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Craque Imortal – Schweinsteiger

Bastian Schweinsteiger Alemanha 2014
Foto: AP Photo/Frank Augstein

Nascimento: 1º de agosto de 1984, em Kolbermoor, Alemanha.

Posição: Meio-campista

Clubes: Bayern München-ALE (2002-2015), Manchester United-ING (2015-2017) e Chicago Fire-EUA (2017-2019).

Principais títulos por clubes: 1 Liga dos Campeões da UEFA (2012-2013), 8 Campeonatos Alemães (2002-2003, 2004-2005, 2005-2006, 2007-2008, 2009-2010, 2012-2013, 2013-2014 e 2014-2015), 8 Copas da Alemanha (2002-2003, 2004-2005, 2005-2006, 2007-2008, 2009-2010, 2012-2013 e 2013-2014), 1 Supercopa da Alemanha (2010) e 1 Copa da Liga Alemã (2007) pelo Bayern München.

1 Copa da Inglaterra (2015-2016) pelo Manchester United.

Principais títulos por seleção: 1 Copa do Mundo da FIFA (2014) pela Alemanha.

Principais títulos individuais:

Silberne Lorbeerblatt – mais alta distinção esportiva concedida pelo Governo da Alemanha: 2006, 2010 e 2014

Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo da FIFA: 2010

Maior assistente da Copa do Mundo da FIFA: 2010 (3 assistências)

Eleito para o Time do Ano da ESM: 2012-2013

Jogador do Ano da Alemanha: 2013

MLS All-Star Team: 2017 e 2019

Eleito para o Hall da Fama do Bayern München

Ordem ao Mérito da Baviera: 2018

 

“Lendário da Baviera”

Por Leandro Stein e Guilherme Diniz

Perto de outros craques de sua geração, ele teve uma carreira relativamente curta. Mas, em pouco mais de 17 anos como jogador profissional, consolidou-se como um dos maiores da história do futebol alemão. Inteligentíssimo, capaz de atuar em qualquer posição do meio de campo, seja para defender ou atacar, e com imensa qualidade nos passes, plena visão de jogo, força nos chutes, nos desarmes e precisão nos lançamentos, ele foi o grande motor da seleção alemã entre 2010 e 2014 e titular em todos os times montados pelo técnico Joachim Löw. Disputou as Copas de 2006, 2010 e 2014 e foi o líder em assistências para gols na Copa de 2010 com três passes, mesmo número de Thomas Müller, Mesut Özil, Kaká e Dirk Kuyt. Colecionou títulos em Munique, esteve no esquadrão do Treble de 2012-2013 e é um dos recordistas em jogos pela Nationalelf na história: 121 jogos, além de 24 gols marcados. Bastian Schweinsteiger foi tudo isso e muito mais. É hora de relembrar a trajetória dessa lenda da Baviera.

De Kolbermoor à Munique

Um novato Schweinsteiger em ação pelo Bayern. Foto: Acervo / FCB
 

A jornada de Schweinsteiger rumo ao topo pareceu seguir um roteiro cinematográfico, de altos e baixos, mas que também alimentaria os devaneios de qualquer menino em busca de seus sonhos. O talentoso garoto nascido em Kolbermoor, na Baviera, deu seu primeiro grande passo às vésperas de completar 14 anos, quando assinou com o clube de coração. Virou uma esperança nas categorias de base do Bayern até ganhar a primeira chance como profissional, aos 18 anos. Não emplacou de imediato, mas caminhou firme para construir uma equipe multicampeã, ao lado de outros jogadores icônicos do clube. Ainda na juventude, pensou em praticar ski, mas o futebol ganhou a disputa.

Enquanto empilhava as primeiras taças com o Bayern nas categorias de base atuando como lateral-esquerdo, ponta e meio-campista, Schweinsteiger também despontou na seleção. Compartilhou a decepção no fraquíssimo desempenho do país na Euro 2004. Já a primeira Copa do Mundo serviu para transformá-lo em um dos líderes da geração que promoveu a reconstrução da Mannschaft. Aos 21 anos, Basti estreou no torneio se apresentando ao restante do planeta, com duas assistências logo na abertura do Mundial. Tinha ares de uma promessa possante e cheia de energia, que ajudaria a impulsionar uma campanha inesquecível da Alemanha dentro de casa. A caminhada rumo às semifinais não rendeu a taça, mas representou além ao país, que experimentava uma grande união ao redor do Mundial. Diante da jovem equipe que eclodia, a reconquista parecia apenas questão de tempo aos alemães.

Troféus, experiência e o trauma

© dpa
 

O que se indicava ao alcance das mãos, no entanto, não foi imediato a Schweinsteiger. O Bayern de Munique continuava como a principal força da Bundesliga, mas precisou enfrentar suas crises antes de se impulsionar de volta às finais continentais. A própria seleção alemã se via presa na armadilha entre o que parecia possível e o que se tornava realidade. Mesmo após atuações excelentes contra Portugal, em 2008, e contra a Argentina, em 2010, o craque se viu impotente diante da Espanha – e por duas vezes, na final da Euro de 2008 e na semi da Copa de 2010. Eleito para o time ideal no Mundial da África do Sul, ficou a um triz de conquistar seu maior objetivo. 

O técnico Joachim Löw convocou para a Copa de 2010 uma seleção puramente jovem e com várias promessas. Para o gol, ele levou Manuel Neuer, do Schalke 04, de 24 anos. Para a defesa, destaque para Jansen (24 anos), Badstuber (21 anos), Mertesacker (25 anos) e Jérome Boateng (21 anos), além de Lahm (26 anos), que assumiu a braçadeira de capitão após o corte de Michael Ballack. Para o meio de campo, Löw levou Schweinsteiger (25 anos), Khedira (23 anos), Özil (21 anos) e Kroos (20 anos). Para o ataque, os jovens da vez foram Thomas Müller (20 anos) e Mario Gómez (24 anos).

Schweinsteiger contra a Argentina.
 

Com uma geração desconhecida para muita gente na época, o técnico tirou a responsabilidade de seus atletas e fez com que o time jogasse sem medo nem a obrigação de ser campeão – tal peso era praticamente todo da Espanha, a favorita ao troféu. Na primeira fase, os alemães começaram da melhor maneira possível e golearam a Austrália por 4 a 0, com gols de Podolski, Klose, Müller e Cacau. Na partida seguinte, contra a Sérvia, o time perdeu Klose, expulso, logo no começo do primeiro tempo, e acabou prejudicado. Com isso, a Sérvia aproveitou os espaços e venceu por 1 a 0. No último e decisivo duelo, os alemães venceram Gana por 1 a 0 (gol de Özil) e avançaram para as oitavas de final na liderança do Grupo D. Nas oitavas, show contra a Inglaterra e goleada por 4 a 1. Nas quartas, nova goleada, dessa vez contra a freguesa Argentina: 4 a 0.

Nas semis, outra vez os alemães foram vítimas da Espanha, que venceu por 1 a 0 e seguiu rumo ao título mundial. O consolo veio com o terceiro lugar após vitória por 3 a 2 sobre o Uruguai de Forlán. Bastian Schweinsteiger precisou se reinventar neste ínterim. Deixou de ser um meia ofensivo para se estabelecer como volante. Com sua técnica refinada e sua firmeza, colocou-se entre os melhores do mundo na nova posição – embora tantas vezes negligenciado nas listas da Bola de Ouro. Além disso, cresceu em personalidade. Antes visto como um jovem festeiro e pouco responsável, assumiu o peso como herdeiro de Michael Ballack no clube e na seleção. Jogava também com a alma e com o coração. Evoluiu. Superou-se.

Ballack e Schweinsteiger, em 2004.
 

Mas a fase excepcional de Schweinsteiger ainda não se tornara suficiente para romper suas frustrações nos maiores palcos. Se o ano de 2010 tinha guardado grandes dores, com o vice na Champions League diante da Internazionale e a terceira colocação na Copa do Mundo, a crueldade foi maior em 2012. Quando o Bayern poderia faturar o título continental dentro da Allianz Arena, deixou a façanha escapar por entre os dedos contra o Chelsea. Diante de sua torcida, no quinto pênalti, Basti carimbou a trave e logo depois viu Didier Drogba garantir o troféu aos Blues. Como se não bastasse, a Alemanha de novo bateria na trave durante a Euro 2012, com a eliminação para a Itália nas semifinais. Schweinsteiger beijou a lona ao final daquela temporada. Levantaria-se e, nos dois anos seguintes, comemoraria as suas maiores vitórias. 

Lahm consola Schweinsteiger após a derrota para o Chelsea.
 

“Nós amadurecemos com as derrotas que sofremos. Tivemos muito o que processar e voltamos mais fortes. Crescemos como equipe, as derrotas serviram de base ao sucesso. Vendo em retrospectiva, isso às vezes é a maneira mais saudável de lidar com sua própria personalidade. Foi bom não ter conquistado o título tão cedo. Você se desenvolve, tira suas conclusões, trabalha em busca do sucesso. E, quando acontece, essas experiências são todas mais bonitas. Porque você sabe que investiu em tudo”, concluiu, em entrevista concedida à revista Kicker.

A volta por cima e a Copa

A conquista da Champions League em 2012/13 teria a benção de Wembley, após atuações de gala contra o Barcelona nas semifinais. Fantástico na cabeça de área ao lado de Javi Martínez, Basti atravessou os melhores meses de sua carreira e garantiu a Tríplice Coroa ao Bayern. Ganhou o prêmio de melhor jogador em atividade no país naquela temporada, superando até mesmo Franck Ribéry e Arjen Robben. E que as lesões já representassem uma barreira pessoal no início de 2014, o craque se recuperou a tempo de disputar sua terceira Copa do Mundo. O torneio da inquestionável redenção, não só a ele, mas a toda uma geração que merecia tal título.

Justamente por não estar em sua melhor forma física, Schweinsteiger começou como reserva no Mundial de 2014. Retomou a posição durante a primeira fase e passou a atuar como homem mais recuado no meio-campo depois que Philipp Lahm foi deslocado à lateral. Basti não marcou gols ou deu assistências. No entanto, viraria o ponto de equilíbrio da equipe de Joachim Löw em sua arrancada final. Dentro de campo, o maestro oferecia a sua segurança e o seu ritmo ao Nationalelf. Fora dele, demonstrava como os germânicos vieram ao Brasil não apenas para disputar a Copa, mas também para entender o país. Sentiu-se em casa e, leve em sua obrigação, cumpriu tudo aquilo que um dia prometera.

Foto: Getty Images.
 

Durante o arrebatador 7 a 1 na semifinal contra o Brasil, Schweinsteiger acabaria como coadjuvante. Permaneceu pouco exigido atrás dos tratores pilotados por Toni Kroos e Sami Khedira no meio-campo. Sua tarde estrondosa estaria guardada ao Maracanã, na decisão contra a Argentina. 

“Eu sabia que era um jogo que você não costuma viver duas vezes. E havia a Argentina do outro lado, no estádio mais famoso do mundo. Tudo isso me motivou. Eu botei isso na minha cabeça ao longo da Copa e o desejo de chegar à final se tornava maior. A história do Maracanã teve um papel importante, foi uma injeção de ânimo adicional para mim. Não senti pressão, mas um grande privilégio. Estava muito feliz no ônibus a caminho do estádio, realmente focado e preparado. E, óbvio, você sente a reação nas ruas. Os brasileiros nos aplaudiam, mesmo depois do 7 a 1. E vimos muitos alemães entusiasmados. Foi único”, relembraria.

O jogo da vida

AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
 

A imagem do rosto ensanguentado em plena final da Copa do Mundo seria emblemática a qualquer jogador de futebol. A Bastian Schweinsteiger, o sangue que verteu em sua face também simbolizou a consagração definitiva de um craque. Não foi apenas a ferida, resultado de um choque com Sergio Agüero, que marcou sua atuação na decisão do Maracanã – se recusando a deixar o gramado, mesmo com a substituição já encaminhada após a pancada. Tal qual um Rocky Balboa, a valentia adicionou ares épicos ao melhor em campo naquele 13 de julho de 2014. Dedicação à flor da pele, em meio a uma exibição imponente.

Basti entrou no jogo mais importante de sua vida com uma intensidade impressionante, ainda maior que a sua habitual postura enérgica. Dominou o meio-campo da Alemanha através de sua qualidade técnica e também de quantidades cavalares de garra. Os passes distribuídos com perícia se combinavam às divididas firmes diante dos argentinos. Foi um leão, que resguardou o caminho da Mannschaft ao topo do mundo pela quarta vez. E, consumada a conquista, emocionado, o herói sequer estava disposto a largar a taça. Era um menino vivendo seu sonho, deslumbrado.

Messi e Schweinsteiger durante a final de 2014.
 

Mario Götze anotou o gol decisivo no Maracanã. Porém, ninguém naquele 13 de julho lutaria tanto quanto o camisa 7 da Alemanha. O uniforme branco se tornou parcialmente verde, após Schweinsteiger tentar cobrir cada tufo de grama. Foram mais de 15 quilômetros percorridos durante os 120 minutos, desdobrando-se especialmente quando Christoph Kramer deixou o jogo e o veterano precisou se multiplicar de área a área. Correu, marcou, organizou, se doou por completo. Lesionou-se já na prorrogação e voltou, pouco antes do tento. E depois do apito final, sangue e lágrimas se misturaram em seu rosto, enquanto o dourado da taça reluzia em seus olhos. Basti se isolou durante alguns minutos, para desaguar no choro de quem finalmente alcançava o título tão perseguido. Também se uniu para abraçar companheiros e consolar derrotados. O esperado grito era real e ecoava em pleno Maracanã.

“Eu me lembro bem como tive que sair por causa da lesão na minha face. Quando voltei, senti uma grande determinação de ganhar aquele jogo. De repente, tive a sensação de que era o dia em que finalmente aconteceria. Chegamos perto em 2006, 2008, 2010 e 2012. Mas, no momento em que voltei para o gramado, sabia que aconteceria. Cada jogador fez seu melhor, eu não fico à frente dos outros. Foi o dia em que eu coloquei em campo tudo o que havia dentro de mim. Disse a mim mesmo: se não for hoje, quando será? Às vezes você não sabe qual o seu máximo, até atingir seus limites e ir além. Foi o que aconteceu no Rio. Depois do apito final, fiquei maluco por dentro. Foram emoções puras”, recontou, à Kicker.

Últimos anos

Foto: Acervo / Skysports
 

Às vésperas de completar 30 anos, Schweinsteiger parecia destinado a um final de carreira mítico. Precisou conviver com o declínio rápido, sem conseguir imprimir seu costumeiro ímpeto na faixa central. A saída do Bayern terminou acelerada por suas seguidas lesões, enquanto desempenhou diferentes funções no meio com Pep Guardiola. A expectativa de um recomeço no Manchester United, em 2015, também acabou frustrada pelos seguidos problemas físicos e pela falta de consideração de José Mourinho – apesar do esforço do astro em busca de uma oportunidade e também do reconhecimento da torcida inglesa. Enquanto isso, seu último ato com a Alemanha aconteceu na Euro 2016, quando uma equipe abaixo de seu rendimento foi além de seus méritos e terminou engolida pela França nas semifinais. Dessa vez, a recuperação física durante a competição não foi suficiente e Basti se saiu mal na eliminação.

Desde então, a história de Schweinsteiger pareceu feita de uma lenta e gradual despedida. Já em agosto de 2018, surgiu a oportunidade de realizar o devido adeus ao Bayern de Munique. Incluído no Hall da Fama, disputou seus últimos 45 minutos com a camisa bávara na Allianz Arena. Ao lado de velhos amigos, definitivamente eternizou-se como lenda.

E, mesmo abaixo do que poderia se imaginar a um jogador de sua estirpe, o final no Chicago Fire, entre 2017 e 2019, não deixou de ser minimamente digno. A equipe de pretensões modestas não ajudava, mas o veterano continuou sendo um grande líder em campo. Menos exposto a lesões em uma competição de menor intensidade, pôde desfrutar os seus últimos lampejos e aceitar o final. Oitavo colocado na Conferência Leste, seu time não conseguiu a classificação aos playoffs da MLS em 2019. Então, aos 35 anos, Basti confirmou que a história de seu futebol, a partir dali, seria feita apenas de saudades.

“Queridos torcedores, a hora chegou e eu encerrarei minha carreira ao final desta temporada. Gostaria de agradecer a vocês e aos meus clubes – Bayern, Manchester United, Chicago Fire e Seleção Alemã. Vocês fizeram este período inacreditável ser possível para mim. E, logicamente, também gostaria de agradecer à minha esposa Ana Ivanovic e à minha família pelo apoio. Dizer adeus como jogador me faz sentir um pouco nostálgico, mas também estou ansioso pelos empolgantes desafios que me esperam em breve. Permanecerei fiel ao futebol. Muito obrigado pelo tempo que passamos juntos. Sempre terei um lugar para vocês no meu coração”, escreveu o alemão, em tocante mensagem divulgada através de suas redes sociais.

Se a trajetória em alto nível de Schweinsteiger já havia se encerrado antes da despedida, a carta exibe um pouco mais do profissionalismo e do carinho com os torcedores, virtudes que acompanharam o meio-campista nos gramados. Afinal, além de seu talento, Basti conquistou respeito por sua postura com os colegas e por sua consideração às arquibancadas. Na maior parte da carreira, fugiu das controvérsias até mesmo quando tinha motivos para indicar sua insatisfação. Foi, acima de tudo, um cara que ajudou a engrandecer o esporte.

Atualmente, o craque é comentarista de TV e está sempre presente no universo esportivo em seu país. Foto: OBS / Christian Koch
 

Ao longo de uma década atuando em alto nível, Schweinsteiger alcançou tudo aquilo que um jogador pode pretender. Teve o gosto de defender seu clube de coração, onde se colocou entre os maiores ídolos da história e conquistou principais os títulos possíveis. Também chegou à seleção, disputando três Copas do Mundo e assumindo papel de protagonista no maior dos feitos. E, mesmo com talento e com prestígio, nunca abriu mão do máximo empenho e do respeito pelos demais que constroem o futebol.

O roteiro escrito por Basti é daqueles destinados aos grandes do esporte. Não foi o ocaso que diminuiu a honra do que consolidou. E que honra também foi a de todos os que presenciaram esse filme. Independentemente dos últimos anos antes do desfecho, o final é feliz para sempre. Digno de um craque imortal.

Números de destaque:

Disputou 500 jogos e marcou 68 gols pelo Bayern München.

Disputou 35 jogos e marcou 2 gols pelo Manchester United.

Disputou 92 jogos e marcou 8 gols pelo Chicago Fire.

Disputou 121 jogos e marcou 24 gols pela seleção da Alemanha.

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