Nascimento: 02 de Maio de 1975, em Leytonstone, Londres, Inglaterra.
Posição: Meio-campista
Clubes: Manchester United-ING (1993-2003), Preston North End-ING (1994-1995 – emprestado), Real Madrid-ESP (2003-2007), Los Angeles Galaxy-EUA (2007-2012), Milan-ITA (2009-2010 – emprestado) e Paris Saint-Germain-FRA (2013).
Principais títulos por clubes:
1 Mundial Interclubes (1999), 1 Liga dos Campeões da UEFA (1998-1999), 6 Campeonatos Ingleses (1995-1996, 1996-1997, 1998-1999, 1999-2000, 2000-2001 e 2002-2003), 2 Copas da Inglaterra (1995-1996 e 1998-1999), 4 Supercopas da Inglaterra (1993, 1994, 1996 e 1997) e 1 Copa da Inglaterra Juvenil (1991-1992) pelo Manchester United.
1 Campeonato Espanhol (2006-2007) e 1 Supercopa da Espanha (2003) pelo Real Madrid.
2 Major Leagues Soccer (2011 e 2012) pelo Los Angeles Galaxy.
1 Campeonato Francês (2012-2013) pelo PSG.
Principais títulos individuais:
Melhor Jogador Jovem pela PFA: 1996-1997
Prêmio Tributo da FWA: 2008
Prêmio Sir Matt Busby de Jogador do Ano: 1996-1997
Jogador Inglês do Ano: 2003
Jogador de Clube do Ano da UEFA: 1998-1999
Meio campista de Clube do Ano da UEFA: 1998-1999
Premiação da Década na Premier League (1992-2002): Eleito para o time da década e Autor do Gol da Década no jogo Manchester United x Wimbledon, 17 de agosto de 1996
Personalidade Esportiva do Ano da BBC: 2001
Eleito para o Time do Ano da UEFA: 2001 e 2003
Eleito para o Time do Ano da PFA: 1996-1997, 1997-1998, 1998-1999 e 1999-2000
FIFA 100: 2004
Eleito para o Hall da Fama do futebol Inglês: 2008
Eleito para a Seleção dos Sonhos da Inglaterra do Imortais: 2020
“A maior celebridade futebolística de todos os tempos”
Por Guilherme Diniz
É muito difícil encontrar alguém que não conheça aquele inglês com pinta de galã de Hollywood que se aventurou no mundo do futebol e fez fortuna muito mais por seu desempenho fora dos gramados do que dentro dele. No entanto, aquele mesmo inglês conseguiu provar com títulos e lances sublimes que tinha tanta qualidade com a bola nos pés quanto diante das câmeras dos paparazzi e das agências de publicidade. David Robert Joseph Beckham, ou simplesmente David Beckham, foi o maior fenômeno comercial da história do futebol e quebrou todos os recordes possíveis de vendagens, aparições na mídia e retornos financeiros aos seus clubes. De garoto promissor das categorias de base do Manchester United a mais bem pago do mundo, Beckham conquistou torcedores por onde passou com uma habilidade incrível para bater na bola, dar passes magistrais ou cobrar faltas exuberantes.
Aliás, foram de falta as maiores obras primas de Beckham, seja pelo United, seja pela seleção inglesa. Embora tenha jogado muito menos do que sabia em seus últimos anos de carreira, Beckham deixou um legado histórico e fez escola ao mostrar para os jogadores como se constrói uma imagem de sucesso e como uma marca pessoal pode alavancar uma série de benefícios não só para produtos, mas principalmente para o clube e, claro, para o jogador em si. É hora de relembrar a carreira de um dos mais icônicos atletas da história.
Sumário
Futebolista desde criancinha
Filho de uma cabeleireira (fato que pode explicar as constantes variações capilares do atleta…) e de um montador de cozinhas, David Beckham nasceu em Leytonstone, ao norte de Londres, na chamada Greater London. Desde cedo, o garoto respirava futebol muito por causa de seus pais, fanáticos torcedores do Manchester United e que fizeram, claro, a cabeça do filho e o levaram para o “lado vermelho da força”. Beckham sempre dizia que queria ser jogador de futebol quando crescesse e batalhou por isso. Depois de passar por equipes como Leyton Orient, Norwich City e Tottenham Hotspur, o garoto conseguiu uma chance em seu time do coração, o Manchester United, com 14 anos. Em julho de 1991, já com 16 anos, Beckham foi integrado ao time de juniores da equipe e foi um dos destaques da conquista da Copa da Inglaterra de juvenis ao lado de jogadores como Gary Neville, Nicky Butt e Ryan Giggs.
O talento de Beckham em bolas paradas começava a chamar a atenção de todos, principalmente de Alex Ferguson, que incorporou o futuro craque ao elenco principal já em 1993. Com os treinos, Beckham foi demonstrando muita aplicação tática, disciplina e força tanto na criação quanto na marcação, além de uma fantástica habilidade em passes, cruzamentos, lançamentos de curta e longa distância e, claro, cobranças de falta. O United tinha encontrado, enfim, o maestro que tanto precisava para uma década de ouro.
Ganhando experiência (e títulos)
Depois de ajudar o elenco do United nos anos de 1993 e 1994 e marcar um gol logo em sua estreia na Liga dos Campeões da UEFA de 1993-1994 contra o Galatasaray-TUR, Beckham foi emprestado ao Preston North End (primeiro campeão da história do campeonato inglês) por Alex Ferguson para ganhar mais experiência e “complementar sua educação futebolística”. O jogador marcou dois gols em cinco jogos, incluindo um gol olímpico, e foi mais do que aprovado na tal complementação. Beckham voltou ao United em abril de 1995, quando fez seu debute na Premier League com a camisa dos Red Devils.
O jogador passou a ser um dos xodós de Ferguson naquela época ao lado de Giggs, Butt e os irmãos Neville em um grupo chamado de “Fergie´s Fledglings” (“Os Calouros de Fergie”). Na temporada 1995-1996, Beckham conquistou sua primeira taça do campeonato nacional, além de uma Copa da Inglaterra vencida sobre o Liverpool por 1 a 0. No começo da temporada 1996-1997, Beckham já vestia a camisa 10 quando marcou um golaço de meio de campo em um jogo contra o Wimbledon, que lhe renderia em 2002 o prêmio de “gol da década da Premier League”. Foi naquela temporada que o jogador passou a ter mais responsabilidade e presença entre os titulares após a saída de jogadores como Paul Ince, Mark Hughes e Andrei Kanchelskis. Ferguson depositou suas fichas em Beckham e nos outros novatos ao invés de sair às compras, o que gerou várias críticas e dúvidas. Porém, os resultados daquela turma de ouro enterrariam de vez toda a desconfiança da torcida e da mídia.
Celebridade e craque
Jogando mais, as aparições de Beckham aumentaram não só nas transmissões dos jogos do United na TV, mas também nas revistas de fofocas e celebridades. O motivo? A então spice girl Victoria começou a namorar o astro do United em 1996, mesmo ano da primeira convocação de Beckham para a seleção inglesa. O namoro com Victoria seria crucial para o enorme assédio em torno do jogador e o crescente interesse de empresas em explorar o rosto de galã e o carisma do craque. Bom de bola, boa pinta, titular de um dos maiores clubes do mundo e namorando uma celebridade do mundo pop, Beckham era o personagem perfeito para uma mudança sem precedentes no mundo esportivo. Mas, antes do boom mercadológico, Beckham colocava seu desempenho nos gramados em primeiro lugar.
Entre 1997 e 1999, o jogador viveu seu auge com um futebol solidário e passes sublimes para os companheiros. Beckham não era de fazer muitos gols, mas sim de dá-los para Giggs, Keane, Yorke e companhia destroçarem os rivais. Essencial para o United, Beckham passou a ser intocável, também, na seleção, sendo uma das estrelas do time para a disputa da Copa do Mundo de 1998, na França.
Debute e decepção
Na Copa, Beckham era um dos jovens talentos de uma equipe que poderia fazer bonito no mundial. Seaman, Campbell, Ince, Scholes, Sheringham, Shearer e Owen eram só alguns dos craques presentes no selecionado comandado por Glenn Hoddle. Na estreia inglesa, Beckham não jogou e viu seu time derrotar a fraca Tunísia por 2 a 0. Na partida seguinte, o craque entrou ainda no primeiro tempo, mas não conseguiu ajudar a Inglaterra a derrotar a Romênia, que venceu por 2 a 1. No último e decisivo jogo, vitória por 2 a 0 sobre a Colômbia com Beckham dando seu primeiro cartão de visitas em uma Copa: um golaço de falta, ao seu estilo, com categoria e precisão milimétrica. No entanto, aquele momento de glória do craque iria ruir completamente já nas oitavas de final, contra a Argentina.
A Inglaterra fazia um bom jogo e empatava em 2 a 2 contra os Hermanos, com direito a um golaço de Owen. Mas, no começo do segundo tempo, Beckham perdeu a cabeça, tentou dar um chute em Simeone e foi expulso com dois minutos de jogo. Naquele instante, o mundo desabaria sobre o jogador, que faria muita falta aos ingleses no decorrer do jogo. A partida foi para os pênaltis e a Argentina venceu por 4 a 3. Beckham, como não poderia deixar de ser, foi duramente criticado pela imprensa e pela torcida inglesa e acusado de ter sido o responsável direto pela eliminação do English Team do mundial. Jornais começaram a zombá-lo, torcedores a vaiá-lo e o jogador viveu seis meses de inferno astral que o levaram até a receber ameaças de morte. Foi apenas em 1999 que Beckham conseguiu dar a volta por cima pelo seu clube, mostrando em campo o quão decisivo ele poderia ser.
Essencial no Treble
Na temporada 1998-1999, o Manchester United de Beckham fez história ao conquistar o inédito Treble (Campeonato Inglês, Copa da Inglaterra e Liga dos Campeões da UEFA). Beckham foi simplesmente mágico durante a trajetória do time nos torneios, principalmente na Copa da Inglaterra, quando ele abriu o placar na vitória histórica por 2 a 1 sobre o Arsenal na semifinal. Na Liga dos Campeões, o jogador viveu uma noite emblemática na final contra o Bayern München-ALE no Camp Nou, em Barcelona. O Bayern começou melhor e abriu o placar logo de cara, num gol de falta marcado por Basler aos seis minutos. O Manchester sentiu o baque e sofreu constantes ataques dos alemães, que conseguiam marcar muito bem a dupla de ataque Cole-Yorke e as investidas de Beckham e Giggs. A equipe inglesa parava no paredão de Munique e na ausência de Keane, suspenso pelo cartão amarelo que havia levado na semifinal contra a Juventus. No segundo tempo, o Bayern continuou a pressionar e mandar bolas na trave.
Quando o jogo caminhava para seus momentos finais, o técnico do United, Alex Ferguson, foi para o tudo ou nada. Ele tirou Blomqvist e colocou Sheringham, e sacou Cole para a entrada de Solskjaer. Mal sabia (ou sabia?) o treinador que aqueles substitutos fariam história no abarrotado Camp Nou. Aos 46´do segundo tempo, já nos três minutos de acréscimo sinalizados pelo árbitro Pierluigi Colina, o Manchester United teve um escanteio a seu favor. O goleiro Schmeichel foi até a área para tentar algo para o time inglês. Com praticamente 21 homens na área do Bayern, Beckham cobrou, a bola foi rebatida mal pela zaga alemã e ela sobrou para Sheringham empatar o jogo: 1 a 1. O estádio explodiu. E o Bayern ficou atordoado. Parecia que a partida iria para a prorrogação. Mas só parecia. Perto dos 48 minutos, novo escanteio para o MU. Era o último lance do jogo. De novo Beckham na bola. Ele chutou… Ela voou… E foi de encontro aos pés de Solskjaer. GOL!!!
O Manchester United, nos três últimos minutos da final, fazia os dois gols da virada por 2 a 1. Ninguém acreditava! O estádio espanhol via a mais emocionante decisão de Liga dos Campeões da história (até um certo milagre de Istambul aparecer, em 2005, na final Milan e Liverpool…) terminar com a apoteose do maior esquadrão da Europa naquela temporada: o Mancheter United, depois de 31 anos, campeão europeu! Era o auge dos Red Devils e de Beckham, que seria escolhido pela FIFA naquele ano de 1999 o segundo melhor jogador do mundo.
Títulos e a volta por cima na seleção
Beckham seguiu conquistando títulos e mais títulos pelo United nos anos seguintes e a aumentar cada vez mais sua conta bancária com campanhas publicitárias, aparições na mídia e sua imagem associada às mais diversas marcas e produtos. Naquele começo de anos 2000, o jogador ainda se dedicava muito ao futebol e era intocável no United e também na seleção. Em novembro de 2000, o jogador recebeu pela primeira vez a braçadeira de capitão do English Team, uma realização inesquecível como o próprio craque afirmou à BBC naquele ano:
“Esse é um dos momentos de maior orgulho na minha carreira. Isso (ser capitão) sempre foi uma das minhas ambições. Quando eu era criança eu sonhava em ser o capitão da seleção e agora isso se tornou realidade”. David Beckham, à BBC Sports, em 2000.
Ali, começava uma nova era para o jogador: a de craque maduro e que chamava a responsabilidade para si. Beckham foi o capitão da Inglaterra entre 2000 e 2006 e calou todos aqueles que tanto o execraram após a Copa de 1998 com um gol histórico. Em outubro de 2001, a Inglaterra enfrentava a Grécia em Old Trafford e precisava de uma vitória ou um empate para garantir uma vaga na Copa do Mundo de 2002. Ao contrário do que se imaginava, os ingleses tinham muita dificuldade para superar os gregos, que venciam o jogo por 2 a 1 até os minutos finais. Foi então que a Inglaterra teve uma falta a seu favor perto da grande área. O capitão Beckham foi para a bola sabendo que se fizesse o gol colocaria seu país no mundial e calaria de vez todos os críticos que sempre bajulavam sua vida de celebridade e de pop star. Beckham bateu… E marcou um golaço! O estádio explodiu em festa, assim como Beckham, que vibrou como jamais havia vibrado. A Inglaterra estava na Copa e Beckham no rol de imortais do English Team. O feito levou o jogador a ser escolhido a personalidade esportiva do ano pela BBC, além de colocá-lo de vez no seleto grupo dos maiores craques do planeta de uma vez por todas.
A vingança pode ser doce
Para o azar de Beckham e da Inglaterra, a equipe europeia foi sorteada no “grupo da morte” do mundial de 2002 ao lado de Suécia, Nigéria e… Argentina. Seria extremamente complicado para os comandados de Sven-Göran Eriksson conseguir a classificação, mas Beckham não ia admitir surpresas e decepções ainda mais com os algozes de 1998 no mesmo grupo que ele. Na estreia, a Inglaterra empatou em 1 a 1 com a Suécia. Na partida seguinte, Beckham viveu outro momento mágico ao marcar, de pênalti, o gol da vitória sobre a Argentina por 1 a 0, resultado que deu ao jogador uma doce vingança sobre aquele rival que tanto prejudicou sua carreira em 1998. Ele cobrou com categoria e vibrou com raiva, gana e alívio por exorcizar de vez o fantasma sul-americano. A Argentina seria eliminada e a Inglaterra garantiria a classificação com o empate em 0 a 0 com a Nigéria.
No mata-mata, os ingleses golearam a Dinamarca por 3 a 0 nas oitavas de final, mas caíram para o Brasil de Rivaldo e Ronaldinho nas quartas por 2 a 1, em mais uma dolorosa eliminação em mundiais, embora menos trágica quanto à de 1998.
E a fama subiu à cabeça
Casado, com uma vida social intensa e já consagrado, Beckham cometeu o erro de deixar a vida do glamour e da fama interferir em seu desempenho profissional. O jogador antes aplicado nos treinamentos e dedicado deu lugar a um atleta ausente e já sem o poder de decisão de antes. Em 2003, Beckham viveu o auge dos problemas justamente com um de seus maiores amigos e mentores no futebol: Alex Ferguson. A dupla se desentendeu no vestiário do United após um jogo contra o Arsenal pela Copa da Inglaterra. A discussão foi tão grande que Ferguson acertou Beckham com uma chuteira no rosto. Aquilo foi o estopim para o jogador frequentar o banco de reservas, perder espaço e ser vendido ao Real Madrid-ESP, em 2003, por 35 milhões de euros. Ferguson comentou sobre o atrito com Beckham em 2007 ao The Independent:
“Ele (Beckham) nunca foi um problema até se casar. Ele costumava trabalhar junto com os técnicos e preparadores físicos até de noite, era um profissional fantástico. O casamento o levou ao mundo do entretenimento, que mudou sua vida para sempre. Ele é uma grande celebridade, o futebol é apenas a menor parte”. Alex Ferguson, ao The Independent, setembro de 2007.
No Real, Beckham se juntou a craques do mais alto escalão como Zidane, Ronaldo, Casillas, Roberto Carlos, Figo, Raúl e Morientes. A chegada do inglês ao Real trouxe vertiginosos lucros ao clube merengue, que passou a excursionar pela Ásia (onde Beckham é quase um deus) e a disputar amistosos que renderam milhões aos cofres da equipe. Beckham não conseguiu ter o mesmo desempenho de antes muito por causa dessa vida de glamour e eventos frenéticos, e conquistou apenas dois títulos: um campeonato nacional e uma supercopa da Espanha. No período de 2003 a 2007, o craque inglês teve de se acostumar com a crescente ascensão do Barcelona de Ronaldinho, Eto´o e Deco, campeão de quase tudo no período – inclusive de uma Liga dos Campeões da UEFA, torneio que o Real protagonizou papelões esquecíveis.
Última Copa e aventura nos EUA
Perto dos 30 anos e responsável direto pelos lucros do Real Madrid em vendas de produtos que superaram os US$ 600 milhões em quatro anos, Beckham deixou os merengues em 2007 para ajudar na emancipação da marca de outra equipe: o Los Angeles Galaxy, dos EUA. Antes disso, o jogador disputou sua última Copa do Mundo pela Inglaterra, na Alemanha, em 2006. Novamente capitão, Beckham foi decisivo na partida de oitavas de final contra o Equador, quando marcou, de falta, o gol da classificação. Na etapa seguinte, os ingleses viveram outra vez o fantasma das quartas de final e foram eliminados por Portugal nos pênaltis.
Na partida contra os portugueses, Beckham foi substituído no começo do segundo tempo por causa de uma lesão, ficou desconsolado e chorou no banco de reservas por não poder ajudar sua seleção. Aquela foi a última Copa do jogador, que se contundiu as vésperas do mundial da África do Sul em 2010 e ficou de fora de sua quarta Copa. O jogador se aposentou da seleção e foi o primeiro inglês a marcar gols em três mundiais distintos, além de superar Bobby Moore em número de partidas disputadas pela seleção: 115 jogos, atrás apenas do goleiro Peter Shilton (125).
Nos EUA, Beckham conseguiu gerar lucros e mais lucros ao Los Angeles Galaxy, alavancou a liga nacional americana em termos de publicidade e presença do público e voltou a mostrar um bom futebol com gols e assistências que ajudaram o clube nas conquistas dos campeonatos nacionais de 2011 e 2012. Paralelo ao Galaxy, Beckham ainda disputou algumas partidas pelo Milan-ITA, onde não conquistou títulos, mas teve alguns lampejos de brilho pelo campeonato italiano. O jogador ficou no futebol americano até 2012, quando se transferiu para o PSG-FRA no começo de 2013.
Última taça e aposentadoria
Na França, Beckham jogou pouco, mas o suficiente para vencer um campeonato nacional e ostentar a façanha de ter sido campeão de quatro ligas diferentes (Inglaterra, Espanha, EUA e França). No curto período em Paris, as camisas de número 32 de Beckham venderam aos montes, claro, e o clube francês também conseguiu lucros com a presença do craque no elenco. Em maio, o jogador anunciou sua aposentadoria dos gramados aos 38 anos. Beckham deve continuar ligado ao clube como embaixador e manter sua ligação com o futebol, que é extremamente íntima e simbiótica.
Mito
A aposentadoria de Beckham coloca fim a um dos maiores mitos do esporte mundial. O jogador construiu uma das marcas mais valiosas do planeta e foi exemplo de sucesso dentro e fora dos gramados. Humilde, educado e com os pés no chão, Beckham não foi apenas um ótimo vendedor de produtos, mas também um jogador exemplar, profissional, dedicado e decisivo em muitos momentos. O inglês fez escola para que muitos outros jogadores como Ronaldo, Cristiano Ronaldo, Kaká, Ronaldinho, Messi e Neymar construíssem fortunas vendendo suas imagens para as mais diversas empresas. Claro, o jogador foi muito beneficiado pela boa aparência e pelo perfil ideal para os flashes, campanhas e desfiles de moda, além de lançar moda com seus cortes de cabelo, vestimentas e acessórios. Beckham foi um Midas do mundo da bola, uma pessoa que parece ter nascido para a fama, para o estrelato e para a glória. Um craque que fez história, gols, lucros e fãs. E que dificilmente será igualado tão cedo, seja em campo, seja principalmente fora dele.
Números de destaque:
Primeiro jogador britânico a disputar 100 partidas de Liga dos Campeões da UEFA
Terceiro na lista de maiores assistentes da Premier League: 152 assistências em 265 jogos.
Disputou 394 jogos e marcou 85 gols pelo Manchester United.
Disputou 115 jogos e marcou 17 gols pela seleção da Inglaterra.
Possui uma fortuna estimada de US$ 437 milhões
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Ele foi um dos primeiros “craque-celebridades”. Hoje em dia, vemos CR7 e Neymar como uma mistura de jogadores de futebol e popstar. Antes do Beckham, o George Best já tinha um estilo assim (só que bem baladeiro). Mas ele jogou muita bola. Me lembro de uma propaganda da Pepsi que colocou jogadores do Real Madrid e do Manchester United em uma disputa como se fosse um duelo de velho oeste e o Beckham se dava bem sobre o Casillas (na época, ele jogava no Manchester). Jogou muita bola.
o Beckham foi mesmo um imortal,acho que outro imortal que mereçe ser relembrado aqui é o Luís Figo
Esse sem duvidas é um mito do Futebol ! Grande craque inglês, com certeza um dos maiores da Inglaterra de todos os tempos. Parabéns !
Vocês podem fazer sobre o Paul Scholes também, abraço.
Sensacional esse artigo!! Beckham se aposenta e o mundo do futebol fica um pouco mais triste… E sejamos realistas, mais feio também né? rs…