Artigo Especial
O futebol é um dos esportes mais intensos da atualidade. Para os times brasileiros, um calendário repleto de competições impõe um ritmo intenso de treinamentos e partidas.
Já para as equipes europeias, os constantes deslocamentos por outros países deixa muito pouco tempo livre disponível aos atletas. É claro que tanta dedicação é bem recompensada através de salários estratosféricos e um estilo de vida, digamos, peculiarmente luxuoso.
De qualquer forma, por mais escasso que seja o tempo desses jogadores, é importante que eles cultivem algum hobby. Afinal, a carreira de atleta conta com um prazo de validade curto e tudo o que se faz fora das quatro linhas pode ser usado a seu favor nos anos pós-aposentadoria. Essas atividades, os hobbies, por vezes relaxantes, por vezes altamente estimulantes, ajudam o jogador de futebol a esvaziar sua mente e a criar oportunidades para o seu futuro.
Começaremos falando de um hobby bastante incomum ao qual Hal Robson-Kanu, atacante galês do West Bromwich, se dedica com afinco e paixão: o blockchain. Para quem não sabe, blockchain é a tecnologia por trás do pujante mercado de criptomoedas (Bitcoin, por exemplo). Após os treinos, Kanu vai para o centro de Londres onde trabalha em seu escritório até às nove da noite como empresário de blockchain.
Outro jogador, ou melhor, ex-jogador, que tem um hobby bem distante do que se espera de um boleiro é o russo Andrey Arshavin. Ex-atleta do Arsenal e da Seleção Russa, Arshavin estudou design de moda na Universidade de São Petersburgo após largar o curso de tecnologia química. Arshavin acabou tomando gosto pelo mundo fashion e hoje é dono de sua própria linha de moda feminina.
Ainda na lista de ex-jogadores, não podemos deixar de citar Gabriel Batistuta, um de nossos craques imortais. Segundo maior goleador da Seleção Argentina e ídolo eterno do Fiorentina, o Batigol também é fera no polo. Montado sobre o seu cavalo e empunhando um taco, o argentino domina a pequena bola de polo com a mesma habilidade que a gorduchinha dos gramados. Duvida? Pois saiba que o craque levantou o troféu da Copa Stella Artois 2009 jogando com a equipe Tom Tailor! Segundo ele, o polo lhe dá a mesma sensação de quando entrava em campo no Campeonato Italiano.
Ainda no campo dos hobbies esportivos, o alemão Thomas Müller, um dos destaques da Alemanha campeã do mundo em 2014, escolheu como passatempo preferido o golfe. De fato, o craque do Bayern de Munique gosta mesmo de um gramado! O esporte, segundo Müller, ajuda a relaxar através do contato com a natureza e se tornou o seu xodó. Ele chegou inclusive a jogar golfe como embaixador da instituição de caridade Young Wings Association.
Já o holandês Robin van Persie, autor de um dos gols mais bonitos da história das Copas, não esconde de ninguém o seu amor pelo tênis de mesa. Em seus tempos de Arsenal, era comum vê-lo se divertindo com a raquete nos intervalos dos treinamentos, onde ostentava a alcunha de “rei da mesa”.
Existe, porém, outro hobby que vem dominando o universo dos boleiros: o poker. O esporte é praticado por muitos jogadores famosos e faz sucesso entre os craques da Seleção Brasileira. Clubes como Palmeiras, Corinthians e Paraná, vêm, inclusive, incentivando a prática entre seus atletas, com mesas de poker instaladas nos centros de treinamentos. Alguns jogadores, porém, levam o hobby tão a sério que chegam a conquistar títulos importantes. O jogador Dentinho, atualmente no Shakhtar Donetsk-UCR, tem uma pequena coleção de conquistas. Ele já garantiu troféus em diversas edições de torneios online como o Hot $109, Super Tuesday, Bonty Builder e Mini Super Tuesday.
Finalizando nossa lista de hobbies temos o norte-americano Clint Dempsey, recém-aposentado do esporte. O ex-capitão da Seleção Americana que brilhou no Campeonato Inglês (Fulham e Tottenham) leva o seu passatempo muito a sério, a ponto de adotar um novo nome: Deuce. Esse é o nome artístico que Dempsey usa no rap. Ainda em 2006, Deuce colaborou com a Nike numa faixa chamada “Don’t Tread”. Mas seu maior feito na música se deu em 2014, com o lançamento do álbum “The Redux”. Gravado em Los Angeles pouco antes do craque jogar a Copa no Brasil, o disco foi finalizado em duas semanas ao lado do rapper texano XO. No álbum, Dempsey rima sobre a sua trajetória da pobreza rumo ao estrelato.
E assim, de hobby em hobby, os nossos craques e ex-craques preferidos seguem espalhando seus talentos por outros campos.
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