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Dois uniformes da Copa do Mundo com pouco charme

 

Foram realizadas mais de 20 edições da Copa do Mundo até a Copa de 2022. Durante todo esse tempo, diversas seleções testaram novos uniformes, bem como algumas histórias curiosas aconteceram envolvendo os times que disputaram o título da principal competição do futebol mundial. Apesar de muitos uniformes terem sido ovacionados pela sua beleza, como foi o caso da Inglaterra em 1982, que desfilou com uma camisa tricolor bem diferente dos modelos tradicionais que se viu até então. Outra camisa que também se destacou foi a da Alemanha em 1990, com suas três cores principais apresentadas de uma maneira única.

Outra camisa que não ficou de fora do ranking de camisas bonitas da Copa do Mundo foi a do Brasil em 2002, quando a Seleção Brasileira conquistou o pentacampeonato, e ainda o belo uniforme do tetra, na Copa de 1994. Além de acessar sites para que você confira as principais notícias do evento, conheça a seguir algumas das camisetas mais pitorescas das Copas.

 

Seleção da França – Copa de 1978

Uma situação no mínimo inusitada aconteceu na Copa do Mundo de 1978. A 11ª edição da Copa do Mundo foi realizada na Argentina e reuniu 16 participantes, dentre eles França e Hungria, que se enfrentaram na fase de grupos daquele Mundial. Os franceses entraram em campo com um uniforme muito similar aos seus adversários e tiveram que procurar um uniforme alternativo para poder jogar a partida.  O árbitro do jogo, o brasileiro Arnaldo Cezar Coelho, recusou-se a iniciar a partida e ordenou um consenso para que alguma seleção encontrasse uma camisa diferente. Quando perguntados sobre onde estavam as camisas azuis francesas, os diretores da seleção disseram: “estão há mais de 400 km daqui (em Buenos Aires)”. Foi então que dois membros da FIFA saíram de carro até a sede do Club Atlético Kimberley, modesto e pequenino time da cidade, perguntar se eles poderiam emprestar camisas escuras ou listradas para a Seleção Francesa disputar uma partida de Copa do Mundo. Óbvio que a resposta foi sim! E, felizmente, a camisa da equipe era listrada em branco e verde.

Depois de 40 minutos, eis que a França estava devidamente vestida para o jogo com um dos uniformes mais curiosos e inusitados da história das Copas. Se antes era complicado distinguir as equipes, naquele momento não tinha como não notar a França/Kimberley de azul, vermelho, branco e verde. Engraçado é que aquela era a quarta – seria também a última – vez que uma confusão de uniformes acontecia em um Mundial. A primeira foi na Copa de 1934, na Itália, quando a Áustria, de camisas brancas, vestiu o azul do Napoli para enfrentar a Alemanha, que também vestia branco – os alemães acabaram vencendo por 3 a 2. Em 1950, na Copa do Mundo do Brasil, Suíça e México entraram em campo com camisas vermelhas. Com isso, o México pegou emprestada a camisa do Cruzeiro-RS, azul e branca – mais uma vez, quem não mudou de uniforme venceu: 2 a 1 para a Suíça. Em 1958, na Suécia, o terceiro caso envolveu Argentina e Alemanha. Na ocasião, os argentinos tiveram que vestir a camisa amarela do IFK Malmö. E, pela terceira vez, o time que mudou de vestimenta perdeu: terminou 3 a 1 para os europeus.

Em 1978, porém, a história mudou. Com a bola rolando, a França jogou com inspiração e praticamente toda a torcida local e venceu por 3 a 1, gols de Lopez, Berdoli e Rocheteau. Nas arquibancadas, alguns jogadores do Kimberley ficaram emocionados e orgulhosos ao verem a camisa de seu clube em uma Copa do Mundo, aos olhos de milhões de pessoas no planeta. Pela primeira e única vez, um clube “vencia” um jogo de Copa. Simplesmente histórico.

 

Seleção da África do Sul – Copa de 1998

Os brasileiros não gostam muito de lembrar da Copa de 1998, ano no qual os franceses conseguiram vencer a final sobre a seleção canarinho. Um dos participantes daquela edição foi a África do Sul, que acabou causando mais do que imaginava com o seu uniforme.

A equipe estava no Grupo C, ao lado de França, Dinamarca e Arábia Saudita. No jogo contra a Dinamarca, válido pela segunda rodada da fase de grupos, a África do Sul resolveu utilizar um uniforme, digamos, não muito bonito. A mistura de cores e o excesso de informação acabou sobrepondo um pouco o espetáculo. Não se sabe dizer se foi o uniforme, ou o desempenho em si do time africano, mas a África do Sul acabou nem se classificando para a fase eliminatória, restando a Dinamarca e França representarem esse grupo na fase final.

 

Além dessas duas camisas pitorescas, as Copas tiveram outras bem diferentes:

 

 

Ainda nos anos 1990, o México, de Hernández, usou uma camisa cheia de desenhos na Copa de 1998.

Esquadrão Imortal – Portuguesa 1996

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