Grandes feitos: Tricampeão do Campeonato Inglês (1951-1952, 1955-1956, 1956-1957), Tricampeão da Supercopa da Inglaterra (1952, 1956 e 1957) e primeiro clube inglês a disputar a Copa dos Campeões – atual Liga dos Campeões da UEFA – na história.
Time-base: Ray Wood (Reg Allen / Harry Gregg); Bill Foulkes e Roger Byrne (Geoff Bent); Eddie Colman (Johnny Carey), Jackie Blanchflower (Mark Jones) e Duncan Edwards; Johnny Berry (Stan Pearson / Kenny Morgans), Liam Whelan (Dennis Viollet), Tommy Taylor (Jack Rowley), Bobby Charlton (Colin Webster) e David Pegg (Albert Scanlon). Técnico: Matt Busby.
“The Busby Babes”
Por Guilherme Diniz
Muitos pensaram que aquele clube iria sumir após a 2ª Guerra Mundial. Com seu estádio em ruínas e atravessando problemas financeiros, o Manchester United precisava de um milagre se quisesse continuar a ser competitivo naquela segunda metade de anos 1940. Pois ele começou a acontecer a partir do momento em que Matt Busby assumiu o comando técnico do clube e decidiu apostar nos jovens. Eles eram o futuro dos Red Devils. E, anos depois, conseguiram recolocar o time inglês de volta ao topo. Com uma média de idade de 22 anos, o Manchester United do começo da década de 1950 não só voltou a vencer títulos como apresentou um futebol primoroso que encantou a Inglaterra e, a partir de 1955, a Europa, quando os Red Devils disputaram a segunda edição da história da Copa dos Campeões – atual UCL. Por ter um elenco tão jovem, aquele time ficou mundialmente conhecido como “The Busby Babes” – os bebês de Busby.
O destino daquele esquadrão era a hegemonia plena em seu país, porém, um desastre aéreo interrompeu de maneira abrupta o sucesso maior de um time lendário. Em 06 de fevereiro de 1958, o avião que levava o time do Manchester United caiu após sua terceira tentativa de decolagem no aeroporto de Munique-Riem (ALE), cuja pista estava coberta de neve. Dos 44 passageiros, 20 morreram na hora, e outros três tempo depois. Das vítimas fatais, 8 eram jogadores do timaço do United. Nove jogadores sobreviveram, incluindo o técnico Matt Busby. O fato chocou o mundo, mas serviu como combustível para Busby e os sobreviventes reconstruirem novamente o United, que, nos anos 1960, renasceu e conquistou a Europa. É hora de relembrar.
A chegada de Busby
Jogador do Manchester City e do Liverpool no final dos anos 1920 e até meados dos anos 1940, Matt Busby decidiu virar técnico assim que pendurou as chuteiras, em 1945, ainda em meio à 2ª Guerra Mundial, na qual ele serviu, assim como muitos jogadores da época, em uma das infantarias do exército britânico. Durante a Guerra, Busby foi técnico da equipe da Royal Army Physical Training Corps e, com essa experiência, o novato treinador acabou convidado pelo Liverpool para ser assistente do técnico George Kay. Porém, Busby não teve autonomia nem voz dentro dos Reds e deixou o clube pouco tempo depois.
Em fevereiro de 1945, Busby recebeu um convite do presidente do United, James W. Gibson e aceitou o desafio de comandar o clube, mas com a condição de ele ter autonomia para dirigir o time no dia a dia sem interferências dos gerentes ou diretores, além de poder escolher os jogadores que quisesse nas categorias de base e, claro, no mercado, utilizando obviamente o dinheiro disponível para as contratações. Com isso, Busby começou a impor seu estilo, comandar os treinos, as táticas e ser um legítimo professor, algo não muito comum na época do futebol inglês, que tinha às vezes dois ou três técnicos dando seus palpites e se revezando na organização da equipe. Além dele, Jimmy Murphy e Joe Armstrong foram fundamentais para ajudar Busby no garimpo de atletas, principalmente Murphy, fiel escudeiro de Busby na época e responsável por treinar os jovens e prepará-los para a equipe principal.
Como um verdadeiro manager, Busby sabia que o Manchester United precisava voltar a levantar títulos, afinal, desde o longínquo ano de 1911 (!) que os Red Devils não sabiam o que era ser campeão de algum torneio grande. E o primeiro capítulo daquela nova era foi na temporada 1947-1948, quando Busby comandou o United rumo ao título da Copa da Inglaterra, levantada após vitória por 4 a 2, de virada, sobre o temido Blackpool de Stanley Matthews na final em Wembley. O troféu serviu como alívio e prenúncio de bons tempos, ainda que eles estivessem longe – o clube tinha que jogar na época em Maine Road, casa do rival Manchester City, pois as obras de reconstrução de Old Trafford ainda levariam um tempo.
Dos “quases” à temporada inesquecível
A prova de que o trabalho de Busby era bem feito pôde ser notada nas campanhas do United no Campeonato Inglês. Ele conduziu os Red Devils aos vice-campeonatos de 1946-1947, 1947-1948, 1948-1949 e 1950-1951, além de o time demonstrar enorme poder ofensivo graças aos talentosos jogadores que tinha na época. Mas tudo começou a mudar em definitivo na temporada 1951-1952. Busby percebeu que o elenco precisava ser renovado para aquela década livre de guerras e interrupções e sabia que a torcida que voltava ao Old Trafford em peso após 8 anos de reformas – o estádio reabriu em 1949 – queria ver um time que pudesse disputar títulos. Por isso, Busby começou a lapidar talentos das categorias de base e também jovens de outros clubes para rejuvenescer o plantel do United.
Tudo começou em 1949, quando o goleiro Ray Wood estreou no time principal com apenas 18 anos. Dois anos depois, foi a vez de Roger Byrne, 22 anos, Bill Foulkes, de 19 anos, e Jackie Blanchflower, de 18 anos, (irmão mais novo de Danny Blanchflower, lenda do Tottenham Hotspur dos anos 1960) debutarem na equipe, algo que fez com que o cronista Tom Jackson, do Evening Times, escrevesse: “Os ‘Bebês’ do United estavam calmos e confiantes” após um duelo contra o Liverpool, em novembro de 1951. Ali, nascia a expressão “Busby Babes”, que ganharia força conforme o técnico incorporava mais e mais jovens ao time principal.
O defensor Mark Jones, por exemplo, estreou na época 1950-1951 com apenas 17 anos. O atacante Billy Whelan estreou em 1953, com 18 anos. Albert Scanlon, em 1954, com 19 anos. E o ponta David Pegg, em 1952, com 17 anos. Mas um jogador em especial ganharia destaque naquele time: Duncan Edwards, meio-campista de apenas 16 anos que debutou no elenco principal em abril de 1953, o que fez dele o mais jovem futebolista a jogar uma partida profissional do Campeonato Inglês na história. E não era para menos, afinal, o prodígio foi descoberto em 1948, quando tinha apenas 12 anos, por Jack O’Brie, que foi correndo dizer para Matt Busby que havia encontrado um garoto que “merecia atenção muito especial”.
Com tantos jovens de talento explodindo nas bandas de Old Trafford, o Manchester United tratou o Campeonato Inglês de 1951-1952 como prioridade máxima. Após um início irregular, o time foi se encontrando ao longo da competição e permaneceu 16 jogos sem perder até assumir a ponta da tabela no mês de fevereiro de 1952. No embalo do artilheiro Jack Rowley, autor de 30 gols naquela temporada, e do capitão Johnny Carey, o United foi campeão inglês após 41 anos de jejum de maneira categórica.
Na última rodada, o Arsenal ainda tinha chances de título e enfrentou o United na casa dos Red Devils. Porém, os Gunners tinham que vencer por uma diferença de sete gols se quisessem ficar com a taça. Bem, isso jamais aconteceu e jamais aconteceria. O Manchester United aplicou uma goleada de 6 a 1, com três gols de Rowley, dois de Pearson e um de Byrne, resultado que garantiu o troféu incontestável aos Red Devils, que somaram 57 pontos em 42 jogos (na época as vitórias valiam dois pontos), com 23 vitórias, 11 empates, 8 derrotas, 95 gols marcados (melhor ataque) e 52 gols sofridos. Enfim, a espera havia acabado. Era hora de resgatar o tempo perdido.
Reforços e novo título
Para a temporada 1952-1953, o United ganhou mais jovens talentosos para seu plantel, entre eles os já citados Whelan, Pegg e Edwards, além do reforço no ataque de apenas 21 anos, vindo do Barnsley: Tommy Taylor, que se tornou na época a contratação mais cara da história do United pela “bagatela” de 29.999 libras. O valor, assim mesmo, cravado, foi o escolhido pelo técnico Matt Busby para que o jovem não ficasse conhecido como “o jogador de 30 mil libras” e tal cifra redonda não atrapalhasse seu futebol. A tática deu certo e logo em sua estreia (tardia), em março de 1953, Taylor marcou dois gols na vitória por 5 a 2 sobre o Preston North End. Ele anotou 7 gols em seus 11 primeiros jogos pelo United e foi um dos destaques do time naquela temporada, mas o United terminou na 8ª colocação – o campeão foi o Arsenal. O único troféu daquela época foi a Supercopa, conquistada após um 4 a 2 sobre o Newcastle United. Pearson, com 18 gols, foi o artilheiro do time na temporada.
A época 1953-1954 serviu para Matt Busby testar ainda mais seus jovens. Taylor assumiu o protagonismo no ataque do time e foi o principal goleador da temporada com 22 gols na campanha do 4º lugar do Campeonato Inglês. Dennis Viollet, de 20 anos, foi outro jovem a entrar muito bem no setor ofensivo da equipe e anotar 12 gols, além de Edwards assumir o controle do meio de campo de maneira impressionante com muita vitalidade, visão de jogo, passes perfeitos e a característica de cobrir todos os setores centrais e ajudar tanto no ataque quanto na defesa, o tão desejado box-to-box do futebol atual. Jackie Blanchflower foi outro que mostrou enorme talento na armação de jogadas na época e também força nas chegadas ao ataque – foi assim que ele anotou 14 gols em 28 jogos.
Após o 5º lugar na época 1954-1955, o United, enfim, retomou a coroa no Campeonato Inglês em 1955-1956. Com Taylor e Viollet no controle dos gols e muito equilíbrio na defesa e no ataque graças aos jovens vindos das categorias de base e do time que colecionava títulos na FA Cup de futebol juvenil, o United superou o começo ruim – com apenas três vitórias em oito jogos – para se estabelecer na luta pelo caneco após oito jogos sem perder, com destaque para um 4 a 3 sobre o fortíssimo Wolverhampton da época. Até o Natal, os Red Devils seguiram demolindo os adversários e terminaram o ano na liderança, que não seria perdida até 1956.
A partir de fevereiro de 1956, os Busby Babes emendaram 14 jogos sem derrotas, com 10 vitórias e quatro empates, e levantaram o título inglês com 11 pontos de vantagem sobre o vice-campeão Blackpool, derrotado na antepenúltima rodada em Old Trafford (tomado por mais de 62 mil pessoas!) por 2 a 1, jogo que sacramentou de vez o título. Em 42 jogos, os Red Devils venceram 25, empataram 10 e perderam apenas 7. Foram 83 gols marcados e 51 gols sofridos. Taylor, com 25 gols, e Viollet, com 20 gols, foram os artilheiros da equipe naquela trajetória campeã. Com média de idade em torno dos 22 anos, aquele esquadrão do Manchester United foi o mais jovem elenco a vencer o título inglês na história! Com o título, o United garantiu seu lugar na Copa dos Campeões da Europa de 1956-1957, criada em 1955 e vencida pelo Real Madrid de Di Stéfano em 1955-1956.
A primeira – e brilhante – trajetória continental dos Babes
Era para o Chelsea, campeão inglês de 1954-1955, ter sido o primeiro clube inglês a disputar a Copa dos Campeões na edição inaugural de 1955-1956, mas os londrinos acabaram cedendo à pressão da Football Association, que disse que o então novo torneio era uma “distração” para os clubes, que deveriam se dedicar ao futebol dentro da ilha, e os Blues não disputaram o torneio continental. Mas, em 1956-1957, Matt Busby comprou briga com a FA, arriscou até ver seu clube levar sanções e colocou o Manchester United na disputa continental, um teste e tanto para seu jovem time. Antes, os Busby Babes venceram a Supercopa da Inglaterra com vitória por 1 a 0 sobre o rival Manchester City (gol de Viollet).
Com um elenco maior e mais encorpado, Matt Busby tinha muita confiança no bicampeonato nacional e, claro, em uma campanha de destaque na Copa dos Campeões. Uma curiosidade é que os jogos do time naquela edição do torneio continental tiveram que ser disputados em Maine Road pelo fato de Old Trafford ainda não ter iluminação artificial, afinal, as partidas sempre eram realizadas no fim da tarde / início da noite.
A estreia do United na Copa dos Campeões foi diante do Anderlecht-BEL. No primeiro jogo, na Bélgica, o United venceu por 2 a 0 (gols de Taylor e Viollet) e, na volta, aplicou uma sonora goleada: 10 a 0, gols de Viollet (4), Taylor (3), Whelan (2) e Berry. Na sequência, os ingleses enfrentaram o Borussia Dortmund-ALE e, jogando em casa diante de mais de 75 mil pessoas, venceram por 3 a 2, com dois gols de Viollet e um de Pegg. Na volta, o empate sem gols garantiu a vaga nas quartas de final, onde os Red Devils encararam o fortíssimo Athletic Bilbao, que mostrou o quão difícil era um torneio como aquele para os Babes. Na ida, em Bilbao, o Athletic venceu por 5 a 3 e obrigou o United a vencer por uma diferença de pelo menos três gols na volta (na época, valia o gol qualificado). E, diante de 70 mil pessoas em Maine Road, o Manchester United venceu por 3 a 0, gols de Berry, Taylor e Viollet, garantindo a vaga na semifinal.
A um passo da decisão, os ingleses tinham a esperança do título, mas não faziam ideia do que teriam pela frente: simplesmente o Real Madrid de Di Stéfano, campeão na temporada anterior e já enamorado pela competição. Poucos na Inglaterra sabiam do poder de fogo daquele esquadrão emblemático e achavam que eles não teriam qualquer chance quando a partida fosse na Inglaterra. Na ida, em Madri, o Manchester United sentiu a pressão dos mais de 135 mil torcedores no Santiago Bernabéu e perdeu por 3 a 1, gols de Rial, Di Stéfano e Mateos, com Taylor descontando para os ingleses. Porém, todos acreditavam em uma reviravolta semelhante a vista contra o Athletic, ainda mais pelo fato de a partida poder ser disputada em Old Trafford, que ganhou os refletores a tempo do jogo de 25 de abril de 1957.
Só que o Real Madrid tinha mais experiência, força e destreza para liquidar os rivais. Ainda no primeiro tempo, Raymond Kopa e Rial fizeram 2 a 0, aumentando para 5 a 1 o placar agregado. Na segunda etapa, Taylor e um novato Bobby Charlton – que começou a jogar naquela temporada pelos Red Devils – empataram, mas o placar de 2 a 2 acabou eliminando o United. O Real foi bicampeão e seria tri, tetra e penta nos anos seguintes, construindo uma dinastia impressionante. A imprensa inglesa não gostou da eliminação dos Babes e criticou a falta de atitude do time no primeiro tempo.
Acontece que a sequência de jogos no Campeonato Inglês – três jogos em seis dias – cansou os jogadores, que sentiram bastante o peso daquele jogo. Porém, o torneio serviu para dar mais experiência aos jovens e casca para encarar os desafios domésticos e, quem sabe, novos jogos a nível europeu. O alento foi a artilharia de Dennis Viollet naquela Copa dos Campeões: o atacante marcou 9 gols em 6 jogos, desbancando o compatriota Tommy Taylor (8 gols) e Alfredo Di Stéfano (7 gols).
Bicampeões
Com o reforço de Bobby Charlton no elenco, o Manchester United travou uma disputa ferrenha com o Tottenham Hotspur pelo título inglês de 1956-1957. A dupla dominou a ponta da tabela, com o Preston North End também na cola, e brigaram pelo caneco até o fim. Ao contrário das outras temporadas, o United começou muito bem e emendou 12 jogos sem perder, com destaque para as vitórias sobre Preston North End (3 a 1 e 3 a 2), Chelsea (2 a 1), Manchester City (2 a 0) e Arsenal (2 a 1). Nos duelos diretos contra os Spurs, o United empatou ambos – 2 a 2 e 0 a 0 – e acabou campeão com 8 pontos de diferença sobre o rival. Foram 28 vitórias, oito empates, seis derrotas, 103 gols marcados e 54 gols sofridos em 42 jogos. Whelan, com 26 gols, e Taylor, com 22 gols, foram os artilheiros da equipe. Viollet, com 16 gols, e Bobby Charlton, com 10 gols em apenas 14 jogos, foram os outros destaques da caminhada do bicampeonato.
Ainda em 1957, o United buscou seu primeiro Double, ao brigar pelo título da Copa da Inglaterra. A equipe despachou os rivais até chegar à final de Wembley em 04 de maio de 1957, quando encarou o Aston Villa. Os Red Devils eram os favoritos, mas, logo aos seis minutos, o jogador do Villa Peter McParland acertou em cheio o rosto do goleiro do United, Ray Wood, quando ele se preparava para chutar a bola para frente. McParland deveria ser expulso, mas o juiz nem deu bola. Wood acabou com fraturas nos ossos da face e teve que deixar o gramado. Como na época não haviam substituições, o United teve que se virar com 10 jogadores e Blanchflower foi improvisado no gol. Após 0 a 0 no primeiro tempo, o Aston Villa marcou dois gols – justamente com McParlane – e venceu por 2 a 1. Era o fim do sonho do Double. Mas aquele time ainda tinha muito tempo para brilhar. Bem, isso até chegar o fatídico 06 de fevereiro de 1958.
O Desastre Aéreo de Munique
Focado em continuar escrevendo uma rica história, o Manchester United começou a temporada 1957-1958 da melhor maneira possível: foi campeão mais uma vez da Supercopa da Inglaterra ao golear o carrasco da FA Cup, o Aston Villa, por 4 a 0, com três gols de Taylor e um de Berry, provando que, se o goleiro Wood estivesse em campo naquela fatídica final de copa, a história teria sido bem diferente. Depois do triunfo, a equipe de Matt Busby seguiu competindo no Campeonato Inglês, na Copa da Inglaterra e na Copa dos Campeões, mais uma vez o principal foco do time após as semifinais de 1956-1957. Os Red Devils eliminaram o Shamrock Rovers-IRL e o perigoso Dukla Praga-TCH até enfrentar o Estrela Vermelha-IUG nas quartas de final. No primeiro jogo, em Manchester, a equipe de Busby venceu por 2 a 1, com um gol de Bobby Charlton – já titular do time – e outro de Colman.
Na volta, em 05 de fevereiro de 1958, os ingleses entraram em um estádio tomado por mais de 55 mil pessoas. Mas os Busby Babes já estavam calejados e prontos para aquele desafio. E, com uma atuação de gala nos primeiros 45 minutos, a equipe enfiou 3 a 0 nos iugoslavos, com um gol de Viollet logo aos 2’, e dois gols de Bobby Charlton, aos 30’ e aos 31’ – o craque já tinha 12 gols em 11 jogos naquela temporada. Foi um vareio! Mas, na etapa final, o time da casa assustou quando Kostic, duas vezes, e Tasic fizeram os gols do empate. Porém, a equipe de Busby se segurou e o empate em 3 a 3 classificou os ingleses para mais uma semifinal europeia!
A euforia tomou conta do time, que teria o Milan pela frente e a chance de um possível encontro com o Real Madrid na final. Mas, no dia 06 de fevereiro de 1958, quando a delegação do Manchester United retornava para a Inglaterra, o avião que transportava atletas, dirigentes e comissão técnica aterrissou em Munique, na Alemanha, para reabastecer. Em solo germânico, a aeronave começou a sofrer problemas com o motor e a forte nevasca dificultava a visão do piloto. Depois de duas tentativas fracassadas de decolagem, na terceira, o avião saiu do chão, mas tempo depois um forte estrondo aconteceu.
O avião Elizabethan deixou a pista, passou sobre uma cerca e cruzou uma rua antes da asa bater em uma árvore. A asa e parte da cauda foram arrancadas. O cockpit bateu em uma árvore e a parte estibordo da fuselagem se chocou em uma barraca de madeira que tinha um caminhão cheio de combustível e pneus. Eles explodiram. Era o desastre. Das 44 pessoas a bordo, 20 morreram na hora e outras três perderam a vida no hospital. Oito jogadores do Manchester United estavam entre os mortos e outros nove conseguiram sobreviver. As vítimas fatais do time do inglês foram:
- Geoff Bent;
- Roger Byrne;
- Eddie Colman;
- Mark Jones;
- David Pegg;
- Tommy Taylor;
- Billy Whelan;
- Duncan Edwards (ele sobreviveu ao acidente, mas morreu no hospital, 15 dias depois, devido aos graves ferimentos).
Os jogadores que sobreviveram ao acidente foram:
- Johnny Berry (nunca mais jogou futebol após o acidente por causa das graves lesões);
- Jackie Blanchflower (traumatizado e com problemas graves nos rins, nunca mais jogou futebol após o acidente);
- Bobby Charlton;
- Harry Gregg;
- Kenny Morgans;
- Albert Scanlon;
- Dennis Viollet;
- Ray Wood.
O piloto James Thain, o jornalista Frank Taylor e o técnico Matt Busby também sobreviveram ao acidente. Por outro lado, faleceram Tom Curry, treinador; Bert Whalley, um dos auxiliares; Walter Crickmer, secretário do clube; o co-piloto Kenneth “Ken” Rayment e os jornalistas Frank Swift e Donny Davies. Os sobreviventes, em seus leitos de hospital, demoraram para perceber o quão grande fora o acidente, como bem explicou Harry Gregg, um dos jogadores sobreviventes, tempo depois:
“Estávamos para deixar o hospital quando eu perguntei para uma enfermeira onde poderíamos ir para ver o resto dos garotos. Ela pareceu confusa então eu perguntei novamente: ‘Aonde estão o resto dos sobreviventes ?’ … ‘Outros ? Não tem outros, estão todos aqui.’ Foi só aí que soubemos do horror de Munique. Os Busby Babes não existiam mais”. – Harry Gregg, ex-jogador e sobrevivente do desastre aéreo de Munique, em depoimento colhido do Manchester United Brasil – The Brazilian Supporters.
O acidente chocou o mundo e decretou o fim dos Busby Babes, que teriam chegado muito mais longe não fosse aquela tragédia. O cortejo das vítimas aconteceu em Manchester, com o velório em Old Trafford. Dali, os carros com os corpos deixaram o estádio em direção aos destinos que suas famílias pretendiam. Em toda a Europa, os jogos de futebol posteriores ao acidente tiveram homenagens e um minuto de silêncio para lembrar os Busby Babes.
O United ainda continuou sua jornada nas competições que disputava, mas, com um time formado por reforços de última hora, juniores e alguns dos sobreviventes, a equipe foi presa fácil para os adversários. Uma curiosidade é que, no primeiro jogo do clube após o acidente, em casa, contra o Sheffield Wednesday, pela Copa da Inglaterra, 60 mil pessoas levaram cachecóis vermelhos e brancos com uma faixa preta em sinal de luto. A partir dali, o preto virou uma das cores oficiais do Manchester United, que antes só tinha o vermelho e branco como cores oficiais. Os Red Devils venceram aquele jogo por 3 a 0.
Na Copa da Inglaterra, milagrosamente a equipe ainda chegou à final após eliminar três adversários depois do acidente. Na decisão, porém, os Red Devils perderam para o Bolton por 2 a 0. No Campeonato Inglês, o clube disputou 14 jogos, ganhou um, empatou cinco e perdeu oito, terminando apenas na 9ª colocação – graças ao bom desempenho antes do acidente. E, na Copa dos Campeões, os ingleses tiveram que enfrentar o Milan em maio e, em casa, ainda venceram por 2 a 1, mas perderam por 4 a 0 a volta em Milão e foram eliminados.
Reconstrução e legado eterno
Passados os traumas e os momentos pós-acidente, o técnico Matt Busby, depois de vários dias no hospital, começou a reformular o combalido elenco do United com Bobby Charlton Harry Gregg e Bill Foulkes como principais nomes do time. Os outros sobreviventes acabariam deixando o United para jogar em outros clubes até se aposentarem – com exceção dos já citados Johnny Berry e Jackie Blanchflower, que não jogaram mais futebol profissional devido às múltiplas sequelas que tiveram.
Busby incorporou outros nomes da base, contratou novos jogadores nos anos seguintes – entre eles Denis Law e George Best -, e o Manchester United renasceu nos anos 1960 para conquistar mais títulos e chegar ao topo da Europa com a conquista da Copa dos Campeões de 1968, quando bateu o Benfica de Eusébio na final com um categórico 4 a 1 em Wembley, que aplaudiu de pé aquele esquadrão que levantou o troféu que talvez os Busby Babes poderiam ter levantado. Foi uma linda homenagem exatos 10 anos após o adeus a atletas que recolocaram o Manchester United na trilha das glórias e dos títulos. Os Busby Babes jamais serão esquecidos. São imortais, para o todo e para sempre.
Os personagens:
Ray Wood: com uma rápida passagem pelo Darlington, Wood chegou ao United em 1949 e, com apenas 18 anos, já ganhou suas primeiras oportunidades no gol. Muito rápido e bem colocado, antes de escolher a carreira de jogador, quase foi corredor profissional. Na meta dos Red Devils, Wood jogou até 1958 e participou ativamente das campanhas do bicampeonato inglês de 1956 e 1957. Um episódio marcante de sua carreira foi a final da Copa da Inglaterra de 1957, quando sofreu uma grave lesão de McParlane e, com os ossos da face quebrados, não pôde seguir no jogo e viu seu time perder por 2 a 0. Após sobreviver ao acidente aéreo, jogou apenas mais um jogo pelo United e se transferiu para o Huddersfield Town já em 1958.
Reg Allen: lenda do Queens Park Rangers, clube que defendeu entre 1938 e 1950, Allen chegou ao United em 1950 e permaneceu até 1955. Foi o titular na campanha do título inglês de 1952 e, com sua ascenção, colocou o então titular Jack Crompton no banco.
Harry Gregg: chegou em 1957 para assumir, aos poucos, a titularidade da meta do time no lugar de Wood. Fez grandes jogos pelo Manchester principalmente no começo dos anos 1960 e foi um dos heróis do acidente aéreo de Munique, ao ajudar a resgatar seus companheiros dos destroços em chamas do avião, incluindo Bobby Charlton, Jackie Blanchflower e Dennis Viollet. Gregg acabou não vencendo nenhum título pelos Red Devils, mas teve para sempre o respeito e devoção dos torcedores, a ponto de ganhar uma Ordem do Império Britânico (MBE) em 1995.
Bill Foulkes: o defensor, que podia jogar também como lateral, vestiu apenas a camisa do Manchester United em toda carreira, de 1951 até 1970. Jogador de extrema competitividade, atitude, raça e espírito esportivo, foi um símbolo do United e atingiu a marca de 688 jogos pelo clube, sendo um dos 5 jogadores que mais vestiram a camisa dos Red Devils em toda a história. Sobrevivente do desastre de Munique, Foulkes seguiu jogando muito nos anos seguintes e integrou o time campeão europeu de 1968. Foram 9 títulos conquistados pelo United na carreira.
Roger Byrne: capitão do Manchester United por muito tempo, o defensor era outro símbolo daquele time. Foi titular da Inglaterra em 33 jogos entre 1954 e 1957 e um dos mais talentosos jogadores de seu tempo. Rápido e muito forte, podia atuar como lateral-esquerdo, defensor pela esquerda e até ponta se fosse necessário, quebrando a regra de que os laterais deveriam ficar mais fixos no setor de defesa. Foi um dos primeiros Busby Babes e acabou falecendo no desastre aéreo de Munique aos 28 anos. Ele seria pai naquele ano de 1958 – 38 semanas após seu falecimento, sua esposa deu à luz ao seu filho.
Geoff Bent: outro lateral-esquerdo de muito talento no elenco dos Busby Babes, Bent acabou jogando muito pouco pelos Busby Babes por causa da titularidade absoluta de Roger Byrne. Por isso, ele jogou apenas 12 partidas entre 1954 e 1957 e não foi negociado por Matt Busby, que temia que ele reforçasse os rivais. merecia muito ter jogado mais, pois foi um talento pouco aproveitado. Ele acabou falecendo no desastre de Munique aos 25 anos. Bent guardava consigo um recorte de jornal no qual aparece tirando a bola de Tom Finney em um dos 12 jogos do Campeonato Inglês que disputou.
Eddie Colman: jogava em uma das pontas do meio de campo e fez grandes jogos ao lado de Edwards no time de Busby. Colman começou a jogar em 1955 na equipe do Manchester e disputou 108 jogos em três temporadas pelo time. Ele faleceu no acidente de Munique aos 21 anos.
Johnny Carey: o irlandês passou a maior parte da carreira no Manchester United e atuava mais recuado, como lateral-direito ou volante quando necessário. Foi capitão do time naquele início da era Matt Busby, de 1946 até 1953, quando se aposentou. Teve tempo de vencer a FA Cup de 1948 e o título inglês de 1952, caneco que embalou de vez o United rumo às glórias. Ele foi convocado constantemente, também, para a seleção da Irlanda naquela época. Foram 344 jogos e 17 gols pelos Red Devils.
Jackie Blanchflower: talentosíssimo, Blanchflower era um dos mais versáteis jogadores dos Busby Babes e podia atuar como lateral-esquerdo, volante, meia e zagueiro. Matt Busby gostava mais do jogador atuando mais recuado, protegendo a zaga com sua boa capacidade de cobertura e impulsão nas jogadas aéreas. Ele jogou no clube de 1951 até 1958, acumulando mais de 115 jogos, mas, devido aos problemas que teve nos rins após o acidente de Munique, não jogou mais futebol.
Mark Jones: zagueiro e volante que demonstrava muita segurança com a bola e também sem ela, Jones jogou de 1950 até 1958 no Manchester United e foi um dos principais nomes da equipe naquele período de ouro. Ele faleceu no acidente de Munique aos 24 anos. Jones deixou a esposa e um filho ainda bebê. Seu cachorro, um belo labrador preto, sentiu tanto a falta de seu dono que adoeceu e morreu logo depois do acidente aéreo de 1958.
Duncan Edwards: forte, vigoroso, inteligentíssimo, polivalente e um dos mais brilhantes jogadores da história do futebol inglês e do Manchester United. Duncan Edwards teve uma carreira curtíssima – apenas 4 anos como profissional – por conta do trágico acidente aéreo de Munique, mas sua trajetória foi simplesmente inquestionável. Edwards podia atuar como meio-campista defensivo e também mais à frente, criando jogadas de ataque. Stanley Matthews certa vez disse que Edwards era “uma rocha em um mar revolto”, tamanho seu vigor e sua força para romper defesas ou interceptar atacantes com seus desarmes precisos.
Além disso, ele chutava forte com as duas pernas, dava passes primorosos e tinha uma visão de jogo estupenda. Foram 18 jogos e cinco gols pela seleção inglesa na carreira e 177 jogos e 21 gols pelo Manchester United, pelo qual conquistou 4 títulos. Edwards faleceu no acidente de Munique aos 22 anos e planejava se casar com a namorada. Uma janela colorida na igreja de Saint Francis em sua terra natal, Dudley, segue até hoje como um tributo ao jogador, além de uma estátua de Edwards ter sido erguida no centro da mesma cidade. Leia mais sobre ele clicando aqui.
Johnny Berry: ponta-direita de exímia técnica, Berry compensava a fragilidade física com muita desenvoltura para criar jogadas de ataque, driblar e abrir espaços nas defesas rivais. Berry chegou em 1951 ao United, após boas partidas pelo Birmingham, e melhorou consideravelmente sob o comando de Matt Busby. Em 277 jogos, o ponta marcou 44 gols.
Dos sobreviventes do acidente de Munique, Berry foi o que mais sofreu, pois teve diversas lesões. Ele passou dois meses no hospital com uma fratura no crânio, uma mandíbula quebrada, um cotovelo quebrado, uma pélvis quebrada e uma perna quebrada. Todos os seus dentes tiveram que ser removidos durante o tratamento dos ferimentos na mandíbula. Por conta de tudo isso, ele não pôde mais jogar profissionalmente. Apesar de tudo, Berry viveu até os 68 anos, quando faleceu em Farnham, Inglaterra, em 1994.
Stan Pearson: cria dos Red Devils, Pearson foi um dos principais atacantes da equipe entre 1936 e 1954, quando disputou 343 jogos e marcou 148 gols, desempenho que fez dele um dos maiores goleadores da história do United. Com 5 tripletes pelo United, Pearson foi um dos artilheiros da campanha do título inglês de 1951-1952 com 22 gols em 42 jogos. Ele deixou o clube em 1954, quando foi jogar pelo Bury.
Kenny Morgans: era um dos mais jovens atletas do time em 1958, com 18 anos, e atuava como ponta-direita. Vivia grande fase na temporada 1957-1958 quando aconteceu o acidente de Munique. Ele foi um dos últimos a serem resgatados. Morgans jogou no United até 1961.
Liam Whelan: atacante goleador e muito religioso, Whelan chegou em 1953 ao Manchester e foi ganhando espaço aos poucos. Sua melhor temporada foi em 1956-1957, quando virou o homem-gol da equipe na campanha do bicampeonato inglês ao anotar 26 gols em 39 jogos, além de cravar 33 gols em 54 jogos naquela temporada super prolífica. O atacante fez uma parceria memorável com Tommy Taylor e, após a ascensão de Bobby Charlton, acabou perdendo espaço na época 1957-1958. Ele faleceu no acidente de Munique aos 22 anos.
Dennis Viollet: com 179 gols em 293 jogos, o atacante é um dos maiores artilheiros da história do Manchester United e viveu anos de ouro entre 1953 e 1958, quando marcava uma média de 20 gols por temporada. Na primeira temporada europeia do time, em 1956-1957, Viollet anotou 9 gols em 6 jogos na Copa dos Campeões e foi o artilheiro da competição. Ele sobreviveu ao acidente de Munique e só deixou o United em 1962 para jogar no Stoke City. Em 1959-1960, inclusive, ele foi o artilheiro do Campeonato Inglês com 32 gols em 36 jogos.
Tommy Taylor: outra lenda do Manchester United, Taylor fez valer cada centavo das 29.999 libras que o clube gastou em 1953 por seu futebol e se transformou no principal goleador da equipe nas campanhas dos títulos ingleses de 1956 e 1957. Com enorme qualidade no jogo aéreo e sempre bem colocado, Taylor encantou os torcedores e virou um dos jogadores mais badalados de seu tempo. Em 1957, inclusive, a Internazionale ofereceu 65 mil libras por ele, no que seria a maior transação envolvendo um jogador de futebol em todos os tempos na época, mas nem assim o United aceitou. Taylor marcou 25 gols em 33 jogos na campanha do título inglês de 1956 e 22 gols em 32 jogos em 1957, neste ano ele ficou atrás apenas de Whelan, mas foi o artilheiro do time no ano com 34 gols em 45 jogos. Taylor faleceu no acidente de Munique aos 26 anos.
Jack Rowley: entre 1937 e 1955, ninguém marcou mais gols pelo Manchester United do que Jack Rowley. Foram 211 gols em 424 jogos, números que fizeram dele o 4º maior artilheiro da história do Manchester United e, naquela época, o maior goleador do clube até Denis Law, Bobby Charlton e Wayne Rooney desbancá-lo ao longo das décadas. Dono de um chute poderoso e exímio senso de colocação, Rowley começou jogando como ponta até ser transformado em centroavante pelo técnico Matt Busby, que percebeu o talento do atacante dentro da área. Na campanha do título inglês de 1952, ele balançou as redes 30 vezes em 40 jogos, desempenho mais do que fundamental para a conquista que acabou com o jejum de 41 anos. Após deixar o United, em 1955, para a ascensão dos jovens, Rowley foi jogar no Plymouth Argyle até se aposentar em 1957.
Bobby Charlton: tido como maior jogador inglês de todos os tempos, Charlton começou naquele timaço dos Busby Babes a provar que era mesmo um jogador fora de série. Com médias de gols marcantes em seus primeiros jogos, muita técnica, visão de jogo e partidas sensacionais, o craque se transformou rapidamente em um símbolo do clube e, após o acidente de Munique, foi um dos pilares da reconstrução que culminou no título europeu de 1968. Aqui, não temos espaço para falar sobre essa lenda. Leia muito mais sobre ele clicando aqui!
Colin Webster: o atacante galês chegou em 1952 ao United, mas teve poucas chances por conta da concorrência acirrada na época. Sua melhor temporada foi em 1954-1955, quando marcou 11 gols em 19 jogos. Ele acabou não viajando com o time no fatídico duelo contra o Estrela Vermelha, em 1958, por estar doente na época. Webster deixou o United em 1958 para jogar no Swansea e integrou a seleção de País de Gales na Copa do Mundo de 1958.
David Pegg: o ponta-esquerda estreou em 1952 na equipe principal com apenas 17 anos e foi se firmando aos poucos no time principal. Ele queria ser um dos melhores pontas da Inglaterra e já era convocado para a seleção conforme Stanley Matthews e Tom Finney iam encerrando suas carreiras. Pegg acabou falecendo no acidente de Munique aos 22 anos.
Albert Scanlon: com Pegg em grande fase, Scanlon era reserva na maioria das vezes naquela época. Porém, quando entrava, o ponta-esquerda ia muito bem e demonstrava técnica e qualidade nos passes. Ele jogou no clube de 1954 até 1960.
Matt Busby (Técnico): antes de Alex Ferguson se consagrar como o maior vencedor da história do United, Matt Busby foi quem forjou a mentalidade vencedora do clube e o colocou para sempre no rol dos titãs da Inglaterra e do mundo. Comandando todos os aspectos do time, a parte tática e sabendo pincelar talentos das categorias de base e também dos rivais com uma afiada comissão técnica, Busby formou um esquadrão histórico que só não foi mais longe por causa daquele acidente devastador. Enquanto estava no hospital, o técnico chegou a receber a extrema unção duas vezes e teve que ficar em uma delicada câmara de oxigênio. Passado o susto, Busby reconstruiu pela segunda vez o United e virou uma lenda inquestionável. Leia mais sobre o outro grande esquadrão do técnico clicando aqui!
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Falando dos jogadores agora eu acho que duncan edwards foi uma especie de beckenbauer da epoca so que mais agressivo.muitas vezes no texto o guilherme cita gol de taylor e viollet ja imaginaram o estrago que eles fariam na copa de 58 que pena pois esse time seria base do english team e o bicho ia pegar legal.pra fechar o auxiliar jimmy murphy foi tecnico de gales na copa de 58 dando muito trabalho pro brasil nas quartas.eo jornalista frank swift que faleceu simplesmente um dos maiores goleiros do city que ironia heim.busby babes eternos e todo 6 de fevereiro lembrados.
Parabens pelo texto guilherme eu tinha comentado na morte de sir bobby que voce poderia colocar os babes nos imortais e voce atendeu por isso muito obrigado.quem quiser saber mais sobre esse time vai no youtube que la tem um filme chamado united que conta a trajetoria deles com foco no sir bobby charlton desde a estreia dele passando por munique e termina na final da fa cup de 58 quando eles beeeem desfalcados perdem pro bolton vale a pena ver.na minha sessao times que nao vi mas amaria ter visto os busby babes estao em primeiro lugar pois de todos os grandes times do nosso united e o melhor.