Jorge Henrique, mas também com Paulinho, Danilo, Alessandro, Fábio Santos...
O Timão da Libertadores: mesmo sem um centroavante de ofício, a equipe criava oportunidades de gol não só com Emerson e Jorge Henrique, mas também com Paulinho, Danilo, Alessandro, Fábio Santos…

 

O reforço do predestinado

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Quis o destino que o Corinthians, justo em sua primeira final de Libertadores, enfrentasse o time mais mítico e temido da história recente da competição sul-americana: o Boca Juniors. Os argentinos chegavam a sua décima final e tentavam conquistar a sétima Copa e igualar o feito do rival Independiente. Os xeneizes apostavam no incrível retrospecto contra adversários brasileiros: dos seis títulos conquistados, quatro foram em cima dos vizinhos: Cruzeiro (1977), Palmeiras (2000), Santos (2003) e Grêmio (2007). Por conta da tradição, da camisa e de contar com o astro Riquelme, o Boca era o favorito.

Mas o Corinthians estava no seu ápice de maturidade, determinação e força tática e emocional. A equipe era dona do melhor sistema defensivo da competição, tinha um meio de campo aguerrido e pegador e um ataque que não marcava muitos gols, mas que crescia nos momentos decisivos. Tite apostava, no banco, em um jovem que dias antes da primeira partida da final, em La Bombonera, havia destroçado o rival Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro: Romarinho. O atacante marcou dois golaços que deram a vitória ao alvinegro por 2 a 1, de virada. Ele seria a arma secreta do Timão em caso de urgência.

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No caldeirão argentino, o Boca jogou na pulsação de sua apaixonada torcida, mas o Corinthians não sentiu a pressão e fez um bom primeiro tempo, levando alguns perigos ao goleiro Orion. Porém, na segunda etapa, o Boca sufocou o time brasileiro, que não conseguiu chegar ao ataque. Foram diversos chuveirinhos na área corintiana até que, aos 27´, um escanteio para o Boca resultou em gol: depois de uma cabeçada de Santiago Silva “defendida” com a mão por Chicão, o zagueiro Roncaglia fez o gol dos argentinos, explodindo a Bombonera: Boca 1 a 0. O Corinthians precisava responder logo e não deixar o Boca gostar do jogo, caso contrário, seria tarde demais e a equipe portenha poderia liquidar a final logo na primeira partida. Até que, aos 37´, Tite colocou em campo a arma secreta: Romarinho. O atacante era um desconhecido para os argentinos, que nem ligaram para o garoto.

Foi então que o improvável aconteceu: Paulinho roubou a bola de Riquelme, lançou Emerson, que fez uma finta sensacional pra cima do brucutu Schiavi e tocou para ele, Romarinho, ter a mesma frieza do mito Romário e tocar na saída do goleiro Orion. Golaço e 1 a 1 na Bombonera, aos 42´do segundo tempo! A pequena torcida corintiana no estádio ficou gigante. Um desconhecido, um garoto, virava o mais novo talismã e ídolo da Fiel com um gol histórico. Para muitos, o gol do título. Mas o Corinthians ainda sofreu nos minutos finais quando Viatri, aos 45´, cabeceou uma bola na trave e Cvitanich não conseguiu escorar a bola para o gol. Muita sorte de campeão! O Timão estava a uma vitória do sonho.

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O mais sonhado dos dias

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O dia 04 de julho de 2012 ia entrar para a história. O Corinthians, centenário, repleto de títulos estaduais e nacionais, poderia, enfim, celebrar seu primeiro torneio continental: a tal sonhada Copa Libertadores. O Pacaembu estava maravilhoso, lotado, com 40 mil vozes cantando, vibrando e com uma ansiedade tremenda pela conquista. O Corinthians jogava completo, com os titulares que a torcida sabia de cor: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Danilo, Alex, Emerson e Jorge Henrique. O talismã Romarinho estava no banco, pronto para qualquer perigo ou adversidade durante a partida. Felizmente, ele não foi necessário.

No primeiro tempo, equilíbrio, mas sem grandes chances de gol. O Boca, nos primeiros 20 minutos, pareceu jogar em casa e dominou a partida, obrigando o Corinthians a se defender como podia. Nos minutos seguintes, o Corinthians se impôs e contou com a ajudinha da contusão do goleiro Orion, que deu lugar ao uruguaio Sosa que, em 2011, levou dois gols do Santos e permitiu a festa brasileira no mesmo Pacaembu. Ótima coincidência. O jogo seguiu mais para o Corinthians, com o Boca pouco agressivo, e o placar do primeiro tempo ficou em 0 a 0. A Fiel sabia que o time estava bem e que o título era questão de tempo. O Boca assustava mais pela camisa do que pelo futebol, e Riquelme era anulado pelo meio de campo alvinegro.

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Sheik-mate! Corinthians Libertador

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Na segunda etapa, o Corinthians repetiu o filme da partida contra o Santos, nas semis, e partiu para o ataque desde o início. Até que, aos 8´, o Pacaembu explodiu de alegria depois das palavras “sábias” de Tite. Após uma falta para o Corinthians no campo de defesa do Boca, Riquelme, como sempre, questionou muito o juiz. O técnico Tite não perdeu tempo e falou para o argentino: “Fala muito, fala muito!”, repetindo o bordão clássico da temporada de 2011. Justamente após a frase de Tite, o Corinthians cobrou a falta na área argentina, a bola rebateu e sobrou para Danilo que, com um toque de calcanhar telepata, deixou Emerson Sheik na cara do gol para estufar as redes do goleiro Sosa: Corinthians 1 a 0. O delírio foi puro e geral no Pacaembu. O atacante marrento e polêmico do Timão mostrava mais uma vez que tinha estrela e anotava um gol importantíssimo. O Boca acusou o golpe e não conseguiu encontrar maneiras de agredir o Corinthians, que se inflou cada vez mais no ritmo de sua torcida. Foi então que o golpe final veio, aos 27´. O zagueiro brucutu Schiavi tocou errado no meio de campo, Emerson roubou, correu, correu, entrou na área e chutou na saída de Sosa: Corinthians 2 a 0.

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O título estava mais do que consolidado! Os receosos poderiam dizer “calma, ainda restam 20 minutos e do outro lado está o Boca”. Pois é, mas do outro estava o Corinthians, que jogava absolutamente muito naquele segundo tempo, não deixava o Boca nem sequer respirar, e fazia a equipe argentina mostrar seus defeitos como abundância de passes errados, dependência doentia em Riquelme, chutões sem rumo e falta de velocidade. O jogo estava ganho. Aos 40´, a torcida já gritava “é campeão”. Emerson já havia feito história e tirava sarro da zaga argentina, provocando os rivais assim como eles sempre provocaram o futebol brasileiro. Aos 48´, o juiz colombiano apitou o fim de jogo.

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O Corinthians, depois de décadas de espera, dramas, eliminações, lágrimas, conflitos, e gozações dos rivais locais, conquistava, de maneira inquestionável, invejável e INVICTO, a Copa Libertadores da América. Era o primeiro clube, desde 1978, a vencer a competição sem perder um único jogo, e o primeiro invicto em 14 jogos, e não em 4, 5 ou 7 como os campeões anteriores. O feito do Corinthians dificilmente será igualado ou superado. Foi uma enormidade! Quis o destino que a primeira Libertadores fosse assim, em cima de titãs, com gols chorados, lances épicos, zaga e meio de campo impecáveis e sobre o maior temor dos brasileiros: o Boca Juniors.

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A taça foi erguida pelo lateral Alessandro, um dos remanescentes do time da série B. Foi a coroação do ressurgimento do time alvinegro, que chegou ao fundo do poço em 2007, renasceu de maneira brilhante em 2008, passou por um ano mágico com Ronaldo, em 2009, um centenário amargo em campo e ótimo fora dele, em 2010, um início terrível e um final maravilhoso, em 2011, até chegar à pomposa cereja do bolo, em 2012.

 

Rumo ao Japão

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Depois da conquista da Libertadores, o Corinthians usou o Brasileiro como treino para o Mundial de Clubes. O time jogou várias partidas com reservas, outras com a equipe titular e o técnico Tite foi vendo qual a melhor formação para a disputa do torneio no Japão. O time ficou na sexta colocação, muito bem para quem não almejava nada no torneio, e foi para o outro lado do mundo confiante e certo de que poderia ser bicampeão mundial. A confiança foi tamanha que a Fiel torcida lotou o aeroporto de Guarulhos para dar todo o apoio ao time. E esse apoio seria ainda maior quando o time chegou à terra do sol nascente com dezenas de milhares de torcedores, na chamada “Invasão Corintiana”.

 

Parada dura nas semis

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No Mundial, o Corinthians estreou contra o multicampeão africano Al-Ahly, do Egito. A equipe fez um primeiro tempo muito eficiente e abriu o placar com o peruano Paolo Guerrero, de cabeça. Na segunda etapa, muito sufoco, equipe recuada e angústia para o apito final. O time venceu e foi para a decisão. No dia seguinte, o Chelsea venceu fácil o Monterrey por 3 a 1 e também se garantiu na final. Mas esse filme já era conhecido em 2005 e 2006: os europeus foram bem nas semifinais e, na final, perderam para os brasileiros. Será que seria assim em Yokohama?

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Na final, mais de 68 mil pessoas lotaram o estádio em Yokohama e transformaram as arquibancadas num verdadeiro Pacaembu. Nunca uma torcida havia feito tanto barulho e demonstrado tanta supremacia quanto naquela noite japonesa de 16 de dezembro de 2012. O cenário estava desenhado para uma vitória corintiana. O time alvinegro jogou na base da confiança, inteligência, sorte e eficiência. No primeiro tempo, muita disputa e jogo pegado, com várias chances de gol. As melhores foram do Chelsea, mas Cássio voltou a ser o monstro da Libertadores e pegou tudo, operando verdadeiros milagres. O segundo tempo tinha tudo para ser mais emocionante. E foi. O Corinthians seguiu com seu jogo preciso e cirúrgico, sem dar chances ao rival, e o Chelsea esbarrando na garra dos brasileiros. Foi então que o Corinthians iniciou um bombardeio que resultou no gol do título. A bola sobrou para Paulinho na entrada da área, ele esperou, deixou com Danilo, que chutou prensado. A bola subiu e encontrou a cabeça de Guerrero, de novo ele, que mandou para o fundo das redes azuis, sem goleiro, mas com três jogadores do Chelsea que nada puderam fazer: 1 a 0.

Os campeões do mundo. Em pé: Alessandro, Paulo André, Paolo Guerrero, Chicão, Ralf e Cássio. Agachados: Jorge Henrique, Emerson Sheik, Paulinho, Fábio Santos e Danilo.

 

Parecia que o Timão havia feito um gol no Pacaembu, no gol do gol do tobogã. Festa alvinegra! A partir daí, o Chelsea pressionou, teve até um gol anulado por impedimento de Torres (que não jogou nada…), mas parou em Cássio, o melhor da final e do Mundial. Ao apito do árbitro, a festa estava completa: o Corinthians era bicampeão mundial de futebol. Doze anos depois, o time voltava ao topo do mundo, dessa vez de maneira incontestável: como campeão da América invicto e jogando muito futebol pra cima do Chelsea, como bem disse Guerrero ao final do jogo:

“Nós jogamos pra cara*&¨%!”

Sim, Guerrero. Vocês jogaram muito, deram espetáculo e chegaram ao Olimpo do futebol pela segunda vez com autoridade, eficiência e, claro, sorte de campeão.

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No Mundial, o Corinthians ganhou um centroavante e ainda mais poder de marcação. Resultado: nenhum gol sofrido e título na bagagem.
No Mundial, o Corinthians ganhou um centroavante e ainda mais poder de marcação. Resultado: nenhum gol sofrido e título na bagagem.

 

Time emoldurado para sempre

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Os comandados de Tite, e o próprio técnico, já estão para sempre na história do Corinthians. Os feitos conquistados no dia 04 de julho de 2012 e em 16 de dezembro de 2012 nunca, mas nunca serão esquecidos pelos corintianos (e pelos rivais…). Levantar a América como eles levantaram foi épico. A equipe se mostrou fortíssima, não deixou os adversários jogarem, foi aguerrida, raçuda, valente e aliou um ataque econômico, mas eficiente e decisivo, com um meio de campo formidável e uma zaga sólida que dificilmente comete erros. No Mundial, o time jogou para o gasto na semifinal para dar o show quando mais precisava, na final, com o futebol que todos já conheciam: econômico nos gols, mas essencial para as vitórias. E para as taças. O torcedor alvinegro sabe que seu time não precisa provar nem conquistar mais nada: a taça mais importante e imponente que faltava já está no Parque São Jorge: a Copa Libertadores. E a taça que coroa e ratifica para a eternidade esse feito também: do Mundial de Clubes da FIFA. Um Corinthians mais do que imortal.

Os personagens:

Cássio: quem diria que a solução para o gol do Corinthians sempre esteve dentro do próprio time, no banco de reservas. Cássio virou um monstro, pegou tudo, e virou o guardião do gol do Timão na reta final da Libertadores. Já está no rol dos imortais do clube, também, graças à atuação brilhante e perfeita na decisão do Mundial, contra o Chelsea, quando evitou praticamente três gols certos dos ingleses. Renegado na Europa, o goleiro provou com muita eficiência, tranquilidade e segurança que é um senhor goleiro.

Júlio César: esqueça o Júlio César de 2012 e lembre-se dele sempre pela eficiência e habilidade no Campeonato Brasileiro de 2011, conquistado pelo Timão e que foi o trampolim para a conquista da América. O goleiro foi o titular na campanha do penta e foi parte essencial no título. Uma pena ter caído tanto de rendimento em 2012.

Alessandro: um dos maiores símbolos do time e remanescente dos tempos de série B, Alessandro se mostrou um leão na lateral direita. Raçudo, muito bom na marcação e no apoio ao ataque, o lateral teve o privilégio de ser o homem a levantar pela primeira vez a tão sonhada taça da Copa Libertadores pelo Corinthians. É parte integrante da história alvinegra.

Chicão: era a voz do time e capitão até meados de 2011, quando caiu de rendimento e frequentou o banco de reservas. Depois das adversidades, mostrou força de vontade, voltou a jogar bem e fez uma dupla perfeita com Leandro Castán na Libertadores. Foi a pura garra pela equipe na Liberta.

Leandro Castán: com ele, não tinha brincadeira: a bola era tirada de qualquer maneira da área, seja de bicão, seja com estilo. Voou em campo pelo Corinthians na Libertadores e foi um dos responsáveis por garantir o título de “melhor zaga da América” ao time alvinegro.

Paulo André: o culto zagueiro do Timão foi um dos destaques na conquista do Brasileiro de 2011 e só não foi titular na Liberta e na reta final por conta de uma contusão. Voltou à equipe com a saída de Castán e manteve a regularidade do setor tão destacado, cumprindo seu papel no Mundial.

Fábio Santos: um dos bicampeões da Libertadores do elenco, Fábio Santos levantou sua primeira taça pelo São Paulo, em 2005, como reserva de Júnior. Em 2012, a conquista teve sabor especial, pois o jogador foi titular absoluto e mostrou seu potencial preterido no tricolor. Muito bom no apoio e sem cometer desníveis na proteção à zaga, garantiu a segurança ao sistema defensivo do Timão e até marcou gols.

Ralf: não é só a cara de mau de Ralf que assustava os adversários. O seu futebol também. O jogador foi um dos maiores volantes do futebol brasileiro nos anos 2010 e jogou muito na Libertadores e no Brasileiro de 2011. Forte, carrapato, eficiente e seguro, Ralf foi responsável por parar as estrelas das equipes adversárias na caminhada da América como Neymar e Riquelme. Um dos xodós da torcida, o volante foi peça chave na Libertadores. Um leão.

Paulinho: era um dos craques do time. Exímio volante, mas que sabia ajudar o ataque e chegar como elemento surpresa, marcando gols (não é mesmo, Vasco?), Paulinho consolidou seu status de gigante no Corinthians. Virou ídolo, jogou muito e cresceu ainda mais nos momentos em que o Corinthians mais precisou de seu futebol. Foi perfeito.

Danilo: sempre falavam a mesma coisa de Danilo: lento, cadenciava demais o jogo, apagado. Ok, mas por que será que ele se tornou bicampeão da América e do mundo sendo decisivo em ambas as conquistas? Porque era um ótimo meia. Campeão em 2005 pelo São Paulo, Danilo foi referência no meio de campo do Corinthians na conquista do Brasileiro de 2011 e principalmente na Libertadores e no Mundial. Deu passes precisos, fez gols, e foi um dos pilares ofensivos do time.

Alex: de reserva de luxo em 2011 para titular absoluto em 2012, Alex pode não ter feito ótimas partidas na Libertadores, mas teve seu papel com passes, cobranças de falta e habilidade no meio de campo. Campeão da Libertadores pelo Internacional, em 2006, é outro bicampeão.

Emerson Sheik: era o “cara” das decisões. Pelo Fluminense, fez o gol do título do Campeonato Brasileiro, em 2010. Pelo Corinthians, marcou gols importantes no Brasileiro de 2011 e foi muito, mas muito importante na conquista inédita da Libertadores em 2012. Seu golaço contra o Santos, na semifinal, o passe para o gol de Romarinho, no primeiro jogo da final contra o Boca, e os dois gols que deram a América ao Corinthians, na segunda partida, reforçaram ainda mais o status de xodó da torcida. Marrento, habilidoso e matador, Emerson foi decisivo. E libertador. Para sempre no coração da torcida.

Liédson: foi peça-chave na conquista do Brasileiro de 2011, quando marcou muitos gols, mas sofreu com as contusões de 2012 até perder a vaga de titular. Mesmo assim, ainda anotou seus gols na Liberta e escreveu seu nome na história como campeão da América.

Jorge Henrique: habilidoso, Jorge Henrique viveu ótimos momentos em 2011, na conquista do Brasileiro, e alternou bons e maus momentos na Libertadores. Mesmo assim, não comprometeu e cumpriu seu papel. Tem crédito e é muito querido pela torcida, principalmente depois do show que deu contra o São Paulo, nos 5 a 0 de 2011.

Willian: jogou muito em 2011 na conquista do Brasileiro, mesmo sempre sendo substituído por Tite no segundo tempo. Em 2012, fez boas partidas, mas não foi tão eficiente como no Brasileiro.

Adriano: o Imperador trouxe mais problemas que alegrias aos corintianos, em 2011. Mas ele ganhou lugar nesse time imortal como talismã por apenas um único feito: o gol que deu a vitória por 2 a 1 contra o Atlético-MG, na reta final do Brasileiro de 2011. Apenas aquele gol é a recordação que a Fiel tem de Adriano, um gol que colocou o time definitivamente no caminho do título nacional.

Romarinho: o garoto entrou para a história ao marcar o golaço que deixou o Timão vivo na final da Copa Libertadores de 2012: o de empate no 1 a 1 contra o Boca Juniors, na Bombonera abarrotada. Aquele gol fez o garoto virar xodó da torcida, além dos anotados contra o rival Palmeiras.

Paolo Guerrero: matador, Guerrero começou a dar liga exatamente quando o Corinthians mais precisava dele: na reta final do Brasileiro e no Mundial de Clubes. Marcou os dois gols do time no Japão: na semifinal, contra o Al-Ahly, e na grande final, contra o Chelsea.

Tite (Técnico): criticado, chamado de retranqueiro, conhecido pelos “titenismos”… Podem falar o que for, mas Tite já é um dos maiores treinadores da história do Corinthians e o responsável por dar ao clube a primeira e sonhada Copa Libertadores. Mostrou ser perito em táticas e em como formar uma equipe fortíssima em campo, com um sistema defensivo formidável, um grupo fechado, focado e cheio de garra. O título de Campeão Brasileiro em 2011 foi a primeira redenção do treinador, que viveu o pesadelo chamado Tolima naquele mesmo ano. Já a conquista da Libertadores e do Mundial colocou Tite definitivamente no rol dos grandes treinadores do país. Brilhante, cerebral e um dos maiores responsáveis pelo sucesso do time. Como ele mesmo diz: “Puro merecimento”. E foi mesmo.

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Comentários encerrados

15 Comentários

  1. Pô fantástico trabalho cara! Como Corinthiano me emociono muito ao relembrar essa equipe que me marcou tanto, tinha só 8/9 anos nessa época.
    O que acha de atualizar com as conquistas de 2013? Recopa e Paulista completaram a lista de troféus que esse time ganhou (só faltou uma copa do Brasil)
    Abraços

  2. Imortais, talvez esteja na hora de atualizar esse texto com o fim desse esquadrão lá em 2013, com Paulistão e Recopa. Grandes anos que, pelo visto, não voltarão tão cedo.

  3. Muito bom, não sei pra qual time você torce, mas você é um verdadeiro apaixonado por futebol, se prepara que esse Corinthians de hoje vai entrar pra historia também

  4. Que enorme prazer ver esse time imortalizado aqui. Foi, sem dúvidas, um dos maiores esquadrões da história do SCCP. Não pela forma de jogar, até porque não jogava bonito, mas pela entrega, a raça e a dedicação, predicados que a Fiel mais adora ver em campo. Bons tempos, os rivais sofreram muito nas mãos desse time.

    Parabéns pelo brilhante trabalho. Ótimo site.

  5. Meu sinceros parabéns pelo ótimo trabalho, que muito agrada a quem deseja (assim como eu) conhecer esta rica história que é o futebol. Já li diversos artigos aqui e, realmente, só posso lhes agradecer.

  6. Quando o Corinthians foi rebaixado em 2007, temi muito pelo futuro do Clube, com medo de entrar no ostracismo. Felizmente, a Série B foi o divisor de água para o Corinthians, que soube juntar os cacos, se levantou na Série B, soube explorar o Marketing e hoje colhe os frutos de uma administração competente. A tragetória na Libertadores desse ano é de me emocionar e achei justo o Alessandro levantar o troféu, pois ele está no clube desde o momento de reconstrução.

    Hoje sou muito otimista com o futuro do Coringão e tenho certeza que a fiel torcida ainda terá muitas alegrias.

    Que venha o Mundial.

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