Por Guilherme Diniz
Na “mãe” das seleções, invencionices jamais foram permitidas. Tudo sempre foi simples, claro e direto: camisa de jogo deve ser branca, calção (quase) sempre azul-marinho e as meias brancas ou pretas. Vez ou outra, o vermelho talismã pode entrar em ação. E só. A Seleção Inglesa de futebol é uma das poucas que ainda mantém em seu uniforme características clássicas e enraizadas desde o século 19. Dona de apenas um grande título, a Copa do Mundo de 1966, a Inglaterra começou a escrever sua trajetória no futebol em 1872, quando disputou, contra a Escócia, a primeira partida internacional oficial da história, em Hamilton Crescent, Partick, Escócia. Naquele jogo (que terminou empatado em 0 a 0), os ingleses vestiram camisas brancas, calções na cor azul-marinho e meias negras. Uma curiosidade é que os atletas utilizaram chapéus do estilo críquete durante a partida, fato que estimulou o termo “cap” (chapéu, em inglês) para se referir às partidas disputadas por seleções nacionais.
Para deixar a camisa mais imponente e única, os ingleses adotaram o escudo de armas introduzido pelo rei Ricardo I. Tal escudo ganhou o acompanhamento da Rosa Tudor, também conhecida como Rosa Inglesa, emblema heráldico tradicionalíssimo no país. Com isso, o escudo ficou constituído pelos três leões rodeados pelas rosas tão conhecidos hoje em dia.
Nos anos seguintes, a Seleção Inglesa não modificou sua camisa e só variou os calções, que ora foram brancos, ora azuis. Nos anos 30, o azul-marinho foi adotado também como opção para a camisa nº 2, sendo utilizado pela primeira vez em uma partida contra a Alemanha. Mas a opção não trouxe lá muita sorte para os ingleses. Em 1950, na Copa do Mundo do Brasil, o time jogou exatamente assim contra a zebra EUA e perdeu por 1 a 0, em um dos resultados mais surpreendentes da história das Copas (leia mais clicando aqui). Nos anos 50, o vermelho ganhou destaque e virou a cor da camisa nº 2 já nas Copas do Mundo de 1954, 1958 e 1962. E foi com essa camisa bem viva que a equipe conquistou, em 1966, seu primeiro e inesquecível título mundial ao vencer a final contra a Alemanha, por 4 a 2, no estádio Wembley (leia mais clicando aqui).
Nos anos 70, a equipe jogou toda de azul-celeste contra a Tchecoslováquia na Copa de 1970, no México, cor que também foi utilizada, parcialmente, na Copa de 1986. Em 1973, os ingleses quebraram totalmente a tradição e vestiram uma combinação à la Seleção Brasileira em três partidas (amistosos contra Polônia e Itália e jogo de Eliminatórias da Copa contra a Tchecoslováquia). Nos anos 90, o time inovou com uma camisa azul-clara cheia de desenhos (que não vingou) e usou uma cinza durante a disputa da Eurocopa de 1996, na própria Inglaterra, mas a opacidade do uniforme não satisfez o público e o branco e o vermelho voltaram ao protagonismo do English Team.
Com poucas mudanças nos anos 2000 e 2010 (com exceção de uma camisa escura e calção azul-claro na Eurocopa de 2012), a Inglaterra se apegou à tradição na camisa da Copa de 2018 e retomou os detalhes em azul-claro para a Copa de 2022, quando tenta o bicampeonato mundial.
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Este texto foi uma parceria do Imortais com o Mantos do Futebol, mais completo site brasileiro de notícias sobre camisas de futebol. Acesse este link e confira as novidades e lançamentos de todos os clubes do mundo!
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As camisa da Inglaterra sempre muito lindas parabéns pela postagem muito legal falar um pouco da história das camisas da seleção inglesa