Por Gabriel Cardoso Pereira Gama
Edição: Guilherme Diniz
Única seleção na história a participar de todas as Copas do Mundo da FIFA, o Brasil já teve os mais diversos jogadores em suas convocações. De craques incontestáveis a nomes pouco conhecidos, claro que nem sempre a equipe voltou para casa com o título, mas todos eles deram suas contribuições para fazer do escrete canarinho pentacampeão mundial e sempre cotado entre os favoritos. E, para quem aprecia tanto o esporte quanto as apostas, o Portugal Novos Casinos apresenta uma variedade de cassinos online em Portugal, perfeitos para combinar entretenimento com emoção esportiva.
É hora de viajar no tempo e conferir, nome a nome, todos os convocados do Brasil, de 1930 até 2022.
PS: não deixe de ler também o especial Todos os Elencos Campeões das Copas!
Copa do Mundo de 1930 – Uruguai
Colocação do Brasil: 6º lugar
Técnico: Píndaro de Carvalho
Goleiros: Joel (América-RJ) e Velloso (Fluminense);
Zagueiros: Fernando (Fluminense), Brilhante (Vasco), Itália (Vasco), Zé Luiz (São Cristóvão) e Oscarino (Ypiranga-RJ);
Meio-campistas: Ivan Mariz (Fluminense), Fortes (Fluminense), Pamplona (Botafogo), Fausto (Vasco), Benevenuto (Flamengo) e Hermógenes (América-RJ);
Atacantes: Preguinho (Fluminense), Nilo (Botafogo), Benedicto (Botafogo), Carvalho Leite (Botafogo), Russinho (Vasco), Theóphilo (São Cristóvão), Doca (São Cristóvão), Moderato (Flamengo), Poly (Americano-RJ), Manoelzinho (Goytacaz) e Araken Patusca (Flamengo).
Curiosidades: Naquele ano, a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA), que comandava o futebol paulista, entrou em conflito com a Confederação Brasileira de Desportos, atual Confederação Brasileira de Futebol, por pura burocracia. A APEA queria um membro de sua associação entre os dirigentes da CBD, mas esta negou o pedido. Por causa disso, a entidade paulista fez corpo mole e não queria de jeito nenhum liberar seus atletas. Mesmo assim, um ofício da CBD com a convocação de 15 paulistas, entre eles Filó, do Corinthians, Amílcar do Palestra Itália, Feitiço, do Santos, e Friedenreich, do São Paulo, foi enviado à SP. No entanto, o documento chegou em cima do prazo, a comunicação falhou e os atletas paulistas não se apresentaram à CBD no Rio. Com isso, a lista com convocados enviada à FIFA tinha apenas jogadores da federação carioca. Uma pena, pois o Brasil iria com um enorme poder de fogo ao primeiro Mundial.
Araken Patusca, que era do Santos, deixou o Peixe pouco antes da Copa e não tinha clube. Como era proibido ser convocado sem uma agremiação de origem, ele assinou uma ficha como sendo jogador do Flamengo só para ter a chance de disputar a Copa. A artimanha deu certo. E ele nunca jogou pelo rubro-negro…
Copa do Mundo de 1934 – Itália
Colocação do Brasil: 14º lugar
Técnico: Luiz Vinhaes
Goleiros: Germano (Botafogo) e Roberto Gomes Pedrosa (Botafogo);
Zagueiros: Luiz Luz (Grêmio), Octacílio (Botafogo) e Sylvio Hoffman (São Paulo);
Meio-campistas: Tinoco (Vasco), Martim (Botafogo), Canalli (Botafogo), Ariel (Botafogo) e Waldir (Botafogo);
Atacantes: Luizinho (São Paulo), Waldemar de Britto (São Paulo), Armandinho (São Paulo), Leônidas da Silva (Vasco), Carvalho Leite (Botafogo), Áttila (Botafogo) e Patesko (Nacional-URU).
Curiosidades: Em 1933, a profissionalização chegou ao Brasil e com isso houve rixa política entre clubes com jogadores profissionais e clubes com jogadores amadores. Soma-se a isso que a Confederação Brasileira de Desportos ainda era amadora. A APEA e a Liga Carioca de Futebol (LCF) se uniram e criaram a Federação Brasileira de Futebol (FBF), onde estavam os melhores jogadores.
O zagueiro Domingos da Guia, que jogava no Nacional do Uruguai, não jogou a Copa porque a CBD não pagou ao clube os 45 contos de réis para sua liberação. Era uma fortuna na época…
O Botafogo alcançou um histórico número de convocados nessa seleção: nove jogadores! Também pudera, afinal, o time era um dos maiores esquadrões do Brasil na época. Leia mais clicando aqui!
Copa do Mundo de 1938 – França
Colocação do Brasil: 3º lugar
Técnico: Ademar Pimenta
Goleiros: Walter (Flamengo) e Batatais (Fluminense);
Zagueiros: Nariz (Botafogo), Domingos da Guia (Flamengo), Machado (Fluminense) e Jaú (Vasco);
Meio-campistas: Britto (América-RJ), Martim (Botafogo), Zezé Procópio (Botafogo), Brandão (Corinthians), Argemiro (Portuguesa Santista) e Affonsinho (São Cristóvão);
Atacantes: Leônidas da Silva (Flamengo), Patesko (Botafogo), Perácio (Botafogo), Lopes (Corinthians), Hércules (Fluminense), Romeu (Fluminense), Tim (Fluminense), Luisinho (Palestra Itália, atual Palmeiras), Roberto (São Cristóvão) e Niginho (Vasco).
Curiosidades: Foram chamados para os treinos 34 jogadores, mas seis foram cortados por problemas médicos, entre eles o craque Fausto, destaque da Copa de 1930. Ficaram de fora, também, Waldemar de Britto e Carvalho Leite, estrela do grande Botafogo dos anos 30.
Copa do Mundo de 1950 – Brasil
Colocação do Brasil: Vice-Campeão
Técnico: Flávio Costa
Goleiros: Barbosa (Vasco) e Castilho (Fluminense);
Zagueiros: Augusto (Vasco), Bigode (Flamengo), Ely (Vasco), Juvenal (Flamengo), Nena (Internacional) e Nílton Santos (Botafogo);
Meio-campistas: Bauer (São Paulo), Danilo (Vasco), Noronha (São Paulo), Rui (São Paulo) e Zizinho (Bangu);
Atacantes: Adãozinho (Internacional), Ademir de Menezes (Vasco), Alfredo (Vasco), Baltazar (Corinthians), Chico (Vasco), Friaça (São Paulo), Jair Rosa Pinto (Palmeiras), Maneca (Vasco) e Rodrigues (Palmeiras).
Curiosidades: Foram chamados inicialmente 38 jogadores, mas 16 foram cortados. Entre as ausências mais notáveis, Mauro Ramos (São Paulo), Brandãozinho (Portuguesa), Pinga (Portuguesa), Tesourinha (Vasco), Ipojucan (Vasco) e Oberdan Cattani (Palmeiras), além de Leônidas da Silva, por ser considerado veterano demais, e Heleno de Freitas, por seu comportamento.
Copa do Mundo de 1954 – Suíça
Colocação do Brasil: 6º lugar
Técnico: Zezé Moreira
Goleiros: 1 – Castilho (Fluminense), 21 – Veludo (Fluminense) e 22 – Cabeção (Corinthians);
Zagueiros: 5 – Pinheiro (Fluminense), 13 – Alfredo Ramos (São Paulo) e 15 – Mauro Ramos (São Paulo);
Laterais: 2 – Djalma Santos (Portuguesa), 3 – Nílton Santos (Botafogo), 12 – Paulinho de Almeida (Vasco) e 14 – Ely (Vasco);
Meio-campistas: 4 – Brandãozinho (Portuguesa), 6 – Bauer (São Paulo), 8 – Didi (Fluminense), 16 – Dequinha (Flamengo) e 20 – Rubens (Flamengo);
Atacantes: 7 – Julinho Botelho (Portuguesa), 9 – Baltazar (Corinthians), 10 – Pinga (Vasco), 11 – Rodrigues (Palmeiras), 17 – Maurinho (São Paulo), 18 – Humberto (Palmeiras) e 19 – Índio (Flamengo).
Curiosidades: A convocação de Zezé Moreira foi contestada devido às ausências de Bellini, que seria capitão e campeão em 1958, e Zizinho, um dos poucos reabilitados da derrota na final em 1950, devido à uma prostatite crônica. Extra-oficialmente, ele acabou de fora por ser o porta-voz do grupo brasileiro que pediu um aumento no “bicho” em caso de título no Campeonato Sul-Americano (atual Copa América) de 1953. Como o Brasil perdeu, ele virou o bode expiatório.
Copa do Mundo de 1958 – Suécia
Colocação do Brasil: Campeão
Técnico: Vicente Feola
Goleiros: 1 – Castilho (Fluminense) e 3 – Gylmar (Corinthians);
Zagueiros: 2 – Bellini (Vasco), 9 – Zózimo (Bangu), 15 – Orlando Peçanha (Vasco) e 16 – Mauro Ramos (São Paulo);
Laterais: 4 – Djalma Santos (Portuguesa), 8 – Oreco (Corinthians), 12 – Nílton Santos (Botafogo) e 14 – De Sordi (São Paulo);
Meio-campistas: 5 -Dino Sani (São Paulo), 6 – Didi (Botafogo), 13 – Moacir (Flamengo), 19 – Zito (Santos) e 21 – Dida (Flamengo);
Atacantes: 7 – Zagallo (Flamengo), 10 – Pelé (Santos), 11 – Garrincha (Botafogo), 17 – Joel (Flamengo), 18 – Mazzola (Palmeiras), 20 – Vavá (Vasco) e 22 – Pepe (Santos).
Curiosidades: Foram selecionados inicialmente 33 jogadores, sendo 20 do Rio de Janeiro e 13 de São Paulo. As ausências mais sentidas foram de Zizinho, Canhoteiro, ponta do São Paulo, e Luizinho, do lendário Corinthians dos anos 50 (leia mais clicando aqui). Além deles, Julinho Botelho também não foi convocado, mas por recusa própria. Ele não achava justo ser chamado por jogar no exterior (à época, ele era da grande Fiorentina-ITA). Eram realmente outros tempos…
A CBD se esqueceu de enviar à FIFA a numeração oficial dos jogadores. Diz a lenda que o uruguaio Lorenzo Vilizio, que representou seu país no congresso da entidade em Estocolmo, fez a numeração ao seu modo e acertou em cheio várias numerações. Com exceção de Gylmar (goleiro, camisa 3), Didi (camisa 6), e Zózimo (um zagueiro, camisa 9), ele deu a 7 para Zagallo, a 11 para Garrincha, e, acredite, a camisa 10 para Pelé. Um verdadeiro numerólogo por acidente…
Copa do Mundo de 1962 – Chile
Colocação do Brasil: Campeão
Técnico: Aymoré Moreira
Goleiros: 1 – Gylmar (Santos) e 22 – Castilho (Fluminense);
Zagueiros: 3 – Mauro Ramos (Santos), 5 – Zózimo (Bangu), 13 – Bellini (São Paulo) e 14 – Jurandir (São Paulo);
Laterais: 2 – Djalma Santos (Palmeiras), 6 – Nílton Santos (Botafogo), 12 – Jair Marinho (Fluminense) e 15 – Altair (Fluminense );
Meio-campistas: 4 – Zito (Santos), 8 – Didi (Botafogo), 16 – Zequinha (Palmeiras) e 17 – Mengálvio (Santos);
Atacantes: 7 – Garrincha (Botafogo), 9 – Coutinho (Santos), 10 – Pelé (Santos), 11 – Pepe (Santos),18 – Jair da Costa (Portuguesa), 19 – Vavá (Palmeiras), 20 – Amarildo (Botafogo) e 21 – Zagallo (Botafogo).
Curiosidades: Para a primeira fase de treinos, o treinador Aymoré Moreira chamou 41 jogadores, mas 19 jogadores foram cortados, entre eles Valdir de Moraes (Palmeiras), De Sordi (São Paulo), Rildo (Botafogo), Djalma Dias (América-RJ), Aírton (Grêmio), Calvet (Santos), Carlinhos (Flamengo), Chinesinho (Palmeiras), Julinho Botelho (Palmeiras), Prado (São Paulo) e Quarentinha (Botafogo).
Aquela foi a Copa que o Brasil utilizou o menor número de jogadores na história durante o torneio: apenas 12 atletas entraram em campo. Amarildo foi o único reserva a frequentar o 11 titular após a lesão de Pelé.
Copa do Mundo de 1966 – Inglaterra
Colocação do Brasil: 11º lugar
Técnico: Vicente Feola
Goleiros: 1 – Gylmar (Santos) e 12 – Manga (Botafogo);
Zagueiros: 4 – Bellini (São Paulo), 5 – Brito (Vasco), 6 – Altair (Fluminense) e 7 – Orlando (Santos);
Laterais: 2 – Djalma Santos (Palmeiras), 3 – Fidélis (Bangu), 8 – Paulo Henrique (Flamengo) e 9 – Rildo (Botafogo);
Meio-campistas: 11 – Gérson (Botafogo), 13 – Denílson (Fluminense), 14 – Lima (Santos) e 15 – Zito (Santos);
Atacantes: 10 – Pelé (Santos), 16 – Garrincha (Corinthians), 17 – Jairzinho (Botafogo), 18 – Alcindo (Grêmio), 19 – Silva (Flamengo), 20 – Tostão (Cruzeiro), 21 – Paraná (São Paulo) e 22 – Edu (Santos).
Curiosidades: Foram chamados para os treinamentos 47 jogadores, maior número até então, mas, aos poucos, vários nomes foram cortados até o número de 22 ser definido. Entre as baixas, estavam Carlos Alberto Torres, que seria capitão e campeão em 1970, Jair da Costa (Internazionale-ITA), Servílio (Palmeiras), Dino Sani (Corinthians), Valdir de Moraes (Palmeiras), Fontana (Vasco) e Amarildo (Milan-ITA).
Edu, com apenas 16 anos e 10 meses, foi o mais jovem jogador brasileiro a ser inscrito em uma Copa do Mundo.
Zito, mesmo contundido na época, foi inscrito entre os 22. Ele acabou não se recuperando e nem jogou a Copa.
Copa do Mundo de 1970 – México
Colocação do Brasil: Campeão
Técnico: Zagallo
Goleiros: 1 – Félix (Fluminense), 12 – Ado (Corinthians) e 22 – Emerson Leão (Palmeiras);
Zagueiros: 2 – Brito (Flamengo), 14 – Baldocchi (Palmeiras), 15 – Fontana (Cruzeiro) e 17 – Joel Camargo (Santos);
Laterais: 4 – Carlos Alberto Torres (Santos), 6 – Marco Antônio (Fluminense), 16 – Everaldo (Grêmio) e 21 – Zé Maria (Portuguesa);
Meio-campistas: 3 – Wilson Piazza (Cruzeiro), 5 – Clodoaldo (Santos), 8 – Gérson (São Paulo) e 11 – Rivellino (Corinthians);
Atacantes: 7 – Jairzinho (Botafogo), 9 – Tostão (Cruzeiro), 10 – Pelé (Santos), 13 – Roberto Miranda (Botafogo), 18 – Paulo César Caju (Botafogo), 19 – Edu (Santos) e 20 – Dario ”Dadá Maravilha” (Atlético Mineiro).
Curiosidades: A convocação de Dadá Maravilha para a Copa se deu por causa da pressão dos militares ao técnico João Saldanha. O João “Sem medo” não quis convocar o atacante e foi demitido. Em seu lugar, entrou Zagallo, que convocou o atacante do Atlético Mineiro, admirado pelo presidente Médici.
Piazza, convocado inicialmente como meio-campista, jogou a Copa como zagueiro.
Copa do Mundo de 1974 – Alemanha
Colocação do Brasil: 4º lugar
Técnico: Zagallo
Goleiros: 1 – Emerson Leão (Palmeiras), 12 – Renato (Flamengo) e 22 – Waldir Peres (São Paulo);
Zagueiros: 2 – Luís Pereira (Palmeiras), 3 – Marinho Peres (Santos) e 15 – Alfredo Mostarda (Palmeiras)
Laterais: 4 – Zé Maria (Corinthians), 6 – Marinho Chagas (Botafogo), 14 – Nelinho (Cruzeiro) e 16 – Marco Antônio (Fluminense);
Meio-campistas: 5 – Wilson Piazza (Cruzeiro), 10 – Rivellino (Corinthians), 11 – Paulo César Caju (Flamengo), 17 – Paulo César Carpegiani (Internacional) e 18 – Ademir da Guia (Palmeiras);
Atacantes: 7 – Jairzinho (Botafogo), 8 – Leivinha (Palmeiras), 9 – César Maluco (Palmeiras), 13 – Valdomiro (Internacional), 19 – Mirandinha (São Paulo), 20 – Edu (Santos) e 21 – Dirceu (Botafogo).
Curiosidade: a seleção não contou com o volante Clodoaldo, que foi cortado por ter sofrido uma distensão muscular.
Copa do Mundo de 1978 – Argentina
Colocação do Brasil: 3º lugar
Técnico: Cláudio Coutinho
Goleiros: 1 – Emerson Leão (Palmeiras), 12 – Carlos (Ponte Preta) e 22 – Waldir Peres (São Paulo);
Zagueiros: 3 – Oscar (Ponte Preta), 4 – Amaral (Corinthians), 6 – Edinho (Fluminense), 14 – Abel Braga (Vasco) e 15 – Polozzi (Ponte Preta);
Laterais: 2 – Toninho (Flamengo), 13 – Nelinho (Cruzeiro) e 16 – Rodrigues Neto (Botafogo);
Meio-campistas: 5 – Toninho Cerezo (Atlético Mineiro), 8 – Zico (Flamengo), 10 – Rivellino (Fluminense), 17 – Batista (Internacional) e 21 – Chicão (São Paulo);
Atacantes: 7 – Zé Sérgio (São Paulo), 9 – Reinaldo (Atlético Mineiro), 11 – Dirceu (Vasco), 18 – Gil (Botafogo), 19 – Jorge Mendonça (Palmeiras) e 20 – Roberto Dinamite (Vasco).
Curiosidades: Para a Copa do Mundo realizada na Argentina, o treinador Cláudio Coutinho deixou de fora os laterais Marinho Chagas, Júnior e Zé Maria, o meia Falcão, os atacantes Nunes e Paulo César Caju, além do zagueiro Luís Pereira, que não foi liberado pelo Atlético de Madrid-ESP. Outro esquecido pelo técnico foi Sócrates, então no Botafogo de Ribeirão Preto e artilheiro do Campeonato Paulista de 1976 com 15 gols.
Copa do Mundo de 1982 – Espanha
Colocação do Brasil: 5º lugar
Técnico: Telê Santana
Goleiros: 1 – Waldir Peres (São Paulo), 12 – Paulo Sérgio (Botafogo) e 22 – Carlos (Ponte Preta);
Zagueiros: 3 – Oscar (São Paulo), 4 – Luisinho (Atlético Mineiro), 14 – Juninho Fonseca (Ponte Preta) e 16 – Edinho (Fluminense);
Laterais: 2 – Leandro (Flamengo), 6 – Júnior (Flamengo), 13 – Edevaldo (Internacional) e 17 – Pedrinho (Vasco);
Meio-campistas: 5 – Toninho Cerezo (Atlético Mineiro), 8 – Sócrates (Corinthians), 10 – Zico (Flamengo), 15 – Falcão (Roma-ITA), 18 – Batista (Grêmio) e 19 – Renato (São Paulo);
Atacantes: 7 – Paulo Isidoro (Grêmio), 9 – Serginho Chulapa (São Paulo), 11 – Éder Aleixo (Atlético Mineiro), 20 – Roberto Dinamite (Vasco) e 21 – Dirceu (Atlético de Madrid-ESP).
Curiosidades: Apesar dos convocados pelo técnico Telê Santana terem encantado o mundo na Copa realizada na Espanha, a convocação foi contestada, pois nomes como Emerson Leão, Reinaldo, Adílio e Tita não estavam na lista.
O maior e mais sentido corte entre os convocados da história do Brasil aconteceu, sem dúvida, nessa Copa: Careca. O centroavante, um dos mais talentosos de todos os tempos, foi vítima de uma lesão muscular três dias antes da estreia na Copa e foi cortado. Roberto Dinamite foi convocado em seu lugar, mas não teve chances na Espanha.
Copa do Mundo de 1986 – México
Colocação do Brasil: 5º lugar
Técnico: Telê Santana
Goleiros: 1 – Carlos (Corinthians), 12 – Paulo Victor (Fluminense) e 22 – Emerson Leão (Palmeiras);
Zagueiros: 3 – Oscar (São Paulo), 4 – Edinho (Udinese-ITA), 14 – Júlio César (Guarani) e 16 – Mauro Galvão (Internacional);
Laterais: 2 – Édson (Corinthians), 13 – Josimar (Botafogo) e 17 – Branco (Fluminense);
Meio-campistas: 5 – Falcão (São Paulo), 6 – Júnior (Torino-ITA), 10 – Zico (Flamengo), 15 – Alemão (Botafogo), 18 – Sócrates (Flamengo), 19 – Elzo (Atlético Mineiro), 20 – Silas (São Paulo) e 21 – Valdo (Grêmio);
Atacantes: 7 – Muller (São Paulo), 8 – Casagrande (Corinthians), 9 – Careca (São Paulo) e 11 – Edivaldo (Atlético Mineiro).
Curiosidades: Dos 29 selecionados para a primeira fase de treinos, foram cortados Éder (que agrediu um adversário em amistoso contra o Peru), Sidney, Gilmar Rinaldi, Dida, Marinho, Toninho Cerezo e Dirceu. Além deles, o lateral Leandro e o atacante Renato Gaúcho foram cortados por indisciplina, sendo substituídos por Edivaldo e Josimar.
Copa do Mundo de 1990 – Itália
Colocação do Brasil: 9º lugar
Técnico: Sebastião Lazaroni
Goleiros: 1 – Taffarel (Internacional), 12 – Acácio (Vasco) e 22 – Zé Carlos (Flamengo);
Zagueiros: 3 – Ricardo Gomes (Benfica-POR), 13 – Mozer (Olympique de Marselha-FRA), 14 – Aldair (Benfica-POR), 19 – Ricardo Rocha (São Paulo) e 21 – Mauro Galvão (Botafogo);
Laterais: 2 – Jorginho (Bayer Leverkusen-ALE), 6 – Branco (Porto-POR) e 18 – Mazinho (Vasco);
Meio-campistas: 4 – Dunga (Fiorentina-ITA), 5 – Alemão (Napoli-ITA), 7 – Bismarck (Vasco), 8 – Valdo (Benfica-POR), 10 – Silas (Sporting-POR) e 20 – Tita (Vasco);
Atacantes: 9 – Careca (Napoli-ITA), 11 – Romário (PSV Eindhoven-HOL), 15 – Muller (Torino-ITA), 16 – Bebeto (Vasco) e 17 – Renato Gaúcho (Flamengo).
Curiosidades: além do contestado sistema com três zagueiros e o futebol pragmático, o treinador Sebastião Lazaroni gerou contestações por ter deixado de fora nomes como Geovani, do Vasco, Neto, que jogava no Corinthians, e Raí, estrela em ascensão no São Paulo.
Essa foi a primeira Copa com mais atletas convocados do exterior do que do Brasil: foram 12 “estrangeiros” e 10 “nacionais”.
Copa do Mundo de 1994 – EUA
Colocação do Brasil: Campeão
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Goleiros: 1 – Taffarel (Reggiana-ITA), 12 – Zetti (São Paulo) e 22 – Gilmar Rinaldi (Flamengo);
Zagueiros: 3 – Ricardo Rocha (Vasco), 4 – Ronaldão (Shimizu-JAP), 13 – Aldair (Roma-ITA) e 15 – Márcio Santos (Bordeaux-FRA);
Laterais: 2 – Jorginho (Bayern de Munique-ALE), 6 – Branco (Fluminense), 14 – Cafu (São Paulo) e 16 – Leonardo (São Paulo);
Meio-campistas: 5 – Mauro Silva (Deportivo La Coruña-ESP), 8 – Dunga (Stuttgart-ALE), 9 – Zinho (Palmeiras), 10 – Raí (Paris Saint-Germain-FRA), 17 – Mazinho (Palmeiras) e 18 – Paulo Sérgio (Bayer Leverkusen-ALE);
Atacantes: 7 – Bebeto (Deportivo La Coruña-ESP), 11 – Romário (Barcelona-ESP), 19 – Muller (São Paulo), 20 – Ronaldo (Cruzeiro) e 21 – Viola (Corinthians).
Curiosidades: Para a Copa do Mundo realizada nos Estados Unidos, os jogadores Ricardo Gomes e Mozer acabaram se machucando antes da competição e não viajaram com a seleção. Em seus lugares, foram chamados Ronaldão e Aldair, este o que melhor se saiu na caminhada do tetra, pois assumiu a titularidade após a contusão já no Mundial de Ricardo Rocha.
Nessa Copa, um clube brasileiro mandou mais atletas do que qualquer outra equipe estrangeira o São Paulo, que teve quatro jogadores entre os campeões mundiais, muito por causa da ótima fase do time na época (leia mais clicando aqui). Se lembrarmos que Raí e Ronaldão eram do Tricolor pouco tempo antes da Copa, seriam seis atletas entre os convocados. Algo surreal nos dias de hoje, com praticamente todos os atletas jogando no exterior.
Essa foi a primeira Copa com equilíbrio entre atletas convocados do Brasil e do exterior: foram 11 daqui e 11 de fora.
Copa do Mundo de 1998 – França
Colocação do Brasil: Vice-Campeão
Técnico: Zagallo
Goleiros: 1 – Taffarel (Atlético Mineiro), 12 – Carlos Germano (Vasco) e 22 – Dida (Cruzeiro);
Zagueiros: 3 – Aldair (Roma-ITA), 4 – Júnior Baiano (Flamengo), 14 – Gonçalves (Botafogo) e 15 – André Cruz (Milan-ITA);
Laterais: 2 – Cafu (Roma-ITA), 6 – Roberto Carlos (Real Madrid-ESP), 13 – Zé Carlos (São Paulo) e 16 – Zé Roberto (Real Madrid-ESP);
Meio-campistas: 5 – César Sampaio (Yokohama Flugels-JAP), 7 – Giovanni (Barcelona-ESP), 8 – Dunga (Jubilo Iwata-JAP), 10 – Rivaldo (Barcelona-ESP), 11 – Emerson (Bayer Leverkusen-ALE), 17 – Doriva (Porto-POR) e 18 – Leonardo (Milan-ITA);
Atacantes: 9 – Ronaldo (Internazionale de Milão-ITA), 19 – Denílson (São Paulo), 20 – Bebeto (Botafogo) e 21 – Edmundo (Fiorentina-ITA).
Curiosidades: Os jogadores Juninho Paulista, que se machucou no começo daquele ano e era o número um de Zagallo, Flávio Conceição (substituído por Zé Carlos), Márcio Santos (substituído por André Cruz) e Romário (substituído por Emerson), acabaram cortados da lista de Zagallo. Romário foi a perda mais sentida, pois sua contusão foi às vésperas do Mundial. Muitos pediram para ele ser convocado mesmo assim e entrar durante a competição, mas o baixinho acabou de fora.
Mais uma vez os estrangeiros dominaram a seleção: foram 13 jogadores vindos do exterior contra nove do Brasil.
Copa do Mundo de 2002 – Coreia do Sul e Japão
Colocação do Brasil: Campeão
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Goleiros: 1 – Marcos (Palmeiras), 12 – Dida (Corinthians) e 22 – Rogério Ceni (São Paulo);
Zagueiros: 3 – Lúcio (Bayer Leverkusen-ALE), 4 – Roque Júnior (Milan-ITA), 5 – Edmílson (Lyon-FRA) e 14 – Ânderson Polga (Grêmio);
Laterais: 2 – Cafu (Roma-ITA), 6 – Roberto Carlos (Real Madrid-ESP), 13 – Belletti (São Paulo) e 16 – Júnior (Parma-ITA);
Meio-campistas: 7 – Ricardinho (Corinthians), 8 – Gilberto Silva (Atlético Mineiro), 10 – Rivaldo (Barcelona-ESP), 15 – Kléberson (Atlético Paranaense), 18 – Vampeta (Corinthians), 19 – Juninho Paulista (Flamengo) e 23 – Kaká (São Paulo);
Atacantes: 9 – Ronaldo (Internazionale-ITA), 11 – Ronaldinho Gaúcho (Paris Saint-Germain-FRA), 17 – Denílson (Betis-ESP), 20 – Edílson (Cruzeiro) e 21 – Luizão (Grêmio).
Curiosidades: Mesmo com o clamor popular, Felipão acabou deixando de fora o atacante Romário, que tinha problemas de relacionamento com o treinador. Outro que não foi com a seleção para o Oriente foi o meia Djalminha, por indisciplina. Motivo? Ele deu uma cabeçada no técnico do Deportivo La Coruña da Espanha durante um treinamento…
Denílson chegou a um curioso número nessa Copa: ele se tornou o jogador que mais entrou no decorrer das partidas na história das Copas com 11 aparições. Dos 12 jogos que disputou em Mundiais – em 1998 e 2002 -, somente em 1998, contra a Noruega, que o atacante começou como titular.
Essa foi a última Copa com mais atletas jogando no Brasil do que no exterior. Foram convocados 13 jogadores de times nacionais.
Copa do Mundo de 2006 – Alemanha
Colocação do Brasil: 5º lugar
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Goleiros: 1 – Dida (Milan-ITA), 12 – Rogério Ceni (São Paulo) e 22 – Júlio César (Internazionale-ITA);
Zagueiros: 3 – Lúcio (Bayern München-ALE), 4 – Juan (Bayer Leverkusen-ALE), 14 – Luisão (Benfica-POR) e 15 – Cris (Lyon-FRA);
Laterais: 2 – Cafu (Milan-ITA), 6 – Roberto Carlos (Real Madrid-ESP), 13 – Cicinho (Real Madrid-ESP) e 16 – Gilberto (Hertha Berlin-ALE);
Meio-campistas: 5 – Emerson (Juventus-ITA), 8 – Kaká (Milan-ITA), 10 – Ronaldinho Gaúcho (Barcelona-ESP), 11 – Zé Roberto (Bayern München-ALE), 17 – Gilberto Silva (Arsenal-ING), 18 – Mineiro (São Paulo), 19 – Juninho Pernambucano (Lyon-FRA) e 20 – Ricardinho (Corinthians);
Atacantes: 7 – Adriano (Internazionale-ITA), 9 – Ronaldo (Real Madrid-ESP), 21 – Fred (Lyon-FRA) e 23 – Robinho (Real Madrid-ESP).
Curiosidades: o treinador Carlos Alberto Parreira acabou não chamando o zagueiro Roque Júnior, campeão em 2002.
No papel, foi uma das melhores convocações da história do Brasil. Pena que não fez jus na prática…
Foi a convocação com a menor quantidade de jogadores atuando no Brasil na história: apenas três (Rogério Ceni, Mineiro e Ricardinho).
Copa do Mundo de 2010 – África do Sul
Colocação do Brasil: 6º lugar
Técnico: Dunga
Goleiros: 1 – Júlio César (Internazionale-ITA), 12 – Gomes (Tottenham-ING) e 22 – Doni (Roma-ITA);
Zagueiros: 3 – Lúcio (Internazionale-ITA), 4 – Juan (Roma-ITA), 14 – Luisão (Benfica-POR) e 15 – Thiago Silva (Milan-ITA);
Laterais: 2 – Maicon (Internazionale-ITA), 6 – Michel Bastos (Lyon-FRA), 13 – Daniel Alves (Barcelona-ESP) e 16 – Gilberto (Cruzeiro);
Meio-campistas: 5 – Felipe Melo (Juventus-ITA), 7 – Elano (Galatasaray-TUR), 8 – Gilberto Silva (Panathinaikos-GRE), 10 – Kaká (Real Madrid-ESP), 17 – Josué (Wolfsburg-ALE), 18 – Ramires (Benfica-POR), 19 – Júlio Baptista (Roma-ITA) e 20 – Kléberson (Flamengo);
Atacantes: 9 – Luís Fabiano (Sevilla-ESP), 11 – Robinho (Santos), 21 – Nilmar (Villarreal-ESP) e 23 – Grafite (Wolfsburg-ALE).
Curiosidades: Para a Copa do Mundo realizada na África do Sul, o treinador Dunga criou polêmica na convocação ao não chamar Ronaldinho Gaúcho e dois jovens que estavam despontando no Santos: Paulo Henrique Ganso e Neymar. O resultado foi um time recheado de volantes, sem criatividade e sem poder de ataque. Chegar até as quartas de final foi o máximo para um elenco sem o brilho de outras grandes seleções brasileiras.
A partir dessa Copa, começou a diminuir drasticamente a qualidade das convocações da seleção.
Assim como em 2006, foi a convocação com a menor quantidade de jogadores atuando no Brasil na história: apenas três (Gilberto, Kléberson e Robinho).
Copa do Mundo de 2014 – Brasil
Colocação do Brasil: 4º lugar
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Goleiros: 1 – Jefferson (Botafogo), 12 – Júlio César (Toronto FC-CAN) e 22 – Victor (Atlético Mineiro);
Zagueiros: 3 – Thiago Silva (Paris Saint-Germain-FRA), 4 – David Luiz (Chelsea-ING), 13 – Dante (Bayern München-ALE) e 15 – Henrique (Napoli-ITA);
Laterais: 2 – Daniel Alves (Barcelona-ESP), 6 – Marcelo (Real Madrid-ESP), 14 – Maxwell (Paris Saint-Germain-FRA) e 23 – Maicon (Roma-ITA);
Meio-campistas: 5 – Fernandinho (Manchester City-ING), 8 – Paulinho (Tottenham-ING), 11 – Oscar (Chelsea-ING), 16 – Ramires (Chelsea-ING), 17 – Luiz Gustavo (Wolfsburg-ALE), 18 – Hernanes (Lazio-ITA) e 19 – Willian (Chelsea-ING);
Atacantes: 7 – Hulk (Zenit-RUS), 9 – Fred (Fluminense), 10 – Neymar (Barcelona-ESP), 20 – Bernard (Shakhtar Donetsk-UCR) e 21 – Jô (Atlético Mineiro).
Curiosidades: A única dúvida do treinador Luiz Felipe Scolari para a convocação era quem seria o quarto zagueiro. Miranda e Dedé eram os favoritos do público, mas foram preteridos por Henrique, ex-comandado de Scolari no Palmeiras. Kaká e Ronaldinho Gaúcho também não foram chamados.
Pela segunda vez seguida, ficou nítida a falta de qualidade do time. E, pela terceira Copa seguida, o Brasil mostrou um futebol fraco, sem brilho e sem líderes, tanto em campo quanto fora dele. Não deixou saudade alguma. Muito menos depois de um tal 7 a 1…(leia mais clicando aqui).
Copa do Mundo de 2018 – Rússia
Colocação do Brasil: 6º lugar
Técnico: Tite
Goleiros: 1 – Alisson (Roma-ITA), 16 – Cássio (Corinthians) e 23 – Ederson (Manchester City-ING);
Zagueiros: 2 – Thiago Silva (Paris Saint-Germain-FRA), 3 – Miranda (Internazionale de Milão-ITA), 4 – Pedro Geromel (Grêmio) e 13 – Marquinhos (Paris Saint-Germain-FRA);
Laterais: 6 – Filipe Luís (Atlético de Madrid-ESP), 12 – Marcelo (Real Madrid-ESP), 14 – Danilo (Manchester City-ING) e 22 – Fágner (Corinthians);
Meio-campistas: 5 – Casemiro (Real Madrid-ESP), 8 – Renato Augusto (Beijing Guoan-CHN), 11 – Philippe Coutinho (Barcelona-ESP), 15 – Paulinho (Barcelona-ESP), 17 – Fernandinho (Manchester City-ING), 18 – Fred (Shakhtar Donetsk-UCR) e 19 – Willian (Chelsea-ING);
Atacantes: 7 – Douglas Costa (Juventus-ITA), 9 – Gabriel Jesus (Manchester City-ING), 10 – Neymar (Paris Saint-Germain-FRA), 20 – Roberto Firmino (Liverpool-ING) e 21 – Taison (Shakhtar Donetsk-UCR).
Curiosidades: o lateral Daniel Alves acabou cortado antes do Mundial por causa de uma lesão e Fágner foi chamado em seu lugar. Algumas das ausências mais sentidas pela torcida foram o volante Arthur e o atacante Luan, do Grêmio, e o meia Diego, do Flamengo.
Embora tenha chegado à Rússia com um bom retrospecto, o Brasil não foi testado devidamente e enfrentou adversários fracos na primeira fase (Suíça, Costa Rica e Sérvia) e nas oitavas de final (México). No primeiro grande desafio, perdeu para a Bélgica por 2 a 1 nas quartas de final. Eis alguns motivos que causaram a eliminação: falta de boas peças de reposição no banco; fragilidade dos laterais; insistência em Gabriel Jesus (camisa 9 que não fez gols…); pouca criatividade do ataque; ausência de um autêntico camisa 10; sumiço de Neymar (um jogador caricato no Mundial); rodízio de capitães e um grupo distante do torcedor.
Copa do Mundo de 2022 – Catar
Colocação do Brasil: 7º lugar
Técnico: Tite
Goleiros: 1 – Alisson (Liverpool-ING), 12 – Weverton (Palmeiras) e 23 – Ederson (Manchester City-ING).
Laterais-Direitos: 2 – Danilo (Juventus-ITA) e 13 – Daniel Alves (Pumas-MEX).
Laterais-Esquerdos: 6 – Alex Sandro (Juventus-ITA) e 16 – Alex Telles (Sevilla-ESP).
Zagueiros: 3 – Thiago Silva (Chelsea-ING), 4 – Marquinhos (PSG-FRA), 14 – Éder Militão (Real Madrid-ESP) e 24 – Bremer (Juventus-ITA).
Meio-campistas: 5 – Casemiro (Manchester United-ING), 7 – Lucas Paquetá (West Ham United-ING), 8 – Fred (Manchester United-ING), 15 – Fabinho (Liverpool-ING), 17 – Bruno Guimarães (Newcastle-ING) e 22 – Everton Ribeiro (Flamengo).
Atacantes: 9 – Richarlison (Tottenham-ING), 10 – Neymar (PSG-FRA), 11 – Raphinha (Barcelona-ESP), 18 – Gabriel Jesus (Arsenal-ING), 19 – Antony (Manchester United-ING), 20 – Vinícius Jr. (Real Madrid-ESP), 21 – Rodrygo (Real Madrid-ESP), 25 – Pedro (Flamengo) e 26 – Gabriel Martinelli (Arsenal-ING).
Curiosidades: As ausências mais comentadas foram do atacante Gabriel Barbosa – que desde 2019 é a principal referência do Flamengo – e dos palmeirenses Marcos Rocha e Dudu. Tite insistiu em Daniel Alves – com 39 anos e que nunca brilhou como esperado pela seleção – e levou absurdos 9 atacantes ao invés de outros nomes para as laterais e meio de campo – setores mais deficientes da seleção há muito tempo.
Com isso, o time outra vez fez uma Copa abaixo da média. Na fase de grupos, venceu Sérvia (2 a 0) e Suíça (1 a 0), mas perdeu para Camarões (1 a 0). Nas oitavas, fez um primeiro tempo dos sonhos contra a Coreia do Sul e venceu por 4 a 1, mas sucumbiu diante da Croácia após empate em 1 a 1 na prorrogação e derrota nos pênaltis por 4 a 2.
Ficou clara a carência de bons laterais – dois deles se lesionaram durante a Copa: Alex Telles e Alex Sandro – e peças de reposição faltaram. Neymar se machucou de novo na fase de grupos e retornou na segunda fase, mas longe de brilhar como o esperado. O time pecou demais na hora de decidir jogos, Tite persistiu com nomes fracos na seleção – Fred, Gabriel Jesus – e não fez nada certo quando mais deveria ter feito, no duelo contra a Croácia. Resultado: mais uma eliminação e outros quatro anos sem um título mundial. Em 2026, será completado o maior jejum entre títulos do Brasil em Copas: 24 anos, a exemplo do hiato entre 1970 e 1994.
Números e fatos de destaque
- Ao longo das Copas, a origem dos jogadores do Brasil mudou bastante. Se antes eles vinham exclusivamente do futebol nacional, os “estrangeiros” passaram a dominar as convocações a partir da Copa de 1994. Nas de 2006 e 2010, apenas três atletas que jogavam por aqui foram chamados em cada uma. Um contraste com o que observamos entre 1938 e 1978, período em que apenas jogadores que atuavam no Brasil foram convocados.
- Dois clubes são verdadeiros “talismãs” do Brasil em títulos mundiais: Palmeiras e São Paulo. Nas cinco campanhas vencedoras, o time canarinho contava com atletas desses clubes.
- O São Paulo é o clube com maior quantidade de atletas campeões mundiais: 13.
- O Botafogo é o clube que mais cedeu atletas à seleção na história das Copas: 48 jogadores.
- Os jogadores brasileiros com o maior número de convocações na história das Copas (em ordem cronológica) são:
Castilho – 4 Convocações – 1950, 1954, 1958 e 1962
Nilton Santos – 4 Convocações – 1950, 1954, 1958 e 1962
Djalma Santos – 4 Convocações – 1954, 1958, 1962 e 1966
Pelé – 4 Convocações – 1958, 1962, 1966 e 1970
Emerson Leão – 4 Convocações – 1970, 1974, 1978 e 1986
Cafu – 4 Convocações – 1994, 1998, 2002 e 2006
Ronaldo – 4 Convocações – 1994, 1998, 2002 e 2006
Thiago Silva – 4 Convocações – 2010, 2014, 2018 e 2022
- Cafu é o brasileiro com mais jogos na história das Copas: 20 partidas, seguido de Ronaldo, com 19, Dunga e Taffarel, com 18 cada, e Lúcio e Roberto Carlos, com 17 cada.
Acima, os recordistas de aparições em Copas.
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Vocês poderiam fazer o mesmo com os convocados para a Copa América de todas as edições? Eu sempre procuro a convocação das Copas Américas (que naquela época se chamava de Campeonato Sul-Americano de Seleções) de 42 e 46 para ter uma ideia com quais jogadores o Brasil jogaria a Copa de 42 e 46.
Fantástico o texto. Trabalho enciclopédico.
E duro ver que, a partir de 2006, o nível começou a descer a ladeira na banguela sem freio (vale o mesmo para a escalação de 2018).
Maravilha! Texto perfeito!!
Obrigado pelo elogio! 😀 😀 😀
Obrigado por esse post, excelente!
PARABENS PELO EXCELENTE TRABALHO, VOCES ESTÃO DE PARABENS MAIS UMA VEZ.
Excelente fonte de pesquisa da participação brasileira em todas as copas. Parabéns. Irretocável.
Muitíssimo obrigado, Ismael!
Que texto sensacional!!! Único! Parabens!
Muito obrigado, Larissa! 😀 😀 😀
Muito bom trabalho, uma verdadeira enciclopédia. Acompanho sempre. Parabéns.
Muito obrigado! 😀