Grande feito: Campeão do Campeonato Italiano de 1984-1985. Conquistou o maior título da história do clube e do futebol de Verona.
Time-base: Garella; Ferroni, Tricella, Fontolan e Luciano Marangon; Sacchetti (Volpati), Briegel, Fanna e Di Gennaro; Elkjaer e Galderisi. Técnico: Osvaldo Bagnoli.
“O milagre de Verona”
Por Guilherme Diniz
A primeira metade da década de 80 chegava ao fim e muita coisa já tinha acontecido no Calcio italiano. A Juventus voltava a formar um esquadrão fantástico, a Roma havia renascido de um sono profundo graças a um “Rei” bem brasileiro, o Milan tentava se reerguer em campo e fora dele, um esquema de manipulação de resultados devastara a credibilidade do futebol do país e, acima de tudo isso, a Itália surpreendeu a todos ao conquistar o tricampeonato da Copa do Mundo de 1982. Aqueles anos já rendiam um bom livro, com idas e vindas clássicas de uma novela ou de um romance como Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Curiosamente, o capítulo final daquela era teve residência exatamente na cidade que serviu como cenário para uma das mais notáveis obras shakespearianas – a cidade de Verona, onde um time modesto e que jamais havia vencido um grande torneio conseguiu o improvável: vencer o Campeonato Italiano de 1984-1985 mesmo jogando contra potências que ostentavam em seus elencos craques portentosos como Michel Platini, Cabrini, Scirea, Tardelli, Boniek e Paolo Rossi (Juventus), Tancredi, Pruzzo, Falcão, Cerezo e Ancelotti (Roma), Franco Baresi e Paolo Maldini (Milan), Walter Zenga, Bergomi, Mandorlini e Rummenigge (Internazionale), Ciro Ferrara e Diego Maradona (Napoli), Gentile, Passarella, Massaro e Sócrates (Fiorentina), Michael Laudrup (Lazio), Júnior (Torino), Edinho e Zico (Udinese).
Mesmo contra tantas feras e tantas camisas pesadas, o Hellas Verona fez história e levou o cobiçado Scudetto pela primeira vez a uma cidade que não era capital regional. Foi a coroação de um trabalho exemplar do técnico Osvaldo Bagnoli e de jogadores como Garella, Luciano Marangon, Briegel, Di Gennaro e o maior de todos, o dinamarquês Elkjaer, que virou uma lenda em Verona pelos gols, pelas lindas jogadas e pelo mítico gol sem chuteira que marcou contra a Juventus de Platini. É hora de relembrar um dos títulos nacionais mais incríveis da história.
Há trabalho longe dos holofotes
Naqueles anos 1980, o Hellas Verona passava longe dos principais assuntos futebolísticos da Itália e vivia um dia-a-dia típico de clube modesto e sem grandes pretensões. Longe da grande mídia e da correria que acompanhava os gigantes de Milão, Turim, Roma e outras cidades do país, o time azul e amarelo se organizava metodicamente e mirava sua volta à primeira divisão. Na temporada 1981-1982, a equipe conseguiu o primeiro lugar da Série B e voltou à elite graças ao técnico Osvaldo Bagnoli, que armou um time ousado, veloz e com jogadores muito talentosos como o goleiro Garella, o defensor Tricella e o meia Di Gennaro.
Após o título mundial da Itália na Copa da Espanha, em 1982, os ânimos no país deram uma animada e o caneco serviu para inspirar uma nova era no país – a era dos louros e do fortalecimento de um campeonato que sangrava após o escândalo do Totonero, que deflagrou um amplo esquema de manipulação de resultados. Com várias estrelas espalhadas pelos clubes, o Calcio vislumbrava um futuro de ouro (algo que se confirmou principalmente no final da década de 80 e início da de 90). Para não ficar atrás da concorrência, o Verona foi buscar mais peças com o intuito de, pelo menos, permanecer na primeira divisão na temporada 1982-1983.
Chegaram o defensor Luciano Marangon, o atacante Pietro Fanna, e os meio-campistas Luigi Sacchetti e Domenico Volpati. O elenco ficou mais forte, mas não o suficiente para conquistar um campeonato nacional, que acabou ficando com a Roma de Falcão. Mesmo assim, os gialloblù terminaram o torneio em uma ótima quarta colocação e ainda chegaram à final da Copa da Itália. Nela, os comandados de Bagnoli até venceram a Juventus na partida de ida, em Verona, por 2 a 0, mas Rossi e Platini, duas vezes, reverteram a fatura na volta e deram o título à Velha Senhora.
O trabalho demonstrado naquela temporada se mostrou acertado e foi repetido na temporada 1983-1984: boa campanha na Serie A (6º lugar) e mais uma final de Copa da Itália (e outra vez perdida, dessa vez para a Roma, após empate no primeiro jogo em 1 a 1 e derrota por 1 a 0 na finalíssima). Embora tenha acumulado mais um vice, o Hellas Verona não se abateu e continuou se reforçando. Para a temporada 1984-1985, o clube decidiu investir em dois jogadores estrangeiros: o alemão Hans-Peter Briegel, estrela polivalente da seleção alemã campeã da Euro de 1980 que podia jogar como lateral, volante ou até meia, e o dinamarquês Preben Elkjaer Larsen, que cairia como uma luva no esquema tático do técnico Bagnoli, ainda mais a partir do momento em que ele começasse a escalar o atacante ao lado de Fanna, Galderisi e Di Gennaro. A expectativa da torcida era gigantesca e muitos ingressos para as partidas em casa foram vendidos antecipadamente, além de muitos terem convicção de que jamais o clube tinha conseguido montar um elenco tão sóbrio e talentoso como aquele. Muita coisa estava por vir. E como.
Um campeonato único
Pela primeira (e única) vez na história, o Campeonato Italiano teria naquela temporada de 1984-1985 árbitros sorteados para cada partida, ao contrário dos indicados pela comissão de arbitragem de outrora. A medida foi uma tentativa de limpar de vez a imagem da organização do futebol no país e deixou os clubes considerados “pequenos” bastantes felizes, pois sempre ocorriam contestações pelos benefícios que os grandes recebiam dos homens do apito. Com esse “reforço” extra, o Hellas Verona tinha como principal objetivo somar o maior número de pontos em casa e arrancar os que fossem possíveis fora para superar as posições dos anos anteriores. Com treinamentos intensivos e focados na velocidade do contra-ataque, na fluidez e na marcação, o time de Bagnoli crescia de produção a cada dia, mas não era nem de longe favorito ao título. No entanto, os gialloblù eram unidos, alegres e jogariam sem pressão alguma por resultados. Pontos mais do que positivos para um campeonato complicado, mas de tiro curto – 16 clubes disputariam o Scudetto.
A disparada provi(de)ncial
A estreia do Verona no campeonato foi contra o badalado Napoli de Maradona, em casa. O estádio Marcantonio Bentegodi estava lotado e os repórteres se aglomeravam para ver a estreia do argentino no futebol italiano. No entanto, quem esperava ver o habilidoso baixinho da camisa 10 acabou vendo um alemão imponente que não desgrudou um minuto sequer de Dieguito: Briegel, o homem incumbido de marcar Maradona. O jogador do Verona não só cumpriu seu dever como marcou o primeiro dos três gols da vitória do time da casa sobre os napolitanos por 3 a 1 (os outros gols foram de Galderisi e Di Gennaro). Com um futebol sólido e muito eficiente, a equipe do técnico Bagnoli mostrava seu poder de fogo e apresentava seus atletas ao grande público. Na rodada seguinte, foi a vez do Ascoli padecer e perder por 3 a 1 (gols de Di Gennaro, Briegel e Elkjaer) para o Verona em pleno Stadio Cino e Lillo Del Duca. No terceiro compromisso, outra vitória, dessa vez em casa, por 1 a 0 (gol de Galderisi), sobre a Udinese de Zico. Com 100% de aproveitamento, os azuis e amarelos eram só alegria e tinham a liderança isolada do campeonato desde a primeira rodada.
Após empatar sem gols com a Internazionale, em Milão, o clima de euforia do time e da torcida aumentou ainda mais por conta do jogo marcado para o dia 14 de outubro de 1984, em Verona. O adversário seria a poderosa Juventus, que brigava pelo topo e era um dos rivais diretos da equipe gialloblù no caminho do título (mesmo ele sendo uma mera utopia àquela altura). Se a torcida tinha esperanças de um futuro de ouro para aquele esquadrão, uma vitória sobre a Juve seria fundamental. Jogando sob uma plenitude fantástica, o Hellas Verona fez contra a Velha Senhora talvez a melhor partida de sua história – e também a mais representativa. Os comandados de Bagnoni jogaram muita bola (muita mesmo!), abusaram da velocidade, dos toques rápidos, das jogadas bem trabalhadas, da intensidade ofensiva e da segurança plena do sistema defensivo.
Depois de um primeiro tempo sem gols, o time da casa abriu o placar com Galderisi, aos 17´. Faltando nove minutos para o fim, Elkjaer saiu em disparada em um contra-ataque fulminante, escapou de um carrinho por trás, entrou na área, fintou um defensor e, sem chuteira, fuzilou o goleiro Tacconi num golaço épico, histórico e que ainda hoje vive na memória de qualquer torcedor do Verona. O placar em 2 a 0 permaneceu até o fim e a vitória mostrou de uma vez por todas que o time da cidade de Romeu e Julieta poderia ser campeão nacional.
O embalo invicto seguiu nas rodadas seguintes: empate sem gols contra a Roma (fora), vitória por 2 a 1 sobre a Fiorentina (em casa), vitória por 2 a 0 sobre a Cremonese (fora), empate sem gols contra a Sampdoria (em casa), vitória por 2 a 1 sobre o Torino (fora, que manteve o time três pontos à frente do Toro, segundo colocado na época), empate sem gols contra o Milan (em casa), vitória por 1 a 0 sobre a Lazio (fora) e empates contra o Como (0 a 0, fora) e Atalanta (1 a 1, em casa). Na última rodada do primeiro turno, o Hellas Verona foi derrotado pelo Avellino, fora de casa, por 2 a 1, mas foi o “campeão de inverno” graças ao bom começo de campeonato e a impressionante zaga que havia sofrido apenas sete gols em 15 jogos, além de ter ficado nove jogos sem sofrer gols. A dúvida era se eles conseguiriam manter o embalo no returno e superar os gigantes que sempre se recuperavam após um começo ruim, tais como Juventus e Internazionale.
Sorte de campeão
Em Nápoles, no primeiro duelo do returno, o Hellas Verona conseguiu um precioso ponto e empatou em 0 a 0 contra os celestes do San Paolo. De volta para casa, os gialloblù venceram o Ascoli por 2 a 0 (gols de Galderisi e Sacchetti) e viajaram novamente, dessa vez até Udine, para encarar os alvinegros da Udinese. Num misto de eficiência, “apagão” e retomada, o Verona fez uma partida alucinante no dia 10 de fevereiro de 1985. Briegel, Galderisi e Elkjaer abriram 3 a 0 para os azuis e amarelos ainda no primeiro tempo, mas Edinho, Carnevale I e Mauro II empataram logo no começo do segundo tempo. Mas, quatro minutos após o terceiro gol dos donos da casa, Elkjaer e Briegel já haviam colocado o Verona em vantagem e o placar em 5 a 3 coroou uma vitória marcante e totalmente fora dos padrões do Calcio. Nas duas partidas seguintes, contra Internazionale e Juventus, os gialloblù empataram em 1 a 1 e jogaram o suficiente para continuar somando pontos e manter a vantagem na liderança.
Contra mais dois adversários duríssimos, o Verona mostrou força e venceu ambos: 1 a 0 na Roma, em casa, e 3 a 1 na Fiorentina, em Florença. Contra a Cremonese, goleada por 3 a 0 e, contra a Sampdoria, fora, empate em 1 a 1. Com seis pontos de vantagem sobre os vice-líderes, a equipe veronesa não mirava outra coisa que não fosse o título da Série A. Mas, em um daqueles clássicos momentos de soberba, os comandados de Bagnoni caíram do salto e perderam em casa, por 2 a 1, para o Torino, na 25ª rodada. Faltando cinco jogos, o tropeço deixou muito torcedor temeroso, ainda mais depois do empate sem gols contra o Milan, na 26ª rodada, que diminuiu a distância para o vice-líder para apenas três pontos. Contra a Lazio, em casa, o Hellas Verona conseguiu a já tão desejada vitória, por 1 a 0 (gol de Fanna), e respirou com quatro pontos de vantagem sobre o Torino.
Na antepenúltima rodada, contra o Como, os gialloblù deixaram o nervosismo de fazer história tomar conta das pernas e da mente e empataram em 0 a 0, resultado que só não foi ruim pelo fato de o Torino não vencer e manter a diferença de quatro pontos. Faltando dois jogos para o fim do campeonato, o Hellas Verona iria até o Stadio Comunale enfrentar a Atalanta dependendo apenas de um empate para ser campeão (vale lembrar que na época as vitórias valiam dois pontos, e não três como hoje). O sonho de Verona estava prestes a se tornar realidade.
Scudetto romântico
No dia 12 de maio de 1985, o Hellas Verona escreveu o mais nobre e romântico capítulo de sua história. Foi naquele dia que o clube fez sua cidade deixar de lado a faceta shakespeariana e ter, também, um orgulho desportivo. Com um suado empate em 1 a 1 contra a Atalanta (o gol salvador da equipe veronesa foi marcado por Elkjaer), somado ao empate sem gols do Torino contra a Fiorentina, o clube azul e amarelo se tornou pela primeira vez campeão do Campeonato Italiano de futebol. Era a primeira vez, também, que um time de uma cidade longe das tradicionais capitais ficava com o mais almejado troféu do Calcio.
Na terra do amor eterno, os torcedores do Verona ganhavam mais um motivo para jamais se esquecer de seu clube e de sua paixão. Na rodada final, jogando em casa, o estádio Marcantonio Bentegodi virou um reduto festivo e repleto de bandeiras, cores, fumaças e êxtase para comemorar a entrega da taça. Como não poderia deixar de ser, o Hellas Verona brindou sua apaixonada torcida com uma vitória por 4 a 2 sobre o Avellino (gols de Fanna, Garuti, contra, Galderisi e o herói Elkjaer).
O título coroou uma campanha absoluta de um time que liderou a competição do início ao fim: foram 15 vitórias, 13 empates, duas derrotas, 42 gols marcados (segundo melhor ataque) e 19 gols sofridos (melhor defesa). Num torneio com tantos craques e tantos times poderosos, o Hellas Verona espantou a Europa – e o mundo – ao conquistar um improvável título jogando o fino e sem perder uma vez sequer para os aclamados favoritos. Elkjaer, dinamarquês que foi símbolo daquela conquista, ganhou de vez o coração dos torcedores e o status de herói junto à torcida. Briegel, dono do meio de campo, conseguiu ser o primeiro jogador alemão a ser condecorado como o melhor Jogador Alemão do ano mesmo atuando fora de seu país. Ainda naquela temporada, o Hellas Verona disputou a Copa da Itália, mas foi eliminado nas quartas de final pela Internazionale. Os artilheiros do time na temporada foram Galderisi e Elkjaer (13 gols cada), Briegel (11 gols) e Di Gennaro (9 gols).
À espera do bi
Após o histórico título nacional, o Hellas Verona disputou a Liga dos Campeões da UEFA na temporada 1985-1986, mas foi eliminado pela compatriota Juventus logo nas oitavas de final. No Campeonato Italiano, os gialloblù terminaram em uma fraca 10ª posição. A partir dali, o time não repetiu o sucesso de antes, perdeu seus heróis para outros clubes e voltou à segunda divisão ao término da temporada 1989-1990, chegando até à falência em fevereiro de 1991. Nos anos seguintes, o clube se reergueu burocraticamente, mas viveu altos e baixos e voltou à primeira divisão só na temporada 2013-2014, após 12 anos de ausência. Outra vez entre os grandes, o clube espera voltar aos bons tempos e escrever mais um capítulo romântico e laureado em seu livro de glórias, que reside no Balcão de Julieta namorando um Scudetto todo Romeu.
Os personagens:
Garella: mesmo com um físico avantajado, o goleirão exibia muita agilidade e era capaz de fazer defesas maravilhosas. Titular absoluto, Garella foi um dos principais destaques do time na campanha do Scudetto e reforçou o talento defensivo do time com suas atuações. Tinha como principal qualidade fazer enormes defesas com os pés. Após sua estadia no Verona, brilhou no Napoli, onde conquistou um Scudetto e uma Copa da Itália.
Ferroni: defensor com ótimo poder de marcação e bons passes, formou um verdadeiro ferrolho ao lado dos companheiros naquela temporada de ouro do Verona. Teve que se aposentar logo após do título por causa de uma grave lesão, em 1988.
Tricella: começou a carreira na Internazionale, mas foi no Hellas Verona onde ele se revelou um dos melhores zagueiros italianos dos anos 80. Com liderança, enorme poder de marcação e grande senso de colocação, foi o capitão da equipe naquela temporada de ouro e o dono da zaga veronesa. Jogou de 1979 até 1987 na equipe azul e amarela e disputou mais de 250 jogos pelo clube. Passou ainda pela Juventus e pelo Bologna e foi convocado para a Copa do Mundo de 1986.
Fontolan: outro bom defensor do time de Verona, Fontolan se destacaba pelo físico e nas jogadas aéreas. Jogou de 1983 até 1988 na equipe azul e amarela até encerrar a carreira no Ascoli, em 1989.
Luciano Marangon: foi essencial para o esquema tático do técnico Bagnoli por atuar mais avançado e jogar várias vezes como um lateral bem ofensivo quando a equipe atuava no 3-5-2. Marcava alguns gols e dava ótimos passes para os companheiros. Seu irmão mais novo, Fabio Marangon, também jogou no Verona naquela época.
Sacchetti: atuava como volante e ajudava na fluidez de jogo do time com sua constante movimentação e aparições no ataque, além de sempre arriscar chutes poderosos de longa distância. Marcou gols importantes e era um dos homens de combate quando o time era atacado pelo adversário.
Volpati: meio-campista muito eficiente na marcação, jogou de 1982 até 1988 no Verona, pelo qual disputou cerca de 165 jogos. Foi um dos jogadores mais utilizados pelo técnico Bagnoli no processo de evolução do clube gialloblù daquela época.
Briegel: o polivalente jogador alemão foi um dos principais craques de sua época e também um exemplo de atleta (ele chegou a praticar Decathlon e diversos esportes como salto triplo e salto em distância). Briegel podia jogar como zagueiro, lateral, volante ou meia sempre com a mesma habilidade e a mesma eficiência. Com um fôlego invejável e grande presença física, era um terror para os adversários e marcava diversos gols em suas subidas ao ataque. Foi titular da Seleção Alemã nas Copas de 1982 e 1986.
Fanna: atuando quase como um ponta, Pietro Fanna foi um dos destaques do ataque gialloblù com velocidade, habilidade e passes precisos. Jogou na equipe entre 1982 e 1985 e marcou vários gols. É um dos pouquíssimos jogadores a ter conquistado o Scudetto por três equipes diferentes (três com a Juventus, um com o Hellas Verona e outro com a Internazionale).
Di Gennaro: presente na Copa do Mundo de 1986, o italiano foi um dos principais nomes do meio de campo e do ataque daquele Verona de ouro. Veloz e muito inteligente, fazia tabelinhas com os companheiros e se entendeu muito bem com Elkjaer e Galderisi. Jogou de 1981 até 1988 no Verona e disputou mais de 180 jogos pelo clube.
Elkjaer: o dinamarquês foi o mais popular e idolatrado jogador de Verona ao término da temporada 1984-1985. Com um futebol primoroso cheio de técnica, dribles e gols, o atacante foi o grande herói da conquista veronesa pelos tentos salvadores e por impulsionar as principais jogadas ofensivas do time. Elkjaer jogou tanto que quase ganhou o Ballon d´Or da revista France Football em 1985, mas o prêmio acabou ficando com Michel Platini. Em 1986, o atacante brilhou pela Dinamarca na primeira fase da Copa do Mundo do México, quando marcou quatro gols (três deles na goleada de 6 a 1 sobre o Uruguai) e transformou a equipe europeia em “Dinamáquina”. Mas a “potência” durou só até as oitavas de final, quando a Espanha de Butragueño atropelou e fez 5 a 1. Embora fosse um fumante compulsivo, Elkjaer esbanjava velocidade em campo mesmo após fumar um cigarro antes ou no intervalo dos jogos.
Galderisi: era o centroavante do time, mas não se contentava em ficar parado na área. Com muita movimentação, Galderisi confundia as defesas rivais e foi muito importante para o esquema tático armado pelo técnico Bagnoli. O jogador foi um dos artilheiros do time naquela temporada e caiu nas graças da torcida.
Osvaldo Bagnoli (Técnico): mentor do melhor Hellas Verona da história, Bagnoli provou sua competência ao fazer o tudo do nada e construir um time competitivo, aguerrido, técnico e sem medo de nenhum adversário. Com total controle sobre o elenco e priorizando sempre os que tinham mais tempo de casa, Bagnoli foi uma unanimidade entre os atletas e ajudou na contratação dos reforços que tanto ajudaram na conquista do Scudetto. Deixou o clube após o rebaixamento para a Série B, em 1990, mas é uma figura imensamente respeitada pelo torcedor de Verona até hoje.
O trabalho Imortais do Futebol – textos do blog de Imortais do Futebol foi licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição – NãoComercial – SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em imortaisdofutebol.com.
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acompanho a página há tempos, e deixo registrada a minha admiração aos produtores pelo excepcional, acurado, resgate e manutenção da memória do jogo. sigam sempre! saudações.
Muito obrigado pelos elogios e prestígio! 😀
Belo texto imortais !!! time historico, saudade dos anos 80. antes da lei bosman varios clubes pequenos eram campeões .. essa lei bosman , que eh igual a lei pelé acabou com o futebol..
poderia dar sugestão , poderia imortalizar o Once caldas , maior zebra da historia da libertadores por ser tratar de um clube pequeno da colombia campeão..
Obrigado pelo elogio! Sugestão anotada! 😉
Me lembrou minha infância… até hoje sou torcedor do Hellas Verona graças a esse time incrível que acompanhava nas transmissões de domingo na hora do almoço!!
Muito bom meu, lembrei da minha infância assistindo o campeonato italiano que passava na Bandeirantes. Desse time em particular lembro do Brigel jogava muito.
Gostei muito por que eu gosto do futebol italiano
Belo Trabalho. Mas Por Favor Coloque o Chelsea