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Copa América – História, Recordes e Campeões

Por Guilherme Diniz

 

Gradín. Friedenreich. Andrade. Nasazzi. Scarone. Obdulio Varela. Di Stéfano. Labruna. Pedernera. Zizinho. Ademir de Menezes. Sívori. Spencer. Figueroa. Pedro Rocha. Teófilo Cubillas. Kempes. Pelé. Garrincha. Maradona. Romerito. Valderrama. Francescoli. Rodolfo Rodríguez. Romário. Etcheverry. Batistuta. Simeone. Chilavert. Salas. Ronaldo. Rivaldo. Taffarel. Aristizábal. Córdoba. Adriano. Riquelme. Suárez. Forlán. Messi. Alexis Sánchez. Eduardo Vargas. Vidal.

A relação de nomes que você acabou de ler é apenas uma parte dos jogadores que já desfilaram suas virtudes no mais antigo torneio continental de seleções do planeta. Uma lista quase interminável. Jogadores que, vestindo as camisas de seus países, provaram que mesmo em um continente com três titãs do futebol, os coadjuvantes podem aparecer, surpreender e até levantar o título. Com mais de 100 anos de história, a Copa América já teve de tudo. Passou por momentos de glória. Foi trampolim para o surgimento de uma lenda olímpica. Foi palco de uma albiceleste quase imbatível. Viu um titã acabar com um incômodo jejum dando show. Viu zebras mesmo em tempos de protagonismo brasileiro no mundo. Passou por ostracismo. Desinteresse. E ressurgiu. Foi palco de esquadrões inesquecíveis. Golaços. Momentos épicos. Gols nos últimos segundos. Trouxe convidados até de outros continentes. E vê uma inédita hegemonia de uma seleção outrora desdenhada. É hora de conhecer a história, as curiosidades, os artilheiros e os campeões dessa clássica competição – e tem ainda um bônus com os maiores esquadrões da história do torneio!

 

O nascimento

O estádio do Gimnasia y Esgrima: principal palco da Copa América de 1916.

 

Com a crescente popularização do futebol naquele começo de século XX, novas ideias sobre torneios surgiam. E, para celebrar determinadas datas ou eventos, nada melhor do que o futebol para tal. Com isso, em 1910, um torneio triangular foi realizado em Buenos Aires para a celebração do centenário da Revolução de Maio na Argentina. Tal competição contou com a presença dos anfitriões, do Chile e do Uruguai. Já havia na época, também, competições que valiam troféus, caso da Copa Newton, entre Argentina e Uruguai, e Copa Roca, entre Brasil e Argentina (esta realizada a partir de 1914). Mas foi em 1913 que surgiu de fato a ideia de uma competição anual de seleções, após iniciativa da Associação do Futebol Argentino, de José Susan, dirigente e ex-jogador do Estudiantes de La Plata, e do dirigente uruguaio Héctor Rivadavia Gómez, também jornalista e político. O chamado Campeonato Sul-Americano de Futebol aconteceria de 02 até o dia 17 de julho de 1916, com quatro seleções na disputa: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, que jogariam entre si em turno único para definir o campeão.

O Uruguai campeão de 1916. Em pé: Somma, Benincasa, Piendibene, Saporiti, Foglino e Manuel Varela. Agachados: Delgado, Zibechi, Marán, Gradín e Tognola. Foto: Arquivo Conmebol.

 

Com duas vitórias e um empate, o Uruguai foi o campeão, título que veio após um tumultuado empate contra a Argentina, em partida remarcada por causa do excesso de público no dia anterior no estádio do Gimnasia y Esgrima, lotado com sua capacidade máxima de 18 mil pessoas, outras 10 mil do lado de fora e centenas ao redor do gramado. Sem condições de segurança alguma para a partida, ela foi adiada. Quando o público ficou sabendo do adiamento, ocorreu uma bagunça tremenda e um incêndio nas tribunas que destruiu boa parte do local, menos as bandeiras dos dois países, que foram salvas por um marinheiro que subiu no mastro e salvou os pavilhões das chamas, levando o público ao delírio. A partida teve que ser disputada no estádio do Racing Club, em Avellaneda. Uma curiosidade é que um dirigente chileno na época, após ver sua seleção perder por 4 a 0 para o Uruguai, pediu os pontos do jogo pelo fato de o rival ter escalado “dois jogadores africanos”. Acontece que Gradín e Delgado eram negros de raça, mas uruguaios de puro sangue. Aliás, Gradín foi um notável velocista e multicampeão nos 200 e 400 metros rasos e tido como o primeiro grande craque da história do torneio.

O velocista Gradín.

 

Durante a competição, Héctor Rivadavia Gómez propôs a fundação de uma entidade representativa para o futebol do continente, a princípio com as quatro seleções participantes daquele campeonato. Com isso, nasceu no dia 09 de julho de 1916 a Conmebol, na mesma data do aniversário de independência da Argentina. Outros países foram inseridos no quadro associativo nos anos posteriores até a completa adesão de todos, em 1952. Só a partir de 1917 que as seleções iriam disputar um troféu denominado Copa América, confeccionado em uma joalheria de Buenos Aires por 3000 francos suíços na época. Em 1917, o torneio foi realizado em Montevidéu e não parou mais, apenas mudou várias vezes de periodicidade. O Uruguai foi bicampeão e a Associação Uruguaia construiu um estádio só para a competição, o Parque dos Aliados, a metros de hoje onde fica hoje o místico Centenário.

A taça da Copa América.

 

Jogar uma partida pela competição na época era uma verdadeira odisseia baseada em traslados marítimos, terrestres e ferroviários, nada de avião. Os jogadores eram amadores e atuavam só se os patrões de seus empregos deixassem (!). Em 1918, o torneio teve que ser cancelado por causa de um surto de gripe no Rio de Janeiro – onde iria acontecer a competição – e acabou realizado em 1919, enfim no Rio, e vencido pelo Brasil. A seleção só havia ficado em terceiro lugar nas competições anteriores, marcadas pelo racismo aos jogadores brasileiros, chamados de “macaquitos” pelos portenhos (e que motivou a CBD a não levar mulatos para partidas no exterior por algum tempo, ocasionando no corte de grandes craques em várias convocações).

O Brasil campeão de 1919. Em pé: Píndaro, Sérgio I, Marcos, Fortes, Bianco e Amílcar. Agachados: Millón, Neco, Friedenreich, Heitor e Arnaldo.

 

Na decisão, o Brasil enfrentou o Uruguai, atual bicampeão, nas Laranjeiras. No jogo, persistia o zero a zero, e como não existiam pênaltis para decidir o campeão, era prorrogação atrás de prorrogação, até ver quem terminasse em vantagem. Resultado: a partida durou 150 minutos, algo impensável no futebol dinâmico de hoje. E o jogo só não demorou mais porque o craque brasileiro Friedenreich, no segundo tempo extra, marcou de pé esquerdo, após rebatida do goleiro Saporiti, o gol que fez explodir os 35 mil espectadores no estádio do Fluminense. Foi nessa partida épica que o centroavante recebeu o apelido, vindo dos adversários, por seu estilo sempre aguerrido dentro de campo, de El Tigre. Seu gol ganhou as multidões não só em cantos na arquibancada, mas ficou eternizado nos acordes do choro de Pixinguinha, “Um a zero”, corroborando a febre nacional que o futebol se tornou após essa conquista. Por mais irônico que possa parecer, foi um negro que deu o troféu a um futebol que ainda era de brancos. Leia mais clicando aqui.

 

Consolidação, o nascimento da Celeste e rachas

O estádio Nacional, no Peru, lotado na edição de 1927: competição despertava enorme interesse do público.

 

Após a edição de 1920, vencida mais uma vez pelo Uruguai, o Campeonato Sul-Americano ganhou o aporte do Paraguai, justamente em um período de dificuldades para algumas equipes disputarem o torneio. Mesmo assim, a competição já era um verdadeiro acontecimento esportivo no continente, promovendo o intercâmbio entre os países, maior integração e mostrando aos países o que acontecia de melhor em cada um na parte tática e física. Em 1922, o Brasil faturou o bicampeonato outra vez jogando em casa, em ano marcado pelo centenário da independência do país. No ano seguinte, a competição serviu como etapa classificatória para as Olimpíadas de 1924. E o Uruguai, de novo, foi campeão, dessa vez com a base de uma equipe que seria a mais forte e emblemática de toda a década: a Celeste Olímpica de Scarone, Cea, Nasazzi, Andrade, Petrone e companhia, apenas alguns dos nomes que deram ao país os títulos continentais de 1923, 1924 e 1926, além dos Ouros Olímpicos em 1924 e 1928 e da Copa do Mundo de 1930.

Nasazzi e Fernando Paternoster, craque argentino, em 1929.

 

O Brasil campeão de 1922. Em pé: Fortes, Formiga, Neco, Bartó, Lais, Palamone, Amílcar, Heitor Domínguez, Tatu e Rodrigues. Agachado: Kuntz.

 

Foi naquela década de 1920, também, que Bolívia, em 1926, e Peru, em 1927, fizeram suas estreias na competição. O Brasil, vivendo intensos rachas internos entre suas federações estaduais e dentro da própria CBD, não participou dos torneios de 1924, 1926, 1927 e 1929, abrindo caminho para a monopolização de Argentina e Uruguai no rol de campeões. Após a Copa de 1930, o clima tenso entre as federações da Celeste e da Argentina impediram a realização da competição por seis anos. Só em 1935 que o torneio voltou a ser realizado, em solo peruano e pela última vez como classificatório para os Jogos Olímpicos.

A seleção peruana campeã de 1939. Em pé: Chapell, Arturo Fernández, Tovar, Honores, Pasache e Castillo. Agachados: Teodoro Alcalde, Lolo Fernández, Jorge Alcalde, Bielich e Paredes.

 

Lolo Fernández, estrela peruana.

 

O Uruguai foi o campeão e a Argentina foi vice, mas ambos acabaram não indo até Berlim disputar os Jogos por problemas econômicos. A partir de 1935, a competição passou a ser realizada a cada dois anos. Em 1939, o Peru fez história ao quebrar a hegemonia portenha conquistando o título continental jogando em casa e graças ao talento de Lolo Fernández e Jorge Alcalde. Em 1939, o Equador fez sua estreia no torneio, e a Argentina, pela primeira vez na história da competição, não participou.

 

Era albiceleste e fim do jejum brasileiro

A Argentina campeã de 1946. Em pé: Guillermo Stábile (técnico), Vicente De la Mata, Norberto Méndez, Adolfo Pedernera, Ángel Labruna e Félix Loustau. Agachados: Salomón, Sobrero, Fonda, Strembel, Claudio Vacca e Natalio Pescia.

 

Na década de 1940, a 2ª Guerra Mundial fez com que as seleções e seus craques tratassem a Copa América como principal competição para demonstrar suas virtudes, afinal, a Copa do Mundo não foi realizada nem em 1942 nem em 1946. E foi nesse período que a Argentina fez história com uma seleção de craques inesquecíveis que fez da albiceleste a primeira seleção tricampeã consecutiva da competição, em 1945, 1946 e 1947. Vicente De la Mata, Norberto Méndez, Adolfo Pedernera, Ángel Labruna, Di Stéfano e Félix Loustau foram só alguns dos nomes que fizeram da equipe portenha a mais vitoriosa do período – ela foi campeã também em 1941. Para se ter uma ideia, nos 18 jogos que construíram a campanha do tri (invicto!), a Argentina venceu 16, empatou dois, marcou 67 gols e sofreu apenas 12. Até hoje, nenhuma outra seleção conseguiu vencer a Copa por três vezes seguidas.

Tesourinha, Zizinho, Heleno de Freitas, Jair e Ademir de Menezes: nem com essas feras o Brasil conseguiu vencer a Copa América de 1945… 🙁

 

Em 1949, diante da imensa greve que parou o futebol argentino e acabou impedindo a seleção albiceleste de disputar o torneio, o Brasil faturou mais um torneio jogando em casa, com seis vitórias e uma derrota em sete jogos, com 39 gols marcados e sete sofridos. Foi a taça solitária da chamada geração de 50, formada por Barbosa, Zizinho, Ademir de Menezes, Jair Rosa Pinto e grandes jogadores que acabaram com o vice-campeonato mundial na Copa do Mundo de 1950.

 

Anos difíceis

A Bolívia campeã de 1963. Em pé: López, Camacho, Cainzo, Eulogio Vargas, Ramírez e Herbas. Agachados: Blacutt, Alcócer, Ausberto García, Víctor Agustín Ugarte e Castillo. Foto: Conmebol.

 

Em 1953, a Copa América foi vencida pela primeira vez pelo Paraguai, que surpreendeu ao derrotar o Brasil no jogo desempate por 3 a 2. Naquele ano, o nível técnico foi muito prejudicado não só por causa das atenções das equipes à Copa do Mundo, mas também por causa do Dorado Colombiano, que levou as grandes estrelas do continente para a liga pirata do país – leia mais clicando aqui. A Argentina e a Colômbia não disputaram e o Uruguai não usou suas estrelas campeãs do mundo de 1950. Só no final da década que os craques voltaram e deram um novo gás à disputa, outra vez com predomínio de Argentina e Uruguai, que se alternavam nos títulos mesmo com a ascensão do Brasil de Pelé e Garrincha, que ficou com o vice no torneio de 1959, vencido pela Argentina. No mesmo ano de 1959, outra edição foi realizada no Equador, fruto da tradicional desorganização da Conmebol.

Uma das escalações do único Brasil que teve Pelé, na Copa América de 1959. Em pé: Paulinho de Almeida, Zito, Orlando, Castilho, Bellini e Coronel. Agachados: Mário Américo (massagista), Dorval, Didi, Henrique, Pelé e Zagallo. Foto: Arquivo Nacional / CBF.

 

Após duas edições em um ano, o torneio só foi realizado duas vezes na década de 1960: 1963 (Bolívia campeã, em novo torneio sem os principais craques do trio de gigantes) e 1967 (Uruguai campeão). Depois daquele ano, o torneio ficaria longos oito anos sem ser disputado até chegar ao ano de 1975, quando o Peru venceu a Copa América, enfim, chamada por esse nome após décadas conhecida como Campeonato Sul-Americano de Futebol. Foi a primeira vez que todas as 10 seleções integrantes da Conmebol disputaram o certame, que não teve sede fixa. Após a fase de grupos em jogos de ida e volta na casa de cada equipe, os melhores de cada grupo se classificaram para as semifinais e, posteriormente, finais. Nas duas edições seguintes, o torneio seguiu sem sede fixa e realizado a cada quatro anos.

Em 1979, o campeão foi o Paraguai de Romerito (que seria ídolo do Fluminense dos anos 80), Cabañas e Kiese. Em 1983, o Uruguai faturou mais uma taça após despachar o Brasil e repetiu a dose em 1987, ano em que a competição voltou a ser disputada em uma sede fixa. Naqueles anos 80, a Celeste foi predominante em tempos complicados para Brasil e Argentina, que não podiam contar com seus principais craques muito por causa do futebol europeu, onde as estrelas passavam a jogar cada vez mais por lá, principalmente no Campeonato Italiano, o mais estrelado do planeta na época. Com a escassez de datas e a falta de apelo competitivo da competição, as seleções não se esforçaram para contar com seus principais nomes. Melhor para o Uruguai, que tinha a sua base toda jogando na América, em especial no Nacional, no Peñarol e no River Plate.

Festa paraguaia em 1979. Foto: Conmebol.

 

Em 1989, a Copa América voltou ao Brasil depois de 40 anos. E, assim como em todas as vezes em que sediou o torneio, o time canarinho foi campeão em uma data emblemática: no dia 16 de julho de 1989, no Maracanã, contra o Uruguai e justamente na data do fatídico Maracanazo. Mesmo com tanto simbolismo contra, o Brasil venceu a Celeste por 1 a 0 e encerrou não só o jejum de títulos na competição continental, mas também faturou seu primeiro troféu desde a conquista da Copa do Mundo de 1970.

Gol de Romário deu título da Copa América de 1989 ao Brasil.

 

Era bienal

A Argentina de Batistuta (segurando a taça) foi bicampeã em 1991 e 1993.

 

Na década de 1990, a Copa América passou a ser realizada a cada dois anos e, no novo formato, a Argentina recuperou o troféu que ela não vencia desde 1959 ao levantar as taças de 1991, no Chile, e 1993, no Equador, quando pela primeira vez participaram equipes de outras confederações, no caso da CONCACAF: EUA e México (em 1997, a Costa Rica também participou, no lugar dos estadunidenses). Em 1995, o Uruguai venceu em casa seu 14º título, ao derrotar o Brasil nos pênaltis por 5 a 3 após empate em 1 a 1 no tempo normal. Depois disso, a Celeste ficaria 16 anos na fila.

Aldair, Dunga e Francescoli, na final de 1995. Foto: Conmebol.

 

Festa brasileira em 1997.

 

Por outro lado, o Brasil foi campeão pela primeira vez fora de casa em 1997, na Bolívia, vencendo os anfitriões e sua altitude por 3 a 1, no emblemático jogo do “vocês vão ter que me engolir” do técnico Zagallo. Dois anos depois, o Brasil venceu o bicampeonato no Paraguai dando o troco no algoz de 1995, o Uruguai, com sonoros 3 a 0 nos embalos de Rivaldo e Ronaldo. Foi em 1999, também, que a Copa América viu o Japão participar pela primeira vez, o que acabou descaracterizando a competição definitivamente em prol dos interesses comerciais da Conmebol, que aumentou a visibilidade do torneio nas transmissões pela TV para cerca de 150 países.

 

Emoções, hegemonia brasileira e novos protagonistas

A Colômbia campeã de 2001. Em pé: Yepes, Óscar Córdoba, Aristizábal, Grisales e Ramírez. Agachados: Bedoya, Vargas, López, Iván Córdoba, Hernández e Murillo.

 

Sem taça alguma em sua época dourada, lá no final dos anos 80 e início dos anos 90, a Colômbia encerrou o jejum de títulos na Copa América com a conquista do primeiro torneio do novo milênio, em 2001. Acontece que a equipe venceu uma competição totalmente bagunçada, pois ela se deu bem em meio a intensos conflitos armados das FARCs. Sem garantias de segurança, a Argentina abdicou de sua vaga e a concedeu à seleção de Honduras, que conseguiu derrotar o Brasil nas quartas de final e eliminar o time canarinho, em uma das maiores zebras da história do torneio.

Após a edição de 2001, o torneio voltou a ser realizado de três em três anos. E, de novo, as seleções não mandavam seus principais jogadores, em especial o Brasil, que na época podia se dar ao luxo de montar duas ou três equipes com grandes jogadores – eram outros tempos, caro leitor (a), tínhamos craques de baciada. Prova disso foi em 2004, no torneio do Peru. O Brasil foi com um time considerado B, mas que tinha Maicon, Juan, Cris, Kléberson, Renato, Alex, Luís Fabiano e Adriano. Um elenco A em muito país por aí.

E esse time alcançou a final contra a Argentina, favorita e que foi com o time A, sedenta para acabar com o incômodo jejum de títulos que acometia a albiceleste desde 1993. Mas, num clássico de arrepiar, o Brasil arrancou um empate em 2 a 2 no último minuto do jogo com Adriano, levando a decisão para os pênaltis. Nela, deu Brasil: 4 a 2, e o título ficou com a seleção canarinho, em um dos maiores jogos da história do torneio – e também da história do clássico sul-americano. Leia mais clicando aqui!

Adriano prepara a bomba: esse foi um dos gols mais gritados da história do futebol (pelos brasileiros, claro!).

 

Em 2007, na Venezuela, o Brasil ficou com o bicampeonato em nova vitória sobre a Argentina, dessa vez por 3 a 0, que outra vez foi com sua força máxima (Zanetti, Ayala, Cambiasso, Mascherano, Riquelme, Messi, Tévez…), mas não conseguiu derrotar Maicon, Gilberto, Mineiro, Josué, Elano, Robinho e Vágner Love. Só em 2011, na Argentina, que o reinado brasileiro foi encerrado com o título do Uruguai sobre o Paraguai, que coroou a boa fase iniciada na Copa do Mundo de 2010 com uma seleção muito eficiente comandada por Forlán, Lugano e Suárez. Em 2015, o continente viu o Chile conquistar sua primeira Copa América em cenário bem parecido com o do Uruguai da edição anterior: os chilenos fizeram uma boa Copa do Mundo em 2014 e confirmaram a boa fase com o título jogando em casa e em cima da sempre rival Argentina, com vitória por 4 a 1 nos pênaltis após empate em 0 a 0 no tempo regulamentar.

Suárez, o jogador mais valioso (MVP) da Copa América de 2011.

 

Após anos e anos de decepções, o Chile destroçou o jejum com juros em 2015 e 2016.

 

Em 2016, a Conmebol decidiu interromper momentaneamente (jura???) a periodicidade do torneio com a edição extraordinária da Copa América Centenário, em comemoração aos 100 anos do torneio. Foi confeccionado um lindo troféu especial para a competição e ela foi realizada nos EUA, com uma nova final entre Chile e Argentina e outra vitória chilena nos pênaltis. O bicampeonato consagrou de vez a melhor geração chilena da história e inseriu mais uma seleção diferente do trio de ferro no rol de campeões, contrapondo a péssima fase dos jogadores produzidos pelo Brasil, o jejum interminável da Argentina, a entressafra do Uruguai e a falta de sorte da Colômbia. Com isso, apenas Equador e Venezuela seguem sem vencer a principal competição de seleções das Américas. Vale lembrar que “forasteiras” já chegaram perto: o México, vice-campeão em 1993 e 2001, e Honduras, 3ª colocada em 2001.

A taça da Copa América Centenário.

 

Bravo ergue a cobiçada taça do Centenário. Foto: AFP / Don Emmert.

 

Em busca de mais reconhecimento

Cerimônia de encerramento da Copa América de 2004: competição ainda carece de mais prestígio.

 

Mesmo com tantos craques em sua história e seus maiores campeões donos de nove títulos mundiais, a Copa América ainda não conseguiu ao longo das décadas o reconhecimento que deveria (e merece) ter. Até a Copa Libertadores possui mais apelo do que ela. E, comparando com a multimilionária Eurocopa, a competição da Conmebol é uma modesta copinha. Muito já se discutiu para que o torneio fosse unificado e organizado pela Conmebol e CONCACAF, criando uma “Copa das Américas”. Embora a distância seja um empecilho e o sempre apertado calendário idem, talvez aumentasse o interesse do torcedor no torneio, algo bem mais interessante do que a constrangedora participação de países da Ásia, por exemplo. O que o amante do futebol espera é que a mais que centenária Copa América siga com grandes capítulos, grandes histórias e muitos gols. E que obedeça uma periodicidade justa, regular e coesa, para que os países tenham sempre os craques em suas plenitudes. Vida longa ¡a la Copa!

 

Os campeões por edição, os vices e os artilheiros

 

 

Curiosidades

 

  • O campeão da Copa América recebe sempre uma réplica do troféu. O vice-campeão recebe uma taça denominada Copa Bolívia, instituída desde 1997 na competição;

 

  • O uruguaio José Piendibene foi o autor do primeiro gol da história da Copa América, lá em 1916;

 

  • Durante a campanha de seu primeiro – e único título -, em 1963, a Bolívia fez 5 a 4 no Brasil;

 

  • Em 1983, nas finais da Copa América, o Uruguai foi campeão após vencer o Brasil por 2 a 0, em casa, e segurar o empate em 1 a 1 na Fonte Nova. Com isso, a Celeste deu sua segunda volta olímpica em uma grande competição em terras brasileiras desde o título na Copa de 1950;

 

  • Em 1989, Maradona quase marcou um gol épico no Maracanã. Do meio de campo, El Pibe chutou e a bola bateu caprichosamente na trave. A Argentina acabou perdendo por 2 a 0 para o Uruguai;

 

  • Na campanha do título de 1997, o Brasil teve um recorde de 10 jogadores balançando as redes: Ronaldo (cinco gols), Leonardo e Romário (três gols cada), Denílson, Djalminha e Edmundo (dois gols cada), Aldair, Dunga, Flávio Conceição e Zé Roberto (um gol cada);

 

  • O Equador de 1942 foi a equipe que sofreu o maior número de gols em uma só edição de Copa América: foram 31 em apenas seis jogos (!);

 

  • Pode parecer mentira, mas é verdade: Pelé e Maradona, dois dos maiores jogadores de todos os tempos, nunca venceram a Copa América;

 

  • A Colômbia de 2001 foi campeã sem levar um gol sequer nos seis jogos disputados;

 

  • Quatro técnicos estrangeiros venceram a Copa América: o inglês Jack Greenwell, pelo Peru, em 1939; o brasileiro Danilo Alvim, com a Bolívia de 1963; e os argentinos Jorge Sampaoli (2015) e Juan Antonio Pizzi (2016), ambos pelo Chile;

 

  • As maiores goleadas da história da competição foram aplicadas pela Argentina: 12 a 0 no Equador, em 1942, e 11 a 0 na Venezuela, em 1975;

 

  • A Argentina é a líder histórica da Copa América, com 423 pontos. O Uruguai é o vice-líder, com 374 pontos, seguido do Brasil, com 362 pontos;

 

  • O chileno Sergio Livingstone, com 34 partidas, é o recordista em jogos na Copa América. Zizinho (BRA), com 33, e Víctor Ugarte (BOL), com 30, vêm na sequência;

 

  • Com seis títulos conquistados, Guillermo Stábile é o treinador com mais taças da Copa América na história;

 

  • Dos 15 títulos conquistados pelo Uruguai, 14 foram de maneira invicta. E a Celeste jamais perdeu jogando em casa pela competição – são 38 jogos, com 31 vitórias e sete empates. Impressionante!

 

  • A Argentina é a maior vice-campeã do torneio: 14 vezes;

 

  • Os estádios Nacional, no Peru, e Nacional, no Chile, são os recordistas em jogos na Copa América: 76 partidas cada;

 

  • A Argentina possui o melhor aproveitamento na história da Copa América: 69,84%;

 

  • A Argentina é o país que mais vezes foi anfitrião da Copa América: 9 vezes;

 

  • Campeã do mundo em 2010, a Espanha foi convidada pela Conmebol para participar da Copa América de 2011. No entanto, a Federação Espanhola recusou o convite para não atrapalhar as férias dos jogadores;

 

  • Vencedor do prêmio de melhor jogador do torneio em 2015, o argentino Lionel Messi recusou o prêmio. Foi a primeira – e única – vez que isso aconteceu.

 

Livingstone, recordista em jogos na Copa América.

 

Maiores artilheiros

 

Norberto Méndez (ARG) e Zizinho (BRA): 17 gols

Severino Varela (URU) e Teodoro Fernández (PER): 15 gols

Paolo Guerrero (PER) e Eduardo Vargas (CHI): 14 gols

Gabriel Batistuta (ARG), José Manuel Moreno (ARG), Héctor Scarone (URU), Ademir de Menezes (BRA), Jair Rosa Pinto (BRA) e Lionel Messi (ARG): 13 gols

Roberto Porta (URU) e Ángel Romano (URU): 12 gols

Herminio Masantonio (ARG) e Víctor Ugarte (BOL): 11 gols

Pedro Petrone (URU), Javier Ambrois (URU), Ronaldo (BRA), Héctor Castro (URU), Arnoldo Iguarán (COL), Óscar Gómez Sánchez (PER), Ángel Labruna (ARG) e Enrique Hormazábal (CHI): 10 gols

Norberto Méndez, maior artilheiro da história da Copa América.

 

Brasileiro Zizinho também é um dos maiores artilheiros da história da Copa América.

 

Campeões em número de títulos

ARGENTINA 15 TÍTULOS
URUGUAI 15 TÍTULOS
BRASIL 9 TÍTULOS
PERU 2 TÍTULOS
PARAGUAI 2 TÍTULOS
CHILE 2 TÍTULOS
BOLÍVIA 1 TÍTULO
COLÔMBIA 1 TÍTULO

 


Melhores jogadores por edição

 

ANO JOGADOR PAÍS
1916 ISABELINO GRADÍN URUGUAI
1917 HÉCTOR SCARONE URUGUAI
1919 ARTHUR FRIEDENREICH BRASIL
1920 JOSÉ PIENDIBENE URUGUAI
1921 AMÉRICO TESORIERE ARGENTINA
1922 AGOSTINHO FORTES BRASIL
1923 JOSÉ NASAZZI URUGUAI
1924 PEDRO PETRONE URUGUAI
1925 MANUEL SEOANE ARGENTINA
1926 JOSÉ LEANDRO ANDRADE URUGUAI
1927 MANUEL SEOANE ARGENTINA
1929 MANUEL FERREIRA ARGENTINA
1935 JOSÉ NASAZZI URUGUAI
1937 VICENTE DE LA MATA ARGENTINA
1939 LOLO FERNÁNDEZ PERU
1941 SERGIO LIVINGSTONE CHILE
1942 OBDULIO VARELA URUGUAI
1945 DOMINGOS DA GUIA BRASIL
1946 ADOLFO PEDERNERA ARGENTINA
1947 JOSÉ MANUEL MORENO ARGENTINA
1949 ADEMIR DE MENEZES BRASIL
1953 HERIBERTO HERRERA PARAGUAI
1955 ENRIQUE HORMAZÁBAL CHILE
1956 ÓSCAR MÍGUEZ URUGUAI
1957 OMAR SÍVORI ARGENTINA
1959 I PELÉ BRASIL
1959 II ALCIDES SILVEIRA URUGUAI
1963 RAMIRO BLACUT BOLÍVIA
1967 PEDRO ROCHA URUGUAI
1975 TEÓFILO CUBILLAS PERU
1979 CARLOS CASZELY CHILE
1983 ENZO FRANCESCOLI URUGUAI
1987 CARLOS VALDERRAMA COLÔMBIA
1989 RUBÉN SOSA URUGUAI
1991 LEONARDO RODRÍGUEZ ARGENTINA
1993 SERGIO GOYCOCHEA ARGENTINA
1995 ENZO FRANCESCOLI URUGUAI
1997 RONALDO BRASIL
1999 RIVALDO BRASIL
2001 AMADO GUEVARA HONDURAS
2004 ADRIANO BRASIL
2007 ROBINHO BRASIL
2011 LUIS SUÁREZ URUGUAI
2015 LIONEL MESSI* ARGENTINA
2016 ALEXIS SÁNCHEZ CHILE
2019
DANIEL ALVES
BRASIL
2021 LIONEL MESSI ARGENTINA

*Prêmio rejeitado pelo jogador

 

Bônus – Grandes esquadrões da história da Copa América!

 

Uruguai 1923. Em pé: José Vidal, José Nasazzi, Pedro Casella, José Leandro Andrade, Fermín Uriarte e Alfredo Ghierra. Agachados: Ladislao Pérez, Pedro Petrone, Héctor Scarone, Pedro Cea e Pascual Somma.

 

Argentina 1941. Em pé: Guillermo Stábile (técnico, após o homem de terno), Salomón, Gualco, Minella, Colombo, Alberti e Sbarra. Agachados: Pedernera, Sastre, Marvezzi, José Manuel Moreno e Enrique García.

 

Brasil 1949. Em pé: Ely, Augusto, Wilson, Barbosa, Danilo Alvim e Noronha. Agachados: Tesourinha, Zizinho, Octávio, Jair e Simão.

 

Argentina 1957, que ficou conhecida pelos Carasucias (caras sujas, ou moleques, na gíria em espanhol). Em pé: Juan Carlos Giménez, Guillermo Stábile (técnico), Rogelio Domínguez, Pedro Dellacha, Néstor Rossi, Federico Vairo e Ángel Schandlein. Agachados: Orestes Omar Corbatta, Humberto Maschio, Antonio Angelillo, Enrique Sívori e Osvaldo Cruz.

 

Peru 1975. Em pé: Eleazar Soria, Otorino Sartor, Santiago Ojeda, Héctor Chumpitaz, Rubén Díaz e Julio Meléndez. Agachados: Alfredo Quesada, Percy Rojas, Hugo Sotil, Teófilo Cubillas e Juan Oblitas.

 

Paraguai 1979. Em pé: Juan Espínola, Juan Torales, Flamínio Sosa, Carlos Kiese, Roberto Fernández e Roberto Paredes. Agachados: Aldo Florentín, Milcíades Morel, Osvaldo Aquino, Amado Pérez e Julio César Romero.

 

Uruguai 1983. Em pé: Rodolfo Rodríguez, Nelson Agresta, Víctor Hugo Diogo, Nelson Gutiérrez, Eduardo Acevedo e Wilmar Cabrera. Agachados: Carlos Aguilera, Washington González, Jorge Barrios, Luis Alberto Acosta e Enzo Francescoli.

 

Brasil 1989. Em pé: Mazinho, Taffarel, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Aldair e Branco. Agachados: Bebeto, Romário, Silas, Dunga e Valdo.

 

Argentina 1991. Em pé: Fabían Basualdo, Gustavo Zapata, Sergio Vázquez, Sergio Goycochea, Carlos Enrique e Oscar Ruggeri. Agachados: Claudio Caniggia, Diego Simeone, Gabriel Batistuta, Leonardo Rodríguez e Leonardo Astrada.

 

Brasil 1997. Em pé: Taffarel, Gonçalves, Mauro Silva, Aldair e Cafu. Agachados: Ronaldo, Leonardo, Denílson, Romário, Dunga e Zé Roberto.

 

Brasil 1999. Em pé: Cafu, Dida, Rivaldo, João Carlos, Antônio Carlos e Flávio Conceição.
Agachados: Amoroso, Roberto Carlos, Emerson, Zé Roberto e Ronaldo.

 

Uruguai 2011. Em pé: Forlán, Muslera, Lugano, Cáceres, Coates e Suárez. Agachados: Maxi Pereira, Diego Pérez, Arévalo Ríos, Álvaro Pereira e Álvaro González.

 

Chile 2015. Em pé: Bravo, Isla, Francisco Silva, Beausejour e Vidal. Agachados: Alexis Sánchez, Marcelo Díaz, Medel, Valdívia, Eduardo Vargas e Aránguiz. Foto: Pôster de Times Campeões.

 

 

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7 Comentários

  1. Que trabalho enciclopédico esse sobre a mais antiga competição de futebol entre seleções do mundo (a mais antiga competição entre seleções dentre todos os esportes é o Six Nations do Rugby. Na época, Four Nations).

    Só uma pena que, com tantos craques que a disputaram, a Copa América nunca teve o mesmo impacto e a mesma qualidade que a Eurocopa. E com a qualidade do material humano que tem vestido as camisetas das seleções da competição caindo cada vez mais e mais (especialmente Argentina, Brasil e Paraguai), esse fosso só tende a aumentar.

  2. Ótima matéria, como sempre de parabéns. Seria interessante também montar um raio-X das participações brasileiras na Copa América, é triste que em muito anos o Brasil tenha sido prejudicado por não levar jogadores negros, ou por rachas das federações do Rio e de São Paulo, onde apenas jogadores do Rio iam, deixando os maiores craques do Brasil que jogavam em São Paulo de fora e consequentemente formando times B; além de em alguns anos o Brasil nem jogar ou não dar importância, como também foi citado enfrentando dificuldades em dialogar com alguns clubes europeus em outras ocasiões. O El tigre e o Pelé são craques de nossa história que forma prejudicados por participarem somente de uma edição, salvo engano, onde se tudo transcorresse de maneira normal, com certeza não só o Brasil teria mais títulos como esse dois teriam levantado mais canecos. Outro ponto destacável é que as primeiras edições contavam com 4 times tornando um torneio de “menos” mérito que os mais atuais (dificuldade e disputa maiores), e tinha uma periodicidade de 1, 2 anos, todos elementos que contribuem para o abismo entre Uruguai e Argentina para o Brasil, que só veio dar uma levantada mesmo dos anos 90 para cá. Outro ponto que sempre pensei e sobre equiparação de equipes, quando pensamos em prateleiras e seleções no futebol, a Copa América acaba criando uma comparação desigual contra as seleções europeias, se compararmos somente a era moderna da Copa América com a Eurocopa fica algo bem mais justo, tanto pela época como pelo nível da competição, de certa forma, é estranho afinal, ao comparar ver Alemanha com 3 continentais, Itália com 2 e Uruguai e Argentina com 15 e 14. Coisa que na contramão também acontece com jogadores europeus x jogadores sul-americanos por seleções, lá jogam além de Copa do Mundo, eliminatórias para a copa, Eurocopa e eventualmente a Copa das Confederações, também uma eliminatória para a Euro, e agora ainda Nations League. Mais jogos oficiais e mais jogos não amistosos (que sempre são lembrados como menores) para jogadores europeus construirem seus nomes em jogos por seleções, caso que podemos ver hoje em dia onde Cristiano tem um número massivo de gols em jogos não amistosos, principalmente marcando bastante nas eliminatórias para Euro (exclusividade deles), enquanto Messi, Suaréz e Neymar acabam tendo menos oportunidades de marcar também esses gols de mais valor. Cito isso de uma famosa comparação que rola pelas páginas de futebol mostrando um grande número de gols oficiais do Cristiano, sem ser em amistosos, aqui claro, não diminuindo o tamanho do gajo. Enfim, é um tema muito bom.

  3. Torneio muito mal tratado pela Conmebol sempre foi bagunçado e desorganizado.uma mostra disso é a periodicidade da competição e seleções de outros continentes.

    • Verdade, David! É aquilo: todo torneio é um retrato de quem o organiza. E a Conmebol nunca foi exemplo de organização… Vamos torcer que melhore um dia. O duro é que esperamos há décadas…

Esquadrão Imortal – Vasco 2000

Seleções Imortais – Brasil 1997-1999