Data: 06 de junho de 2000
O que estava em jogo: uma vaga na final da Copa Libertadores da América de 2000
Local: Estádio do Morumbi, São Paulo (SP), Brasil
Juiz: Edílson Pereira de Carvalho (BRA)
Público: 70.000 pessoas (público estimado)
Os Times:
Sociedade Esportiva Palmeiras: Marcos; Rogério, Argel, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio (Tiago), Galeano e Alex; Pena (Luiz Cláudio), Marcelo Ramos e Euller (Asprilla). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Sport Club Corinthians Paulista: Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adílson e Kléber; Vampeta, Edu, Marcelinho e Ricardinho; Edílson e Luizão (Dinei). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
Placar: Palmeiras 3×2 Corinthians (Gols: Euller-PAL, aos 34´, e Luizão-COR, aos 39´ do 1º T; Luizão-COR, aos 7´, Alex-PAL, aos 14´, e Galeano-PAL, aos 26´do 2º T).
Nos pênaltis, Palmeiras 5×4 Corinthians. Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla e Júnior fizeram para o Palmeiras. Ricardinho, Fábio Luciano, Edu e Índio fizeram para o Corinthians. Marcelinho perdeu.
“O maior Derby da história”
Por Guilherme Diniz
Nunca eles se odiaram tanto. Nunca houve tanta hostilidade. Nunca houve tanto equilíbrio. Nunca eles venceram tanto e na mesma época. E nunca São Paulo presenciou um clássico como Palmeiras e Corinthians em uma ocasião tão decisiva e especial. No dia 06 de junho de 2000, os maiores rivais paulistanos disputaram no Morumbi um jogo para a eternidade. Não valia apenas uma vitória ou uma nova gozação. Valia uma vaga na tão cobiçada final da Copa Libertadores da América, a “taça das taças” na América do Sul. Era a primeira vez que ambos duelavam por um lugar ao sol do maior torneio do continente. E, como não poderia deixar de ser, a partida foi digna de filme. Viradas. Belos gols. Dribles imensos. Faltas ríspidas. Cartões e mais cartões. E um estádio abarrotado de fanáticos. No primeiro jogo entre ambos, deu Corinthians, com um alucinante 4 a 3. Naquele jogo de volta, porém, deu Palmeiras, com um 3 a 2 tão empolgante quanto a partida de ida, resultado que igualou o duelo em incríveis 6 a 6 e levou a decisão para os pênaltis.
O equilíbrio era tanto que nem Marcos nem Dida conseguiam agarrar os chutes de alvinegros e alviverdes. 1 a 1. 2 a 2. 3 a 3. 4 a 4. Na última série, o Palmeiras vencia por 5 a 4. E o Corinthians precisava igualar com Marcelinho, o maior símbolo daquele time vitorioso. Mas o goleiro palmeirense entrou para sempre no imaginário do torcedor ao defender de maneira plena o petardo do corintiano. A vaga era do Verdão. E, pela segunda temporada seguida, o time verde eliminava o maior rival de uma Libertadores. Nunca o palmeirense gritou tanto ou festejou tanto contra o rival. Nem na final do Paulista de 1993. Muito menos na final do Brasileiro de 1994. Aquele triunfo era maior. Tinha sabor mais forte e prazeroso. É hora de relembrar um dos duelos mais marcantes da história do futebol brasileiro.
Pré-jogo
Campeões de títulos marcantes entre 1997 e 2000 e presentes em diversos momentos decisivos na época, Palmeiras e Corinthians eram, talvez, os principais clubes do Brasil naquele final de século XX e início de século XXI. O Corinthians vinha de um bicampeonato estadual (1997 e 1999), um bicampeonato brasileiro (1998 e 1999) e de um controverso Mundial de Clubes da FIFA, em 2000, quando faturou o inédito torneio organizado pela entidade máxima do futebol sem ter vencido uma Libertadores, algo que gerou muita discussão e hostilidade dos rivais.
Já o Palmeiras havia vencido a Copa Mercosul e a Copa do Brasil de 1998, a Copa Libertadores de 1999, o Torneio Rio-SP de 2000 e por pouco não levantou o Mundial Interclubes de 1999, quando perdeu para os ingleses do Manchester United na decisão em Tóquio (JAP). E, na Libertadores de 2000, quis o destino que os rivais paulistas se enfrentassem mais uma vez em uma competição continental, a exemplo do que havia acontecido nas quartas de final do torneio, em 1999, quando o Verdão passou pelo rival nos pênaltis.
O clima para o duelo era o mais hostil possível por causa dos recentes confrontos dos times na época. Tudo começou na final do Paulista de 1999, quando o Corinthians foi campeão em cima do rival com as famosas embaixadinhas de Edílson, que resultaram em uma tremenda briga campal. Além daquilo, virou corriqueiro os jogadores atiçarem uns aos outros na imprensa sempre que um clássico se aproximava, algo que mexia com os nervos de atletas e torcidas. Em 2000, Palmeiras e Corinthians passaram sem problemas pela primeira fase da Liberta, eliminaram seus rivais nas oitavas e quartas de final, e se cruzaram na semifinal.
No primeiro jogo, o Corinthians se impôs e fez 4 a 3, com grande atuação do ataque comandado por Ricardinho, Marcelinho e Luizão, o grande artilheiro da competição. Na semana que antecedeu o reencontro entre as equipes, Luiz Felipe Scolari enervou seus comandados após Edílson (de novo ele…) desferir um tapa em Júnior no duelo de ida. O treinador disse em palestra aos seus atletas:
“Quero que vocês sintam a raiva que eu estou sentindo por termos perdido. Tenham raiva do Corinthians! Ele (Edílson) é malandro, esperto, mas também é covarde e cafajeste. Alguém tinha que ter dado uma porrada, uma cusparada nele!” – Felipão, na bronca que deu aos atletas e que serviu para mexer com o grupo em busca da vitória. Frases reproduzidas na Folha de S. Paulo, em 06 de junho de 2000.
A pressão psicológica era tanta que ambas as equipes foram eliminadas no Campeonato Paulista e focaram todas as atenções somente na Libertadores. O clima do duelo mexeu com o dia-a-dia de São Paulo e ninguém falava em outra coisa que não fosse o Derby, que já era o mais importante da história do clássico. Nem as diversas outras finais que os rivais haviam protagonizado se equiparavam àquela partida. Disputar uma vaga na final da Libertadores era algo único e a rivalidade acima da média que movia alvinegros e alviverdes na época temperavam um jogo pra lá de decisivo.
Centenas de milhares de pessoas se aglomeravam nas bilheterias para garantir um ingresso e as entradas se esgotaram em pouquíssimo tempo. O Palmeiras queria a vitória e a vaga para manter viva a chance de se tornar bicampeão do torneio, levantar a última taça da “geração Scolari” e destruir mais uma vez a esperança corintiana de vencer o troféu que ainda lhe faltava. Já os alvinegros queriam vencer a competição para “legitimar” o título mundial conquistado no começo daquele ano e ser, enfim, campeão da América.
Primeiro tempo – Clássico é isso
Com um estádio abarrotado de gente, torcedores cantando sem parar e um clima impressionante de decisão, Corinthians e Palmeiras entraram no Morumbi sedentos pela vitória e por um lugar na história. Quem saísse daquele duelo com o triunfo levaria para a eternidade histórias, gozações e todos os tipos de louros que tanto temperam o futebol e suas rivalidades. Embora o clima tenso estivesse impregnado em ambas as equipes, alviverdes e alvinegros sabiam que a porrada não iria levar a lugar algum. Por isso, para o bem do espetáculo, os times iriam jogar apenas futebol. E como jogaram!
Logo nos primeiros minutos, o Palmeiras tentou a primeira investida com o lateral Júnior, pela esquerda, que passou por vários corintianos, tabelou com Alex, mas chutou fraco para a defesa de Dida. Um minuto depois, Luizão recebeu da esquerda, ficou de frente para o gol, chutou meio desequilibrado e Marcos defendeu. No lance, o camisa 1 do Palmeiras sentiu uma lesão no ombro, preocupou seus companheiros, mas fez questão de continuar. Ele não poderia deixar seu time na mão justo naquele dia. Nem pensar! Pouco tempo depois, Marcelinho acertou Júnior sem bola e gerou as primeiras discussões do jogo.
O árbitro não expulsou o corintiano e os palmeirenses se encheram de raiva. Aos 13´, Alex teve sua primeira grande chance quando o meia passou por Dida e, quase sem ângulo, chutou para o gol, mas Kléber salvou em cima da linha. O jogo foi ganhando mais emoção e jogadas de pura beleza graças à qualidade técnica das equipes. Eram toques rápidos, grandes lançamentos, triangulações e lances que engrandeciam ainda mais o clássico. Além disso, os jogadores demonstravam raça e disputavam cada bola como se não houvesse amanhã.
Aos 34´, o Palmeiras, enfim, inaugurou o placar. Júnior cruzou da esquerda, a bola percorreu toda a área do Corinthians e sobrou para Euller ajeitar para a perna direita e chutar cruzado: 1 a 0. O time alviverde conseguia a vantagem e precisava de mais um gol para se classificar sem precisar de pênaltis. Já o Corinthians jogava pelo empate. Logo em seguida, o Verdão entrou tocando na área alvinegra e Euller por pouco não fez o segundo. Cinco minutos depois, porém, o Timão conseguiu seu gol. Marcelinho cobrou escanteio, a zaga alviverde falhou e Luizão, o artilheiro da Libertadores, cabeceou sozinho para fazer 1 a 1. Explosão na Fiel! E ira máxima de Felipão, que tanto prezava pela eficiência de seu time na bola área.
Perto do final do primeiro tempo, Júnior, vivendo uma fase magnífica, engatou um perigoso ataque para o Palmeiras ao passar por um, deslizar no meio de dois e deixar o quarto pelo caminho em uma jogada individual simplesmente sublime. O lateral deixou para Alex, mas o meia perdeu o tempo da bola e, quando chutou, ela subiu demais. Seria um golaço! Mas foi o último lance da primeira etapa. O resultado colocava o Corinthians na final. Era preciso mais um gol para os alviverdes, que voltariam ainda mais ofensivos para a segunda etapa.
Segundo tempo – Viradas e eles de novo: os pênaltis
Precisando da vitória a qualquer custo, Felipão colocou seu time ainda mais no ataque no segundo tempo e deu toda a liberdade para Júnior não se restringir apenas à lateral e se inflar no meio de campo e no ataque com ainda mais intensidade que na primeira etapa. Mas, logo aos sete minutos, o feitiço virou contra o feiticeiro. Edílson mostrou seu lado “capeta” pela esquerda, cruzou para a área e a bola sobrou para Luizão encher o pé e fazer o gol da virada corintiana: 2 a 1. Era o 14º gol do atacante na competição, um número incrível que não foi superado no torneio desde então – e que fez dele o segundo maior artilheiro da Libertadores em uma só edição na história, ficando ao lado de Norberto Raffo (14 gols, pelo Racing-ARG, em 1967), e atrás de Daniel Onega (17 gols, pelo River Plate-ARG, em 1966).
Foi uma ducha de água fria nos palmeirenses, que precisavam de pelo menos mais dois gols para levar o jogo para as penalidades. A torcida alviverde temia pelo pior, mas os inflamados jogadores tentaram responder rapidamente com Alex, que deu um chapéu em Edu, sofreu a falta e, na sequência, chutou com perigo para o gol. Como o Corinthians tinha uma faceta ofensiva e via o Palmeiras atacar e atacar, o time alvinegro enfrentava dificuldades na marcação por ter de fugir de seu estereotipo. Era visível que jogadores como Marcelinho, Ricardinho e Edílson não eram acostumados a voltarem para o campo de defesa. Eles queriam atacar! Mas o Palmeiras não deixava.
Aos 14´, Euller fez uma boa jogada pela esquerda e cruzou para César Sampaio, que cabeceou, mas Kléber, de novo, salvou em cima da linha. Em seguida, o Palmeiras foi premiado pela insistência. Euller, de novo pela esquerda, avançou com sua velocidade habitual e cruzou para Alex, que bateu de primeira sem chances para Dida: 2 a 2. Verdão vivo! A torcida alviverde explodia em alegria e acreditava na virada. Só faltava mais um gol. Os jogadores nem perderam tempo em comemorar. Havia muito trabalho a ser feito. Vendo o adversário crescer, o Corinthians tentava responder nos contra-ataques e na velocidade, mas o Palmeiras conseguia se salvar.
Aos 26´, os alviverdes tiveram uma falta perigosa a seu favor. Alex poderia bater de primeira, mas ele planejava colocar a bola na cabeça de alguém que estivesse de frente em direção à área. O meia chutou alto e a bola percorreu toda a área corintiana. Ele havia errado? Não. Galeano, raçudo volante palmeirense, estava no cantinho para apenas resvalar na bola e marcar um gol meio sem querer, mas com a fibra que tanto o time apresentava: 3 a 2. Nova virada! E um impressionante 6 a 6 no placar agregado (algo surreal se pensarmos no nível sofrível das últimas Copas Libertadores).
A partir daquele momento, parecia que os dois times entravam num estado de esgotamento mútuo. A intensidade diminuiu, a correria cessou e o tempo foi passando. Os corintianos pensavam em arriscar, mas havia o risco iminente de levar um gol de contra-ataque e ver a vaga na final escorrer pelas mãos. Após duas chances desperdiçadas, uma com Marcelo Ramos e outra com Asprilla, o Palmeiras já pensava nos pênaltis, assim como o rival. O filme de 1999 passava pela cabeça dos torcedores e os alviverdes já imaginavam um novo triunfo. Os corintianos sentiam um gosto amargo na boca, mas Dida era a esperança para que os palmeirenses desperdiçassem seus chutes. Ao apito do árbitro, estavam consolidados os enervantes pênaltis. Se já não bastavam as altas doses de adrenalina no primeiro jogo e naquele, ainda tinha mais. Era algo impróprio para cardíacos. Tudo poderia acontecer.
Pênaltis – A “santidade” entra para a história
Com dois goleiros fantásticos como obstáculos, os jogadores de Corinthians e Palmeiras teriam grandes problemas para balançar as redes. Dida já era famoso por suas defesas e vinha da apoteótica atuação em um jogo contra o São Paulo, na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1999, quando defendeu dois pênaltis do mito tricolor Raí (leia mais clicando aqui). E Marcos não ficava atrás, já que havia sido herói na final da Libertadores do ano anterior contra o Deportivo Cali-COL. No entanto, os cobradores foram dando show de categoria e mandaram suas cobranças para o gol.
Um a um, Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla, pelo Palmeiras, e Ricardinho, Fábio Luciano, Edu e Índio, pelo Corinthians, converteram seus chutes. Como não poderia deixar de ser, até naquele momento teve empurra-empurra, quando Edu fez seu gol e provocou Argel, que foi tirar satisfação e esquentou um duelo já em estado de ebulição. Júnior, principal nome do Palmeiras durante os 90 minutos, tinha a missão de bater o último pênalti do Palmeiras. O lateral mandou no meio e fez o quinto.
Era hora do último pênalti do Corinthians. Na bola, Marcelinho, o maestro do meio de campo do Timão. Para o torcedor palmeirense, aquele era o momento chave. Se o meia perdesse o gol, seria algo incrível e renderia uma zoação eterna aos rivais. Se o camisa 7 fizesse, os chutes continuariam com as cobranças alternadas. O meia ajeitou a bola com carinho e Marcos ficou concentrado no meio do gol. Era hora de ele invocar sua santidade. Marcelinho tomou distância até a linha da grande área. O gigante Marcos ficou no meio do gol, esperando o momento certo para pular. Quando Marcelinho correu, Marcos pressentiu que o chute de pé direito do meia iria para o canto direito. Marcelinho chutou forte, Marcos voou ainda mais forte e espalmou. Fim de jogo! 5 a 4 para o Palmeiras. E Marcos entrava para a história pelo maior e mais lembrado “milagre” de sua carreira. O goleiro virava, a partir daquele momento, um ídolo imortal da Sociedade Esportiva Palmeiras. Mais do que isso, ele colocava o Verdão em mais uma final de Libertadores.
A festa alviverde sonorizou a noite do Morumbi. Era a segunda vez seguida que o Palmeiras eliminava o Corinthians em um mata-mata de Libertadores. E, melhor do que em 1999, em uma semifinal. O rival ficaria mais um ano na fila da Liberta. Para o palmeirense, não importava se o time seria campeão. Eliminar o rival já era um título. Era a glória no maior de todos os Derby, um clássico que nunca mais teve tantos ingredientes, craques e momentos épicos como o daquela noite de 06 de junho de 2000. Um jogo para a eternidade.
Pós-jogo: o que aconteceu depois?
Palmeiras: na final da Libertadores, o Palmeiras ainda estava sob o transe do triunfo sobre o rival e não conseguiu ter o foco e a força necessários para vencer o Boca Juniors-ARG de Carlos Bianchi, que encerrou um longo jejum de títulos internacionais e venceu a taça nos pênaltis, em pleno Morumbi. Aquele foi o último capitulo do grande Palmeiras de Felipão, que perdeu seus principais jogadores e começou a entrar em uma triste decadência que culminou com o rebaixamento do time para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2002. O time até conseguiu se reerguer tempo depois, mas administrações pífias tiraram o Verdão do rol dos times competitivos do Brasil desde então.
Com isso, o torcedor palmeirense foi obrigado a esquecer do presente e ter como passatempo reviver e reler as façanhas de quando seu time conquistava títulos com grandes viradas, classificações com gols nos últimos minutos e batia no maior rival sempre quando o momento era crucial e decisivo. Afinal, assim é sempre mais gostoso, como foi nos Paulistas de 1936, 1974 e 1993, no Brasileiro de 1994, nos Torneios Rio-SP de 1951 e 1993 e nas Libertadores de 1999 e 2000.
Corinthians: a dolorida derrota para o rival mexeu com o ambiente do Corinthians. O time se perdeu no decorrer da temporada, fez uma Copa João Havelange (o Brasileirão daquele ano) ridícula e só voltaria a levantar grandes títulos em 2002, quando faturou o Paulista e a Copa do Brasil, perdendo a Tríplice Coroa na final do Brasileiro para o Santos de Robinho. Nos anos seguintes, a equipe também entrou no limbo das más gestões, caiu para a Série B, mas voltou forte até conquistar, em 2012, a taça que a Fiel tanto sonhava: a Libertadores, em cima do Boca Juniors-ARG, o mesmo rival que o corintiano torceu como nunca na decisão de 2000 e vestiu até camisas metade Corinthians metade Boca para azucrinar o rival alviverde. O que os fieis fizeram com aquelas vestimentas em 2012 ninguém sabe, mas o Timão foi campeão invicto. Para desespero do palmeirense…
Leia mais sobre aqueles dois grandes times e muito mais sobre o Derby no Imortais!
Corinthians x Palmeiras – Derby Paulista
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um dos jogos mais emocionantes de todos os tempos
Que rivalidade!Este foi o último grande confronto da história do Derby Paulistano e que confronto, vejamos:
Corinthians e Palmeiras eram um dos times mais temidos,em fins dos anos anos 90,havia uma rivalidade fora do comum,Edilson e Vampeta não gostavam de Júnior, Paulo Nunes odiava o Corinthians e Marcelinho era odiado pela turma do Palestra. Edilson o “capetinha” tratou de colocar uma dose de pimenta,neste superclássico, quando provocou os alviverdes com suas famosas embaixadas na final do Paulistão de 99 e pronto o pau quebrou, tendo início a batalha campal, tudo isso após o Palmeiras se sagrar campeão da Libertadores, eliminando o arquirrival,pelo caminho,sendo este o 1°round.
Ano 2000,2° round e outra vez os dois gigantes se reencontram,desta vez valendo a vaga na final da Copa Libertadores,eram dois timaços,o Corinthians um time mais técnico coletivamente e o Palmeiras um time movido pela garra e a liderança de Felipão,contudo os gladiadores deixaram a pancadaria de lado e fizeram dois jogaços e novamente teve as temidas penalidades máximas,com a consagração de “São Marcos” e Marcelinho de herói,passou a ser vilão, mesmo após 14 anos deste grande duelo,mas uma coisa é certa,sem tirar os méritos de Marcos que defendeu a cobrança do pé-de-anjo, a pressão psicológica do jogador que vai bater o pênalti é muito maior em relação ao goleiro, que fica quase estático no centro do gol, foi assim também com Zico, Baggio, Edmundo,alguns craques do naipe do camisa 7,que também tiveram dias em que ficaram conhecidos como vilões do futebol
Obs: Ótimo texto,estava muito temo esperando esta matéria,um grande abraço meu amigo.
Ai que saudade de uma época que não vivi, queria ter visto essa grande fase de meu Verdão, esse jogo para mim é maior que qualquer título disputado pelos os dois na época, ótimo trabalho, queria pedir outro jogo imortal para o Palmeiras o título mundial de 1951, quando vencemos a Juventus e tornamos um símbolo nacional da época.