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História da Camisa da Holanda

Por Guilherme Diniz

Eles sabem jogar (e muito) futebol como poucos, já tiveram times históricos, mas nunca levantaram uma Copa do Mundo. Falta de sorte? Talvez. O fato é que a admiração pela Seleção Holandesa de futebol é quase unânime em todo o planeta graças a uma trajetória rica em craques, esquadrões e um único e solitário título: a Eurocopa de 1988. Além de tudo isso, a Holanda tem como característica peculiar o uniforme laranja, que foge totalmente do azul, branco e vermelho presentes em sua bandeira.

A escolha do laranja se deve à cor da dinastia de Orange no país, que começou com Guilherme I de Orange-Nassau, no século 16, e se estende até os dias atuais (vale lembrar que a Holanda é uma monarquia parlamentarista). No entanto, a primeira partida da história da seleção (contra a vizinha Bélgica, em 30 de abril de 1905) foi disputada com uma camisa na cor branca com listras em vermelho, branco e vermelho na diagonal e calções e meias pretas. Os holandeses golearam por 4 a 1 e adotaram o laranja aos poucos, fazendo da cor a oficial da camisa principal com o passar dos anos e deixando para o uniforme número 2 as cores da bandeira holandesa, variando as camisas entre o branco e o azul ou branco com listras em azul e vermelho.

O calção do uniforme principal quase sempre foi branco, mas o azul e o preto também já figuraram (e figuram) entre as opções. Nas duas primeiras Copas do Mundo que disputou, em 1934 e 1938, os holandeses vestiram camisas, calções e meias azuis na primeira, e camisa azul, calção branco e meias laranjas na segunda. Em 1974, ano da volta da Holanda ao principal palco do futebol mundial, o esquadrão de Cruyff e companhia jogou com um inconfundível e histórico uniforme composto por camisas e meias laranjas, calções brancos e listras em negro na camisa. Aquele manto é tido até hoje como um dos mais bonitos da seleção em mundiais, bem como os das Copas de 1990, 1994 e 1998.

Cruyff com a mítica camisa de 1974.

 

Na Eurocopa de 1988, a turma de Ruud Gullit, Marco van Basten e Frank Rijkaard ousou com uma camisa laranja recheada de formas geométricas que caiu no gosto da torcida e também figura entre as principais da seleção em todos os tempos. Nos anos 2000, os uniformes que mais mudaram foram os reservas, ora na cor branca, ora com as listras em vermelho, branco e azul, e até mesmo na cor preta e azul mais claro.

Gullit ergue a Euro de 1988: naquele ano, a Holanda vestiu um uniforme eclético num prenúncio do que seriam os uniformes dos anos 90.

 

Uma curiosidade é que nas três finais de copas que disputou (e perdeu), a Holanda jogou de laranja. Será que eles venceriam um mundial se jogassem com o uniforme reserva, com as cores da bandeira, no lugar do laranja e da veneração à realeza? Isso só uma nova final de Copa irá dizer…

 

Este texto foi uma parceria do Imortais com o Mantos do Futebol, mais completo site brasileiro de notícias sobre camisas de futebol. Acesse este link e confira as novidades e lançamentos de todos os clubes do mundo!

 

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