Nascimento: 25 de Maio de 1953, em Chacabuco, Argentina.
Posições: zagueiro e líbero
Clubes: Sarmiento-ARG (1973), River Plate-ARG (1974-1982 e 1988-1989), Fiorentina-ITA (1982-1986) e Internazionale-ITA (1986-1988).
Principais títulos por clube:
7 Campeonatos Argentinos (1975-Metropolitano, 1975-Nacional, 1977-Metropolitano, 1979-Metropolitano, 1979-Nacional, 1980-Metropolitano e 1981-Nacional) pelo River Plate.
Principais títulos por seleção: 2 Copas do Mundo (1978 e 1986) pela Argentina.
Principais títulos individuais:
Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo da FIFA: 1978
Eleito o 35º Melhor Jogador Sul-americano de todos os tempos pela IFFHS
Eleito o 15º Melhor Jogador do Século XX pela revista Placar: 1999
Eleito o 22º Melhor Jogador da História das Copas pela revista Placar: 2006
Maior zagueiro artilheiro da história do futebol argentino: 99 gols em 238 jogos
Zagueiro com o maior número de gols da história da Seleção Argentina: 22 gols em 70 jogos
Segundo maior zagueiro artilheiro de todos os tempos pela IFFHS: 134 gols em 451 jogos (apenas em campeonatos nacionais. No geral, foram 178 gols em 556 jogos na carreira).
FIFA 100: 2004
Eleito para a Seleção dos Sonhos da Argentina do Imortais: 2020
“El Gran Capitán”
Por Guilherme Diniz
O jogo está terminando e o time adversário cruza uma bola na área. Nela, um atacante com mais de 1,90m divide espaço com um zagueiro “tampinha” de 1,74m. Você torce para o time desse zagueiro. Tudo está perdido, certo? Errado. Esse zagueiro sobe mais alto que o atacante grandalhão, corta a bola para fora da área e garante a vitória e a tranquilidade para você e toda uma torcida. Proeza? Com certeza. Digna de craque. E de um campeão do mundo. Esse tal zagueiro ganhou fama com um talento estrondoso dentro e fora da área, impulsão de jogador de basquete, categoria imensa para sair jogando como um legítimo camisa 10, personalidade forte que repelia os fracotes e um faro para gols maior do que o de muito atacante por aí. Daniel Alberto Passarella, mais conhecido como Passarella, teve essas e muitas outras qualidades que o tornaram um dos maiores zagueiros de todos os tempos, além de lhe render a honra de ser o maior de toda a história do futebol argentino. Líder nato, capitão da Argentina campeã do mundo em 1978 e um símbolo do River Plate, o craque esbanjou talento, força e determinação por quase duas décadas inteiras, além de se tornar o único jogador de seu país a ostentar em sua galeria de prêmios duas medalhas de campeão do mundo (contando a de 1986, quando ele foi campeão sem jogar). É hora de relembrar a carreira do mítico Caudillo da grande área.
Virando a casaca
Passarella nasceu em Chacabuco, província de Buenos Aires, e foi na pequenina cidade que ele começou a jogar futebol e a mostrar um talento todo particular com a bola nos pés. O jovem iniciou sua carreira atuando pelo Club Sarmiento, de Junín, cidade vizinha à Chacabuco. No entanto, o maior sonho do garoto era vestir a camisa do Boca Juniors, seu clube do coração. Porém, os azuis e dourados não deram bola para o jovem e dispensaram o zagueiro em uma peneira, fato que deixou Passarella furioso e disposto a virar a casaca. Foi então que Néstor Rossi, ex-jogador símbolo do inesquecível Millonarios-COL do final dos anos 40 e início da década de 50, viu Passarella em ação pelo Sarmiento e convidou o jovem para fazer parte do elenco do River Plate. Passarella foi aprovado e teve seu primeiro teste num clássico de verão contra o Boca Juniors, quando Rossi perguntou ao jovem se ele estava animado para jogar. De maneira categórica, Passarella respondeu com a frieza e personalidade que lhe eram de praxe:
“Desculpe lhe contestar, mas eu me animo a jogar. Só que é preciso saber se você se anima a me colocar em campo”.
Passarella foi ganhando espaço no time aos poucos e estreou oficialmente em abril de 1974, contra o Rosario Central. Três meses depois, o zagueiro marcou seu primeiro gol na vitória por 3 a 2 sobre o Argentinos Juniors. Jogando sempre de cabeça erguida, mostrando muita velocidade e categoria para um zagueiro, Passarella virou titular do River e ganhou sua primeira convocação para a seleção argentina em 1975, quando o técnico César Menotti levou a albiceleste sub-21 para a disputa do Torneio de Toulon, na França. O zagueiro assumiu a braçadeira de capitão e comandou a Argentina rumo ao título do torneio, conquistado após vitórias sobre Hungria, México e França, todas por 1 a 0. Era o início de uma sólida e vertiginosa relação do jovem com o treinador argentino, que teria em Passarella seu maior triunfo para a disputa da Copa do Mundo de 1978.
As primeiras taças
Foi também em 1975 que Passarella virou titular absoluto do River Plate comandado pelo técnico Ángel Labruna. Naquele ano, a equipe do Monumental faturou tanto o Campeonato Metropolitano quanto o Nacional com campanhas incontestáveis e vários talentos em campo como o goleiro Fillol, os defensores Comelles e Perfumo, e os atacantes Luque e Más. Em 1976, o craque bem que tentou, mas não conseguiu parar o forte ataque do Cruzeiro-BRA formado por Jairzinho, Palhinha e Joãozinho na final da Libertadores e viu seu River ficar com o vice-campeonato após três jogos (duas vitórias dos brasileiros e uma dos argentinos).
Em 1977, Passarella foi um dos destaques na campanha de mais um título argentino do River, dessa vez no Metropolitano mais longo da história com 44 jogos disputados. A equipe de Buenos Aires venceu 25, empatou 13 e perdeu apenas seis jogos, marcando 83 gols (melhor ataque) e sofrendo 46. Uma das vitórias mais importantes da campanha foi um 2 a 1 pra cima do Boca em plena La Bombonera na penúltima rodada. Vale lembrar que o River disputou suas partidas como mandante em Huracán por causa das reformas em seu estádio, o Monumental, já com vistas para a Copa do Mundo de 1978, torneio que seria a grande vitrine para Passarella mostrar a todos o seu talento dentro e fora da área.
O grande capitão
Na seleção argentina que tinha praticamente a obrigação de vencer sua primeira Copa em casa, Passarella era o grande líder e capitão de uma equipe que contava com grandes nomes, mas que não conseguia inspirar confiança em seu torcedor. Mesmo com o ágil e seguro goleiro Fillol, o talentoso meia Bertoni e o atacante Kempes, ao escrete alviceleste não empolgava pelo fato de os argentinos ainda viverem os traumas das últimas Copas disputadas e das não disputadas, como a de 1970, quando foram eliminados pelo Peru de Cubillas ainda nas eliminatórias. O técnico do time desde 1975 era César Menotti, ex-jogador dos anos 60 que construiu um trabalho coeso e focado no título mundial. Com um padrão de jogo definido, uma defesa forte e um ataque criativo, o treinador tinha um grupo que poderia, sim, conquistar a Copa. Seu único erro na época foi não dar espaço para um garoto prodígio de 17 anos que barbarizava no futebol do país: Diego Maradona, “muito imaturo” segundo Menotti.
A Argentina caiu no grupo 1, ao lado de Itália, França e Hungria. A estreia dos donos da casa foi contra a Hungria e os alvicelestes venceram por 2 a 1. Na partida seguinte, mais uma vitória por 2 a 1 (gols de Passarella e Luque), dessa vez contra a França de um novato Platini. No encerramento da primeira fase, a Itália derrotou a Argentina por 1 a 0, golaço de Bettega, resultado que classificou as duas equipes e eliminou a França. Nos outros grupos, Polônia, Alemanha, Áustria, Brasil, Peru e Holanda avançaram para a segunda fase, que seria similar a da Copa anterior: dois novos grupos com os primeiros de cada um classificados para a final e os segundos colocados garantidos na disputa pelo terceiro lugar.
Clássico da porrada
A Argentina não empolgava, mas mostrava flexibilidade no ataque com Bertoni, Luque e Kempes, com o primeiro responsável pela intensa movimentação nos dois lados do campo. Na segunda fase, o time estava no Grupo B, ao lado de Polônia, Peru e o rival Brasil. No primeiro jogo, Kempes, que havia cortado o bigode a pedido do técnico Menotti para “dar sorte”, desencantou a anotou os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre a Polônia.
Na partida seguinte, um clássico contra o Brasil. O estádio de Rosário estava abarrotado, com mais de 37 mil pessoas. Uma vitória significaria praticamente o passaporte para a final, já que ambos haviam vencido seus primeiros compromissos. Porém, as equipes se esqueceram de jogar, abusaram do jogo violento e o placar não saiu do 0 a 0. Na rodada final do Grupo B, a Argentina conseguiu tirar uma vantagem de quatro gols de saldo do Brasil (então líder da chave) e goleou o Peru por 6 a 0 em uma das partidas mais polêmicas da história das Copas por envolver possíveis pressões do regime ditatorial argentino e “corpo mole” dos peruanos (principalmente do goleiro Quiroga, argentino de nascimento). Com a goleada, a Argentina se garantiu na final.
O jogo da vida. E da Copa
No dia 25 de junho de 1978, o Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, estava tomado por milhares de argentinos. Eram mais de 70 mil torcedores que fizeram uma enorme festa de papel picado, serpentinas e cantos para empurrar sua seleção em busca de um inédito título mundial. Ver Brasil e Uruguai como únicos campeões do mundo doía demais no orgulho dos argentinos, tão fortes com seus clubes e em torneios de seleções no continente, mas ainda sem um título mundial. Era aquela a grande chance do país de sair da sombra dos vizinhos e entrar no seletíssimo grupo dos campeões. Mas, para isso, era preciso derrotar a Holanda, então vice-campeã da Copa de 1974, mas já sem a intensidade e o brilho de quatro anos antes, principalmente pelas ausências de Cruyff em campo e de Rinus Michels no banco.
No primeiro tempo, a Argentina ficou mais acuada, com medo de a Holanda pôr em prática suas letais armas ofensivas, sempre com Neeskens e Resenbrink como pivôs nos lances perigosos. Lá atrás, Fillol garantia a igualdade no placar e evitava que a Holanda abrisse o marcador, bem como o capitão Passarella, sempre preciso nos desarmes, na marcação e no espírito de luta e liderança que lhe eram característicos. Foi então que o atacante Kempes, aos 38´, recebeu na área e abriu o placar para a Argentina. Na segunda etapa, os donos da casa pareciam acomodados com o 1 a 0 e se seguraram. A Holanda, valente, foi em busca do empate e conseguiu com Nanninga, de cabeça, aos 37 minutos. Os nervos dos argentinos ficaram à flor da pele e a Holanda quis porque quis virar o placar. Foi então que no último minuto de jogo, Resembrink teve a chance de dar o título mundial para a Holanda, mas seu chute bateu na trave, para alívio dos argentinos e desespero dos holandeses. A final, empatada em 1 a 1, foi para a prorrogação. Nela, Bertoni e Kempes foram decisivos e garantiram o placar de 3 a 1 que selou o primeiro título mundial da história da Argentina.
Passarella teve a honra de se tornar o primeiro argentino a erguer o troféu mais cobiçado do futebol e viveu o momento mais mágico e impagável de sua carreira. A ostentação foi tão grande que pouquíssimos jogadores conseguiram tocar a taça, como bem lembrou o artilheiro Mario Kempes:
“Daniel não queria dar a taça a ninguém, nem mesmo consegui tocá-la. Fiel ao seu estilo, com os cotovelos para cima, ele a mantinha longe de todos. Não queria nem mesmo entregá-la ao responsável da segurança que veio buscá-la no vestiário!” – Mario Kempes, atacante argentino na Copa de 1978, em entrevista ao site da FIFA.
Para justificar o ato de monopolizar a taça, Passarella disse anos depois que erguer a taça da Copa de 1978 era como ter um “orgasmo permanente”…
Decepção na Espanha e estrela no Calcio
Após o título mundial, Passarella virou uma unanimidade no futebol e ganhou o respeito de todos como um dos melhores zagueiros do planeta. Suas atuações de gala eram cada vez mais frequentes, bem como seus gols pelo Campeonato Argentino. Nos anos de 1979 e 1980, o capitão da equipe do Monumental levantou mais três títulos nacionais, incluindo o célebre tricampeonato de 1980, que representou o “4º Centenário da Segunda Fundação da Cidade de Buenos Aires”, título muito cobiçado pelas equipes argentinas, mas que teve um só dono: o River de Passarella, Fillol, Tarantini, Pavoni, Ramón Díaz e Comisso.
Depois de mais uma taça nacional em 1981, Passarella entrou com grandes perspectivas no ano de 1982, afinal, a Argentina ainda tinha um bom time e contava com o reforço de Maradona. Porém, tudo deu errado. Na primeira fase, a equipe se classificou após vencer Hungria (4 a 1) e El Salvador (2 a 1, com um gol de Passarella), e perder para a Bélgica (1 a 0). Na segunda fase, os argentinos perderam para a Itália e para o Brasil e deram adeus ao mundial. Passarella foi um dos poucos a se salvar do fracasso por ter tido grandes atuações e encantar a todos com seus desarmes precisos (e também ríspidos, quando necessário), seus incríveis cortes de cabeça após tiros de meta dos adversários e um lindo gol de falta na partida contra a Itália.
Após a Copa, o craque começou a entrar em desavença com Maradona pelo fato de o novo técnico da seleção, Carlos Bilardo, afirmar que apenas Dieguito tinha lugar cativo na equipe, o que desagradou profundamente o capitão, que teria sua braçadeira perdida para o baixinho da camisa 10. Mesmo assim, Passarella seguiria nas convocações a contragosto de Maradona, que chegou a pedir para Bilardo não convocar o algoz.
Intrigas à parte, Passarella deixou o River Plate em 1982 para jogar no duro futebol italiano e vestir a camisa da Fiorentina. Pela Viola, Passarella não conquistou títulos por causa da forte concorrência da super Juventus de Platini, mas esbanjou categoria atuando como líbero e o tradicional faro artilheiro ao marcar 35 gols (25 só no Campeonato Italiano) em 139 jogos pela equipe de Florença, números bem maiores que o de vários atacantes italianos. Entre os anos de 1986 e 1988, o jogador vestiu a camisa da Internazionale, mas os títulos também não apareceram após 73 partidas e 15 gols marcados.
Bicampeão e aposentadoria no River
Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986, Passarella mostrou em campo a sua importância para o futebol argentino e conseguiu calar seu inimigo Maradona pelo menos por uma noite. Ao final do primeiro tempo da partida derradeira da equipe contra o Peru, em Buenos Aires, o placar marcava 2 a 1 para os alvirrubros e o zagueiro se concentrou de um modo todo particular para classificar a seleção argentina – que precisava apenas de um ponto para ir ao mundial do México. No segundo tempo, perto do final do jogo, a Argentina era toda ataque diante do Peru quando Passarella recebeu uma bola no canto direito, ajeitou com categoria e chutou forte, no canto. A bola bateu nas mãos do goleiro e na trave e ficou deslizando em cima da linha do gol. Na dúvida, um companheiro do zagueiro veio de trás e empurrou a redonda para dentro, decretando o empate em 2 a 2 e a classificação alviceleste. Na comemoração, os jogadores fizeram questão de celebrar junto ao capitão de 1978, assim como a massa argentina que lotou o estádio Monumental naquela noite de 30 de junho de 1985.
Mesmo sendo um herói nas Eliminatórias, Passarella não teve sorte nem clima para ser titular na Copa de 1986. Em razão de sua briga com Maradona, o técnico Carlos Bilardo não escalaria o defensor como titular no México. Para piorar, Passarella sofreu uma grave infecção intestinal que o tirou de combate nos primeiros jogos da equipe e, consequentemente, da competição. A ausência de Passarella não foi sentida pela Argentina, que caminhou rumo à final graças, sobretudo, a Maradona, que vivia uma fase esplendorosa e impressionante na época. Na decisão contra a Alemanha, os sul-americanos venceram por 3 a 2 e celebraram o bicampeonato mundial. Passarella se tornou o primeiro e único argentino bicampeão do mundo, embora ele preferisse ter conquistado a medalha no campo, jogando com seus companheiros.
Após a Copa e o período na Inter, Passarella voltou ao seu querido River Plate e por lá encerrou uma brilhante e vertiginosa carreira em 1989, aos 36 anos, de uma maneira bem peculiar: com um cartão vermelho dado pelo árbitro Juan Bava (o mesmo que anulou o que seria o 100º gol do zagueiro pelo River em campeonatos argentinos) em um clássico contra o Boca Juniors, mas vencido pelo River por 2 a 1.
Técnico nada imortal. Capitão mais do que imortal
Após pendurar as chuteiras, Passarella continuou pelas bandas do Monumental de Núñez e virou treinador do River, ganhando três títulos argentinos (1990, 1991 e 1993). Fora das quatro linhas, o ex-defensor virou um treinador excêntrico, polêmico e que poderia ter tido mais brilho não fossem suas intrigas com jogadores de cabelos compridos (que acabou vitimando Canniggia e Redondo na Copa do Mundo de 1998) e com personalidade tão áspera quanto a dele. Em 2009, Passarella virou presidente do River Plate a exemplo de notáveis ex-jogadores que também presidiriam seus ex-clubes como Santiago Bernabéu (Real Madrid-ESP) e Franz Beckenbauer (Bayern München-ALE), mas viu seu trabalho começar da pior maneira possível com o rebaixamento do clube para a segunda divisão nacional em 2011.
Mesmo assim, o ídolo colocou o River de volta à primeira divisão e segue na diretiva do clube em busca de tempos mais prósperos e que se assemelhem à época em que ele capitaneava o clube multicampeão nacional com sua classe, liderança e talento que o transformaram em um dos maiores zagueiros de toda a história do futebol mundial e no maior zagueiro já produzido pelo futebol argentino. Com gols, títulos e nobres atuações, Daniel Passarella construiu uma carreira impagável e incontestável. Um craque imortal.
Números de destaque:
Disputou 70 jogos pela seleção argentina e marcou 22 gols.
Disputou 298 jogos pelo River Plate e marcou 99 gols.
Disputou 556 jogos na carreira e marcou 178 gols.
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marcheti tambien jugaba bien.
Um dos melhores defensores da historia, ao lado de Beckembauer e Baresi, sem duvidas…