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Esquadrão Imortal – Atlético Nacional 1989-1991

Atlético Nacional 1989-1991
Em pé: Luis Perea, Andrés Escobar, Albeiro Usuriaga, Gildardo Gómez, Leonel Álvarez e René Higuita. Agachados: Alexis Garcia, Jaime Arango, Luis Alfonso Fajardo, León Fernando Villa e Felipe Pérez (Foto: Arquivo Conmebol).
 

 

Grandes feitos: Campeão da Copa Libertadores da América (1989), Campeão da Copa Interamericana (1990) e Campeão Colombiano (1991). Foi o primeiro clube colombiano a vencer uma Copa Libertadores na história.

Time base: Higuita; Luis Fernando Herrera (Carmona), Perea (Cassiani), Andrés Escobar e Gildardo Gómez (León Villa); Pérez (Fajardo), Álvarez e Alexis García; Arango (Galeano), Arboleda (Usuriaga / Asprilla) e Tréllez (Aristizábal). Técnicos: Francisco Maturana (1989-1990) e Hernán Darío Gómez (1990-1991).

 

 

“Os Colombianos Puros”

Por Guilherme Diniz

A maior geração de craques da história da Colômbia despontou no final dos anos 80 e início dos anos 90, quando os amarelos, azuis e vermelhos se classificaram para as Copas de 1990 e 1994 como favoritos em meio aos titãs Brasil, Alemanha, Argentina e Itália. Eram vários os craques da equipe, do goleiro até o centroavante, que revelavam para o mundo a força que existia no futebol do país naquele tempo. Mas tudo isso só foi possível graças à matéria prima obtida no Club Atlético Nacional, alviverde da cidade de Medellín que conseguiu montar em 1989 um dos maiores esquadrões da América do Sul em todos os tempos e que deu ao futebol colombiano sua primeira Copa Libertadores da América.

Com o folclórico Higuita no gol, uma sólida defesa formada por Perea e Escobar, e uma linha de frente extremamente habilidosa e rápida com Pérez, Fajardo, Álvares, García e Tréllez, a equipe despachou todos os rivais que encontrou pela frente e ganhou sua primeira taça continental diante de sua apaixonada torcida, que via na noite de 31 de maio de 1989 a consagração de um time que enalteceu a Colômbia por ter toda sua base nascida no país, resgatando a faceta dos “colombianos puros” marcante na história do clube. A força do Atlético era tão grande que a seleção colombiana que disputou a Copa de 1990 teve nada mais nada menos que oito jogadores do clube alviverde, além do técnico Francisco Maturana. É hora de relembrar as façanhas de um dos maiores times da história da Colômbia.

 

Nacional ao extremo

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Historicamente, o Atlético Nacional sempre priorizou os jogadores de seu país, a exemplo do que faz o Athletic Bilbao, da Espanha. Essa política vigorou durante anos e fez nascer a expressão “puros criollos”, em referência aos jogadores colombianos que vestiam a camisa alviverde do clube. Os anos se passaram e a equipe se viu em desvantagem por causa dos estrangeiros que jogavam pelos rivais, fazendo com que o time abolisse durante um tempo a política “nacionalista” nos anos 70. Depois das conquistas nos campeonatos nacionais de 1973, 1976 e 1981, a equipe começou a segunda metade do anos 80 disposta a investir novamente nos jogadores da casa e formar uma equipe puramente colombiana.

Dessa vez, porém, o clube seria beneficiado pelo fato de começar a nascer no país uma leva de craques fantástica. Em 1987, Francisco Maturana assumiu o comando do time e já pôde contar com os reforços de Leonel Álvarez, Luis Carlos Perea e Gildardo Gómez, que se juntaram ao habilidoso e energético goleiro René Higuita, ao atacante Tréllez, ao ótimo zagueiro Andrés Escobar e ao vigoroso meio-campista Alexis García. Rapidamente, o time deu liga e começou a apresentar um estilo de jogo muito harmonioso e competitivo que por pouco não deu resultado já em 1987 e 1988, quando a equipe ficou na terceira e segunda posição, respectivamente, do Campeonato Colombiano.

Em 1988, o time liderou a primeira fase do torneio, mas caiu de produção no octogonal final e perdeu o título para o rival Millonarios. O atacante John Jairo Tréllez foi o artilheiro da equipe com 20 gols marcados e ajudou os alviverdes a conquistar uma vaga na Copa Libertadores de 1989. Era a hora de mostrar para o continente uma nova era no futebol sul-americano.

O técnico Maturana: comandante de um time puramente colombiano.
O técnico Maturana: comandante de um time puramente colombiano.
 

 

A chance americana

O zagueiro Andrés Escobar: mítico com a camisa da Colômbia e do Atlético Nacional.
O zagueiro Andrés Escobar: mítico com a camisa da Colômbia e do Atlético Nacional.

 

 

O Atlético colocou a Libertadores como prioridade máxima na temporada de 1989 e desprezou completamente o Campeonato Colombiano (conquistado pelo América de Cali). A competição continental era a grande chance de mostrar a força do conjunto alviverde e de dar ao país uma inédita taça continental, que até então era restrita a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A equipe começou o torneio no Grupo 3, ao lado do rival Millonarios e dos equatorianos Deportivo Quito e Emelec. Ainda frios e sem ritmo, os colombianos empataram os três primeiros jogos todos em 1 a 1 e todos fora de casa. A torcida ficou ressabiada e temeu pelo pior quando o time foi derrotado em casa para o Millonarios por 2 a 0. Felizmente, os comandados de Maturana venceram o Deportivo por 2 a 1 (gols de Arango e Escobar) e o Emelec por 3 a 1 (gols de Fajardo, Usuriaga e Tréllez) e carimbaram a vaga para a fase de mata-mata.

Nas oitavas de final, os colombianos enfrentaram o tradicional Racing-ARG e venceram a primeira partida em casa por 2 a 0, com gols de Tréllez e Villa. Na volta, a derrota por 2 a 1 não foi o bastante para eliminar os alviverdes, que se classificaram para as quartas de final, onde teriam pela frente um velho conhecido: o Millonarios.

 

Saborosa classificação e show até a final

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Enfrentar o maior rival em plena fase eliminatória de Libertadores foi algo épico para o Atlético. No primeiro jogo, em Medellín, Usuriaga fez o único gol da vitória alviverde por 1 a 0. A imprensa colombiana achou muito magro o triunfo do time de Higuita e companhia e dava como certa a classificação do Millonarios para a semifinal. Porém, mesmo com o placar aberto pelos azuis no primeiro tempo do segundo jogo, o Atlético Nacional se acalmou, comandou as ações posteriores e conseguiu o empate nos pés de Tréllez: 1 a 1. Na casa do rival, o time de Medellín conseguia uma emblemática classificação para a semifinal da Libertadores com uma mostra clara do talento do técnico Maturana, que soube como ninguém acalmar seus atletas num território tão hostil.

O duelo seguinte foi contra os uruguaios do Danubio. No primeiro jogo, precioso empate sem gols no estádio Centenário, em Montevidéu. Bastava uma vitória simples, em casa, para o Atlético se garantir em sua primeira decisão de Libertadores. Mas os alviverdes não quiseram apenas vencer. Eles fizeram questão de desfilar, dar show e embelezar a todos os presentes no estádio Atanasio Girardot com uma goleada histórica de 6 a 0, com quatro gols de Usuriaga, um de García e outro de Arboleda. Delírio puro em Medellín! O Atlético estava na decisão da Libertadores. Mas o adversário não seria nada fácil: o Olimpia-PAR de Almeida, Sanabria, Amarilla e o técnico Luís Cubilla.

A base do Atlético campeão da América: força pelo lado direito e toque de bola eram as armas de um dos maiores times das história da Colômbia.
A base do Atlético campeão da América: força pelo lado direito e toque de bola eram as armas de um dos maiores times das história da Colômbia.
 

 

Susto antes mesmo da decisão

Embora a euforia tomasse conta dos jogadores e da torcida do Atlético para a final continental, todos os alviverdes ficaram preocupados com a decisão da Conmebol de impedir o time colombiano de jogar a segunda partida em sua casa, o estádio Atanasio Girardot, pelo fato de ele não comportar o público mínimo exigido pela entidade (50 mil pessoas). Por isso, a diretoria teve que escolher um novo local para a partida decisiva: o estádio Nemesio Camacho, na capital Bogotá. A equipe viajou ao Paraguai para a primeira partida contra o Olimpia no Defensores del Chaco. Diante de um adversário forte e quase imbatível jogando em casa, os colombianos perderam por 2 a 0 e teriam que buscar a “remontada” jogando na Colômbia, mas longe de sua torcida. Será que os alviverdes conseguiriam reverter a situação e conquistar o título inédito de campeão da América?

 

Paixão sem limites e título histórico

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Num claro exemplo de amor incondicional ao seu clube, a torcida do Atlético Nacional viajou em peso até a cidade de Bogotá para apoiar seu time rumo ao título da Libertadores. Mais de 30 mil torcedores percorreram quilômetros e mais quilômetros para lotar o estádio Nemesio Camacho, que havia se transformado num verdadeiro caldeirão. O Atlético jogou com sua força máxima e baseou suas ações na técnica, raça e muita vontade. O Olimpia, mesmo jogando fora de casa e com a vantagem do empate, assustou bastante o goleiro Higuita, principalmente com as chegadas de Amarilla. Depois de um primeiro tempo tenso, os colombianos abriram o placar com um gol contra de Miño e ampliaram com Usuriaga.

O gol inflamou ainda mais os colombianos que partiram com tudo em busca do terceiro gol. Em um lance perto do final do jogo, o goleiro Higuita até arriscou sair de sua área para ajudar o ataque e deixou a torcida maluca quando driblou dois adversários, foi avançando até depois do meio de campo e só foi parado com falta pelo terceiro paraguaio a sua frente! A equipe alviverde merecia a vitória, mas o jogo terminou mesmo em 2 a 0, resultado que levou a decisão para os pênaltis.

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A tensão tomou conta do estádio, mas a torcida colombiana explodiu em festa logo no começo das cobranças quando René Higuita voou para agarrar a primeira cobrança do Olimpia, desperdiçada pelo goleiro Ever Almeida. Os jogadores foram acertando os chutes seguintes até o colombiano Alexis García errar. Depois de 4 a 4, começaram as cobranças alternadas e todos os batedores falharam! González, Guash e Balbuena pelo Olimpia, Pérez, Gómez e Perea pelo Atlético, todos desperdiçaram seus chutes, com destaque para os goleiros, principalmente Higuita, que já acumulava quatro defesas sensacionais.

Higuita agarra um dos quatro pênaltis da noite histórica para o Atlético Nacional.
Higuita agarra um dos quatro pênaltis na noite que consagrou para sempre o Atlético Nacional. E o próprio Higuita.

 

 

No quarto chute alternado do Olimpia, Sanabria chutou para fora e outra vez o Atlético Nacional tinha a chance de ser campeão. Leonel Álvarez partiu, bateu e, enfim, marcou! O Nacional era pela primeira vez campeão da Libertadores e dava à Colômbia seu primeiro título continental! Explosão de alegria na capital Bogotá e festa total nas ruas de Medellín! Graças ao herói Higuita, os alviverdes se consagravam reis do continente. O orgulho tomou conta do país muito pelo fato de todo aquele elenco ser formado por jogadores colombianos, que certamente estariam defendendo a seleção na Copa do Mundo de 1990, na Itália. A expectativa era a maior possível, bem como de um título mundial no final do ano.

1989

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Parados pelo Milan de Sacchi

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Em novembro de 1989, o Atlético Nacional viajou ao Japão em busca do maior dos títulos: o Mundial Interclubes. O adversário dos colombianos era o poderosíssimo Milan-ITA de Maldini, Baresi, Donadoni, Rijkaard, Ancelotti e Van Basten. Ao contrário do que muitos esperavam (uma goleada do Milan), o Nacional jogou bem e conseguiu praticar seu futebol de toque de bola tão notabilizado na conquista da Libertadores, mas os italianos deram trabalho por causa de sua famosa marcação adiantada e a diminuição do campo em três quartos, que dificultava as ações alviverdes e deixava os atacantes Arboleda e Tréllez em constantes impedimentos. Higuita, em sua melhor fase na carreira, ganhava todas as disputas homem a homem e garantia a meta colombiana intacta. Depois de 0 a 0 nos 90 minutos, o jogo foi para a prorrogação. Quando todos achavam que a decisão iria para os pênaltis, uma cobrança de falta ensaiada confundiu os colombianos, que viram Evani marcar o gol que deu o título mundial ao Milan faltando um minuto para o fim do jogo. Era o fim do sonho para os alviverdes e da chance de encerrar com chave de ouro um ano inesquecível.

 

A base da Colômbia de ouro

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Na Colômbia de 1990, oito jogadores do elenco eram do Atlético Nacional.

 

 

Em 1990, o Atlético Nacional encheu de orgulho os seus torcedores ao fornecer oito atletas para a base da seleção colombiana que viajou até a Itália para a disputa da Copa do Mundo. René Higuita, Gildardo Gómez, Luis Fernando Herrera, León Villa, José Ricardo Pérez, Leonel Álvarez, Luis Carlos Perea e Luis Fajardo foram chamados pelo técnico Francisco Maturana, comandante do Nacional campeão da América de 1989 que agora era técnico exclusivo da seleção. A Colômbia venceu os Emirados Árabes Unidos na estreia por 2 a 0, perdeu para a Iugoslávia por 1 a 0 e empatou com a futura campeã Alemanha em 1 a 1 na primeira fase do mundial, se classificando como uma das melhores terceiras colocadas.

Nas oitavas de final, os sul-americanos se esqueceram de jogar futebol e foram eliminados para a sensação Camarões, que venceu por 2 a 1 após uma bobeada homérica do goleiro Higuita, que tentou driblar a estrela Roger Milla, mas foi desarmado e viu o atacante marcar o gol da vitória dos africanos. O desapontamento foi muito grande para a torcida colombiana, que tinha grandes esperanças de ver sua seleção pelo menos entre os quatro melhores do torneio. No entanto, faltou maturidade e experiência aos sul-americanos.

René Higuita: emblemático goleiro dos anos 80 e 90.
René Higuita: emblemático goleiro dos anos 80 e 90.

 

 

Derrota continental e brilho interamericano

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Ainda em 1990, o Atlético Nacional voltou a disputar a Copa Libertadores em busca do bicampeonato. O time entrou na segunda fase e eliminou o Cerro Porteño-PAR e o Vasco da Gama-BRA até reencontrar o Olimpia-PAR na semifinal. Depois de uma vitória para cada lado, o Olimpia conseguiu a vingança ao vencer os colombianos nos pênaltis por 2 a 1. Naquela Libertadores, o Nacional teve vários problemas, principalmente após a Conmebol suspender o jogo vencido pelo time por 2 a 0 sobre o Vasco, nas quartas de final, após supostas ameaças sofridas pelo árbitro do jogo pelo traficante Pablo Escobar, que mantinha estreitas relações com o clube alviverde.

Uma nova partida foi marcada e outra vez o Nacional venceu, dessa vez por 1 a 0. No confronto contra o Olimpia, o time não pôde jogar em casa e teve que disputar o primeiro jogo em Santiago-CHI. Mesmo com esses problemas, a equipe ainda vibrou com a inédita conquista da Copa Interamericana, com duas vitórias sobre o Pumas-MEX, campeão da Copa da Concacaf, por 2 a 0 em casa e 4 a 1 fora. Ainda em 1990, foi revelado pelo clube um promissor atacante: Aristizábal.

 

A taça que faltava

Em 1991, o Atlético Nacional conquistou o troféu que ele tanto perseguiu e que tanto lhe escapou: o Campeonato Colombiano. Depois de um mau começo, os alviverdes embalaram na reta final no embalo da dupla de ataque formada por Asprilla e Aristizábal, que encantaram os torcedores com gols, tabelinhas e jogadas de efeito. No quadrangular final, o Atlético venceu quatro jogos e empatou dois, ficando na primeira posição e faturando seu quinto título na história. Asprilla foi o artilheiro da equipe no torneio com 16 gols. Aquele título, porém, seria o último da geração de ouro de Medellín.

 

O fim da pureza

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Depois da conquista de 1991, o Atlético só conseguiu voltar a brilhar em solo continental em 1995, quando disputou a final da Libertadores, mas perdeu para o forte Grêmio de Jardel e Felipão. Desde então, a equipe passou por maus momentos, como a morte do ídolo Andrés Escobar após a Copa do Mundo de 1994 (por conta do gol contra que praticamente eliminou os colombianos do mundial) e várias acusações por compactuar com o traficante Pablo Escobar. A volta por cima só aconteceu em 2016, quando o time reconquistou a Libertadores.

O fato é que o clube conseguiu ser o pioneiro em seu país ao levantar a mais cobiçada taça do continente numa época em que ela não poderia ficar em outras mãos. A geração de ouro do futebol colombiano foi dona de duas façanhas para a história que seguem impagáveis até hoje: uma foi a goleada de 5 a 0 sobre a Argentina em pleno Monumental de Núñez em 1993. A outra foi a conquista da Copa Libertadores de 1989 pelo Atlético Nacional, um dos esquadrões mais notáveis da história do país. E imortal.

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Os personagens:

René Higuita: “El Loco” é simplesmente uma divindade pelas bandas de Medellín. Também pudera, afinal, Higuita foi o grande herói da conquista da Libertadores ao defender quatro pênaltis na decisão contra o Olimpia e ajudar na popularização do clube em toda a Colômbia. Elástico, muitas vezes displicente e louco em sair jogando com a bola nos pés, Higuita foi um dos mais engraçados e icônicos goleiros de seu tempo e levou humor ao futebol em uma época tão carente de alegria na América do Sul. Seu estilo de jogo em ajudar a defesa com passes e por se adiantar demais perante os atacantes lhe dava quase a condição de líbero da zaga do Atlético e também da seleção. Disputou mais de 200 jogos pela equipe alviverde e é considerado um dos maiores goleiros da história do futebol mundial. Leia mais sobre ele clicando aqui!

Luis Fernando Herrera: foi um dos maiores laterais da história do futebol colombiano (talvez o maior) ao aliar técnica, força física e explosão nas doses certas. Chutava bem com as duas pernas, tinha um passe preciso e aparecia constantemente na linha de fundo com cruzamentos e tabelinhas. Ídolo eterno do Atlético e do futebol colombiano.

John Carmona: defensor muito bom na marcação, Carmona jogava pelo lado direito do Atlético naquele final de anos 80. Não teve tanto destaque quanto o companheiro Herrera, mas cumpriu seu papel na Libertadores.

Luis Carlos Perea: ótimo defensor colombiano, Perea fez uma dupla de zaga marcante e muito eficiente ao lado de Andrés Escobar naquele final de anos 80. Tinha muita impulsão, era ótimo no desarme e ajudava o meio de campo com passes precisos. Foi peça fundamental para a seleção colombiana nos anos 90 e teve algum destaque no futebol mexicano.

Geovanis Cassiani: defensor que integrou o elenco do Nacional no final dos anos 80 e a seleção colombiana na Copa de 1990, Cassiani teve algumas chances no elenco do time nas ausências de Perea, como na final do Mundial de 1989.

Andrés Escobar: ao lado de Higuita, é outro ídolo imortal dos torcedores do Atlético Nacional graças as suas atuações de gala no comando da zaga alviverde entre 1987 e 1989 e 1990 e 1994. Ficou conhecido como o “Cavaleiro do Futebol” pela lealdade em campo e pelo estilo de jogo, sempre de cabeça erguida e com muita segurança. Foi um dos maiores zagueiros da história da Colômbia até viver o inferno na Copa de 1994, quando marcou um gol contra no jogo contra os EUA que praticamente eliminou os sul-americanos do mundial. Depois do mundial, Escobar foi morto durante uma discussão num bar em Medellín, atribuída aos traficantes que supostamente teriam perdido dinheiro com a eliminação colombiana no mundial. A morte de Escobar foi uma perda trágica não só para o futebol colombiano, mas também mundial.

Gildardo Gómez: foi outro defensor de muito talento que ajudava na marcação e também o ataque. Podia jogar na lateral-esquerda e também na zaga central. Integrou a seleção colombiana na Copa de 1990.

León Villa: se revezava com Gómez na lateral-esquerda da equipe e mantinha a qualidade do setor com força defensiva e apoio ao ataque, inclusive marcando gols. Foi outro integrante da Colômbia na Copa de 1990.

José Ricardo Pérez: integrou o sistema de meio de campo do Atlético Nacional no final dos anos 80 e conseguiu, com suas atuações, uma vaga na seleção colombiana que disputou a Copa de 1990. Era forte na marcação e dava segurança para o ataque.

Luis Alfonso Fajardo: meio campista de muito talento, Fajardo foi fundamental para os títulos do Nacional naquele final de anos 80 com qualidade nos passes, ótimo senso de colocação e gols decisivos, como o do título do Campeonato Colombiano de 1991. Conhecido como “El Bendito”, Fajardo foi outro destaque da Colômbia na Copa de 1990.

Leonel Álvarez: com sua vistosa cabeleira negra, Leonel Álvarez se impunha não só pela presença física, mas também pelo futebol. Era um verdadeiro leão em campo e inflamava o time ao ataque com raça, qualidade nos passes e fortes chutes em direção ao gol. Jogou mais de 100 partidas pela seleção durante uma década e foi um ícone do futebol do país nos anos 80 e 90. Ídolo eterno da torcida.

Alexis García: foi simplesmente o capitão, ou melhor, o “Grande Capitão”, que teve a honra de levantar a primeira e única Copa Libertadores da história do Atlético. Meio campista extremamente técnico, García foi o maestro do time naqueles anos dourados. É um dos mais vitoriosos jogadores da história do clube com dois títulos nacionais, uma Libertadores e duas Interamericanas. Foram mais de 10 anos no clube e uma idolatria eterna junto com a torcida alviverde.

Jaime Arango: podia jogar como atacante ou meia e dava muita velocidade ao time na frente. Abria espaços nas zagas rivais pelo setor esquerdo e foi muito importante para o esquema tático do técnico Maturana em 1989.

Juan Jairo Galeano: atacante revelado pelo Atlético, Galeano teve bons momentos no time naqueles anos dourados e só não foi para a Copa de 1990 por conta de uma lesão. Dava mobilidade à equipe com velocidade nos passes.

Niver Arboleda: outro grande atacante do Nacional no final dos anos 80, Arboleda tinha muita explosão física, era rápido, ótimo cabeceador e eficiente nos chutes de primeira. Mesmo craque com o manto alviverde, Arboleda não conseguiu repetir os feitos protagonizados pelo Nacional com a camisa da Colômbia. Faleceu com apenas 43 anos, em 2011, após sofrer um infarto fulminante.

Albeiro Usuriaga: típico goleador, o grandalhão Usuriaga (1,92m) marcou época no Nacional com grandes atuações e gols decisivos. Foi simplesmente perfeito na conquista da Libertadores quando marcou quatro gols na semifinal contra o Danubio e o gol da vitória por 2 a 0 sobre o Olimpia na final. Depois de se aposentar, foi outro jogador a sofrer com a violência colombiana ao ser morto com apenas 37 anos em uma boate de Cali.

Faustino Asprilla: foi um dos maiores atacantes do futebol mundial na década de 90 e também um dos mais polêmicos. Tinha uma arrancada fulminante e muita técnica. Mas, o que tinha de qualidades dentro de campo, o colombiano tinha de defeitos fora dele. Adorava noitadas, mulheres e faltava a treinos constantemente. Mesmo assim, foi ídolo no Atlético Nacional entre 1989 e 1992, marcou gols inesquecíveis e formou a dupla mais marcante da história do clube ao lado de Aristizábal. Seu futebol despertou o interesse do Parma-ITA, para onde foi já em 1992.

John Jairo Tréllez: outro talento revelado pelo Atlético Nacional, o habilidoso e rápido atacante Tréllez foi um dos maiores ídolos da torcida alviverde no final dos anos 80 com gols, dribles e muita qualidade com a bola nos pés. Ganhou o apelido de “La Turbina” e foi o primeiro artilheiro do clube no futebol colombiano, em 1992, com 25 gols.

Victor Hugo Aristizábal: revelado, consagrado e vencedor pelo Nacional, Aristizábal foi outro atacante a fazer história no clube logo após os títulos de 1989 e 1990. Foi uma das figuras de destaque na conquista do título colombiano de 1991 com velocidade, dribles e um futebol leve. Aristizábal teve várias passagens pelo alviverde na década e jogou ainda na Espanha, Inglaterra e Brasil. É o maior artilheiro da história do Atlético Nacional com mais de 200 gols marcados.

Francisco Maturana e Hernán Darío Gómez (Técnicos): foi Maturana o grande responsável por transformar para sempre o Atlético Nacional em um dos imortais do futebol sul-americano. O treinador pegou uma equipe sob intenso jejum de títulos e a levou a maior das glórias do continente com uma campanha impecável e inesquecível. Seu desempenho no comando do alviverde o levou a Copa de 1990, mas em solo italiano ele não conseguiu repetir o sucesso de Medellín. Com sua saída, chegou Hernán Darío Gómez, que manteve a base e, em pouquíssimo tempo, faturou a Interamericana e o Colombiano, além de ser vice nacional em 1990 e 1992. Ambos foram ídolos e membros eternos da história do clube.

Nacional, campeón de la Copa Libertadores

 

Leia mais sobre a Colômbia 1990-1994 clicando aqui.

 

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8 Comentários

  1. Fue sin duda la mejor generación del futbol colombiano con jugadores de nível mundial como el muy recordado Higuita,el desafortuna Escobar,y los hábilidosos Trellez,Asprilla y Aristizábal.

Craque Imortal – Alex

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