Grandes feitos: Campeão da Copa Libertadores da América (2011), Campeão da Copa do Brasil (2010), Campeão da Recopa Sul-Americana (2012) e Tricampeão Paulista (2010, 2011 e 2012).
Time base: Rafael (Felipe); Danilo (Pará / Jonathan), Edu Dracena (Bruno Rodrigo), Durval e Léo (Alex Sandro / Juan); Adriano (Wesley / Henrique), Arouca (Marquinhos), Elano (Robinho) e Paulo Henrique Ganso (Alan Patrick / Maikon Leite); Neymar e Zé Eduardo (André / Borges / Alan Kardec). Técnicos: Dorival Júnior (2010), Adílson Batista (2011) e Muricy Ramalho (2011-2012).
“Santástico – Parte 3”
Por Guilherme Diniz
Dizem que raios dificilmente caem mais de uma vez no mesmo lugar. Mas, quando se trata de uma Vila localizada na cidade de Santos (SP), esse conceito pode ser considerado uma boa piada. Por lá, “raios” únicos e impressionantes já caíram três vezes e em todas deixaram vestígios dourados e inesquecíveis. No final dos anos 50, o primeiro deles, Pelé, foi simplesmente fenomenal e único, capaz de transformar um time comum no maior esquadrão da Terra. Já no novo milênio, um novo raio chamado Robinho devolveu o brilho aos torcedores santistas dando dois Campeonatos Brasileiros ao clube. Quando todos pensavam que o estoque de luz havia terminado por lá, eis que um novo e endiabrado garoto surgiu para provar de uma vez por todas que a Vila Belmiro era, sim, um local único e com ares sobrenaturais. Neymar, um magricela com uma técnica única, pintou São Paulo, Brasil e a América de preto e branco entre os anos de 2010 e 2012.
Mas não foi apenas o camisa 11 que teve destaque. Robinho, o ídolo do renascimento, também colaborou. Elano e Léo, também daquela era, voltaram e brilharam. André, matador, foi a simbiose perfeita ao lado de Neymar nas conquistas de 2010. E ainda teve Arouca. Danilo. Alex Sandro. Wesley. Edu Dracena. Durval. Rafael. Entre 2010 e 2012, o torcedor do Santos celebrou seis títulos e viveu momentos de puro deleite. O único momento de tristeza foi a disputa do Mundial de Clubes de 2011, quando um esquadrão azul e grená destroçou as esperanças do trimundial alvinegro. É hora de relembrar.
Os novos ares da democracia
Depois de anos mágicos entre 2002 e 2004, com dois títulos nacionais e um vice-campeonato da Copa Libertadores, o Santos passava por momentos de transição no final de 2009. A equipe não vinha de bons resultados nos anos anteriores, bons jogadores eram escassos e a gestão do presidente Marcelo Teixeira já se tornara sufocante e interminável – ele estava há dez anos no poder. Em novembro daquele ano, com mais de 60% dos votos, Luis Álvaro Ribeiro, o LAOR, foi eleito presidente do clube e encerrou, enfim, a gestão Teixeira no Peixe. Para mostrar serviço logo de cara, o novo mandatário trouxe, em 2010, o ídolo Robinho, que chegou por empréstimo do Manchester City-ING.
Além dele, chegaram à Vila os volantes Arouca e Wesley e o goleiro Rafael, que se juntaram aos jovens Paulo Henrique Ganso, André e Neymar, este com apenas 17 anos e tido como grande promessa da equipe para o futuro. Para comandar essa turma toda, LAOR trouxe o técnico Dorival Júnior, que tinha acabado de levar o Vasco de volta à Série A do Campeonato Brasileiro. Dorival percebeu que o elenco santista poderia dar liga com um treinamento focado na velocidade e no poder ofensivo de Ganso, André, Neymar e Robinho. Leves, rápidos e com o apetite por gols nas alturas, aquela garotada teria no Campeonato Paulista o palco ideal para aprimorar o entrosamento. E golear os adversários.
Meninos dos gols
Logo na estreia do Estadual, o Santos goleou o Rio Branco por 4 a 0, com dois gols de Ganso e dois de Neymar. Era só o início de uma campanha avassaladora do time no primeiro turno da competição. A equipe alvinegra foi líder com 15 vitórias, dois empates e apenas duas derrotas em 19 jogos. O grande trunfo ficou por conta da quantidade de gols marcados: 61, uma média absurda de 3,21 gols por jogo! Entre as sapecadas do time de Neymar e companhia destaque para as goleadas sobre Bragantino (6 a 3), Monte Azul (5 a 0), Prudente (5 a 0), Sertãozinho (4 a 2), Botafogo-SP (4 a 2) e Ituano (9 a 1). Embalados, os santistas não tomaram conhecimento do São Paulo, nas semifinais, e venceram o primeiro jogo por 3 a 2 (gols de Júnior César, contra, André e Durval) e por 3 a 0, na Vila, com dois gols de Neymar e um de Ganso, resultado que colocou a equipe na decisão do torneio.
Paralelo aos jogos do Campeonato Paulista, o Santos teve compromissos pela Copa do Brasil, competição até então jamais vencida pelo time alvinegro. E a estreia da equipe não poderia ser melhor. No primeiro jogo, contra o modesto e desconhecido Navirairense, do Mato Grosso do Sul, o time paulista venceu por 1 a 0, fora de casa, com um gol de Marquinhos. Na volta, na Vila, a torcida santista presenciou um show de seus meninos: 10 a 0. Isso mesmo! Ganso, André (3), Neymar (2), Robinho, Marquinhos e Madson (2) humilharam os rivais com uma apresentação de gala que não deixou a “zebra” nem sequer entrar na Vila Belmiro. Na segunda fase, a equipe eliminou o jogo de volta ao golear o Remo, no Mangueirão, por 4 a 0 (dois gols de Neymar e dois de André). Nas oitavas de final, em abril, o Santos enfrentou o Guarani na Vila Belmiro e, no dia de seu aniversário de 98 anos, o alvinegro se presenteou com uma goleada por 8 a 1, com direito a cinco gols de Neymar, dois de Robinho e um de Marcel.
Era a terceira goleada da equipe por mais de sete gols em apenas quatro meses! O time de Dorival Júnior começava a despertar a atenção de todo país pelo futebol vistoso e bonito que praticava, que tinha a cadência e plasticidade de Ganso no meio de campo, a velocidade e talento de Neymar, as artimanhas e escapadas de Robinho e a letalidade na grande área de André. Não bastava àquele esquadrão jogar bola e golear. Era preciso se exibir e esbanjar talento para sua plateia, além de realizar as mais variadas dancinhas nas comemorações dos gols.
Sorte, talento e título
No dia 25 de abril, o Santos começou a decidir o Campeonato Paulista de 2010 contra o surpreendente Santo André. O time do ABC paulista chegava à final depois de fazer uma ótima campanha e mostrar muita eficiência ofensiva com Branquinho, Bruno César, Nunes e Rodriguinho. No primeiro duelo, no Pacaembu, o Peixe fez um primeiro tempo apagado, mas acordou na segunda etapa e venceu o Ramalhão, de virada, por 3 a 2, com dois gols de Wesley e um de André. Três dias depois, a equipe foi até o Mineirão enfrentar o Atlético-MG pela Copa do Brasil e perdeu por 3 a 2, com os três gols do Galo marcados por Diego Tardelli. Robinho e Edu Dracena anotaram para o Peixe.
No dia 02 de maio, novamente no Pacaembu, Santos e Santo André fizeram um confronto simplesmente maravilhoso. Totalmente ofensivos, os times não ficaram atrás e procuraram o gol desde o início do jogo. O Ramalhão abriu o placar com Nunes, no primeiro minuto. Aos oito, o Santos respondeu com um golaço digno da arte daquela equipe: passe de letra de Robinho para Neymar, que escapou de um marcador, do goleiro, de mais um marcador e fuzilou. Golaço! Sem se abater, o Santo André continuou no ataque, mandou bola na trave e teve um gol mal anulado pela arbitragem. Aos 19´, Alê marcou o segundo do time do ABC, que precisava de mais um para ser campeão pelo fato de o Santos ter melhor campanha.
Neymar, com sua agilidade e talento, começou a enervar os jogadores do Santo André e provocou uma confusão ao cair e ser acusado de simulação pelos rivais. O juiz acabou expulsando Léo, do Santos, e Nunes, do Ramalhão. As equipes ficaram com dez homens e o Santos aproveitou para empatar. Aos 31´, mais uma jogada plástica do time da Vila: Robinho ganhou a dividida com Branquinho, avançou e tocou para Ganso. O meia tocou de primeira e de letra para Neymar, que marcou o segundo dele no jogo. Quanta beleza! Que passe de Ganso! E que partida!
Aos 37´, o Santos perdeu Marquinhos, expulso, e deixou a torcida apreensiva. Aos 44´, contra-ataque letal do Santo André, bola de pé em pé até a conclusão de Branquinho: 3 a 2. E mais um golaço no Pacaembu. Em apenas 45 minutos, cinco gols, três pinturas e três expulsões. E ainda tinha o segundo tempo! Nele, o ritmo das equipes diminuiu naturalmente, o Santos passou a se defender mais e a partida ficou tensa. Nos ataques que construía, o Santo André levava perigo e só não marcava o gol por causa da sorte que acompanhava o time da Vila. Nervoso, o alvinegro voltou a ter um jogador expulso – Roberto Brum, substituto de Neymar, aos 36´. Desesperado para recompor sua defesa a fim de evitar investidas mortais de um adversário com dois jogadores a mais, Dorival Júnior decidiu tirar Ganso para colocar um zagueiro. No entanto, o meia se negou a deixar o gramado num momento de muita personalidade. Com a bola no pé, Ganso conseguia ganhar preciosos segundos e impedia o Santo André de ir ao ataque. A atitude foi bastante elogiada por Dorival na época:
“Foi uma atitude de homem. Ele (Ganso) era o único que botava o pé em cima da bola, que fazia o time segurar o jogo. Essa é a postura de alguém que foi importantíssimo para o título”. – Dorival Júnior, em entrevista à Folha de S. Paulo, 03 de maio de 2010.
E o treinador foi preciso nas palavras. A bola procurou Ganso durante todo o segundo tempo e o meia foi solicito com a redonda em todo momento. Com sua classe e vivendo um momento único, o meia jogou muito e foi fundamental para o Peixe segurar o resultado. O Santo André ainda acertou uma bola na trave, aos 44´, mas a sorte estava mais do que ao lado do Santos. Com o apito do árbitro, estava sacramentado o título estadual alvinegro, o 18º da história do clube. O troféu premiava a equipe que jogara o futebol mais vistoso, artístico e ofensivo de todo o campeonato. Em 23 jogos, o Santos venceu 18, empatou dois e perdeu apenas três. Foram 72 gols marcados e 31 sofridos, média de 3,13 gols por jogo que deu ao Peixe a alcunha de time mais ofensivo do Campeonato Paulista desde o impressionante Palmeiras de 1996. Neymar foi o artilheiro da equipe com 14 gols, seguido de André, com 13, e Ganso, com 11.
Meninos do Brasil
Três dias depois da conquista estadual, o Santos voltou a campo para reverter a vantagem do Atlético-MG na segunda partida das quartas de final da Copa do Brasil. Jogando na Vila, a equipe alvinegra seguiu no embalo do título paulista e venceu por 3 a 1, com gols de André, Neymar e Wesley. Na semifinal, o time encarou o Grêmio e perdeu o primeiro duelo, em Porto Alegre, por 4 a 3 (André, duas vezes, e Robinho fizeram para o Peixe). Na Vila, o alvinegro voltou a reverter a vantagem do rival e fez 3 a 1, com gols de Ganso, Robinho e Wesley, resultado que colocou o Santos em mais uma final.
Em junho, o time entrou de férias por causa da Copa do Mundo e o Brasil inteiro esperava que o técnico da Seleção Brasileira na época, Dunga, convocasse Ganso e Neymar, mas as esperanças foram por água abaixo após o anúncio da lista sem a dupla alvinegra. Em terras africanas, o Brasil não jogou nada e foi eliminado nas quartas de final para a Holanda.
Em julho, o Peixe começou a decidir o título da Copa do Brasil contra o Vitória. Na primeira partida, na Vila, Neymar e Marquinhos fizeram os gols da vitória por 2 a 0. Na volta, em Salvador, Edu Dracena abriu o placar para o Santos ainda no primeiro tempo, o Vitória virou para 2 a 1 na segunda etapa, mas não foi o bastante para impedir o título inédito do esquadrão alvinegro. Além da taça, o Santos teve o melhor ataque de uma só edição na história da Copa do Brasil: 39 gols em apenas 11 jogos, média de 3,5 gols por jogo. Somando os gols da Copa e do Campeonato Paulista, o Santos contabilizou incríveis 111 gols em 34 jogos, média de 3,26 gols por jogo. A segunda taça no ano (algo que não acontecia na Vila desde 1968) deu ao time de Neymar e companhia uma vaga na Copa Libertadores de 2011, torneio que seria tratado com extrema importância pela diretoria. Mas, antes disso, seria necessário evitar a debandada de jogadores.
Saídas, intrigas e chegadas
Após o título nacional, o Santos começou a sofrer com a saída de seus atletas. Robinho voltou ao Manchester City, André foi negociado com o Dínamo Kiev-UCR e Wesley foi jogar no Werder Bremen-ALE. Para piorar, Ganso sofreu uma grave contusão e desfalcaria o time alvinegro por um bom tempo. Outro que quase deixou a Vila foi Neymar, mas um árduo trabalho de bastidores somado a uma provençal interferência de Pelé manteve o craque no Brasil. Para amenizar as perdas, a diretoria trouxe o lateral-direito Danilo e anunciou, em novembro, a repatriação de Elano, ídolo da segunda geração de ouro da Vila e que estava no Galatasaray-TUR. Nesse período, o time perdeu a chance de conquistar a Tríplice Coroa ao não fazer uma boa campanha no Campeonato Brasileiro e terminar apenas na oitava posição.
Um dos motivos para o baixo rendimento, além das saídas pós-Copa do Brasil, foi o desentendimento entre Neymar e Dorival Júnior após uma partida contra o Atlético-GO. Neymar foi impedido de bater um pênalti pelo treinador e xingou Dorival de maneira impiedosa, mostrando clara repulsa por não poder efetuar a cobrança. Dorival afastou Neymar por indisciplina, mas a diretoria do alvinegro se mostrou mais solidária ao jovem atacante e demitiu o técnico por “insubordinação”. A diretoria queria que o garoto voltasse a campo para um clássico contra o Corinthians, pelo Brasileirão, mas Dorival manteve a suspensão. Essa queda de braço serviu como claro exemplo da importância do jogador para o Santos na época. O curioso é que Neymar jogou o clássico, fez gol, mas o Santos perdeu por 3 a 2 em plena Vila Belmiro.
O troco no rival
Na temporada de 2011, o Santos estreou técnico novo (Adílson Batista) e começou a defender seu título no Campeonato Paulista com uma vitória por 4 a 1 sobre o Linense. Mas a boa estreia não foi suficiente para manter o treinador na Vila. Depois de apenas 11 jogos, Adílson foi demitido e deu lugar a Marcelo Martelotte, que assumiu o comando do Peixe interinamente. Em abril, Muricy Ramalho foi contratado e começou a modelar o time à sua imagem e semelhança na reta final do torneio estadual. Depois de um empate sem gols contra o Americana, na 18ª rodada, o Santos venceu o Paulista, em casa, por 3 a 0, e se classificou para a fase de mata-mata na quarta posição com 11 vitórias, cinco empates e três derrotas em 19 jogos, com 40 gols marcados (melhor ataque) e 20 sofridos. Com Muricy, o Santos perdeu o ímpeto ofensivo do ano anterior e passou a ter mais segurança na defesa, sofrendo poucos gols e mantendo mais a posse de bola. Vale lembrar que as saídas de André e Robinho, bem como os problemas físicos de Ganso, interferiram demais no desempenho da equipe no quesito ataque.
Nas quartas de final do Estadual, o Santos bateu a Ponte Preta por 1 a 0 (gol de Neymar), e venceu o São Paulo por 2 a 0 na semifinal (gols de Elano e Ganso). Na decisão, a equipe encarou o Corinthians e empatou o primeiro jogo em 0 a 0, no Pacaembu. Na segunda partida, na Vila Belmiro, Arouca e Neymar fizeram os gols da vitória por 2 a 1 que deu ao Peixe o bicampeonato paulista – e a doce vingança pela perda do caneco estadual para o rival alvinegro em 2009. Assim como em 2010, o Santos teve o melhor ataque da competição com 45 gols marcados em 23 jogos e viu Elano se destacar como o grande artilheiro do time e do torneio com 11 gols. Zé Eduardo e Maikon Leite marcaram sete gols cada e foram os outros goleadores do time.
O caminho da América
Durante as partidas do Campeonato Paulista, o Santos teve compromissos sérios pela Copa Libertadores da América. No Grupo 5, a equipe brasileira estreou com um empate sem gols contra o Deportivo Táchira-VEN e voltou a empatar no segundo jogo, contra o Cerro Porteño-PAR, em 1 a 1. No terceiro jogo, no Chile, contra o tradicional Colo-Colo, Elano e Neymar fizeram os gols do Peixe, mas os chilenos venceram por 3 a 2 e colocaram pressão nos alvinegros para o returno da chave. Mas a equipe da Vila deu o troco em todos os rivais e venceu seus três jogos restantes: 3 a 2 no Colo-Colo, em casa (gols de Elano, Danilo e Neymar), 2 a 1 no Cerro, fora (gols de Danilo e Maikon Leite), e 3 a 1 no Táchira, em casa (gols de Neymar, Danilo e Jonathan). Com 11 pontos em seis jogos, o Santos se classificou na segunda posição, atrás do Cerro.
A partir da fase de mata-mata, a equipe praiana passou a ser bem econômica nos gols e usar e abusar da força defensiva proposta por Muricy Ramalho. Nas oitavas, contra o América-MEX, Ganso marcou o gol da vitória por 1 a 0 na partida de ida, na Vila. Na volta, no mítico estádio Azteca, o Peixe segurou o empate sem gols e se garantiu nas quartas de final. Um fato em destaque é que o alvinegro foi o único clube brasileiro a se garantir entre os oito melhores da América naquele mês de maio. Motivo? Todos os outros quatro brasileiros no torneio (Cruzeiro, Internacional, Fluminense e Grêmio) foram eliminados no mesmo dia na chamada “quarta-feira do terror”.
Para mostrar que queria voltar a ser campeão sul-americano depois de quatro décadas, o Santos não temeu a altitude de Manizales, na Colômbia, e venceu o Once Caldas (algoz do time nas quartas de final de 2004) por 1 a 0, gol de Alan Patrick. Na volta, no Pacaembu, o empate em 1 a 1 pôs o Peixe na semifinal. Nela, o reencontro com o Cerro Porteño-PAR. Na ida, em São Paulo, o capitão Edu Dracena fez o gol de mais uma vitória mínima do alvinegro. Na volta, em Assunção, um jogo repleto de gols terminou empatado em 3 a 3, com os gols do Santos anotados por Neymar, Zé Eduardo e Jonathan. Depois de oito anos, o Peixe estava de volta a uma final de Libertadores. E viveria um momento de pura nostalgia ao ficar sabendo qual seria seu adversário: o Peñarol-URU, o mesmo que enfrentou o time da Vila na decisão de 1962, ano do primeiro título continental do time alvinegro.
Reis da América, 48 anos depois
A primeira partida da final foi disputada no lotado estádio Centenário, em Montevidéu. O Peñarol apostava na força de sua torcida e na garra de seus jogadores para conseguir pelo menos uma vitória mínima e jogar pelo empate na volta, em São Paulo. Mas a zaga alvinegra voltou a jogar muito, Rafael pegou tudo e o placar não saiu do zero. Na volta, quase 40 mil torcedores lotaram o Pacaembu na esperança de um título que não vinha há 48 anos. Depois de um primeiro tempo tenso, sem gols e com perigosas investidas dos uruguaios, o Santos abriu o placar logo no primeiro minuto de jogo após Ganso deixar com Arouca, este passar por vários marcadores e deixar para Neymar bater de bate-pronto: 1 a 0. Se alguém ainda duvidava do poder de decisão do camisa 11, ali estava a resposta. Aos 23´, Danilo recebeu na direita e chutou da entrada da área para marcar o segundo: 2 a 0. O Peñarol ainda tentou assustar quando Durval, contra, fez o primeiro da equipe aurinegra, aos 34´, mas o Santos se segurou, quase fez o terceiro, e conquistou o tricampeonato continental.
Era o fim de uma longa espera e da consagração de um time que tanto brilhava desde 2010. Mais do que isso, era o elixir de Neymar, símbolo maior daquela terceira geração de ouro do time da Vila e disparado o melhor jogador revelado no Brasil em muitos anos. Em 14 jogos, o Santos venceu sete, empatou seis e perdeu apenas um, com 20 gols marcados e 13 sofridos. Neymar foi o artilheiro da equipe com seis gols, um a menos que os artilheiros do torneio, Nanni, do Cerro, e Wallyson, do Cruzeiro, com sete gols cada.
À espera do Mundial
Como acontece (infelizmente) com a maioria dos times do Brasil que vence a Libertadores, o Santos poupou vários titulares no segundo semestre com o intuito de se “preservar” para a disputa do Mundial de Clubes da FIFA, em dezembro, no Japão. Com o reforço de Borges para o ataque, a equipe alvinegra ainda fez boas partidas no Brasileirão, mas terminou apenas na 10ª colocação. Borges ainda foi o artilheiro do torneio com 23 gols e Neymar deixou sua marca 13 vezes. Um dos destaques da participação da equipe na competição nacional foi o mágico duelo contra o Flamengo, no primeiro turno, na Vila. A partida terminou com vitória rubro-negra por 5 a 4, mas Neymar deu show naquele jogo com um gol simplesmente mágico que ganhou até o Prêmio Puskás da FIFA de gol mais bonito da temporada. Leia mais sobre aquele jogo clicando aqui.
Destroçados por um esquadrão de sonho
Após vários meses de espera, o Santos viajou até o Japão com o objetivo de ser tricampeão mundial. A equipe brasileira era uma das favoritas, mas não havia como negar a superioridade do possível adversário do Peixe na final: o Barcelona-ESP do técnico Pep Guardiola e de craques do mais nobre quilate como Puyol, Xavi, Iniesta e Messi. Na semifinal, o time alvinegro bateu o Kashiwa Reysol-JAP por 3 a 1, com gols de Neymar, Borges e Danilo. Como era esperado, o Barça goleou o Al Saad-CAT por 4 a 0 e também se garantiu na decisão.
O duelo entre brasileiros e espanhóis era tido como o mais esperado da história do Mundial desde que o torneio passou a ser organizado de maneira efetiva pela FIFA, em 2005. Muito se falava do duelo entre Neymar e Messi, estrelas maiores de seus clubes e vivendo fases marcantes. Mas o que era para ser um jogo equilibrado acabou virando um treino de luxo para o Barcelona. A equipe catalã jogou um futebol simplesmente esplendoroso, teve mais de 70% de posse de bola e marcou três gols só no primeiro tempo, com Messi, Xavi e Fàbregas. Na segunda etapa, Messi marcou mais um e fechou a conta: 4 a 0, fora o baile. O Santos se mostrou bastante apático durante a partida e não conseguiu impor o ritmo comum que costumava aplicar nos adversários. Ao torcedor santista ficou a decepção e o pensamento se o duelo poderia ser diferente se o time de 2010, bem mais ousado e ofensivo, estivesse em campo naquela noite japonesa de 18 de dezembro de 2011.
Ano novo. E tri de novo
Depois da ressaca de 2011 e da dor de cabeça causada pela derrota no Japão, o Santos iniciou em marcha lenta o Campeonato Paulista de 2012. Com a manutenção do elenco e a permanência de Muricy e Neymar (que passou a ter cada vez mais o apoio de inúmeros parceiros publicitários), a equipe era a favorita ao título estadual, bem como o Corinthians, campeão brasileiro do ano anterior. No primeiro turno, o Peixe terminou a fase de classificação na terceira posição, com 12 vitórias, três empates e quatro derrotas em 19 jogos, com 46 gols marcados (pra variar, melhor ataque) e 18 sofridos.
No mata-mata, vitória por 2 a 0 sobre o Mogi Mirim, nas quartas, triunfo por 3 a 1 sobre o freguês São Paulo, no Morumbi, com atuação de gala de Neymar, que marcou os três gols do jogo, e classificação assegurada para a final, contra o Guarani. Ambas as partidas foram disputadas no Morumbi e o Santos deitou e rolou. No primeiro duelo, vitória fácil por 3 a 0, com dois gols de Neymar e um de Ganso. Na volta, Neymar marcou mais dois gols, Alan Kardec também fez dois, e o Santos venceu por 4 a 2, garantindo o tricampeonato paulista e a hegemonia total no Estado. Neymar foi o grande artilheiro do torneio com 20 gols e principal responsável pelo sucesso da equipe na competição.
Adeus, sonho do tetra
Falando em Neymar, o craque se exibiu como nunca na primeira fase da Copa Libertadores. No Grupo 1, ao lado de Internacional-BRA, The Strongest-BOL e Juan Aurich-PER, o camisa 11 conduziu o Santos ao primeiro lugar da chave após atuações de gala contra o Internacional, na Vila (vitória por 3 a 1 com três gols do atacante, sendo dois golaços), Juan Aurich (vitória por 2 a 0, com um gol de Neymar), e The Strongest (vitória por 2 a 0, com um gol do camisa 11). Nas oitavas de final, o Peixe encarou o Bolívar-BOL e perdeu o primeiro duelo por 2 a 1, em La Paz. Na volta, os alvinegros não tomaram conhecimento dos fracos bolivianos e golearam por 8 a 0, uma apoteose de gols anotados por Neymar (2), Elano (2), Ganso (2), Alan Kardec e Borges. Vale lembrar que o primeiro tempo acabou 5 a 0 para o Santos.
Nas quartas de final, a equipe da Vila teve os argentinos do Vélez Sarsfield pela frente. No primeiro confronto, em Buenos Aires, Neymar foi anulado pela marcação rival e o Peixe perdeu por 1 a 0. Na volta, Alan Kardec marcou o gol da vitória do time brasileiro por 1 a 0 que levou a decisão para os pênaltis. Na marca da cal, brilhou a estrela do goleiro Rafael, que defendeu a cobrança de Papa e garantiu a vitória alvinegra por 4 a 2. Na semifinal, o adversário foi o perigoso Corinthians-BRA do técnico Tite. O duelo foi cercado de expectativa pelo fato de ser quase uma “final antecipada”. Na Vila Belmiro, palco do primeiro jogo, Emerson fez o gol da vitória do Timão por 1 a 0. Na volta, no Pacaembu, o Santos até abriu o placar com Neymar, no final do primeiro tempo, mas Danilo, no começo da segunda etapa, decretou o empate em 1 a 1 que colocou o Corinthians na final. Era o fim do sonho do tetra santista.
Último caneco e o fim
No segundo semestre de 2012, o Santos levantou mais uma taça: a Recopa Sul-Americana, vencida após um empate em 0 a 0 e uma vitória por 2 a 0 (gols de Neymar e Bruno Rodrigo) sobre a Universidad de Chile. No Campeonato Brasileiro, a equipe voltou a decepcionar e ficou apenas na oitava posição. No ano seguinte, depois de muita especulação, Neymar foi negociado com o Barcelona-ESP e uma era fantástica na Vila Belmiro chegou ao fim com a derrota para o Corinthians na decisão do Campeonato Paulista, revés que custou o inédito tetracampeonato estadual consecutivo ao Santos.
Desgastado, o técnico Muricy Ramalho também deixou o comando da equipe e fez com que o time competitivo e diferenciado dos anos anteriores perdesse a força. Mas a torcida santista não tem do que reclamar. Afinal, entre 2010 e 2012, o Santos encantou, conquistou e se imortalizou com todos os ingredientes que sempre lhe acompanharam desde os anos 50: um craque fora de série, um técnico com estrela e vários outros bons jogadores para dar todo o suporte e apoio para as conquistas e bailes nos adversários. Quando o Santos voltará a encantar? Ninguém sabe. Ou melhor, todo mundo sabe: quando um quarto raio cair na Vila Belmiro…
Os personagens:
Rafael: depois de ganhar a posição do titular Felipe, em 2010, Rafael não saiu mais da meta santista e foi fundamental para as conquistas da equipe entre 2011 e 2012. Muito seguro e com reflexos apurados, fez defesas milagrosas durante a Libertadores de 2011 e foi uma das gratas revelações da equipe no período. Rafael já é um dos goleiros que mais vestiu a camisa do Santos com 194 jogos entre 2010 e 2013.
Felipe: foi o titular do time no primeiro semestre de 2010 e teve boas atuações no Paulista e na Copa do Brasil daquele ano. Acabou perdendo a titularidade por causa da ascensão de Rafael.
Danilo: polivalente, podia jogar no meio de campo ou na lateral com extrema eficiência na marcação e no apoio ao ataque. Fez uma excelente Libertadores em 2011 e marcou vários gols, inclusive na final contra o Peñarol. Foi um dos xodós do técnico Muricy Ramalho no período.
Pará: foi uma das opções para as laterais e meio de campo do Santos entre 2008 e 2012. Foi revelado pelo Santo André campeão da Copa do Brasil de 2004 e teve como principais virtudes a velocidade e os toques rápidos na bola.
Jonathan: lateral-direito de muita velocidade e talento, despontou no Cruzeiro antes de se transferir para o Santos, em 2011. Na Vila, teve destaque quando jogou, mas sofreu com seguidas contusões. No mesmo ano, foi jogar na Internazionale-ITA.
Edu Dracena: dono da zaga da equipe, o experiente zagueiro foi um dos maiores destaques do time na terceira era de ouro do Peixe. Preciso nos desarmes e presença surpresa no ataque, Edu Dracena fez ótimas partidas pelo Santos no período e foi o capitão na conquista da Libertadores de 2011. Se entendeu muito bem com Durval e fez a alegria da torcida santista.
Bruno Rodrigo: depois de várias contusões em 2010, o zagueiro teve mais chances em 2011 e chegou a formar um trio de zagueiros ao lado de Durval e Edu Dracena. Fez algumas boas partidas, mas não teve o mesmo brilho que os companheiros.
Durval: foi o xodó dos torcedores entre 2010 e 2011 com atuações marcantes e muita regularidade tanto na marcação quanto nas jogadas aéreas. Virou um verdadeiro recordista de títulos estaduais ao somar 10 taças entre 2003 e 2012 jogando por Botafogo-PB, Brasiliense, Atlético-PR, Sport e, claro, o Santos. Depois de dois anos jogando muito bem, caiu de rendimento a partir de 2012 e não mostrou o futebol de antes.
Léo: ídolo, craque, veloz, eficiente na defesa e no ataque… Léo é uma figura registrada para sempre na história do Santos graças a tudo o que jogou no time de 2002-2004. Depois de anos no futebol europeu, voltou à Vila em 2009 para participar de mais uma era de ouro do clube. Não jogou com a vitalidade de antes, mas esbanjou experiência e categoria quando mais o time precisou.
Alex Sandro: outro bom lateral a jogar pela equipe no período, Alex Sandro foi uma das armas ofensivas do time pela esquerda e fez grandes partidas entre 2010 e 2011. Seu futebol despertou o interesse do futebol europeu e deixou a equipe para jogar pelo Porto-POR, em 2011.
Juan: chegou em 2012 e foi campeão paulista e da Recopa com o Peixe. Com o aval de Muricy, disputou boas partidas, mas não permaneceu na equipe para a temporada de 2013 por seu contrato de empréstimo ter se encerrado.
Adriano: cria do Santos, Adriano foi um dos principais jogadores do time em 2011, quando fez uma dupla marcante com Arouca no meio de campo da equipe durante a Copa Libertadores. Ótimo na marcação e um verdadeiro cão de guarda, dava bastante liberdade para os companheiros atacarem os rivais.
Wesley: outra cria do Peixe, o volante foi um dos “meninos” que encantou o Brasil no primeiro semestre de 2010 durante as conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Eficiente nos passes e no apoio ao ataque, Wesley foi uma das grandes armas do técnico Dorival Júnior para surpreender os adversários e marcou vários gols. Uma pena que deixou o time naquele mesmo ano para jogar no futebol europeu.
Henrique: chegou em 2011 para reforçar o elenco santista e o meio de campo. Disputou várias partidas no Campeonato Brasileiro, mas não apresentou o bom futebol dos tempos de Cruzeiro.
Arouca: bom na marcação, nos passes e nas triangulações com o ataque, o volante foi um verdadeiro motor no meio de campo do Santos naquela era de ouro. Encontrou na Vila o ambiente que precisava para viver seu auge como profissional. Jogou muito em 2011 e foi um dos destaques do time na Libertadores.
Marquinhos: fez uma ótima parceria com Ganso no primeiro semestre de 2010 e foi um dos destaques do time campeão paulista e da Copa do Brasil. Em 2011, voltou ao seu clube do coração, o Avaí.
Elano: depois de brilhar na segunda era de ouro da Vila, entre 2002 e 2004, Elano voltou ao time com um sobrenatural apetite por gols. Balançou as redes várias vezes em 2011 e foi um dos astros do time campeão da América. Além de ajudar na marcação, o jogador ganhou liberdade no esquema proposto pelo técnico Muricy e virou quase um terceiro atacante da equipe. Após um bom ano, começou a cair de rendimento em 2012 e deixou a equipe para jogar no Grêmio.
Robinho: o “segundo raio” voltou à Vila em 2010 para participar de incontáveis festas futebolísticas ao lado de uma molecada atrevida e boa de bola. Com seus dribles de sempre e passes preciosos, Robinho orquestrou Neymar, André, Ganso e Wesley nas conquistas do Paulista e da Copa do Brasil. Após a farra, o atacante voltou ao futebol europeu e não jogou no nível que sempre jogou com a camisa do Santos. É que lá ele não teve a alegria contagiante dos Meninos da Vila…
Paulo Henrique Ganso: ao lado de Neymar, foi o grande expoente do terceiro período de ouro do Santos. Com passes sensacionais, jogadas de efeito e a tradicional cadência de um digno camisa 10, o meia foi um virtuose enquanto esteve bem fisicamente. A partir de 2011, começou a sofrer com o joelho e a jogar bem pouco no time titular. Seus desentendimentos com a diretoria santista por causa de contratos, possíveis negociações e termos financeiros acabaram manchando sua passagem pelo clube. Paulo Henrique Ganso deixou o Santos em baixa com a torcida em 2012, quando assinou com o São Paulo. Mas, no fundo, o torcedor santista ainda guarda as atuações de gala do meia em 2010 e em parte de 2011.
Alan Patrick: era tido como o sucessor de Ganso se o camisa 10 deixasse a Vila, mas se mostrou apenas um jogador comum e deixou a equipe já em 2011 para jogar no futebol ucraniano.
Maikon Leite: fez boas partidas em 2010 durante o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. Muito veloz, foi opção para o meio de campo e ataque do time no período e marcou alguns gols.
Neymar: depois de Pelé e Robinho, Neymar se consagrou como o “terceiro raio” a cair sob a Vila Belmiro e também deixar rastros inesquecíveis. Com técnica apurada, arranques imparáveis, dribles desconcertantes, gols sublimes, tabelinhas irrepreensíveis e talento natural para decidir inúmeras partidas, o atacante virou um dos maiores ídolos da história do Santos e também uma das maiores revelações do futebol brasileiro em muitos anos. Depois de partidas impressionantes com apenas 17 anos de idade em 2010, o craque começou a ser assediado por inúmeros clubes do mundo, mas a diretoria santista e o pai de Neymar trabalharam de maneira árdua para manter a “joia” no país. O esforço deu certo, Neymar permaneceu até 2013 e ajudou o Santos a conquistar seis taças no período. Em sua estadia na Vila, Neymar marcou 138 gols em 230 jogos e se tornou o maior artilheiro do clube pós-Era Pelé.
Zé Eduardo: depois que André foi jogar na Europa, em 2010, coube a Zé Eduardo a função de ser o centroavante do Santos. O atacante não foi tão brilhante como seu antecessor, mas cumpriu seu papel com gols providenciais nas conquistas do Paulista e da Libertadores, ambas em 2011.
André: outra cria da Vila, André viveu uma fase fenomenal em 2010. Com um faro de gols impressionante, o atacante foi uma das estrelas do time e se entendeu quase que por telepatia com Neymar nas conquistas do Paulista e da Copa do Brasil. Rápido e muito oportunista, André marcou 13 gols na campanha do Paulista e oito na Copa do Brasil. em 2012, voltou à Vila para ser campeão da Recopa, mas não mostrou o futebol de antes, esteve mal fisicamente e deixou o clube.
Borges: chegou ao Santos em maio de 2011, mas não pôde disputar as partidas finais da Libertadores por já ter jogado a competição pelo Grêmio. Depois disso, o atacante mostrou serviço ao se tornar o artilheiro do Campeonato Brasileiro daquele ano com 23 gols marcados em 29 jogos, além de se entrosar rapidamente com Neymar. Em 2012, Borges não manteve a sina artilheira e foi negociado com o Cruzeiro.
Alan Kardec: jogou no Santos entre 2011 e 2012 e alternou boas partidas como titular e estadias no banco de reservas. Marcou gols importantes no Paulista e na Libertadores de 2012, mas não brilhou no ataque como André, em 2010, e Borges, em 2011.
Dorival Júnior, Adílson Batista e Muricy Ramalho (Técnicos): embora tenha tido problemas com Neymar e a diretoria santista, Dorival Júnior foi o grande mentor do Santos goleador e brilhante de 2010. O treinador deu de ombros para os volantes e encheu sua equipe de meias e atacantes que transformaram o peixe em uma máquina de goleadas e shows. Após sua saída, a equipe passou por momentos ruins sob o comando de Adílson Batista, mas Muricy Ramalho recuperou a pegada da equipe ao fortalecer o sistema defensivo, evitar o alto número de gols sofridos de antes e dar ao time quatro títulos em apenas dois anos (dois Paulistas, uma Libertadores e uma Recopa).
Leia mais sobre as duas primeiras eras de ouro do Santos aqui no Imortais!
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Quanta diferença!!! De 2010 a 2012 foram 6 títulos em 3 anos, mas nos últimos 6 anos, de 2013 a 2018, apenas um bicampeonato estadual (2015/2016).
Em maio de 2019 o Santos completará 3 anos sem títulos oficiais, igualando o maior jejum do século 21 (quando ficou desde maio de 2007 até maio de 2010 em jejum). Se não ganhar o Paulistão de 2019, entrará no maior jejum de taças desde o período entre os títulos da Conmebol de 1998 e do Brasileiro de 2002 (4 anos e 2 meses).
Ainda estamos a espera do quarto raio (tentamos Gabigol, Geuvânio, Rodrygo, Vitor Bueno, mas sem muito sucesso).
Não tem que ter raio tem que ter boa gestão
santastico
ótima matéria! Descobri seu site hoje mesmo e já me apaixonei! Estou horas aqui e agora que vi este belíssimo esquadrão do meu Santos vou favoritar!
O Santos perdeu seu prestigio e famas astronômicos conquistado na década de 60, quando nas décadas de 1970, 1980 e 1990 ganhou apenas três paulistas. Mas os títulos do Brasileiro (2002 e 2004) e do Paulista (2006 e 2007) fizeram o Santástico despertar. E nesta década, o Santos se mostrou o melhor time do Brasil e da América do Sul junto ao Corinthians. Neymar, gênio, um pequeno gafanhoto aos 17 anos hoje dá mostras que se tornará um dos mestres do mundo da bola. E todos aqueles títulos do Santos entre 2010 e 2012 tiveram a ressaca em 2013, mas acredito que este ano, com mais uma boa safra de meninos da vila, o Santos possa conquistar o Paulistão e talvez a Copa do Brasil. Chutando alto, mas realista.
Parabéns pelo Imortais!
Muito obrigado pelos elogios, Fernando! Abraços!
Caramba, eu nem lembrava desse meu comentário!
Obrigado Guilherme por postar esse esquadrão do Santos!
Engraçado, eu fico vendo esses videos e eu fico com uma nostalgia, mesmo sendo uma coisa assim tão recente… Enfim, em 2014 tomara que o Santos volte a vencer..
Realmente este time resgatou a essencia do futebol arte. Marcou muitos gols em 2010 conquistou a liberadores em 2012 e a Copa do Brasil em 2010 sem esquecer e Recopa.
Uma pena que a estrutura do futebo brasileiro nao permita manter os grandes craques no País, alem do fato da propria imprensa falada e escrita inçentivar ests jgadores a irem embora.
Convido tambem a quem for santista a conhecer a minha obra SANTOS FC-uma historia esçrita em versos onde conto atraves de estrofes rimadas toda a histria do Santos com gols, titulos e jogos.
Este trabalho está publicados nos blogs AcervoSanfosfc e DNASANTASTICO.
Grande abraço a tdos os santitas e paabens ao blog imortais do futebol.