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Jogos Eternos – Argentinos Juniors 5×3 Boca Juniors 1980

 

Data: 09 de novembro de 1980

O que estava em jogo: a vitória, claro, pela 12ª rodada do Campeonato Nacional de 1980.

Local: Estádio José Amalfitani, Liniers, Buenos Aires, Argentina

Árbitro: Juan Carlos Loustau (ARG)

AA Argentinos Juniors: Mario Alles; Abelardo Carabelli, Néstor D´Angelo, Ricardo Franceschini e Adrián Domenech; Carlos Vidal, Daniel Norberto García, Silvano Espíndola e Diego Maradona; Pedro Magallanes e Pedro Pasculli. Técnico: Miguel Ángel López.

CA Boca Juniors: Hugo Gatti; Hugo Alves, Francisco Sá, Oscar Ruggeri (Armando Capurro, aos 24’ do 2º T) e Carlos Córdoba; Jorge Ribolzi, Abel Alves e Mario Zanabria; Jorge Coch (Ricardo Gareca, aos 12’ do 2º T),  Hugo Coscia e Carlos Randazzo. Técnico: Antonio Ubaldo Rattín.

Placar: Argentinos Juniors 5×3 Boca Juniors. Gols: (Ribolzi-BOC, pênalti, aos 20’, Maradona-ARJ, pênalti, aos 23’, e aos 42’, Espíndola-ARJ, aos 26’, e Zanabria-BOC, aos 32’ do 1º T; Maradona-ARJ, aos 3’ e aos 30’, e Gareca-BOC, aos 39’ do 2º T).

 

“Quem é o ‘gordito’ mesmo?”

 

Por Guilherme Diniz

 

“Maradona é muito bom jogador, o melhor do momento, mas estão inflando ele de maneira incrível. Preocupa-me o seu físico. Tenho a sensação de que em poucos anos não irá conseguir evitar a tendência de ser um gordinho”.

 

Hugo Gatti, goleiro então com 36 anos e já uma lenda do Boca Juniors, falou o que você acabou de ler sobre um garoto de 20 anos que era a grande sensação do futebol argentino naquele ano de 1980: Diego Armando Maradona. Acontece que a tal frase foi proferida dias antes de uma partida entre o Boca e o Argentinos Juniors, clube de Maradona na época. O meia já era o camisa 10. Vestia a braçadeira de capitão do Bicho. E fora o maior artilheiro dos últimos quatro Campeonatos Argentinos (e caminhava para ser de novo naquele Nacional de 1980). Maradona tomou aquela frase como provocação. Gatti tentou se explicar no dia do jogo ao garoto baixinho que ele não era gordito. Não convenceu… Em campo, Maradona simplesmente destroçou o Boca. E Gatti.

Primeiro, Dieguito marcou um gol de pênalti originado por ele após um cruzamento de letra que bateu na mão do zagueiro. Depois, cobrou uma falta espetacular e sem ângulo (para os mortais, não para ele…) na gaveta. No segundo tempo, mais um golaço, com um tapa na bola após invadir a área. E, para fechar, outra cobrança de falta perfeita. Quatro gols. E vitória do Argentinos por 5 a 3. Cada gol de Maradona foi um “soco” no estômago de Gatti. Uma explosão de vibração e de delírio do público nas arquibancadas do José Amalfitani lotado, que viu mais um espetáculo de um garoto que não tinha limites, que não se intimidava com nenhum marcador, que não sentia o peso de ser capitão com apenas 20 anos. Aquele garoto estava fadado ao estrelato. E apenas começando. É hora de relembrar uma das maiores partidas da carreira de Don Diego Armando Maradona.

 

Pré-jogo

Gatti e Maradona, em um duelo entre seus clubes em La Bombonera.

 

Após a conquista da Copa do Mundo de 1978, em casa, a Argentina vivia um momento de alegrias em seu futebol e olhava bem de perto um jovem atacante que não se cansava de gastar a bola desde 1976: Maradona. O meia baixinho com uma perna esquerda capaz de coisas de outro planeta vinha em uma ascensão meteórica, com uma profusão de gols pelo Argentinos Juniors e quatro (seriam cinco ao final de 1980, um recorde que perdura até hoje) artilharias nos principais campeonatos do país.

Primeiro, no Metropolitano de 1978, Maradona anotou 22 gols e foi o maior goleador do certame. Depois, no Metropolitano de 1979, fez 14 gols e outros 12 gols no Campeonato Nacional do mesmo ano – em 1979 ele anotou 26 gols em 26 jogos disputados. E, no Metropolitano de 1980, incríveis 25 gols, que ainda sim foram incapazes de dar ao time de La Paternal o título, que ficou com o River Plate. O vice-campeonato foi na época a mais alta honraria que o Argentinos Juniors havia alcançado em um torneio da elite do futebol do país.

Maradona com a braçadeira de capitão do Argentinos.

 

Com média de um gol por jogo e ainda legítimo garçom para seus companheiros – El Diez acumulava mais de 50 assistências pelo Argentinos Juniors -, Maradona era o maior prodígio do futebol argentino e cobiçado por todos os clubes do país e do exterior. Com a fama nas alturas, o craque também vinha em franca ascensão pela seleção da Argentina, pela qual havia estreado em 1977, poucos meses após seu debute como jogador profissional, e recém-campeão mundial sub-20. No entanto, era difícil tirar o meia de La Paternal por conta da interferência do general Guillermo Suárez Mason, que investia no clube e apitava nos bastidores administrativos do Bicho.

Naquele mês de novembro, o Argentinos Juniors vinha de ótima campanha no Campeonato Nacional e caminhava firme por uma vaga na fase final. Dias antes daquele duelo contra o Boca, a equipe visitou os xeneizes em La Bombonera e venceu por 4 a 3, com um gol de cabeça de Maradona. Falando em Boca, o clube vivia uma entressafra complicada. Após os anos de ouro entre 1976-1978, quando faturou duas Copas Libertadores, um Mundial de Clubes e dois campeonatos nacionais, os auriazuis faziam uma péssima campanha no Campeonato Nacional e contavam com um time já sem as estrelas de antes. Os remanescentes eram o goleiro Hugo Gatti – já com 36 anos e mais folclórico do que eficiente na época – os defensores Francisco Sá e Bordon e o meia Zanabria. O time até que tinha bons nomes no setor ofensivo e também um jovem zagueiro que despontava (um tal de Oscar Ruggeri…), mas era curiosamente a zaga o principal ponto fraco da equipe. Com chances remotas de classificação, o Boca foi até a cancha do Vélez (palco daquele duelo contra o Argentinos) precisando da vitória a qualquer custo se quisesse um milagroso lugar na fase final.

Em 1977, o Boca levantou sua primeira Libertadores.

 

Mesmo em desvantagem na tabela e na técnica, o clube se viu em meio a um mar revolto quando Hugo Gatti proferiu a tal frase sobre o garoto Maradona ao jornal La Razón, insinuando que Dieguito era gordito (o que não era verdade na época). Claro que isso mexeu com o brio de Maradona, que prometeu a si mesmo marcar gols no folclórico goleiro boquense. Isso mesmo, gols, no plural. O camisa 10 não iria sossegar se não deixasse um punhado de tentos dentro da meta do camisa 1. Quando seu agente, Jorge Cyterszpiller, disse para ele fazer um par de gols em Gatti, Maradona disse: “não, Jorge, não. Dois, não. Vou fazer quatro”. Era questão de orgulho. Quem falava demais deveria sofrer consequências. E saber com quem estava lidando, como o próprio Maradona disse na época, fazendo uma analogia ao apelido de “El Loco” do goleiro boquense.

 

“Mais do que um problema de loucura, é um problema de ciúme. Para mim ele foi um grande goleiro, mas não é mais ninguém, ele sofre gols idiotas. Ele mexe comigo por inveja”.

 

No dia da partida, Gatti correu ao encontro de Maradona e disse: “você é um fenômeno, como eu poderia ter dito aquilo sobre você? Esqueça isso!”. Era tarde demais…

 

Primeiro tempo – Busque la pelota…

Maradona anota o primeiro dele no jogo.

 

Logo aos dois minutos de jogo, Maradona pegou na bola pela primeira vez e apresentou o cartão de visitas ao seu marcador, o zagueiro Ruggeri, que teria a ingrata missão de acompanhar o capitão do Bicho. El Diez driblou o camisa 6 e arrancou os primeiros “olés” da torcida. Na sequência, toques de letra e de calcanhar para Vidal e Magallanes e uma facilidade imensa para se desvencilhar dos marcadores. O jogo seguiu com o Argentinos Juniors mais à frente, com García perigoso nas jogadas aéreas em cobranças de escanteio cobradas por Espíndola. O Boca respondeu com Hugo Alves pela direita, que chutou cruzado e a bola foi para fora. Quem tentava organizar as jogadas dos xeneizes era o meia Zanabria, sem dúvida o mais habilidoso jogador do Boca. Com passes precisos e lançamentos longos, além de dribles curtos, ele era o principal articulador da equipe do técnico Rattín. Após os 10’, o Argentinos começou a investir mais pela esquerda, com García tentando tabelas rápidas com o atacante Pasculli, que obrigava o goleiro Gatti a sair do gol vez ou outra para interceptar a bola.

A partir dos 15’, o Boca tomou para si a posse de bola com maior presença de Randazzu, que atacava por ambos os lados do campo e ganhava o apoio de Coch, eficaz na movimentação e nas tabelas. E essas investidas surtiram efeito aos xeneizes quando D’Angelo cometeu pênalti em Coscia, aos 20’, que entrou na área tabelando com Zanabria. Na cobrança, Ribolzi chutou forte no meio do gol e fez 1 a 0. Mas a alegria do Boca durou pouco. Três minutos depois, Maradona recebeu na área e tentou cruzar de letra. A bola pegou na mão de Hugo Alves. Pênalti! El Diez chutou no canto, quase uma cavadinha, e empatou: 1 a 1. Na comemoração, Maradona saltou e vibrou bastante. Era o primeiro ato de sua vingança.

Lance do pênalti que originou o primeiro gol do Argentinos Juniors no jogo.

 

Mas o craque não estava sozinho naquela missão. Apenas três minutos depois, o mesmo Maradona sofreu falta de Abel Alves (PS: irmão do outro Alves, o Hugo) na entrada da área. Enquanto todos esperavam o chute do capitão, quem bateu foi Espíndola. E foi com perfeição: 2 a 1, um belíssimo gol para virar o jogo. Embora a zaga do Boca estivesse vigiando razoavelmente bem Maradona, em dois lances, o craque havia decidido. Erros não eram perdoados por El Diez.

Os times em campo: Maradona se movimentava bastante no setor ofensivo e ganhava o apoio de Espíndola e García, além de Magallanes pela direita e Pasculli, sempre avançado. Do lado do Boca, Coscia e Randazzo se alternavam pela direita e pelo centro, enquanto Zanabria era o maestro das jogadas pelo meio. Os xeneizes contavam ainda com as boas investidas pela direita do lateral Hugo Alves e as subidas ao ataque de Ribolzi.

 

Atrás no placar, o Boca teve que se mandar ao ataque mais uma vez, mas pecava bastante nos passes e também na marcação do rival. Até que, aos 32’, Zanabria teve uma falta a seu favor na entrada da área e chutou forte. A bola resvalou na barreira e traiu o goleiro Alles. Tudo igual novamente: 2 a 2. O jogo seguiu elétrico e minutos depois Pasculli quase aproveitou uma bobeada do zagueiro Sá, mas seu chute não foi forte e a bola foi para fora. Perto dos 40’, Maradona foi derrubado por Ruggeri e o camisa 6 levou cartão amarelo. Minutos depois, outra vez Ruggeri fez falta em Dieguito, dessa vez na lateral esquerda do campo de defesa do Boca. O árbitro Loustau chamou a atenção do zagueiro, que poderia ser expulso se continuasse a agir daquela maneira. Enquanto isso, Maradona já tinha a bola consigo e olhava atentamente para o gol de Gatti. Não havia ângulo para um chute direto. Era melhor um cruzamento. Bem, isso se Maradona fosse um jogador comum. Mas ele não era. Após ver que o árbitro havia terminado o sermão ao defensor boquense, Maradona disse:

 

“Corra, Pichi (apelido de Loustau), corra que eu vou colocá-la no ângulo!”. 

 

A bola no ângulo e xeneizes só olhando…

 

Loustau obviamente correu. Maradona cobrou sem dar tempo de os rivais armarem a barreira e meteu a pelota no ângulo do goleiro Gatti. El Diez foi tão cruel que a redonda ainda bateu na trave antes de entrar. Que golaço! E 3 a 2 no placar para o Bicho. O gol foi tão espetacular que a torcida do Boca tanto nas arquibancadas quanto nas tribunas aplaudiu o craque! Aos 45’, o árbitro apitou o final de uma primeira etapa cheia de alternativas e bom futebol. Era de se esperar muito mais para a segunda. Principalmente de Dieguito, ainda sedento por mais gols.

 

Segundo tempo – Sigue buscando…

Tímido na primeira etapa, o sol saiu e deu ainda mais beleza ao campo de jogo na etapa complementar. A aparição do astro-rei inspirou o Argentinos Juniors, que logo aos 3’ avançou pela esquerda com Pasculli e este fez um lançamento perfeito na entrada da área, ao centro, para Maradona. O camisa 10 amorteceu a bola no peito com classe, a redonda desceu e deu um pingo dentro da área. Maradona esperou o momento certo para dar um tapa de perna esquerda com força suficiente para tirar o goleiro Gatti da jogada e ela entrar mansamente no gol vazio: 4 a 2. Outro golaço! E que passe de Pasculli, que plasticidade! Quanta beleza! E outro gol aplaudido pela torcida do Boca, que sonhava acordada com aquele camisa 10 vestindo o manto azul e ouro um dia…

Maradona toca na saída de Gatti…

 

… E marca mais um golaço!

 

O gol expôs de vez a fragilidade do setor defensivo do Boca, que dava muitos espaços e não conseguia frear o capitão do Bicho. Minutos após o quarto gol, os xeneizes tentaram uma resposta quando Córdoba fez bela jogada pela esquerda e tocou para o zagueiro Sá, aparecendo como um atacante dentro da área, mas o zagueiro chutou mal e a bola foi longe do gol de Alles. Minutos depois, Magallanes apareceu no ataque boquense, cruzou, a zaga tirou, Maradona recuperou, escapou da marcação e devolveu para Magallanes, este cruzou para Pasculli, mas o atacante estava em posição de impedimento.

O técnico Rattín tentou mudar algo em seu time e colocou o jovem atacante Ricardo Gareca no lugar de Coch, aos 12’. Pouco depois, Maradona cruzou perfeitamente para Vidal, que chutou e Gatti fez boa defesa. Após um ataque do Boca que terminou com defesa de Alles, Maradona escapou pela direita mais uma vez em velocidade e chutou, mas a bola raspou o travessão e foi para fora. Aos 15’, a tarefa do Boca ficou ainda mais complicada quando Ribolzi cometeu falta dura em Domenech e o árbitro Loustau, bem próximo do lance, aplicou o cartão vermelho direto para o jogador xeneize.

Cinco minutos depois, Maradona deu outro passe precioso ao atacante Pasculli, que chutou em cima de Gatti. Desordenado, o Boca virou presa fácil. E, aos 30’, veio o desfecho do gênio. Em outro ataque pelo centro, Maradona ia entrar com bola e tudo quando foi derrubado por Hugo Alves dentro da área. No entanto, o árbitro Loustau viu infração fora da área. Maradona reclamou, mas não tinha como voltar atrás. O camisa 10 tomou bastante distância. Ao lado dele, Espíndola, autor do segundo gol. Gatti arrumou a barreira e ficou esperando pela bola fora da pequena área, tentando surpreender o batedor. Maradona correu, chutou forte, mas com efeito suficiente para a bola fazer uma trajetória hostil que desviou da barreira, de Gatti, e foi parar no ângulo mais uma vez: 5 a 2. E QUARTO gol do craque.

Maradona prepara o chute…

 

… Solta a bomba…

 

… E ela vai parar no fundo do gol!

 

Estava sacramentado o show do time de La Paternal. A total impotência de Hugo Gatti, nocauteado, devastado. E a vingança plena de Maradona, irresistível, imparável, genial, imortal. Os boquenses ainda descontaram nove minutos depois, com Ricardo Gareca, mas de nada adiantou. O placar de 5 a 3 garantiu com sobras a liderança do Argentinos Juniors em seu grupo e eliminou de vez o Boca Juniors do campeonato.

A resposta de Dieguito foi destaque obviamente em todos os jornais do país e só rechaçou o quão espetacular ele era. E Hugo Gatti acabou perdendo a posição de titular do Boca principalmente na temporada seguinte, recuperando tempo depois. Por mais que a premonição de El Loco sobre a forma gordita de Maradona estivesse correta, ele aprendeu uma coisa naquela tarde de novembro: nunca subestime nem provoque um jovem de 20 anos, capitão de seu time, artilheiro de quatro campeonatos argentinos, firme rumo à quinta artilharia, capaz de dribles e gols fenomenais e de nome Diego Armando Maradona. Hay de sufrir…

 

Pós-jogo: o que aconteceu depois?

Argentinos Juniors: Maradona seria mais uma vez artilheiro do Campeonato Argentino com 17 gols e completaria 43 gols em 45 jogos nos campeonatos Metropolitano e Nacional daquele ano de 1980. Essa quina de artilharias do craque é até hoje um recorde no futebol argentino e jamais outro jogador conseguiu somar cinco artilharias em cinco campeonatos distintos no país. Mas todo aquele talento teria um preço ao Argentinos Juniors: Maradona foi convocado para alguns amistosos de preparação da Argentina com foco na disputa do Mundialito do Uruguai e El Diez não pôde jogar as partidas da fase final do Nacional. Sem um pedaço de si, o Argentinos foi eliminado pelo modesto Racing de Córdoba e perdeu a chance de título. Meses depois, Maradona acabou se transferindo para o Boca Juniors e venceu o título do Metropolitano de 1981 pelos xeneizes. Dali em diante, o craque rumou ao estrelato, assim como o Argentinos Juniors, que viveu uma fase esplendorosa mesmo sem Dieguito entre 1984-1986, com os títulos da Copa Libertadores de 1985, o Metropolitano de 1984, o Nacional de 1985 e a Copa Interamericana de 1986.

Boca Juniors: nunca o ditado “se não pode com ele, junte-se a ele” foi tão bem aplicado como em 1981 no clube de La Bombonera. Namorando o craque há tempos, o Boca conseguiu contratar Maradona e foi campeão argentino já no Metropolitano de 1981. El Diez disputou naquele ano 40 jogos, marcou 28 gols e deu 17 assistências, virando um ídolo instantâneo da torcida. Mas, com os problemas financeiros vividos pelo clube naquela época e a disparidade da moeda argentina perante o dólar (a moeda estadunidense chegou a valorizar mais de 240%, e o contrato de Maradona era em dólares…), seu salário ficou quase impossível de ser pago e El Diez teve que ser negociado já em 1982 ao Barcelona-ESP.

No Boca, Maradona ficou pouco naqueles anos 1980…

 

… Mas foi campeão argentino com Hugo Gatti (à direita). Quem diria!

 

A história de Dieguito não se resumiria apenas ao ano de 1981 e ele voltaria em 1995 para jogar até 1998 e pendurar as chuteiras em La Bombonera, dando espaço a outro meia que surgia no clube na época: Juan Román Riquelme, revelado no Argentinos Juniors, assim como Don Diego.

 

Leia mais sobre Maradona clicando aqui.

 

Extra:

 

Veja os gols do jogo.

 

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Comentários encerrados

Um Comentário

  1. Maradona colocava a bola aonde queria, Pelé foi melhor pq foi mais completo mas Maradona foi talvez mais talentoso o mais genial jogador da história, gostaria de sugerir como jogos eternos São Paulo 3 x 1 Corinthians , final do paulista de 98 com a volta de Rai

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