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História da Camisa do Barcelona

Por Guilherme Diniz

A camisa é inconfundível. O futebol também. A identidade, única. A história, rica. Fundado em 1899 por um grupo de suíços, ingleses e espanhóis liderados por Joan Gamper, o Futbol Club Barcelona é um dos clubes mais queridos do mundo e dono de uma das maiores torcidas do planeta, não só na Europa, mas também na Ásia, África e América, principalmente no Brasil.

O Barça posado em 1903.

 

A camisa listrada em azul e grená é uma marca da equipe catalã, que possui várias teorias para a adoção dessas cores tão bonitas e harmoniosas ao extremo quando mescladas como no manto do Barça. A primeira é que as cores foram escolhidas por Arthur Witty, um dos primeiros presidentes do clube, que teria se inspirado no time do Merchant Taylor´s School. Outra teoria é que as cores vieram da primeira república francesa de Robespierre. No entanto, a história mais difundida e aceita é que as cores foram inspiradas no uniforme do Basel, da Suíça, time pelo qual Joan Gamper atuou e torcia em seu país natal. Há quem diga também que as cores foram adotadas pelo fato de na época os lápis de cores azuis e vermelhos serem bem comuns e fáceis de encontrar. Deixando as histórias de lado, o fato é que o uniforme do clube catalão se tornou um dos mais icônicos e bonitos do mundo.

O time de 1929.

 

O primeiro uniforme do Barça foi composto por camisa mesclada em azul e grená, calções brancos e meias pretas. Em 1910, o clube adotou pela primeira vez a camisa listrada, com calções e meias brancas. Três anos depois, os calções e as meias ganharam cores pretas, substituídas pelo tradicional azul somente em 1920.

Kocsis, Kubala e Czibor, com um clássico manto do Barça no final dos anos 50.

 

Kubala, Kocsis e Suárez, em 1961.

 

Os anos se passaram e a equipe mudou bem pouco sua camisa tradicional, ora utilizando listras, ora mesclas largas. As camisas que mais mudaram foram as reservas, que nunca obedeceram um padrão. Elas já tiveram as mais variadas (e bizarras) cores: verde, laranja, preta, verde-água, amarela, azul, azul-celeste, vermelha, cáqui, bege, rosa, azul-escuro, cinza, amarelo-fluorescente, laranja-fluorescente e muitas outras que fazem a alegria dos colecionadores de camisas exóticas.

Koeman com a camisa de 1992.

 

Na temporada de 2012-2013, o time inovou ao não utilizar listras nem mesclas em seu uniforme, adotando o dégradé tanto na camisa número um quanto na reserva. Para alguns, a combinação ficou bonita. Para outros, foi totalmente contra a história do clube. Em 2015, a equipe inverteu suas listras para a horizontal e gerou novas polêmicas. A diretoria alegou que era uma alusão “às bandeiras utilizadas pelos torcedores”, sempre com as listras na horizontal. Na temporada 2016-2017, as listras na vertical voltaram em definitivo.

 

Outro fator interessante foi a ausência durante mais de um século de patrocinadores no uniforme catalão. Eles só começaram a surgir no final da primeira década do século XXI, algo que fez o Barcelona deixar de ser “mais que um clube e virar apenas mais um clube”, segundo Johan Cruyff, um dos maiores ídolos da história blaugrana.

Ronaldinho com a belíssima camisa azul de 2004.

 

 

 

Sem se importar com cores, o Barcelona vem escrevendo sua história com títulos históricos conquistados com qualquer cor de manto, seja laranja (na primeira Liga dos Campeões do clube, em 1992), seja em azul e grená (nos quatro títulos seguintes da Liga e nos Mundiais de 2011 e 2015), seja em laranja-fluorescente (no Mundial de 2009). Para eles, o que importa, mesmo, é o futebol.

 

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Este texto foi uma parceria do Imortais com o Mantos do Futebol, mais completo site brasileiro de notícias sobre camisas de futebol. Acesse este link e confira as novidades e lançamentos de todos os clubes do mundo!

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