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Há 20 anos, Vasco e Juninho Paulista reencontravam o rumo das grandes conquistas

 

Em 2000, o Vasco contava com uma das melhores equipes não só do Brasil, mas do mundo. No entanto, o clube teve um primeiro semestre bastante frustrante levando em conta todos os investimentos feitos pela diretoria: além do vice-campeonato no Mundial de Clubes, no Torneio Rio São Paulo e no Campeonato Carioca, o Gigante da Colina se viu eliminado na Copa do Brasil precocemente nas oitavas de final.

Assim, no início do Campeonato Brasileiro daquele ano, que recebeu o nome de Copa João Havelange, o Vasco já contava com o seu terceiro técnico na temporada, Oswaldo de Oliveira. Além disso, um desentendimento entre Edmundo e Romário fez com que o Animal fosse emprestado para o Santos, levando a diretoria a contratar Euller, até então no Palmeiras, para fazer a dupla de ataque com o Baixinho.

Juninho Paulista e Romário: dupla afiada em 2000. Foto: Fernando Maia / Agência O Globo.

 

O outro grande reforço do clube para a disputa do Brasileiro e da Copa Mercosul no segundo semestre foi Juninho Paulista, até então conhecido apenas como Juninho. O craque estava no Atlético de Madrid desde 1997 e era considerado nome certo na lista de Zagallo para a Copa do Mundo de 1998 antes de sofrer uma grave lesão na fíbula em jogo contra o Celta de Vigo, em fevereiro daquele ano.

É importante dizer aqui que, há 20 anos, o Atlético de Madrid vivia uma situação muito diferente da de hoje. Qualquer pessoa habituada a realizar apostas em futebol na Betfair, por exemplo, sabe que no trading esportivo encontra a opção de apostar tanto a favor de determinado evento quanto contra. E sabe também que o clube madrilenho, atualmente treinado por Diego Simeone e mesmo não tão favorito para vencer a Liga dos Campeões da UEFA, sempre têm aqueles dispostos a apostar no sucesso dos colchoneros.

Em maio de 2000, no entanto, o Atlético se viu rebaixado para a Série B espanhola pela segunda vez em sua história. Quando isso aconteceu, Juninho sequer vinha jogando pela equipe madrilenha, visto que no início daquela temporada o então técnico do time, Claudio Ranieri, deixou claro que não contava com o meia. Assim, o paulistano foi emprestado para o clube onde havia estado por dois anos antes de ir para o Atlético: o Middlesbrough, da Inglaterra, onde já era considerado um ídolo pelos seus torcedores.

 

Esta segunda passagem de Juninho pelo clube inglês não foi tão marcante quanto a anterior, e para a diretoria do Atlético parecia uma escolha lógica emprestá-lo mais uma vez. Foi então que o Vasco repatriou o meia revelado pelo Ituano para jogar ao lado não só de Euller e de Romário, mas também de outro meia que era conhecido simplesmente como Juninho. Com isso, o paulistano passou a adotar o complemento do seu estado natal em seu nome, e logo o pernambucano faria o mesmo.

Foto: Allsport UK/ALLSPORT

 

O que se viu nos meses seguintes foi um casamento perfeito entre um jogador em busca de se reafirmar como um dos grandes meias de sua geração e um clube em busca de novas glórias para apagar o primeiro semestre de decepções. Até o fim daquela temporada, o Vasco venceria tanto o Brasileirão quanto a Copa Mercosul, muito graças às grandes atuações de Juninho Paulista, que voltaria a ser presença constante nas convocações da seleção brasileira até vir a disputar sua primeira e única Copa do Mundo em 2002.

 

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