Poucas coisas fascinam tanto os torcedores quanto um meia armador talentoso – antigamente, essa espécie abundava no futebol brasileiro. Ter um meia cerebral no time significa poder contar com alguém que pensa o jogo e cria oportunidades de gol com grande categoria. Se esse jogador for canhoto, então, parece que o toque na bola tem ainda mais classe. Muitos torcedores já se perguntam se jogadores desse tipo voltarão a existir em grande quantidade no futebol canarinho. E quem gosta de fazer previsões esportivas pode aproveitar o Betano código promocional para dar palpites sobre o esporte bretão.
Embora o tradicional meia canhoto esteja em falta no mercado brasileiro, ele ainda existe e parece fazer uma ponte com o passado. Não à toa muitos torcedores que admiram o retorno do meia tricolor Ganso costumam falar que ele lembra os jogadores de antigamente. E nem precisamos voltar tanto no tempo. Até os anos 1990, o futebol brasileiro formava diversos meias canhotos talentosos. Vamos relembrar alguns deles.
Alex
Revelado em meados dos anos 1990 pelo Coritiba, Alex fez história no Palmeiras e no Cruzeiro. Depois, foi jogar na Turquia – e saiu-se tão bem no Fenerbahçe que o clube fez uma estátua em sua homenagem. Alex era um meia cerebral. Pensava rápido e costumava deixar os companheiros na cara do gol. Além disso, sempre aparecia em jogos decisivos. Pelo Palmeiras, foi fundamental na conquista da Libertadores de 1999, fazendo gols importantes nas oitavas de final, contra o Vasco, e na semi, contra o River Plate. Já pelo Cruzeiro, foi o principal jogador na conquista da Tríplice Coroa, em 2003. Até hoje, grande parte dos torcedores brasileiros considera uma das maiores injustiças do futebol o fato de Alex não ter disputado uma Copa do Mundo. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Djalminha
Talvez Djalminha seja um dos jogadores mais habilidosos que o futebol brasileiro já produziu. Cada toque que ele dava na bola era uma exibição de classe. Djalminha também fez história no Palmeiras e, depois, construiu sua carreira no Deportivo La Coruña. Naquela época, havia limitação do número de estrangeiros que os clubes europeus podiam abrigar e, por isso, era normal que grandes craques daqui fossem jogar em times de menor expressão na Europa.
Entre seus momentos inesquecíveis no Velho Continente estão o passe de carretilha, em uma partida contra o Real Madrid, em 1999, e o lançamento de três dedos contra o Celta de Vigo, que resultou em um golaço, no mesmo ano. Lances incríveis não faltam na carreira deste grande jogador. Infelizmente, seu talento rivalizou com seu temperamento, e uma cabeçada no treinador Javier Irureta fez com que Luiz Felipe Scolari o deixasse de fora do grupo que disputou a Copa de 2002. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Rivaldo
Rivaldo era a mais pura definição do craque, um meia técnico, ágil e capaz de decidir qualquer partida com seus chutes venenosos, sua plasticidade e classe exuberantes. Revelado no Santa Cruz, o meia foi para São Paulo e brilhou no super Palmeiras da Parmalat, após um período conturbado no Corinthians. Do Palmeiras, foi ganhar o mundo na Europa, onde viveu seus melhores momentos e o auge no Barcelona, sendo eleito o melhor jogador do mundo em 1999. Foi uma das maiores estrelas do futebol nacional na Copa do Mundo de 1998 e, principalmente, no Mundial de 2002, quando jogou demais, marcou cinco gols e deu passes magistrais, fazendo uma dupla inesquecível com Ronaldo. Esquecido pela mídia, Rivaldo sempre conviveu com contestações sobre seu talento, um verdadeiro crime com tamanho gênio da bola. Leia mais sobre ele clicando aqui!
Leonardo
Outro grande meia canhoto que se destacou nos anos 1990 foi Leonardo. O craque começou sua carreira no Flamengo e viveu momentos de glória no São Paulo de Telê Santana. Embora tenha surgido como lateral-esquerdo, foi como meia que Leonardo se destacou e encantou o mundo. Jogador elegante, ele disputou as Copas de 1994 (como lateral) e 1998 (como meia).
O craque também teve passagens pela Europa, onde brilhou no Paris Saint-Germain e no Milan, e pelo Japão. No país asiático, aliás, ele marcou um gol espetacular, driblando adversários enquanto fazia embaixadinha – depois chutou no ângulo, sem chances de defesa para o goleiro. Sem dúvidas, Leonardo foi um dos grandes jogadores da talentosa geração dos anos 1990 do Brasil. Esses craques deixaram saudade, mas sempre fica a esperança de que nosso futebol volte a produzir meias desse calibre.