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O São Paulo tomou uma decisão curiosa que promete contribuir para potencializar talentos em Cotia. O Tricolor está preparando um estudo do material genético dos garotos da base, em busca de adquirir conhecimento sobre cada atleta para prevenir lesões e mapear necessidades.
Inevitavelmente, o futuro do esporte passa por dados e tecnologia, seja nos gramados ou em palpites da Superbet app. Jogue com responsabilidade.
O São Paulo sempre foi conhecido por sua estrutura em Cotia, onde mantém sua categoria de base. Do clube, já saíram vários jogadores para o mundo da bola, como Kaká, Casemiro, Lucas Moura, Oscar, entre outros.
Situação médica atrasou assinatura de contrato
No novo projeto, o São Paulo quer individualizar cada processo dos jogadores e, com o apoio da tecnologia, realizar avaliações e mapeamentos, entendendo o código genético dos atletas. Assim, busca-se identificar, por exemplo, quem tem mais fibras de explosão ou quem possui maior resistência aeróbica.
O projeto prevê que todos os jogadores da base tenham o material genético detalhado em seus arquivos, pensando em um futuro próximo. Eduardo Rauen, nutrólogo e médico das categorias de base do São Paulo, é o responsável por liderar a iniciativa.
“Vamos pegar o estudo genético dos atletas, avaliá-los individualmente e entender o código genético, o gene. O gene é o que está escrito no DNA. Isso vai dizer se o garoto vai ter mais fibras de explosão, se vai ser um lateral que aguenta mais aeróbico. Tem polimorfismo, que são alterações na constituição do gene, que sugerem maior chance de lesão… Quando a gente estuda isso, conseguimos, de maneira preventiva, dizer: ‘Esses três atletas aqui têm uma chance maior de ter uma lesão nesse tendão’”, explicou Rauen.
Para dar início ao projeto, o nutrólogo firmou uma parceria com o laboratório Fleury e, por enquanto, serão feitos os primeiros testes em 40 a 60 atletas. Após isso, o desafio será entender como o clube interpretará os relatórios.
“Vamos conseguir dizer: ‘Esses atletas que estudamos aqui são muito sensíveis à cafeína’. Para esse jogador, não vou dar cafeína antes de um jogo à noite, porque ele não vai dormir, não vai descansar. Aí o benefício da cafeína se perde por causa de uma característica individual. Quando fazemos isso num time inteiro, mapeamos, de certa forma, o grupo todo. Porque cada coisa que você faz num time é muito parecida. Hoje, no Brasil, há excelentes times. O que diferencia? São os detalhes”, completou o profissional.
CBF buscou origens de Vini Jr com DNA
Em uma ação pelo Dia da Consciência Negra, a CBF firmou parceria com a AfricanAncestry.com, pioneira em rastreamento genético de ancestrais paternos e maternos, e analisou um teste de DNA de Vini Jr., atacante do Real Madrid.
Após a análise, descobriu-se que Vini Jr. tem origens na tribo Tikar, em Camarões. A revelação ocorreu na Arena Fonte Nova, antes do jogo entre Brasil e Uruguai, em 2024. Vinicius José Paixão de Oliveira, pai de Vini Jr., era o único que sabia da cerimônia, que entregou um certificado de ancestralidade ao jogador, pelas mãos de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
Gina Paige, fundadora e presidente da AfricanAncestry.com, falou sobre a importância de realizar a análise das raízes de Vini Jr., jogador que se tornou símbolo na luta contra o racismo.
“Estamos honrados em revelar as raízes africanas de Vini Jr. e de sua família, celebrando sua tenacidade e grandeza, apesar das adversidades. Acreditamos que a reconexão de Vini com suas raízes africanas é um poderoso ato de resistência, alinhado com sua defesa da justiça social dentro e fora dos campos de futebol”, disse.
Durante a partida contra o Uruguai, Vini Jr. chegou a jogar com uma bandeira de Camarões na camisa, em homenagem às suas raízes.
