Por Guilherme Diniz
Donos de torcidas fanáticas, Atlético-MG e Flamengo fazem um dos clássicos mais ferrenhos do futebol brasileiro há décadas. O duelo entre mineiros e cariocas é conhecido como “Superclássico do Brasil” e mobiliza milhões desde 1980, ano em que começou em definitivo a rivalidade entre a dupla por conta da final do Campeonato Brasileiro daquele ano, vencida pelo rubro-negro por 3 a 2 em jogo recheado de polêmicas sobre a arbitragem. Para apimentar ainda mais a recente rivalidade na época, outro jogo marcado por uma arbitragem bem contestável aconteceu na Libertadores de 1981, quando cinco (!) jogadores do Galo foram expulsos e, com isso, culminou com o encerramento da partida e classificação do Mengo para a etapa seguinte da competição – o time carioca seria campeão.
Dali em diante, todo jogo sempre teve muita rivalidade, nervos à flor da pele e momentos marcantes para o amante do futebol, afinal, esse clássico sempre teve craques, gols e jogos inesquecíveis. Em 130 jogos na história, o Flamengo leva vantagem no retrospecto: são 55 vitórias rubro-negras, 42 vitórias alvinegras e 33 empates. É hora de relembrar os principais jogos desse superclássico!
Sumário
Atlético-MG 2×3 Flamengo – Amistoso em 1929
O primeiro jogo entre a dupla aconteceu no final da década de 1920, no recém-inaugurado Estádio Presidente Antônio Carlos, casa do Galo na época (o clube jogou lá até 1968). Mesmo fora de casa, o Mengão venceu com três gols de Fragoso, enquanto Mário e Said anotaram para o Galo.
Flamengo 5×1 Atlético-MG – Amistoso em 1979
Essa foi a maior goleada da história do rubro-negro no clássico, disputado no Maracanã. Já com boa parte dos craques que fariam história no clube na década de 1980, o Flamengo não tomou conhecimento do rival e marcou seus gols com Zico (três), Luisinho e Cláudio Adão, enquanto Marcelo descontou para o Galo. Uma curiosidade é que neste jogo o Rei Pelé vestiu a camisa do Flamengo e jogou alguns minutos pelo rubro-negro.
Flamengo 3×2 Atlético-MG – Campeonato Brasileiro de 1980, Final
Ah, que esquadrão tinha aquele Flamengo. Raul, Júnior, Andrade, Carpegiani, Adílio, Zico, Tita, Nunes… Quanto craque! A bola passava de pé em pé, não havia retranca, o futebol era bem jogado. Quanta beleza! Ah, como era bom aquele Atlético. João Leite, Luisinho, Toninho Cerezo, Palhinha, Reinaldo, Éder… Só fera! Os alvinegros esbanjavam categoria, também jogavam puramente no ataque e tinham uma velocidade impressionante. Aqueles dois times mereciam ser campeões do Brasileirão de 1980. Como mereciam. Mas apenas um poderia vencer a decisão daquele ano. Quanta injustiça. Ver um daqueles times com o vice-campeonato seria um sacrilégio, um crime contra o futebol espetáculo. O palco foi o melhor possível: o Maracanã, transformado em Coliseu por mais de 154 mil pessoas que esperavam o embate entre gladiadores e feras.
Mas o árbitro escolhido fez questão de manchar um jogo histórico, elétrico e tido por muitos como o mais espetacular entre os que decidiram um Campeonato Brasileiro em todos os tempos. José de Assis Aragão virou vilão no dia 1º de junho de 1980 ao dilacerar as feras do Atlético-MG com três expulsões, uma delas sem qualquer razão: a de Reinaldo, o homem que humilhou o Flamengo e sua massa com dois gols mesmo com uma perna praticamente inutilizável. Não fosse a atuação desastrosa do árbitro (?), o resultado daquele duelo poderia ser outro. Mas não foi. A taça ficou em ótimas mãos, afinal, o Flamengo também era um time magnífico e jogava um futebol virtuoso. Era o nascimento do esquadrão que seria campeão da América, do mundo e mais duas vezes do Brasil nos anos seguintes. Mas o Galo quase impediu tudo isso. Leia mais clicando aqui!
Atlético-MG 0x0 Flamengo – Copa Libertadores de 1981, Jogo desempate, primeira fase
Esse foi o jogo que moldou para sempre a rivalidade do clássico e até hoje rende discussões acaloradas entre atleticanos e flamenguistas. A dupla esteve no mesmo grupo da Copa Libertadores e, ao término das seis rodadas, ambos somaram os mesmos 8 pontos e empataram os dois jogos entre si em 2 a 2, tanto no Maracanã quanto no Mineirão. Embora o Flamengo tivesse mais gols marcados (14 a 8) e maior saldo de gols (5 a 2), tais números não eram critério de desempate para a Conmebol, que marcou uma partida desempate para ver quem iria se classificar para a etapa seguinte – era apenas uma vaga pro grupo. Com isso, o jogo foi em campo neutro, o Serra Dourada, em Goiânia, tomado por mais de 70 mil pessoas.
Todos acreditavam em um jogaço, talvez ainda melhor do que o duelo de 1980, mas a partida foi um verdadeiro vexame e durou apenas 37 minutos por causa da arbitragem de José Roberto Wright. O placar estava 0 a 0 aos 33’. Cerezo, Palhinha, Éder e Vaguinho já estavam amarelados por Wright, enquanto Mozer, do Flamengo, também tinha cartão. Foi nesse momento que Reinaldo acertou Zico por trás, em falta considerada normal para a época e que poderia render um cartão amarelo. No entanto, ela significou cartão vermelho direto para Wright. Até Luciano do Valle, narrador da TV Globo na época na transmissão, ficou surpreso com a expulsão abrupta do atacante.
Palhinha, camisa 10 atleticano, deu um bico na bola, revoltado, e iniciou a ira dos atleticanos. Wright, com braços e gestos, tentava se impor perante os jogadores alvinegros. Ainda na transmissão pela TV, o convidado a comentar a partida, o técnico da seleção na época, Telê Santana, disse: “Lamentável, eu achei que o José Roberto estava mais nervoso que os jogadores, quando ele deveria ser o homem de maior tranquilidade em campo. Vamos ver faltas desse tipo na defesa do Atlético, na defesa do Flamengo. Vamos ver se ele usa o mesmo critério”.
Nas arquibancadas, a torcida protestava e xingava Wright. Minutos depois, Éder esbarrou em Wright e se estranhou com o árbitro, que expulsou o ponta atleticano. Desolado, ele foi ao chão, com as mãos na cabeça. Vaguinho pediu para o técnico do Galo, Carlos Alberto Silva, retirar o time. Diretores do Atlético invadiram o Serra Dourada, enfurecidos. O exótico gramado do Serra Dourada, todo pintado, virou palco de tumulto. Do lado flamenguista, apenas indiferença. Chicão falou poucas e boas para Wright durante a confusão e levou vermelho. Palhinha, depois, também levou vermelho. Com a PM em campo para evitar novas invasões, parecia que não teria mais jogo. Ainda mais com o Atlético com quatro jogadores a menos.
Àquela altura, os jogadores do Atlético estavam fora do campo e se negavam a entrar novamente. Só depois que eles voltaram para o reinicio da partida, com seis na linha e o goleiro. Mas eles já sabiam o que fazer. Após recuo para o goleiro João Leite, o camisa 1 do Galo deu um chutão para lateral e desabou, alegando contusão. Wright pediu para o Flamengo seguir com o jogo enquanto os alvinegros solicitaram a entrada da maca para Leite, mas ninguém atendeu aos atleticanos. Em seguida, Wright deu cartão vermelho para Osmar Guarnelli, que tinha a bola em mãos enquanto João Leite estava caído. Com apenas seis atletas, o jogo foi encerrado e a vitória ficou para o Flamengo por WO, conforme o regulamento.
Dias depois, a diretoria do Atlético tentou recurso para anular a partida, mas não conseguiu, mesmo com a comissão de arbitragem convicta, após analisar o reprise do jogo, de que Wright cometeu “irregularidades”. O Galo deu adeus à Liberta e o Flamengo seguiu rumo ao título. Tudo aquilo forjou em definitivo a rivalidade entre atleticanos e flamenguistas, embora o personagem daquele dia tenha sido mesmo o árbitro.
Flamengo 1×1 Atlético-MG / Atlético-MG 1×0 Flamengo – Campeonato Brasileiro de 1986, Oitavas de final
Demorou, mas o Galo conseguiu uma revanche contra o rival em Brasileiros. Pelas oitavas de final da competição de 1986, o alvinegro conseguiu a vaga nas quartas de final após segurar um empate em 1 a 1, no Maracanã, e vencer o rubro-negro por 1 a 0 na volta, em MG, com gol de Nelinho cobrando pênalti, que levou ao delírio as 107 mil pessoas no Mineirão. O Galo foi até a semifinal, mas acabou eliminado pelo vice-campeão Guarani.
Flamengo 1×0 Atlético-MG / Atlético-MG 2×3 Flamengo – Campeonato Brasileiro de 1987, Semifinal
Invicto e com campanhas incontestáveis tanto na primeira fase quanto na segunda fase, o Atlético-MG do técnico Telê Santana era o grande favorito ao título nacional do conturbado Brasileiro de 1987 – chamado de Copa União naquele ano. O Galo foi líder de sua chave na primeira fase com seis vitórias e dois empates em oito jogos, e também líder na etapa seguinte com quatro vitórias e três empates em sete jogos. Tal campanha deu ao Galo a vantagem de jogar por dois empates nas semifinais. Só que o rival do time foi o Flamengo, que cresceu na competição após um início bem irregular e tinha uma constelação de craques como Leandro, Edinho, Andrade, Leonardo, Zinho, Zico, Renato Gaúcho e Bebeto.
No primeiro jogo, no Maracanã, o Fla venceu por 1 a 0, gol de Bebeto. Na volta, em Minas, o Fla abriu 2 a 0 com gols de Zico e Zinho, mas o Atlético empatou no segundo tempo, com Chiquinho e Sérgio Araújo. Só que Renato Gaúcho marcou um belo gol e fechou a vitória rubro-negra por 3 a 2, que colocou o Mengão na final e provocou mais uma decepção do alvinegro em competições nacionais naquela década de 1980.
Atlético-MG 3×0 Flamengo – Campeonato Brasileiro de 1999, Primeira fase
No ano em que foi vice-campeão nacional (perdeu para o Corinthians a decisão), o Galo sapecou o rival no Mineirão com um show memorável do artilheiro Guilherme. Diante de mais de 70 mil pessoas, o Atlético abriu o placar logo aos 15’. Aos 19’, o centroavante fez mais um e, aos 3’ da segunda etapa, fechou a conta. O resultado deixou o Galo mais perto da classificação para a fase final, enquanto o Flamengo, mesmo com Romário, amargou uma péssima campanha e terminou na 12ª colocação.
Atlético-MG 6×1 Flamengo – Campeonato Brasileiro de 2004, 41ª rodada
Essa foi para lavar a alma de qualquer atleticano. Um dia antes do aniversário de fundação do rubro-negro, o Galo deu um “presente” daqueles para o rival: a maior goleada da história do Superclássico do Brasil. Jogando no Ipatingão, o Galo lutava para não cair naquele ano, assim como o Flamengo, e precisava da vitória para respirar naquele inchado Brasileirão de 46 rodadas (!). Logo aos 4′, Zé Antônio fez 1 a 0. Aos 13′, Márcio Mixirica fez 2 a 0. Renato, aos 3′ do segundo tempo, ampliou. Jean descontou para o Flamengo, mas Wagner, aos 13′, anotou 4 a 1. Alex Mineiro fez o quinto, aos 25′, e fechou o massacre, aos 35′. Uma tarde histórica para o Galo. E um vexame para esquecer do lado rubro-negro. Ao término do Brasileirão, ambos escaparam da Série B: o Atlético terminou na 19ª colocação, enquanto o Fla ficou na 17ª.
Flamengo 4×1 Atlético-MG / Atlético-MG 0x0 Flamengo – Copa do Brasil de 2006, Quartas de final
No ano em que disputava a Série B, o Galo fez um bom papel na Copa do Brasil e chegou até as quartas de final, após superar Atlético de Ibirama, Mineiros e Fortaleza. No caminho antes da semis, o Galo teve pela frente o Flamengo de Léo Moura, Renato Silva, Renato Abreu, Juan, Jônatas e Obina. E, no primeiro jogo, em casa, o Mengão tratou de liquidar o rival com uma grande atuação. Renato Abreu fez o primeiro logo aos 12’ e ampliou no primeiro minuto do segundo tempo.
Obina fez o terceiro, aos 49’, e Marinho descontou minutos depois. Jônatas, aos 81’, fechou a vitória do Fla, que foi para BH precisando apenas do empate ou podendo até perder por dois gols. Mas o jogo foi sonolento, sem grandes chances, e terminou 0 a 0, resultado que classificou o Flamengo – o time foi campeão daquele ano. Já o Galo focou no Série B e conseguiu o acesso para a elite no ano seguinte.
Flamengo 0x3 Atlético-MG – Campeonato Brasileiro de 2008, 29ª rodada
O Fla brigava pelas posições de cima da tabela do Brasileirão daquele ano e levou mais de 80 mil pessoas ao Maracanã naquele dia 11 de outubro de 2008. Porém, quem fez a festa foi o Galo, que venceu por 3 a 0 e encerrou de vez as esperanças do time carioca pelo título brasileiro, que ficou com o São Paulo de Muricy. Castillo, no primeiro tempo, fez 1 a 0. No segundo tempo, Renan Oliveira fez 2 a 0 e Leandro Almeida fechou a conta.
Atlético-MG 1×3 Flamengo – Campeonato Brasileiro de 2009, 34ª rodada
A desforra rubro-negra veio já no Brasileirão do ano seguinte e foi crucial para o time seguir rumo ao título nacional. Jogando fora de casa, o Mengão se impôs e derrotou o rival em um grande jogo. Petkovic, aos 9’, marcou um gol olímpico e Maldonado anotou o segundo, aos 39’. Na segunda etapa, Ricardinho descontou, mas Adriano Imperador, um dos artilheiros do torneio, venceu o duelo particular com o artilheiro do Galo, Diego Tardelli, e, fez o terceiro gol. A vitória por 3 a 1 manteve o time carioca no topo da tabela. Já o Galo não encontrou rumo depois da derrota e perdeu várias posições até terminar na 7ª colocação.
Flamengo 2×0 Atlético-MG / Atlético-MG 4×1 Flamengo – Copa do Brasil de 2014, Semifinal
Na semifinal da Copa do Brasil de 2014, o Atlético teve pela frente seu rival histórico, campeão do torneio em 2013. No primeiro jogo, no Maracanã, o Galo levou dois gols no segundo tempo e viu o mesmo filme das quartas de final se repetir: derrota por 2 a 0 e necessidade de triunfo por mais de dois gols na partida de volta. No dia 05 de novembro, o Mineirão recebeu um público de 41 mil pessoas e o Galo foi para a briga contra o Urubu. Após meia hora sem gols, Éverton fez boa jogada e abriu o placar para o… Flamengo.
Sim, por mais incrível que pudesse parecer, o Atlético estava outro vez perdendo por 3 a 0 no placar agregado – assim como na fase anterior, contra o Corinthians – e precisava de quatro gols para se classificar. No entanto, o tempo para a proeza era ainda menor que no duelo contra o Timão. Aos 41´, Carlos fez o gol do empate. Aos 11´ do segundo tempo, Maicosuel fez o gol da virada: 2 a 1. Nos minutos seguintes, mais ataques do Galo e lances duvidosos não marcados pela arbitragem (dois possíveis pênaltis) que deixaram o torcedor alvinegro temeroso por novas decepções em duelos contra o Flamengo. Levir Culpi mexeu no time, colocou Marion e Leandro Donizete e a tática deu resultado.
Aos 36´, Dodô cruzou, Marion ajeitou e Dátolo encheu o pé para incendiar o Mineirão: 3 a 1. Apenas três minutos depois, um bate-rebate danado na área fez com que a bola sobrasse para Luan, o talismã, que fez o quarto e sacramentou mais um milagre do Atlético: 4 a 1. O Galo estava na final. E um rival histórico e entalado na garganta desde 1980 era batido com malícia, garra, determinação e esperança na vitória sempre. O Galo seguiu até a final, na qual venceu o rival Cruzeiro e ficou com o troféu pela primeira vez. Leia mais clicando aqui!
Atlético-MG 2×2 Flamengo – Atlético-MG 8×7 Flamengo nos pênaltis – Supercopa do Brasil de 2022, final
Em 2021, o Galo viveu um ano histórico ao vencer o Triplete – Brasileiro, Copa do Brasil e Mineiro – e entrou em 2022 como o time a ser batido. Já o Flamengo vivia tempos difíceis, pois perdeu a final da Libertadores para o Palmeiras e buscava um rumo após uma derrota tão dolorosa. Como vice-campeão brasileiro, o Fla foi o rival do Galo na Supercopa do Brasil e, jogando em Cuiabá, os rivais fizeram um grande jogo. Nacho fez 1 a 0 para o Atlético e Gabriel Barbosa empatou. Bruno Henrique virou no segundo tempo, mas Hulk empatou. A partida foi para os pênaltis e, depois de muita tensão, o goleiro Everson defendeu o pênalti derradeiro de Vitinho e o placar de 8 a 7 deu o título ao Galo, o primeiro de cunho nacional diante do rival.
Atlético-MG 2×1 Flamengo / Flamengo 2×0 Atlético-MG – Copa do Brasil de 2022, Oitavas de final
No mesmo ano, o Fla deu o troco no rival. “Entalado” na garganta dos flamenguistas por causa do revés na Supercopa do Brasil, o rubro-negro encarou o Atlético nas oitavas de final da Copa do Brasil e, no primeiro jogo, em Minas, o Atlético venceu por 2 a 1. Precisando de dois gols para não depender dos pênaltis, o Flamengo venceu por 2 a 0 no Maracanã, com dois gols do uruguaio De Arrascaeta, resultado que classificou o time para as quartas de final. O time seguiu rumo ao título, e venceu também em 2022 a Copa Libertadores. Leia mais clicando aqui!
Flamengo 0x3 Atlético-MG – Campeonato Brasileiro de 2023, 36ª rodada
Os rivais ainda sonhavam com o título brasileiro ou a vaga direta na Copa Libertadores e travaram um duelo decisivo naquela 36ª rodada do Brasileirão. Mesmo jogando no Maracanã, o Galo não tomou conhecimento do Fla e venceu por 3 a 0, gols de Paulinho, Edenílson e Rubens. O Galo terminou na 3ª colocação, enquanto o Fla ficou na 4ª posição. Ambos foram diretamente para a fase de grupos da Libertadores.
Atlético-MG 2×4 Flamengo – Campeonato Brasileiro de 2024, 14ª rodada
No primeiro Superclássico do Brasil na nova casa do Galo, a Arena MRV, o Fla foi um visitante indigesto assim como no duelo lá de 1929 e venceu por 4 a 2, no começo do Brasileirão. O Galo pressionou a defesa rival nos primeiros minutos, mas o Flamengo abriu o placar aos 13’, com Bruno Henrique. Tempo depois, Wesley acertou a trave do goleiro e Carlinhos pegou a sobra para fazer 2 a 0. Aos 5’ do segundo tempo, o lateral Ayrton Lucas fez um belo gol e ampliou para o Fla. Hulk descontou, de pênalti, e Bruno Henrique anotou o quarto gol. Nos minutos finais, Hulk marcou mais um, mas o placar foi mesmo carioca: 4 a 2.
Atlético-MG x Flamengo – Copa do Brasil de 2024, Final
Pela terceira vez na história, os rivais fizeram uma decisão nacional, que serviu como tira-teima para ver quem ficaria na frente, afinal, o Fla venceu o Brasileiro de 1980 e o Galo a Supercopa de 2022. O primeiro jogo foi no Maracanã e terminou com vitória por 3 a 1 do Flamengo, com dois gols de Gabigol e um do uruguaio De Arrascaeta, enquanto Alan Kardec descontou para o Galo. A decisão foi na Arena MRV e o time alvinegro tinha que vencer por três gols no tempo regulamentar para levar o caneco.
No entanto, o Atlético não conseguiu evocar o “eu acredito”, pouco criou e o Flamengo aproveitou: na segunda etapa, após um gol perdido pelo Galo, o time carioca engatilhou um contra-ataque, Bruno Henrique tocou para Gonzalo Plata, este escapou da marcação e tocou por cobertura para fazer 1 a 0.
Na comemoração, a torcida atleticana começou a arremessar bombas, copos e outros objetivos nos jogadores rubro-negros e uma grande confusão começou. O jogo seguiu tenso, mas foi esfriando na medida em que a torcida alvinegra foi deixando o estádio.
O Fla ainda teve várias chances, mas parou no goleiro Éverson, em grande atuação. Ao apito do árbitro, a festa foi rubro-negra em plena Arena MRV! E dianteira do Mengão em finais nacionais: 2 a 1.
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Legal o texto guilherme.o ex goleiro Raul plasmann que participou de vários duelos contra o galo nós anos 80 fala até hoje com firmeza: o Atlético de João leite,Eder e o rei Reinaldo era o único time do mundo capaz de derrotar a selefla dele do junior,Leandro,Adílio e zico.e se não fosse o apito em 80/81 poderia ter acontecido mesmo.