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Craque Imortal – Hugo Sánchez

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Nascimento: 11 de Julho de 1958, na Cidade do México, México.

Posições: Centroavante e Atacante

Clubes: UNAM-MEX (1976-1981), San Diego Sockers-EUA (1979-1980 – empréstimo), Atlético de Madrid-ESP (1981-1985), Real Madrid-ESP (1985-1992), América-MEX (1992-1993), Rayo Vallecano-ESP (1993-1994), Atlante-MEX (1994-1995), Linz-AUT (1995-1996), Dallas Burn-EUA (1996) e Atlético Celaya-MEX (1997).

Principais títulos por clubes: 2 Campeonatos Mexicanos (1976-1977 e 1980-1981), 1 Liga dos Campeões da CONCACAF (1980) e 1 Copa Interamericana (1980) pelo UNAM.

1 Copa do Rei (1984-1985) e 1 Supercopa da Espanha (1985) pelo Atlético de Madrid.

1 Copa da UEFA (1985-1986), 5 Campeonatos Espanhóis (1985-1986, 1986-1987, 1987-1988, 1988-1989 e 1989-1990), 1 Copa do Rei (1988-1989) e 3 Supercopas da Espanha (1988, 1989 e 1990) pelo Real Madrid.

1 Liga dos Campeões da CONCACAF (1992) pelo América.

1 Campeonato Austríaco da Segunda Divisão (1995-1996) pelo Linz.

 

Principal título por seleção: 1 Campeonato Pan-americano (1975) pelo México.

 

Principais títulos individuais e artilharias:

Chuteira de Ouro da Europa: 1989-1990 (38 gols em 35 jogos)

Vencedor do Troféu Pichichi como maior artilheiro do Campeonato Espanhol: 1984-1985 (19 gols), 1985-1986 (22 gols), 1986-1987 (34 gols), 1987-1988 (29 gols) e 1989-1990 (38 gols)

Artilheiro do Campeonato Mexicano: 1978-1979 (26 gols)

Artilheiro da Liga dos Campeões da CONCACAF: 1992 (7 gols)

Prêmio Don Balón de Melhor Jogador Estrangeiro do Campeonato Espanhol: 1986-1987 e 1989-1990

Eleito o Melhor Jogador Mexicano do Século XX pela IFFHS: 1999

Eleito o Melhor Esportista Mexicano do Século XX

Eleito o Melhor Jogador da América Central e do Caribe do Século XX pela IFFHS: 1999

Eleito o 55º Maior Jogador do Século XX pela revista Placar: 1999

FIFA 100: 2004

Eleito para o Time dos Sonhos do Real Madrid do Imortais: 2021

 

“Acrobacias e (muitos) gols”

Por Guilherme Diniz

O corpo humano não foi feito para ficar parado, mas sim para se movimentar e ser explorado. E aquele mexicano levava à risca essa velha máxima por jamais se contentar em fazer o óbvio quando uma bola era alçada na área. Ele se esticava, se contorcia, se jogava no ar para arrebatar as mais improváveis bolas e marcar os mais plásticos gols. As famosas bicicletas viraram “huguinas” graças àquele homem com um faro de gol impressionante e nascido para balançar as redes com classe e muita beleza. Para o bem do futebol, ele jogou por longos e longos anos. E, para a sorte dos torcedores mexicanos, ele sempre teve orgulho de sua terra e o prazer em ser uma águia asteca nos mais diversos gramados do planeta. Mas foi na Espanha onde Hugo Sánchez Márquez, mais conhecido como Hugo Sánchez, brilhou intensamente e cravou números históricos. Artilheiro em cinco campeonatos espanhóis (quatro de maneira consecutiva), o centroavante fez a alegria do torcedor madrileno com golaços e tentos pra lá de decisivos que levaram o Real Madrid a títulos marcantes e a um inesquecível pentacampeonato espanhol.

Dono dos gols merengues, Sánchez conseguiu façanhas que nem os mais emblemáticos atacantes do clube (tais como Di Stéfano, Puskás ou Gento) conseguiram, como na temporada 1989-1990, quando Huguito marcou 38 gols no campeonato nacional (façanha superada apenas 21 anos depois). Presente em três Copas do Mundo, Hugo Sánchez não levou o título, mas teve o prazer de jogar em casa o Mundial de 1986 e marcar um gol solitário que ajudou na campanha que levou os donos da casa até as quartas de final. Carismático e fanfarrão, ele adorava provocar os rivais com muito sarcasmo para tirar onda depois, o que levava ao delírio seus fãs – e despertava a ira de quem tinha o desprazer de torcer contra ele. É hora de relembrar a carreira do melhor e mais notável jogador mexicano do século XX.

 

Estudos, ginástica e futebol

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Hugo Sánchez cresceu com o esporte em suas veias e deixava sua mãe em apuros com seu jeito energético tanto dentro de casa quanto fora dela. O pai e o irmão de Hugo eram futebolistas e serviam como inspiração para o jovem, que começou a demonstrar muito talento com a bola nos pés e ter uma elasticidade pouco comum para sua idade pelo fato de praticar um pouco de ginástica olímpica quando criança, a exemplo da irmã, que seguiu carreira e foi a musa inspiradora para que Hugo comemorasse seus gols com piruetas anos mais tarde (principalmente pelo fato de ela ter participado das Olimpíadas de Montreal, em 1976). Foi em uma de suas idas aos treinos do irmão, Horácio, que Hugo conseguiu suas primeiras chances na seleção amadora do México, aos 15 anos, pela qual conquistou títulos internacionais e marcou vários gols que catapultaram sua ida ao UNAM (também conhecido como Pumas), clube da Universidade Nacional Autônoma do México, na qual Hugo Sánchez cursou o curso de Odontologia em paralelo com suas obrigações esportivas.

 

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Antes de começar a se destacar pelo UNAM, Sánchez brilhou na disputa dos Jogos Pan-americanos de 1975, realizados no próprio México. O atacante marcou sete gols (com direito a dois hat-tricks) e ajudou sua equipe a levar o título. No ano seguinte, Huguito tentou repetir a dose nos Jogos Olímpicos de Montreal, mas o México caiu ainda na fase de grupos. De volta ao seu país, Sánchez começou a gastar a bola pelo UNAM e a marcar gols principalmente em jogadas aéreas, seja de cabeça, seja com chutes poderosos ou acrobacias maravilhosas. O faro de gol apurado fez com que os treinadores, que antes o colocavam para jogar nas extremidades do campo por causa da velocidade, passassem a utilizá-lo como centroavante legítimo, posição que deixou Hugo Sánchez muito mais confortável para se transformar em um prolífico e decisivo artilheiro.

 

Copa e títulos

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Na temporada 1976-1977, Sánchez faturou seu primeiro Campeonato Mexicano na carreira e ainda foi um dos artilheiros da seleção principal do México nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1978, na qual ele marcou quatro gols e ajudou a classificar seu país ao Mundial da Argentina. Infelizmente, o atacante de apenas 19 anos não marcou gols, não teve oportunidades para brilhar e viu o México perder os três jogos da primeira fase (3 a 1 para a Tunísia, 6 a 0 para a Alemanha e 3 a 1 para a Polônia) e dar adeus precocemente ao torneio. Sem se abalar, Sánchez seguiu jogando tudo o que sabia no UNAM e se tornou pela primeira vez o artilheiro do Campeonato Mexicano na temporada 1978-1979 com 26 gols.

Entre 1979 e 1980, o craque disputou algumas partidas pelo San Diego Sockers, por empréstimo, mas quando voltou ao UNAM foi simplesmente decisivo ao marcar três gols no triangular decisivo da Liga dos Campeões da CONCACAF conquistada pelo clube mexicano após vencer o SV Robinhood, do Suriname, por 3 a 0 (dois gols de Sánchez) e o Universidad, de Honduras, por 2 a 0 (um gol de Sánchez).

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Em março de 1981, o atacante voltou a balançar as redes na vitória do UNAM por 3 a 1 sobre o Nacional-URU em uma das finais da Copa Interamericana, que foi conquistada pelos mexicanos após derrota por 3 a 1 no segundo jogo e triunfo por 2 a 1 na partida desempate. Crescendo cada vez mais como atleta e bicampeão mexicano na temporada 1980-1981, não demorou muito para que os clubes europeus começassem a cobiçar o atacante. E o Atlético de Madrid-ESP foi o responsável por levar a estrela mexicana no ano de 1981.

Sánchez (à esq.) ao lado de um artilheiro que também fez época no futebol mexicano: o brasileiro Cabinho.
Sánchez (à esq.) ao lado de um artilheiro que também fez época no futebol mexicano: o brasileiro Cabinho.

 

Da desconfiança às artilharias

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Quando chegou a Madrid, Hugo Sánchez não despertou o entusiasmo que os reforços estrangeiros normalmente despertam. Pelo fato de vir do México e ser pouco conhecido pelo público geral, o atacante teria que provar em campo que era um jogador especial e que poderia agregar qualidade ao Atlético. Mas o começo não foi nada fácil. Passando boa parte do tempo na reserva, Sánchez disputou pouco mais de 20 partidas na temporada 1981-1982 e marcou 12 gols, desempenho abaixo do esperado e que já levantou dúvidas sobre sua permanência no clube Colchonero. A situação piorou ainda mais depois que o México não conseguiu se classificar para a Copa do Mundo de 1982 e viu Honduras e El Salvador carimbarem seus passaportes para o Mundial da Espanha.

Mas, assim como em 1978, Hugo Sánchez deu a volta por cima e começou a mostrar seu lado artilheiro. Depois de marcar 15 gols no Campeonato Espanhol de 1982-1983 e 12 tentos na temporada 1983-1984, o craque se tornou o artilheiro máximo da competição em 1984-1985 com 19 gols em 33 jogos, feito que lhe rendeu o primeiro Troféu Pichichi de maior goleador da liga espanhola. Imprevisível, Sánchez se consagrava pelo talento em surpreender os goleiros adversários com toques sutis, chutes rasteiros e cabeçadas letais, além dos constantes voleios e bicicletas que arriscava em alguns jogos.

 

O destaque do Mundo Deportivo à Hugo Sánchez após a conquista da Copa do Rei de 1985 pelo Atlético.
O destaque do Mundo Deportivo à Hugo Sánchez após a conquista da Copa do Rei de 1985 pelo Atlético.

 

Foi naquela temporada, também, que Sánchez levantou seu primeiro troféu pelo Atlético: a Copa do Rei, que só foi vencida pelos Colchoneros graças aos gols providenciais e decisivos de Sánchez, que marcou dois na goleada de 5 a 2 sobre o Deportivo La Coruña, nas oitavas de final, um na derrota por 3 a 1 para o Zaragoza, na semifinal (mas que foi fundamental pelo fato de o time ter vencido o primeiro duelo por 3 a 0), e os dois gols na vitória sobre o Athletic Club por 2 a 1 na decisão disputada no Santiago Bernabéu. Pouco depois da conquista, Hugo Sánchez recebeu uma tentadora proposta do outro clube da capital espanhola, o Real Madrid, que queria reforçar ainda mais seu já promissor elenco para a continuação da década.

Como o contrato de Sánchez com o Atlético terminaria em 1986, o time Colchonero temia que ele deixasse o clube de graça, o que acabou facilitando a vida do Real na hora de fazer a oferta. Para amenizar a ira da torcida, o Atlético fez uma negociação “ponte” com o UNAM. Hugo Sánchez foi “negociado” por 200 milhões de pesetas ao UNAM e, alguns dias depois, foi contratado pelo Real Madrid por 250 milhões de pesetas. A jogada maquiou um pouco, mas os mais fervorosos torcedores do Atlético não gostaram nem um pouco de ver seu principal atacante ir jogar no lado merengue da cidade e ser apresentado para 50 mil pessoas no Santiago Bernabéu, em 19 de julho de 1985. E justo na época em que Sánchez atingia o auge de sua carreira.

 

Alegrias e huguinas

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Acostumado ao futebol espanhol e à cidade de Madrid, Hugo Sánchez encontrou no Real o ambiente propício para fazer história. Com seu senso de colocação pleno, sua ótima visão de jogo, precisão magnífica nos chutes e, principalmente, nas cabeçadas, o mexicano caiu nas graças da torcida merengue e iniciou uma parceria histórica com outro grande ídolo do clube: Emilio Butragueño. A dupla deu ao Real já na temporada 1985-1986 o título do Campeonato Espanhol e Sánchez foi mais uma vez o artilheiro com 22 gols em 33 jogos. Na mesma temporada, o craque balançou as redes quatro vezes na campanha do título da Copa da UEFA, com dois gols na remontada sobre a Internazionale-ITA por 5 a 1, na semifinal, e um gol no primeiro jogo da decisão, contra o Köln-ALE.

Em 1986, Sánchez marcou gol na Copa, mas o seu México não passou das quartas.
Em 1986, Sánchez marcou gol na Copa, mas o seu México não passou das quartas.

 

Logo após o título continental, Sánchez teve o prazer de disputar a segunda Copa do Mundo da carreira jogando em casa, no México, naquele mesmo ano de 1986. Na estreia da equipe, contra a Bélgica, Sánchez marcou seu primeiro – e único – gol em Mundiais e deu a vitória ao selecionado mexicano por 2 a 1. Nas partidas seguintes, o ídolo e principal nome do time não marcou, mas conduziu sua equipe a uma histórica fase de quartas de final, na qual o México perdeu nos pênaltis para a sempre competitiva Alemanha. O craque só voltaria a uma Copa oito anos depois, em 1994, já veterano e longe da melhor forma física. Em 1990, o México não pôde disputar o Mundial por causa do “Escândalo dos Cachirules”, quando a FIFA descobriu que a seleção tinha pelo menos quatro jogadores acima da idade permitida disputando as Eliminatórias para o Mundial Sub-20 de 1989, o que resultou em uma punição internacional de dois anos a todas as seleções do México.

 

El Señor de los golazos

Hugo e as bicicletas: uma constante na carreira do craque.
Hugo e as bicicletas: uma constante na carreira do craque.

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Sem poder disputar uma Copa justo em seu auge, Sánchez fez da camisa do Real Madrid sua segunda pele. Imparável, o atacante seguiu colecionando títulos com o clube (foram cinco campeonatos nacionais consecutivos, uma Copa do Rei e três Supercopas da Espanha) e também troféus de artilharia. Nas temporadas 1986-1987 e 1987-1988, o craque foi o máximo goleador de La Liga com 34 gols em 41 jogos e 29 gols em 36 jogos, respectivamente, números que o deixavam cada vez mais perto do pelotão de elite dos maiores goleadores da história da competição. Na temporada 1988-1989, Sánchez tomou um “fôlego” e marcou “apenas” 27 gols, oito atrás de Baltazar, brasileiro do Atlético de Madrid que ficou no topo daquela época. Mas o atacante estava guardando energia para a sua mais brilhante e arrebatadora temporada: a de 1989-1990.

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Para encerrar com chave de ouro o pentacampeonato espanhol consecutivo de seu clube, Hugo Sánchez marcou incríveis 38 gols em 35 jogos, uma média estupenda de 1,09 gols por jogo. O mexicano conseguiu igualar o feito de Telmo Zarra, que na temporada 1950-1951 também havia marcado 38 gols, e ainda conquistou a prestigiada Chuteira de Ouro como maior artilheiro da Europa. Não bastasse a quantidade de gols, os prêmios e o título, Sánchez ainda marcou o gol mais bonito de sua carreira naquela temporada após receber um cruzamento da esquerda e emendar uma bicicleta (ou melhor, uma huguina) simplesmente fantástica que não deu chance alguma para o goleiro, num lance artístico, único e inesquecível. O golaço de Sánchez ficou popularmente conhecido como “Señor gol” por dois motivos: um, por ter sido realmente um senhor gol. E outro, pelo fato de ser o nome do rival do Real Madrid na ocasião lido de trás para frente: Logroñes.

 

De volta para casa e últimas façanhas

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Após anos incríveis, Sánchez começou a sofrer com contusões naquele começo de anos 90 e viu seu rendimento no Real Madrid cair consideravelmente. Para piorar, o clube merengue também caía de produção à medida que o rival Barcelona crescia e iniciava uma hegemonia histórica com títulos e grandes nomes em seu elenco. Com poucos jogos disputados e sem o vigor de antes, o craque acabou negociado com o América-MEX ao término da temporada 1991-1992. De volta ao lar, Sánchez recuperou o físico e marcou sete gols na campanha do título do clube azul e amarelo na Liga dos Campeões da CONCACAF de 1992, com direito ao gol do título na decisão vencida por 1 a 0 sobre o Alajuelense, da Costa Rica, e artilharia do torneio.

Com a rápida e prolífica passagem pelo clube mexicano, Sánchez voltou a jogar na Espanha, dessa vez pelo Rayo Vallecano, onde ele não conquistou títulos, mas marcou gols e aumentou ainda mais sua impressionante contagem numérica no Campeonato Espanhol, afinal, com os 16 gols pelo clube de Puente de Vallecas, Sánchez se tornou o 4º maior artilheiro da história do torneio com 234 gols em 347 jogos, sendo superado apenas por Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Telmo Zarra. Sánchez detém também o recorde de ser o artilheiro de La Liga por quatro anos consecutivos (1985-1988), façanha igualada apenas por Messi entre 2017-2020, os dois únicos jogadores que nos quatro anos não dividiram a artilharia com ninguém.

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Após o período no Rayo, Sánchez disputou sua última Copa do Mundo, em 1994, já veterano e longe de seus melhores dias – bem como a Seleção Mexicana, que passou longe de almejar alguma coisa. Entre 1994 e 1998, Sánchez ainda vestiu as camisas do Atlante-MEX, Linz-AUT (pelo qual conquistou um título do Campeonato Austríaco da segunda divisão), Dallas Burn-EUA e Atlético Celaya-MEX, clube onde encerrou a carreira ao lado de Butragueño e Míchel, seus companheiros de Real Madrid nos dourados anos 80. Em 1998, o craque se despediu da Seleção Mexicana após 58 jogos e 29 gols marcados, mas com a tristeza de jamais ter vencido um grande título vestindo o manto verde e branco. Depois que pendurou as chuteiras, Huguito se arriscou como técnico de futebol e teve alguns bons momentos dirigindo o UNAM e até a Seleção Mexicana, além de ser figura frequente em diversos eventos esportivos.

 

Lenda asteca

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Embora não tenha tido grandes momentos por sua seleção, Hugo Sánchez é considerado o melhor jogador de toda a história do México e terá sempre o respeito de seu povo por ter levado o nome do país ao conhecimento de milhões de pessoas pelo mundo. Além disso, Sánchez provou com números, títulos, prêmios individuais e um futebol estonteante que era mesmo um jogador diferenciado e nascido para dar alegrias às mais diferentes torcidas e aos mais diversos clubes. Alguns anos após sua aposentadoria, o jogador ainda esteve presente em inúmeras listas de melhores jogadores do século XX e no time dos sonhos do Real Madrid. Uma façanha para poucos. Ou melhor, para um homem como Hugo Sánchez. Um craque imortal.

 

Leia mais sobre o grande Real Madrid dos anos 80 aqui no Imortais!

Real Madrid 1983-1990

 

Números de destaque:

Disputou 183 jogos e marcou 99 gols pelo UNAM.

Disputou 134 jogos e marcou 65 gols pelo Atlético de Madrid.

Disputou 282 jogos e marcou 208 gols pelo Real Madrid.

Disputou 58 jogos e marcou 29 gols pela Seleção Mexicana.

Disputou cerca de 849 jogos e marcou 479 gols na carreira.

 

Curiosidades:

– Entre 1984 e 1990, Hugo Sánchez jamais marcou menos do que 22 gols em suas apresentações no Campeonato Espanhol.

– O craque sempre tinha uma resposta na ponta da língua quando alguém o criticava por provocar os rivais em campo: “meus gols falam por mim”.

– O famoso “chute-escorpião”, eternizado em forma de defesa pelo goleiro colombiano René Higuita, foi criado, na verdade, por Hugo Sánchez. O mexicano treinava constantemente a acrobacia nos treinamentos, mas jamais conseguiu realizar a façanha em um jogo oficial.

 

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Comentários encerrados

2 Comentários

  1. Parabéns, pelo trabalho Guilherme,
    .
    Gosto muito do futebol mexicano por isso gostaria que você relembrasse o melhor time mexicano que ja vi, o Pachuca campeão da copa sul americana de 2006 e tri-campeão da Liga dos campeões da concacaf em 2007, 2008 e 2010

Craque Imortal – Domingos da Guia

Esquadrão Imortal – Internacional 1975-1976