O futebol é um esporte apaixonante, que mobiliza milhões de torcedores ao redor do mundo. Por isso, muitas vezes a rivalidade entre os times fica restrita às quatro linhas do campo. Ela envolve questões políticas, sociais, culturais e históricas, que transcendem o aspecto esportivo.
Neste texto, te convidamos a conhecer as 5 maiores rivalidades da história do futebol, que marcaram época e ainda são um dos momentos mais especiais para um torcedor. Já que estamos falando em rivalidades, venha apostar no seu time de coração. Leia a resenha da Pinnacle, uma casa de apostas com grandes vantagens para você.
1. Brasil x Argentina
A rivalidade entre Brasil e Argentina é uma das mais antigas e intensas do futebol mundial. Os dois países disputam a hegemonia no continente sul-americano desde o início do século XX, quando se enfrentaram pela primeira vez em 1914. Desde então, foram mais de 100 jogos oficiais, com vantagem para o Brasil, que venceu 43 vezes, contra 39 da Argentina e 26 empates.
Os confrontos entre as duas seleções são sempre recheados de emoção, polêmica e talento, com craques como Pelé, Maradona, Romário, Messi, Ronaldo e Neymar. Ambos abocanharam títulos em profusão, entre eles oito Copas do Mundo. Disputaram inúmeras finais. Emanciparam seus domínios com seus clubes. E, quando não ia na bola, usaram da malandragem para vencer jogos. Às vezes, vencer o rival é melhor do que conquistar um título. Maior do que um continente, maior do que tudo. Brasil e Argentina é, sem dúvida, o maior clássico entre seleções do planeta.
2. Real Madrid x Barcelona
O Barcelona fica na Catalunha, tradicional região separatista da Espanha. É o maior divulgador da causa catalã, do idioma, da cultura, de todo um povo. O Real é de Madrid, representa o “outro” lado, com laços estreitos no antigo franquismo, no governo e no nacionalismo espanhol. Ambos possuem torcidas imensas não só na Espanha, mas em todo mundo. Construíram ao longo das décadas alguns dos mais famosos e inesquecíveis esquadrões da história do futebol. Quase todos os maiores jogadores de todos os tempos vestiram ao menos uma vez a camisa de um ou de outro. No século XXI, os clubes praticamente monopolizaram os noticiários e transmissões na TV. Possuem estruturas invejáveis. Patrocínios milionários. Estádios exuberantes. Patrimônios impressionantes. E, claro, títulos quase incontáveis. Não é apenas um clássico. É um jogo político. Um evento mundial. Barça x Real é o clássico dos clássicos. É a essência do futebol globalizado.
3. Boca Juniors x River Plate
Ambos nasceram no bairro de La Boca, na área portuária de Buenos Aires e com raízes genovesas. O River começou suas atividades em 1901 das mãos de Leopoldo Bard (primeiro presidente) e oriundo da fusão dos clubes Santa Rosa e Los Rosales. Já o Boca iniciou sua história em 1905, fruto da ideia de adolescentes filhos de italianos. Com origens parecidas e divididos por quarteirões, a rivalidade cresceu naturalmente. Mas começou a ganhar proporções fora do controle a partir dos anos 20, quando o River se mudou para a Recoleta e passou a jogar no estádio Alvear y Tagle. Até que, nos anos 30, o clube se mudou em definitivo para Núñez, bairro nobre da cidade, e inaugurou o estádio Monumental.
Com um ar de superioridade, o River construiu uma imagem elitista, em contraste à faceta popular e simplória do Boca, enraizado em seu querido bairro. Mesmo tão distante, o River jamais se esqueceu do antigo irmão. Assim como os xeneizes. Ambos passaram a colecionar títulos no futebol argentino, mais e mais torcedores e a alimentar uma rivalidade épica, que para a Argentina e move paixões incondicionais que contagia até mesmo os jogadores. Um duelo entre Boca e River nunca é um clássico. É um Superclásico.
4. Celtic x Rangers
Católicos de um lado. Protestantes do outro. Sectarismo puro entre Ulsters Scots (Rangers) contra os Irish Scots (Celtic), dividindo torcedores nas Irlandas. Os católicos defendem a doutrina do Celtic. Os protestantes, do Rangers. Eles começaram a se enfrentar em 1888. E a rivalidade começou a tomar contornos muito maiores que o esporte. A religião literalmente entra em campo quando os dois se enfrentam. E ainda tem questões ideológicas de Conservadorismo e Socialismo. A rixa chegou a um ponto de o Rangers não assinar com nenhum jogador que fosse católico entre 1920 e 1989. Pronto. Está formado o mais complexo clássico do mundo.
5. Fenerbahçe x Galatasaray
Um está do lado asiático da cidade (Fenerbahçe) e representa o povo. O outro, do lado europeu (Galatasaray), e representa a elite. São separados apenas pelo estreito de Bósforo. No começo do século XX, faziam partidas amenas, sem grandes emoções. Até pensaram em se unir num só clube, em 1912, que se chamaria O Clube Turco, ou Türkkulübü. No entanto, as Guerras dos Balcãs, confronto bélico pelas terras remanescentes do Império Otomano, minaram tal ideia e prenunciaram a I Guerra Mundial. Alguns anos depois, em 1934, um simples amistoso entre ambas as equipes terminou em pancadaria.
Era para ser apenas um amistoso entre ambos lá no dia 23 de fevereiro, no estádio Taksim. Mas ambos queriam muito a vitória. Pareciam até entorpecidos. Com a bola parecendo o último prato de comida da terra, as jogadas foram ríspidas. Botinadas eram frequentes. O juiz suava bicas para tentar conter aquela ferocidade toda. Até que não deu mais. Era muita tensão. Que inflamou a torcida nas arquibancadas. Os jogadores saíram na mão. E o jogo foi adiado sem vencedor, mas com um resultado: o início da lendária rivalidade entre os vizinhos separados por um estreito que deu ao dérbi a alcunha de Dérbi Intercontinental, o maior clássico da Turquia, o mais perigoso, o que mais tempera estádios com fumaças e o mais ensurdecedor de todo país, que coloca o “povo” contra a “elite” em campo.